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5 meses de amor. E memes.

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5<strong>meses</strong><strong>de</strong><strong>amor</strong>.E<strong>memes</strong>.


5 <strong>meses</strong> <strong>de</strong> <strong>amor</strong>. E <strong>memes</strong>.<br />

Não foi à toa que a gente se conheceu num grupo <strong>de</strong> zoeira no Facebook. Ninguém sabia ainda, mas o<br />

bom humor seria uma das principais engrenagens pra movimentar o nosso lance. Afinal, ainda não era<br />

romance.<br />

Em um post <strong>de</strong>spretensioso do tal grupo, i<strong>de</strong>ntifiquei a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar o famigerado flerte. Pra<br />

resumir um pouco, o post falava sobre curtir a foto <strong>de</strong> alguém <strong>de</strong> volta. Eu curti uma <strong>de</strong>la e ela curtiu<br />

uma minha. Arrisquei, afinal, vai que dá certo. E <strong>de</strong>u, Mas diz ela que nesse momento não tava me<br />

dando bola ainda - Tá bom, Claudia. Senta lá! - mas beleza.<br />

(tinha um brother japa <strong>de</strong> graça com ela e eu cheguei furando os zóio wi<strong>de</strong>screen <strong>de</strong>le mêmo)<br />

E foi ali, em uma janelinha <strong>de</strong> mensagens, que começamos a conversar e nos conhec… não, pera!<br />

Antes disso, ela resolveu <strong>de</strong>saparecer do nada. Não respon<strong>de</strong>u mais minhas mensagens por mais <strong>de</strong><br />

uma semana. Até pensei em <strong>de</strong>sistir, mas tinha alguma coisa me intrigando em relação àquela loira <strong>de</strong><br />

óculos que tinha uma irmã gêmea. Era tudo que eu sabia <strong>de</strong>la até então.<br />

Depois <strong>de</strong> insistentes mensagens e interrogações que significavam "? = E AÍ? CÊ ME DEU CORDA E<br />

AGORA NUM VAI MAIS ME RESPONDER? É ISSO MESMO?!", eis que finalmente surge uma nova<br />

mensagem <strong>de</strong>la com alguma <strong>de</strong>sculpinha esfarrapada justificando o sumiço. Até hoje acho que ela tava<br />

se fazendo <strong>de</strong> difícil. Ou <strong>de</strong> morta


Pu<strong>de</strong>mos dar continuida<strong>de</strong> ao nosso papo e em meio a xavecos furados, imagens do Daniel - sim, ela é<br />

fissurada por fotos do cantor - muitas piadas ruins e um pouco <strong>de</strong> papo sério, começou a rolar aquela<br />

conexão maneira que faz a gente ter vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer pessoalmente.<br />

E a gente se encontrou. Convi<strong>de</strong>i ela pra ir me ver tocar no Armazém Piola que, pra quem não sabe, é<br />

um bar que faço um som com minha banda Foo Fagners. Mas não tô aqui pra fazer jaba e sim contar<br />

do nosso date. Imagem do Daniel pra acalmar o coração <strong>de</strong> vocês. Risos.<br />

Foi um primeiro encontro um pouco estranho, afinal, eu tava trabalhando (é trabalho sim). Mas tava<br />

nervousor com a chegada <strong>de</strong>la, observando cada pessoa que entrava no bar enquanto tocava e nada<br />

<strong>de</strong>la dar o ar da graça. Até que em um dos intervalos, enquanto eu mandava uma mensagem pra saber<br />

do para<strong>de</strong>iro da danada, ela chega por trás <strong>de</strong> mim e fala "Olha só! Que interessante!".<br />

Não vou fugir do clichê <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver como ela tava vestida, porque lembro perfeitamente. Camisa<br />

xadrez, legging e botinha. Mas não preciso ser óbvio e dizer que ela tava linda, né? Bom, aí a gente<br />

conversou um pouco e logo tive que voltar a tocar. Que tipo <strong>de</strong> idiota chama a mina pra um encontro e<br />

não po<strong>de</strong> ficar direito com ela? Isso, eu mesmo.<br />

Mas ela ficou lá sentada, conversando com meus amigos, enquanto eu batucava olhando pra ela e só<br />

pensando na próxima pausa do show. O momento chegou e, com ele, a pressão <strong>de</strong> tentar um<br />

approach. Lógico que fui trouxa e não fiz nada até a hora <strong>de</strong> ter que voltar a tocar. Na pressão, resolvi<br />

roubar um selinho que assustou ela, mas foi bem aceito. Foi mais ou menos assim:<br />

(tempos <strong>de</strong>pois ela me disse que nessa hora pensou "cacete! agora vô tê que bejá!")


Voltei a tocar e no intervalo seguinte ela se fez <strong>de</strong> durona, <strong>de</strong>u umas <strong>de</strong>sviadas das minhas tentativas<br />

<strong>de</strong> beijo, mas acabou ce<strong>de</strong>ndo aos meus encantos. O primeiro beijo foi louco. O segundo também.<br />

Comecei a me preocupar quando o terceiro e todos os seguintes também foram… e até hoje fica cada<br />

vez melhor.<br />

Cada um foi pra sua casa e eu fui embora com aquele sorrisão <strong>de</strong> panaca estampado no rosto. No<br />

carro, foi a primeira vez que ouvi <strong>de</strong> um brother que eu tinha ficado com "uma mina igual a mim". Direto<br />

as pessoas continuam dizendo que a gente é igual. No começo, eu achava que era porque os dois<br />

usam óculos e tal, mas hoje eu entendi que é porque a gente tem tudo a ver mesmo.<br />

Mas não vamos colocar a carroça na frente dos bois. Fui dormir sorrindo e acor<strong>de</strong>i babando (é, eu babo<br />

dormindo, você não?), mas ainda sorrindo. Eu não sei se acredito em <strong>de</strong>stino, mas dias antes a gente<br />

<strong>de</strong>scobriu que trabalhava um do lado do outro. Bem perto mesmo, tipo duas quadras <strong>de</strong> distância entre<br />

os prédios. Resultado: a gente passou a almoçar TODOS OS DIAS JUNTOS. Outro resultado foi esse:<br />

.<br />

Do self service mais podrão ao mais sofisticado, das tapiocas na feirinha ao parmegiana na padaria, do<br />

rodízio <strong>de</strong> pizza ao mexicano, a gente engordava e torrava o VR juntos. Logo no começo eu perguntei<br />

pra ela "será que a gente num tá cê vendo <strong>de</strong>mais logo <strong>de</strong> cara?" e ela me <strong>de</strong>u a resposta mais simples<br />

e apaixonante que eu po<strong>de</strong>ria ouvir "Ah! Mas a gente é parceirinho…".<br />

Eu não sabia na época, mas era exatamente aquilo que meu coração queria ouvir. Era exatamente <strong>de</strong><br />

alguém como ela que eu precisava. Alguém espontâneo e que não se preocupava com convenções ou<br />

joguinhos que a gente acha que tem que fazer quando começa a ficar com alguém. Uma pessoa que<br />

me <strong>de</strong>spertou vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> mandar flores e voltar antes <strong>de</strong> viagem só pra fazer uma surpresa e arrancar<br />

um sorriso <strong>de</strong>la.


Depois <strong>de</strong> um mês <strong>de</strong> almoços <strong>de</strong> duas horas com direito a chamego na praça perto <strong>de</strong> abelhas<br />

africanas, quando me <strong>de</strong>i conta, já estávamos apresentando família e amigos um pro outro. Sim, era<br />

pra valer. Sempre fui <strong>de</strong> procurar <strong>de</strong>feito nas pessoas, mas simplesmente não conseguia encontrar.<br />

Tudo fluia <strong>de</strong> uma forma tão natural e verda<strong>de</strong>ira que, <strong>de</strong> repente, eu tava planejando como pediria ela<br />

em n<strong>amor</strong>o. E foi <strong>de</strong> uma forma tão romântica e pública que eu mesmo nem imaginava que seria capaz.<br />

Ainda hoje não sei como exatamente, mas subi num palco durante o show da banda dos meus amigos,<br />

em pleno dia dos n<strong>amor</strong>ados, e cantei pra ela. Desafinei, não ouvi sequer uma palavra do que cantei,<br />

mas fui até o fim. Desci do palco e pedi ela em n<strong>amor</strong>o no microfone. Ela disse "sim".<br />

(print <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> do ví<strong>de</strong>o do pedido só pra registrar nossos primeiros "eu te amo")<br />

Eu não sei dizer exatamente o que torna o nosso n<strong>amor</strong>o tão incrível. Se são as gargalhadas <strong>de</strong> doer a<br />

barriga <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma piada, o charutinho que a gente faz um no outro com o cobertor pra ficar<br />

quentinho, as caminhadas vergonhosas em público fazendo DUTS DUTS DUTS com o ombro ou os<br />

abraços apertados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> qualquer elevador que a gente entra. Só sei que quando eu tô com ela, eu<br />

me sinto como se pu<strong>de</strong>sse fazer qualquer coisa.<br />

Também é difícil dizer qual é o nosso melhor programa. Um lanchão seguido <strong>de</strong> milton shake no food<br />

park, cinema com Fini e pipoca com manteiga no capricho, dançar duro que nem robô em uma festa<br />

que tá todo mundo sensualizando ou <strong>de</strong>itar <strong>de</strong> conchinha pra ver um filme que ela vai dormir antes do<br />

final. Não importa qual é o rolê, quando eu sei que a gente vai ficar junto, eu só comemoro muito.


E as gordices? Se tem um pecado que a gente comete, é gula. Ralar chocolate ou mergulhar Oreo no<br />

briga<strong>de</strong>iro que a gente faz quase todo final <strong>de</strong> semana, pedir sempre uma porção <strong>de</strong> petiscos além dos<br />

lanches e sair do lugar rolando, ou pedir sobremesa mesmo quando não cabe mais nada na barriga e já<br />

tá difícil <strong>de</strong> respirar. A gente tá ficando com a papada do André Marques quando gordo, mas nóis é feliz<br />

assim.<br />

Nunca soube o que é n<strong>amor</strong>ar pra valer. Mas tô <strong>de</strong>scobrindo uma troca e uma cumplicida<strong>de</strong> que nunca<br />

imaginei que teria com alguém. Des<strong>de</strong> coisas bestas como marcar e ser marcado em posts <strong>de</strong> coisas<br />

engraçadas até ter alguém pra ser a calmaria no meio do caos que a vida é <strong>de</strong> vez em quando. É ter<br />

aquela pessoa que quando você pensa, simplesmente traz paz pro seu dia, sabe?<br />

(#PAS)


A partir daqui, o texto é diretamente pra você.<br />

Como não amar uma pessoa tão easy going, que topa qualquer programa, contanto que a gente esteja<br />

junto? Mesmo com sua hipocondria e sua obsessão por exames, farmácias e hospitais, sou apaixonado<br />

pelas suas maluquices e pelo jeito alegre que você vive a vida. Também amo a careta que você faz<br />

toda vez que eu falo que cê é linda.<br />

Hoje é seu aniversário, mas também não consigo escapar do clichê <strong>de</strong> dizer que quem ganhou um<br />

presente esse ano fui eu. Pelo simples fato da vida ter colocado uma pessoa moldada pra mim no meu<br />

caminho. Que sorte a minha ter uma companheira tão cúmplice, carinhosa e preocupada comigo.<br />

Enfim, uma parceirinha especial.<br />

Você enche meu coração <strong>de</strong> alegria e torna meu mundo completo. Só tenho a agra<strong>de</strong>cer por esses 5<br />

<strong>meses</strong> <strong>de</strong> união e pura diversão. Hoje e sempre, te <strong>de</strong>sejo muita luz, saú<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong>, baby. E, claro,<br />

muito <strong>amor</strong> pra nós. Espero e quero estar ao seu lado em todos os aniversários, conquistas e<br />

realizações dos seus e nossos sonhos daqui pra frente.<br />

Desculpe o transtorno, mas vou terminar com um uma rima bem ruim:<br />

Eu até gosto <strong>de</strong> aipim, mas o que eu amo mesmo é você, Thais Astromskis Nadim.


NãoéoFin.Ésóocomeço.

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