REVISTA FAIXA PRETA

#2
Brazilian Jiu-Jitsu Magazine
Vídeos
Jean Jacques Machado
Sylvio Behring
De La Riva
Jiu-Jitsu nos EUA
Conheça o faixa preta de Rolls Gracie
que vem conquistando a cidade
de Connecticut
Educação Infantil
O JJ no desenvolvimento
da criança
Vôo Livre
Um faixa preta
apaixonado por voar.
HÉLIO
GRACIE
A filosofia a ser seguida
no Jiu-Jitsu

Editorial #2
O herói de uma geração.
Editor
Oscar Daniotti
Jornalista responsável
Marucha Daniotti
Arte
Rodrigo Accyoli
Fotos
Oscar Daniotti
Colunista
Sylvio Behring
Ricardo de La Riva
Olivar Leite
Colaborou
Reyson Gracie
Leão Teixeira
estudio Fabiano
Estado de Minas
Tecnologia
intheguard.tv
No mês passado, tivemos a triste notícia da morte do professor Hélio
Gracie, que foi o grande responsável pela disseminação do jiu-jitsu,
desde o começo do século passado. Hélio nos deixou uma grande
marca: a honra e uma doutrina a ser seguida.
Hélio sempre transmitiu, a todos, a segurança de um verdadeiro
guerreiro. Como já foi mencionado em algumas entrevistas, ele, em
sua adolescência era desprovido de força e saúde e devido a este fato,
acabou transformando-se no maior mestre do jiu-jitsu de todos os tempos.
Nosso professor se tornou imortal. Portanto, uma exuberante forma de
reverenciá-lo, seria se todas as academias expusessem sua foto no dojô
e, com isso, começaríamos a desmistificar a idéia de que o JJ carecia de
um criador. Fato este que causa muitas rivalidades entre academias.
Não podemos esquecer que grandes nomes passaram pelas mãos de
Hélio Gracie: Carlson, Robson, Carlinhos e entre outros tantos que
aprenderam a arte suave e posteriormente se tornaram adversários nos
confrontos entre academias. Até aí tudo bem, devido em se tratar de um
esporte que não pára de crescer.
Nos momentos em que estive com o professor, sempre obtive, dele, demostração
de respeito e simplicidade. Tal fato, confirma a sua dignidade,
característica nata de um grande mestre.
Este era Hélio Gracie: o criador do Gracie jiu-jitsu. Tal demostração
deveria ser seguida por alguns que ainda não conheceram o verdadeiro
significado e a importância em ser um professor de jiu-jitsu. O que Hélio
nos mostrou, também, é que ser um professor não significa, apenas,
mostrar posições ou puxar treino, e sim ter respeito e compreensão por
seu aluno ou adversário, acima de tudo.
A nova edição, deste mês, ainda vem com reportagens inéditas, como
o faixa preta de jiu-jitsu que é piloto de asa delta: Carlos Eduardo
“Mosquito” dedica tudo que conquistou, no vôo livre, ao seu ensinamento
na arte suave. Segundo ele, a segurança que o esporte oferece é
um fator super importante para um vôo.
Na seção de vídeos, temos uma entrevista, exclusiva, com o faixa preta,
radicado nos EUA há 17 anos, Jean Jacques Machado. Além das aulas
com nossos colunistas: Ricardo de la Riva e Sylvio Behring.
Um grata novidade é a estréia do colunista, José Henrique Leão Teixeira
“Zé Beleza”, um grande professor de jiu-jitsu, infantil e juvenil, que vem
realizando um belo trabalho há, aproximadamente, 15 anos. Zé Beleza,
como é conhecido, vai trazer, em cada edição, informações importantes
sobre os benefícios do esporte na infância e adolescência.
Gata Faixa Preta, seção ITG e muito mais. Aproveite e tenha uma ótima
leitura!

Esta luta entrou para a história do jiu-jitsu:
Royler Gracie x Ricardo de La Riva. Vemos,
a c i m a , d o l a d o d i reito n a m e s a : H é l i o , Ca r l o s
e R o b s o n G r a c i e. D o l a d o e s q u e r d o, ve m o s
Carlson Gracie.

Hélio Gracie
Um Gerreiro
Por Oscar Daniotti
Foto: Oscar Daniotti

Foto: Arquivo pessoal Oscar Daniotti
Um guerreiro; um filósofo;
um adepto da boa alimentação;
um pai de muito filhos e
um lutador cheio de coragem.
Assim podemos definir a pessoa
que foi Hélio Gracie, que
em seus 95 anos dedicou a
maior parte de sua vida, ao jiujitsu.
Hélio se tornou um herói para
praticantes; lutadores; admiradores
e ainda, certamente, vai
ser herói para muitos outros
que irão conhecer a verdadeira
essência do jiu-jitsu. Hélio conseguiu
mostrar, para o mundo,
uma filosofia que engloba
fatores muito importantes para
uma boa prática deste, tão
amado, esporte.
Como ele próprio costumava
falar: "Os males entram pela
boca e o lutador tem que estar
preparado para lutar a qualquer
hora. Imagine lutar de barriga
cheia?". Em apenas uma
frase, conseguimos sintetizar a
verdadeira filosofia do jiu-jitsu,
difundida por Hélio e seu irmão
Carlos Gracie.
Em minha primeira entrevista
com Hélio Gracie, em
1997, na sua casa em Itaipava,
Rio de janeiro, Hélio foi direto:
"Eu posso ser a melhor pessoa
do mundo ou a pior". Após
esta declaração, voltei na casa
do mestre por mais dez vezes,
apenas para aprender e admirar
aquele que criou uma arte
marcial que conquista o mundo
por onde passa.
Conhecido por sua disciplina,
Hélio, chefiava, a famosa
academia Gracie, da avenida
Rio Branco, logo no começo
do século, com punhos fortes
e muita autoridade. O professor
comandava uma equipe de
professores, que se revezavam
durante todo o dia dando aulas
particulares. A rotina começava
cedo: às 6h30 já havia aluno.
Tal disciplina mostrava como
funcionava a academia de
Hélio Gracie.
As regras eram seguidas à
risca. Praticamente tudo era
impecável: kimonos limpos;
pontualidade e bons professores
faziam com que o jiu-jitsu
se destacasse cada vez mais.
A alta sociedade carioca era
um dos principais clientes da
academia Gracie e as famosas
aulas particulares não paravam
de crescer. Apenas à noite
havia o treino dos lutadores e
sempre com a supervisão do
professor Hélio Gracie.
Em sua mais famosa luta, contra
Waldemar Santana, Hélio
Gracie mostrou, a todos que
praticavam jiu-jitsu, que honra
era tudo, pois ao expulsar

Foto: Oscar Daniotti
Waldemar, de sua academia,
pelo motivo deste ter aceitado
lutar contra um lutador conhecido
por lutar "marmeladas", ele
deixou claro que um representante
do jiu-jitsu, jamais poderia
aceitar um confronto deste
tipo. Sendo assim, mesmo que
a luta de Waldemar tenha sido
real e ele tenha saído vencedor,
Hélio não o perdoou.
Ao ser desafiado por Waldemar,
Hélio, prontamente aceitou,
mesmo com 17 anos de diferença
e já aposentado, aos
45 anos. Waldemar, na época,
tinha 25 anos e pesava 100 Kg.
Por outro lado, Hélio Gracie
com apenas 62 kg. Após 3h45
de luta, o professor foi derrotado
ao ser nocauteado com um
chute. Mas o que prevaleceu
foi a marca da sua filosofia e a
garra de um verdadeiro lutador,
que em nome de sua honra, fez
do JJ, uma luta respeitada em
todo o mundo.
Antes do seu falecimento,
estive com o mestre em uma
graduação no Iate Clube Jardim
Guanabara, Rio de Janeiro.
Sempre muito bem humorado
e solícito, Hélio pegou o microfone
e declarou: “Eu, como um
dos precursores e divulgadores
do jiu-jitsu, me sinto muito honrado
e felicíssimo por ter tantas
pessoas, aqui, vestidas de
kimono. Muitas pessoas boas
e importantes neste mundo
tão grande. Realmente, é com
grande prazer que me dirijo, a
todos vocês, para prestigiar e
homenagear o jiu-jitsu. Muito
obrigado a todos.”

Foto: O Estado de Minas

Depoimentos
Relson Gracie
Sylvio Behring
“Tudo o que eu tenho eu devo
ao jiu-jitsu e ao meu pai. Ambos
mudaram minha vida, pois ganhei
novos horizontes, além de respeito
da comunidade. Muitas pessoas
falam comigo que o jiu-jitsu
que aprenderam, com meu pai, é
algo maravilhoso. Tudo isso que
veio dele, para todos os filhos, é
uma coisa divina. É maravilhoso
ter sido filho do Hélio Gracie. Isso
é uma honra, para mim. Obrigado
pai, você além de ser um mito,
sempre foi um grande homem.
Eu não teria palavras para lhe
agradecer. Obrigado Pai! “
Rafael Feijão
“O jiu-jitsu que o Hélio Gracie
criou significou muita coisa na
minha vida. Desde que comecei
a praticar jiu-jitsu o meu estilo de
vida mudou: eu passei a ter mais
disciplina e o mais incrível é que
como no jiu-jitsu se faz amizades.
Eu tenho uma imensa gratidão
pelo Hélio Gracie e admiração
por ele ter posto o jiu-jitsu pra
cima e ter sido o precursor deste
esporte, no Brasil.”
“Falar do professor Hélio é algo
que comove muito a qualquer
um de nós que teve a honra de
co-nhecê-lo de perto. A ida do
professor Hélio, para mim, teve
o mesmo significado que perder
um pai pela segunda vez. O prof.
Hélio não foi um pai, somente
para mim, mas para toda a
nação do jiu-jitsu. Ele será, eternamente,
nosso imortal, nosso
midas. Daqui há 300 anos, vai
ter alguém fazendo uma posição
que foi ensinada por ele.”
Jacaré
Ronaldo Jacaré
“O Hélio Gracie foi a pessoa que
desenvolveu a arte e, sendo assim,
ele vai estar sempre na nossa
memória. Eu sou muito feliz por
ter existido o Hélio Gracie, pois
se não fosse ele, hoje em dia, eu
nem teria o meu emprego. Feliz
é o homem que vive 95 anos com
uma vida plena e cheio de saúde.
Ele foi uma pessoa abençoada
por Deus e ele mereceu todas as
vitórias pois ele foi um grande
guerreiro.”
“O mestre Hélio Gracie sempre foi
uma figura marcante em minha
vida e isso foi passado, para mim,
através do meu pai, que por sua
vez, era uma pessoa que seguia
rigidamente a dieta Gracie. Meu
pai sempre foi muito forte e sempre
foi um grande atleta. Eu
ví poucos caras do tamanho do
meu pai, durante muitas gerações.
Sempre que ele falava do
mestre Hélio, ele se referia com
muito orgulho e admiração.
Sua postura, sua forma de falar
e lidar com as situações era bem
direta e rígida. Sempre interpretamos
isso como se ele fosse
um samurai e sempre admiramos
esse lado oriental. Eu assistia a
todos os filmes japoneses e o Hélio
Gracie tinha aquela sabedoria, só
que falando em português.
A minha primeira luta, de faixa
preta, o Hélio Gracie foi o árbitro.
Eu lutei mal, pois me inscrevi na
categoria errada, mas no final da
luta eu fui pras costas e dei uma
queda e acabei ganhando, mas
estava morto. E no final, quando
ele veio levantar meu braço,
ele falou: "fizeste uma porcaria
de luta, hein Behring?" E depois,
largou meu braço.
Mas, contudo, eu imagino que ele
depositou muita expectativa em
mim, especialmente pelo fato de
eu ser filho do Flávio Behring. Na

Foto: O Estado de Minas

Foto: O Estado de Minas

Carlos Eduardo Mosquito
Falar do professor Hélio é algo que
comove muito a qualquer um de
nós que teve a honra de conhecêlo
de perto. A ida do professor Hélio,
para mim, teve o mesmo significado
que perder um pai pela
segunda vez. O prof. Hélio não foi
um pai, somente para mim, mas
para toda a nação do jiu-jitsu. Ele
será, eternamente, nosso imortal,
nosso midas. Daqui há 300
anos, vai ter alguém fazendo uma
posição que foi ensinada por ele.
Foto: O Estado de Minas Foto: O Estado de Minas

Escola de Jiu-Jitsu
Por: José Henrique Leão Teixeira
Valores e caracteristicas do
treinamento do Jiu-Jitsu
O treinamento de jiu-jitsu, como toda pratica
esportiva, visa o desenvolvimento físico, mental
e moral da criança. Os primeiros benefícios são
os efeitos fisiológicos e gerais. O sentido muscular,
as funções de equilíbrio e os órgãos sensoriais,
se aperfeiçoam. Respiração, circulação e
digestão são estimuladas, pois acima de tudo a
prática do jiu-jitsu, visa à saúde da criança.
O aperfeiçoamento das funções mentais, como
atenção, imaginação, memória, raciocínio e a
aquisição de hábitos ou virtudes morais, tais
como lealdade, disciplina, vontade de vencer,
espírito de equipe, caráter e uma personalidade
forte são adquiridos naturalmente, ao longo do
tempo.
Tudo isso somado à eficiência de sua técnica,
como defesa pessoal, e à facilidade de seu aprendizado,
transmitindo muita confiança e segurança
para quem pratica, coloca o jiu-jitsu hoje
em dia, como a Arte Marcial mais indicada para
o treinamento infantil.
Com um sistema de defesa pessoal, que não
exige habilidade física e força, apenas através
de alavancas consegue-se "sobrepujar" o seu
oponente, o jiu-jitsu vem conquistando espaço
entre jovens e crianças.
Suas técnicas, que não consistem de golpes
traumáticos (socos e pontapés), é formada
a princípio, de movimentos de contra-ataque,
dessa maneira, em nenhum momento, o treinamento
estimula a agressividade da criança.
Baseado simplesmente em um jogo inteligente,
de equilíbrio e desequilíbrio, o jiu-jitsu
exige uma movimentação técnica, em que a
troca de posições, depende de um raciocínio
rápido e preciso, para alcançar as posições de
pontuação e golpes de finalizações.
Desta forma, além de ser uma Arte Marcial, o
Jiu-Jitsu poderia ser classificado como uma ciência
exata de movimentos coordenados.
Podemos definir também o treinamento de
jiu-jitsu, em um precioso recurso para o estudo
da personalidade infantil.
Dentro da área educacional, podemos alcançar
excelentes resultados na formação da criança,
através das aulas de jiu-jitsu.
Com um sistema de graduação, tendo como
base a educação e a formação do aluno, o
professor pode através das avaliações práticas
e teóricas realizadas em aula, avaliar bem a
sua turma, apurando as qualidades e os problemas
que aparecem em cada criança. Assim o
aluno passa a desenvolver e aprimorar, todos os
valores morais e benefícios citados, que todos
os pais querem, e buscam para os seus filhos,
quando procuram qualquer atividade esportiva
para inscreve-los.
Hoje em dia já é provado que a maioria dos
grandes empresários, participaram de algum
tipo de treinamento esportivo na infância, o
que prova ainda mais o valor do esporte
na educação, só que O Jiu-Jitsu por ser uma
arte marcial, e um esporte individual, agrega
valores específicos e virtudes morais, adquiridos
ao longo do treinamento, que terão sempre uma
influência muito forte no aluno.
Através das aulas de jiu-jitsu, e com um
método formatado exclusivamente para o treinamento
infantil, podemos alcançar excelentes
resultados visando o trabalho com crianças, e
desta forma o treinamento de jiu-jitsu, passa
aparecer como a melhor opção para aqueles,
que buscam uma atividade esportiva que tenha
através do treinamento infantil, a educação e a
formação do aluno por excelência.

Foto: Oscar Daniotti

Coluna Olivar Leite
Salve leitores da Revista Digital Faixa Preta!
Sou Olivar Leite e tenho convivido com as
artes marciais desde os quatro anos de idade.
Hoje, sou repórter do melhor site de lutas do
Brasil, o Intheguard.tv, além de ser anounncer
de eventos de MMA; árbitro da FILA, da
Floaerj. Escrevo, também, em um blog muito
acessado pelos internautas e vou estar, aqui,
a partir dessa edição trazendo tudo
que acontece nos bastidores, backstages
de eventos, campeonatos,
academias e muito mais.
Pelo menos uma vez na semana,
tenho conduzido um programa
ao vivo na Internet: o ITG
FIGHT TALK , representando o
Intheguard.tv.
Neste programa, recebo grandes
nomes como: Paulo Borracha,
Carlinhos Ozório, Gleidson Venga,
Marcelo Alonso, Gustavo Aragão,
Carlão Barreto, Ricardo Pires,
Gustavo Ximú, Márcio Pé de Pano,
Luis Roberto Bebeo, Artur Mariano
e muitos outros.
No ITG FIGHT TALK, discutimos temas como:
card de eventos, polêmicas, lutas específicas
que já aconteceram ou vão acontecer, eventos,
lutadores, enfim, tudo sobre esse universo.
Estiveram por aqui nomes e o que é mais
bacana na verdade é a participação ao vivo dos
internautas que podem enviar suas perguntas.
Temos também, ao vivo, através do telefone, a
opinião de pessoas formadoras de opinião.
Com certeza, de tantas coisas prazerosas
que faço, que vão de juiz,
passando por annoucer e dublê de
repórter. Esta última atividade é,
sem dúvida, a que mais gosto de
fazer. Então, conto com você!
Acesse o site Intheguard.tv e
assista, de graça, toda semana
uma discusão inteligente com
gente que entende!
Na foto
Alessandra Pinheiro,
campeã de Welness do
Rio de Janeiro

Estive na Seletiva para o ADCC, que aconteceu no Ginásio do Botafogo e por
lá estavam grandes nomes do Jiu-jitsu. Eu flagrei o momento em que Murilo
Bustamante, líder da Brazilian Top Team, cumprimentava os líderes da Aliance,
Fábio Gurgel e Alexandre “Gigi” Paiva. Eles posaram juntos com Serginho
Vieira e Leonardo Leite, que lutou a seletiva perdendo para Leonardo
Chocolate, aluno de Murilo Bustamante. Orley “Tartaruga” f o i o m e l h o r
classificado da BTT, chegando as semifinais.
Fui até o Recreio dos Bandeirantes para uma sessão de musculação na academia X Gym e
tive a oportunidade de encontrar o grande campeão de Jiu-jitsu e agora lutador de MMA,
Ronaldo Jacaré, que estava acompanhado da noiva numa sessão de musculação. Ele se prepara
para uma possível volta ao Dream, evento japonês, e tem afiado a sua parte, em pé, com
Josué Distak e Daniel Voirin. Estava presente, também, Rogério Camões reconhecido como
o personal dos campeões. Dessa vez, Rogério treinava Alessandra Pinheiro, a campeã de
Welness do Rio de Janeiro por várias edições; campeã estadual Body Fitness e brasileira considerada
a dona de um dos corpos mais bonitos, do Brasil. Alessandra vem treinando forte
com Rogerão há 4 anos e é lógico vem dar um up na estréia da nossa coluna.
Enquanto passeia pelas ruas de Chicago, após sua última vitória no UFC, a
fera do Jiu-jitsu e Nova União, Thales Leites, é observado pelo faixa preta
Vitor Shaolin e pelo seu professor André Pederneiras, acompanhado de
Ursula “Ucha” Valverde. Thales se prepara para dois dos momentos mais
importantes da sua vida: a disputa do cinturão do UFC contra o também
brasileiro Anderson Silva e o desafio mais importante de todos: ser pai.
Nós, da Faixa Preta, desejamos tudo de bom para o campeão.
Às voltas com a direção da equipe de MMA da Ability, Ricardo Pires, que
desenvolveu por 11 anos o Jiu-jitsu nos Estados Unidos está de volta com a
incubência de tocar os projetos da empresa e de treinar atletas assim como
realizações de eventos. E para quem não conhece Ricardo Pires, faixa preta
de Jiu-jitsu, da escola do Mestre Oswaldo Alves, ele foi o responsavél por
ensinar Jiu-jitsu ao faixa preta e desafiante ao cinturão dos pesos pesados do
UFC, Frank Mirr. Estive no escritório da Ability com Márcio Giugni e olutador
profissional Vitor Pimenta.
Encontrei Jorge Guimarães, o Joinha, precursor do MMA na televisão
brasileira com o “Passando a Guarda”, desde 1997. Foi ele quem negociou o
Pride para passar no Premiere Combate e vem até os dias de hoje, absoluto,
com seu programa e fazendo os bastidores dos melhores eventos no Brasil e
no Mundo como UFC, o extinto Cage Rage e por todo Norte Nordeste sempre
com o apoio fiel de Cido Accioly. Este último, tem estado presente nas
coberturas de eventos, registrando as lutas; bastidores e fazendo entrevista
com os envolvidos no meio.
A RipDorey, esse ano de 2.009, promete retomar forte com seus eventos
de Jiu-jitsu e Submission voltando inclusive a realizar a sua tradicional
Copa RipDorey de Submission. João Costa Barbuto, o Joãozinho
,conhecido por apadrinhar lutadores de várias equipes, já está fechado
com o evento WOCS, que é organizado pelo faixa preta de Jiu-jitsu Otávio
“Tatá” Duarte. Já Philip Lima teve em sua última edição, Renan Barão,
atleta da Nova União, como a estrela do evento, vencendo o GP até 65
kilos. Ele deu um verdadeiro show.
Então, valeu internautas e
comunidade das lutas! Vou
ficando por aqui sem esquecer
de dar a dica : Pratique o bem,
pratique Artes Marciais, seja
do bem !
Olivar Leite

Jiu-jitsu
nos eua
Márcio
Macarrão
Por Oscar Daniotti
Fotos: arquivo pessoal
Márcio Stambowsky mais conhecido como "Márcio
Macarrão". Esse é um dos mais técnicos lutadores,
de jiu-jitsu, formados por Rolls Gracie. Popular,
no Rio de Janeiro, por sua técnica refinada, Márcio
embarcou há, aproximadamente, dois anos,
para os Estados Unidos, munido de muita
força de vontade para vencer, na
América, fazendo o que mais gosta:
treinar e dar aulas de jiu-jitsu. O
carioca que, na época estava com
46 anos, largou seu comércio no
Brasil (Marca Gracie Sports) e
foi atrás de um sonho.
RFP: Como foi sua chegada na
América e quando?
MS: Vim para a América há dois anos.
O jiu-jitsu sempre foi minha paixão,
desde quando comecei a treinar,
nos anos 70, com Rolls Gracie. Foi
quando começou o sonho de trabalhar
e me sustentar através do jiujitsu.
No Brasil, trabalhei muitos anos
com o comércio "fight wear", mas, na
verdade, nunca larguei o jiu-jitsu. Minha
chegada aqui foi bem árdua com muito
trabalho. Eu cheguei a trabalhar em obras
para me manter. Como fui aluno da melhor
escola de jiu-jitsu do mundo, e aprendi
com os melhores professores, as pessoas, na
América, começaram a me dar um valor. E
estou muito satisfeito com isso.
RFP: Você está há quanto tempo, nos
Estados Unidos, e quantos alunos têm na
sua academia?
MS: Eu, no momento, estou trabalhando

com três grupos de alunos: o de aulas privadas; aulas
em grupo e aulas para competidores. Atualmente,
tenho em média 100 alunos.
RFP: Como está sendo a sua equipe nas competições?
-Minha equipe está indo muito bem nas competições
locais. No último campeonato da Naga,
com 50 equipes, ficamos em 2º lugar por equipe
com kimono e ficamos entre os seis primeiros sem
kimono. Entramos com 30 atletas, saímos com 26
medalhas, o que não é nada mal para uma escola
recente.
RFP: Nome de alguns alunos campeões:
MS: Joe Oppedisano - já foi campeao Pan americano
sem kimono, faixa azul, e mais 10 outros títulos
regionais;
- Alex Drago - quase 10 títulos regionais;
- Jason James - foi campeão, faixa azul, no torneio
Renzo Gracie. Ano passado participou de vários outros
torneios. Foi campeão nas faixas branca e azul.;
- Mike Ruggieri - Várias vezes campeão local.;
- Adam Magran - Várias vezes campeão e possui
diversos títulos;
- Joao Paulo Cruvinel, Marcos Paulo Cruvinel, Fabio,
Mau-mau, Hebert, Mark;
e por ai vai...
RFP: Márcio Macarrão, você vem de uma escola
tradicional e clássica do jiu-jitsu. Os teus alunos
levam o teu estilo?.
MS: Essa á a minha meta! É tentar ensinar, exatamente,
da mesma forma que eu aprendi a arte
suave. Isto está acima de qualquer coisa.
Quantos anos você faz jj e quais foram seus professores?
MS: Faço jiu-jitsu desde 1975, há exatamente 34
anos. Meus professores foram Rolls Gracie, da faixa
branca a preta, e depois o Carlson, Carlinhos Gracie
e Rickson.

machado
Jean Jaques Machado é uma das maiores referências
do jiu-jitsu, na América e um dos líderes
da família Machado. Nesta entrevista em vídeo,
você irá saber como foi a chegada da família
Machado nos EUA, as primeiras aulas na
garagem.o relacionamento com o astro Chuck
Norris e o sucesso da família na américa.
Jean Jacques é muito conhecido por sua técnica
refinada e pelo seu problema físico em uma das
mãos, fato que jamais interfiriu em sua performance.
Confira a entrevista inédita.

machado
ENTREVISTA

Carlos eduardo renha.
Mosquito
Os paralelos entre o jiu-jitsu e o vôo livre
Por Oscar Daniotti
Fotos: arquivo pessoal
Na foto vemos Royler Gracie com Mosquito.

Carlos Eduardo “Mosquito”, como é mais conhecido no JJ e no
voô livre, é piloto de asa delta e faixa preta de jiu-jitsu. Mosquito
se declara uma pessoa realizada quando falamos da arte suave: “O
jiu-jitsu mudou muito a minha vida e acredito que, para todos nós,
que praticamos este esporte maravilhoso. Nós fomos abençoados
pela família Gracie e pelo fato de termos um pouquinho dela dentro
do nosso coração.”
Diariamente, o faixa preta se dedica ao vôo duplo. São quase
quatro decolagens por dia, o que requer um bom condicionamento
físico. Em cada vôo, os dois esportes se interagem. “Hoje
em dia, uso o jiu-jitsu para voar e uso o vôo livre para o jiu-jitsu.
Quando estou voando, com passageiro, e me encontro em uma
situação muito difícil, eu imagino o seguinte: ele está com a mão na
minha gola se preparando para me estrangular a qualquer segundo.
Então, eu preciso ter uma atitude imediata; raciocinar com calma e
sem assustar o passageiro, para que ele não tenha um ataque mais
brusco que este.”
”No jiu-jitsu, quando me vejo em dificuldade eu penso: caramba,
estou muito encostado na pedra, tenho que ter atenção, senão eu
vou me expor a essa pedra.”
Faixa Preta de Royler Gracie, o piloto conheceu a família desde
criança e levou esta amizade até hoje, com muito respeito e carinho.
“Sou amigo da família Gracie desde garoto. Foi, praticamente,
o Relson quem me trouxe para dentro da casa. Mas sempre tive um
carinho muito grande pelo Rorion, pelo Royce, Rickson, o Royler, que
é meu mestre e a quem eu devo muito. O vôo que eu fiz com ele, se
formos falar na linguagem de lutador, seria um vôo de faixa vermelha
porque nós voamos a 1.500 metros de altura e um vôo assim,
é considerado um vôo que todo piloto sonha em fazer um dia.”
Segundo Mosquito, seu trabalho, com vôo livre, é muito parecido
com o jiu-jitsu. Para ele, a partir do momento que a pessoa
ganha confiança no que faz, ela está apta a levar qualquer passageiro.
Assim como, quando você ganha confiança no jiu-jitsu,
você está apto a enfrentar um adversário que tenha o dobro do
seu tamanho. “Tanto em um esporte como no outro, você ganha
confiança devido a seu despreendimento dentro dele”, afirmou o
faixa preta de jiu-jitsu e o grande piloto de vôo livre, que costuma
ter celebridades em sua companhia.

Galeria
Faixa Preta
Aqui, na galeria FAIXA PRETA, você poderá
ver como é um treino nas academias
de jiu-jitsu, tanto no Brasil como nos
Estados Unidos. A proposta desta galeria
é, sempre, mostrar o lado descontraído
de um treino da arte suave.
Nesta edição, invadimos a academia do
prof. e colunista da revista, Ricardo de La
Riva.
A academia fica situada, emCopacabana,
Rio de janeiro.
Esta foi uma aula do horário de 16 horas.

Guarda
A partir desta seção, o professor Ricardo
De La Riva, vai estar ensinando a famosa
“Guarda De La Riva”. Usada no mundo
inteiro, a guarda é conhecida pela sua
eficácia e pela técnica.
Nada melhor que aprender com o
próprio criador deste estilo
único.
Assine a FAIXA PRETA
e tenha acesso a sua
primeira dentre muitas
outras aulas!

GATA
FAIXA PRETA

Nesta edição estamos
publicando as duas Gatas
Faixa Preta que tiveram o
maior número de votos no
site www.faixapreta.com
Na foto da esquerda, a
carioca do Méier, Jacqueline
Blandi se sagrou a vencedora
na votação, Jacqueline, saiu
na edição nº 24 da revista
FAIXA PRETA.
Na foto da direita, Renata
Frantz, foi a segunda colocada.
Carioca, moradora do
Leme, Renata estuda veterinaria
e gosta muito de
frequentar academia para
manter a boa forma.
fotos: Estudio fabiano

www.intheguard.tv

Dicas
Ronaldo Jacaré já escreveu, seu nome,
no hall do jiu-jitsu com suas conquistas.
Nada melhor que um campeão, como
este, para dar dicas de como se tornar
um bom lutador.
Dicas para...
Qual é a alimentação que você indica
para um lutador?
Comer bem! Muita salada, proteínas
e carboidratos, mas, é claro,
com o acompanhamento de um
especialista. Minha principal
dica tanto para um competidor
como para um praticante é que
procure um especialista e, acima
de tudo, alimentar-se bem, com
qualidade.
Qual é o segredo para se tornar
um bom lutador de JJ?
Treinar muito e com dedicação. Eu,
geralmente, falo que o descanso é um
ótimo treino. Treinar muito e descansar
são os grandes aliados para se tornar um
bom lutador de jiu-jitsu.
Qual é a dica para o atleta que quer ingressar
no MMA?
Você tem que ter a mente aberta e estar disposto
a aprender o máximo de artes marciais possíveis.
O esporte requer muita dedicação. Por isso, é
preciso saber trocar; botar pra baixo e finalizar
para ser considerado um lutador completo. Essa
já é outra dica.
O que você diria para alguém que queira
começar a treinar a arte suave?
Na verdade, eu comecei a praticar jiu-jitsu no
final da minha adolescência. A parte visual não
me chamou tanta atenção, mas quando eu
coloquei o kimono, pela primeira vez, eu fiquei
fascinado. Outra dica seria: vista o o kimono.
Foto: Oscar Daniotti

Defesa pessoal por
Sylvio
behring
A defesa pessoal anda um pouco
esquecida nas academias de jiu-jitsu.
Nesta seção, Sylvio Behring, um dos
principais professores de jiu-jitsu e
defesa pessoal, da atualidade, mostra,
todo mês, uma aula em vídeo sobre o
estilo de defesa.
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DIFERENÇA NA ABORDAGEM
FISIOTERÁPICA EM ATLETAS
Dentro de uma prática fisioterápica não podemos
deixar de avaliar e perceber algumas diferenças básicas
no tratamento de indivíduos que se recuperam de traumas
ou cirurgias em articulações, músculos, tendões e
ligamentos.
Os indivíduos sedentários ou não atletas geralmente
não têm o tempo nem a necessidade de uma abordagem
mais radical. Já o atleta amador e principalmente
o profissional, devido a seus compromissos com metas
pessoais, patrocinadores, treinamentos etc..., têm a
disciplina como sua principal aliada e muitas vezes
chegam a passar até seis horas por dia em centros
de recuperação. A interação atleta/paciente com seu
fisioterapeuta deve ser perfeita.
Hoje, existem centros de fisioterapia, de alto nível,
onde profissionais capacitados reintroduzem o atleta
em seu ambiente. É de suma importância que esse profissional
conheça o gestual característico da modalidade
esportiva do indivíduo e, numa fase final de tratamento,
simule gestos de força, equilíbrio, resistência,
dando estímulos para que esse atleta readquira plenamente
a confiança, voltando à prática de sua modalidade
totalmente recuperado. O aumento da prática
esportiva também provoca um aumento na incidência
de lesões. Várias são as causas, como a falta de preparação
física e de orientação para a prática esportiva.
(cohen, 2003).
Temos que ressaltar que o esporte de competição,
nada tem a ver com saúde. Isso se dá , porque o corpo
humano, principalmente, o sistema músculo-esquelético-articular
é um instrumento privilegiado
No esporte, na área da competição, se treina todos os
dias e o atleta tem pouco tempo para descansar. Daí, a
principal diferença entre os atletas e os não atletas.
O que poucos atletas e os seus respectivos treinadores
levam em consideração é o aspecto preventivo no
tratamento de lesões, quer se discuta atividade física
de alto rendimento ou como coadjuvante de tratamentos
médicos. Hoje, dentro de uma nova realidade, se faz
necessário um aumento na longevidade dos atletas. É
comum indivíduos com 40, 50 anos continuarem
competindo em alto-rendimento, coisa praticamente
imposssível há 20 ou 30 anos. O aumento da indicação
terapêutica da atividade física e o próprio aumento de
seus praticantes fazem da prevenção uma prioridade
cada vez maior para os fisioterapeutas desportivos.(fo
ntana,1999).
Segundo Pedrinelli (pedrinelli,2002), a base de todas
as teorias envolvidas no trabalho de prevenção e
reabilitação de lesões tem que levar em conta a capacidade
de se avaliar adequadamente as limitações de
quem pratica o esporte associada ao conhecimento
da magnitude e tipo de sobrecarga que a prática do
esporte gera. Atletas bem condicionados sofrem um
menor número de lesões. A fisioterapia desportiva é
um componente da medicina esportiva e suas práticas
e métodos são aplicados nos casos de lesões causadas
por esportes, com o propósito de prevenir, sanar e
recuperar as lesões.(negrão,2002).
Referências:
Cohenm.; abdala,r.j. Lesões no esporte: diagnóstico,
prevenção e tratamento.
Rio de janeiro: revinter, 2003
Fontana,r.f. o papel da fisioterapia da performance do
atleta.revista de fisioteraoia da universidade de São
paulo.6(sup esp):79. 1999.São paulo: ed fmusp.
Negrão,S.S. Introdução a fisioterapia desportiva.2002.
Disponível em:http://www.personalfit.com.br acesso
em 25/08/2003.
Pedrinelli,A.Prevenção de lesões esportivas.2002.
Disponível em http//www.lincx.com.br/lincx/orientação/prevenção/aspectos.html.Acesso
em: 29/07/2002.
Dr. Fábio Taccolini
Fisioterapeuta residente na Clínica Fisiobarra RJ
Professor de Jiu-Jitsu - faixa preta - da Academia Akxebjj,
Rio de Janeiro.