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10| {ECONOMIA}<br />
PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2016<br />
www.metrojornal.com.br<br />
Crédito. Taxa de juros<br />
para pessoa física cai pela<br />
primeira vez em 24 meses<br />
CONFIRA Taxas de juros mensal, em %<br />
CARTÃO DE CRÉDITO<br />
CHEQUE ESPECIAL<br />
EMPRÉSTIMO EM FINANCEIRA<br />
JUROS DO COMÉRCIO<br />
EMPRÉSTIMO EM BANCOS<br />
CDC (BANCOS)<br />
MÉDIA<br />
OUT/15<br />
13,73<br />
10,36<br />
7,90<br />
5,35<br />
4,24<br />
2,22<br />
7,30<br />
Após 24 meses seguidos de alta,<br />
os juros das operações de<br />
crédito para pessoas físicas<br />
caíram em outubro, segundo<br />
levantamento da Anefac (Associação<br />
Nacional dos Executivos<br />
de Finanças). A taxa média<br />
passou de 8,24% ao mês<br />
em setembro para 8,2% em<br />
outubro. É o menor valor desde<br />
agosto de 2016, quando foi<br />
de 8,13% ao mês.<br />
Segundo Miguel José Ribeiro<br />
de Oliveira, diretor da<br />
Anefac, a queda é reflexo<br />
do corte da Selic e da melhora<br />
das expectativas para<br />
a economia.<br />
Para Oliveira, a tendência<br />
é de que o BC continue a reduzir<br />
os juros básicos, considerando<br />
a melhora das expectativas<br />
de inflação e da<br />
situação fiscal. Apesar disso,<br />
Oliveira vê possibilidade<br />
de novas altas nos juros para<br />
consumidores, por causa do<br />
cenário econômico do país<br />
que pressiona os índices de<br />
inadimplência, considerando<br />
o desemprego em níveis<br />
recordes. METRO<br />
JUL/16<br />
15,49<br />
12,46<br />
8,50<br />
5,90<br />
4,70<br />
2,36<br />
8,24<br />
OUT/16<br />
15,39<br />
12,51<br />
8,43<br />
5,86<br />
4,68<br />
2,32<br />
8,20<br />
AO ANO<br />
457,21<br />
311,43<br />
164,12<br />
98,05<br />
73,13<br />
31,68<br />
157,47<br />
Dólar tem maior alta em<br />
8 anos e vai a R$ 3,361<br />
Aversão ao risco. Moeda norte-americana dispara com incertezas sobre Estados Unidos<br />
EVOLUÇÃO<br />
4/JAN<br />
3,993<br />
FONTE: REUTERS<br />
20/JAN<br />
4,165<br />
Dólar comercial, em R$<br />
ONTEM<br />
3,361<br />
JAN MAR MAI JUL SET NOV<br />
4,25<br />
4<br />
3,75<br />
3,5<br />
3,25<br />
3<br />
A onda de aversão ao risco por<br />
conta da vitória de Donald<br />
Trump nos EUA e a ausência<br />
do Banco Central brasileiro<br />
no mercado de câmbio fizeram<br />
o dólar fechar na maior<br />
valorização em oito anos.<br />
A moeda norte-americana<br />
avançou ontem 4,73%, a<br />
R$ 3,3614 na venda, maior<br />
alta de fechamento desde<br />
22 de outubro de 2008,<br />
quando subiu quase 6%.<br />
Às 18h23, o dólar turismo<br />
era vendido entre R$ 3,54 e<br />
R$ 3,60 em espécie, incluindo<br />
IOF e taxas, segundo o site<br />
Melhor Câmbio. No cartão<br />
pré-pago, a cotação estava<br />
entre R$ 3,72 e R$ 3,79.<br />
Na véspera, o dólar comercial<br />
havia subido quase<br />
1,5% sobre o real, já reagindo<br />
à eleição de Trump como<br />
presidente norte-americano.<br />
A moeda já abriu a sessão<br />
em forte alta após o BC anunciar,<br />
na noite de quarta-feira,<br />
que interrompeu a oferta de<br />
leilões quase diários de swaps<br />
cambiais reversos, equivalentes<br />
à compra futura de dólares.<br />
O objetivo é “acompanhar<br />
e avaliar as atuais<br />
condições de mercado” após a<br />
inesperada vitória de Trump.<br />
Contribuiu também para<br />
a disparada do dólar a<br />
notícia de que a defesa da<br />
ex-presidente Dilma Rousseff<br />
entregou ao TSE (Tribunal<br />
Superior Eleitoral) documentos<br />
que apontam que<br />
uma doação de R$ 1 milhão<br />
feita à campanha eleitoral<br />
de 2014 pela empreiteira<br />
Andrade Gutierrez foi direcionada<br />
ao então vice-presidente<br />
Michel Temer.<br />
No exterior, os investidores<br />
ainda pressionaram as<br />
moedas emergentes, como<br />
o peso mexicano, o rand sul-<br />
-africano e o peso colombiano,<br />
após a vitória de Trump<br />
à presidência dos EUA, que,<br />
apesar de ter adotado um tom<br />
mais conciliador em seu discurso<br />
após as eleições, ainda<br />
gerava cautela nos mercados.<br />
Bolsa despenca 3,25%<br />
A onda de aversão ao risco<br />
também atingiu o mercado<br />
acionário brasileiro, que foi<br />
influenciado ainda por notícias<br />
corporativas e políticas<br />
locais. O Ibovespa, principal<br />
índice da Bolsa brasileira, fechou<br />
em queda de 3,25%, a<br />
61.200,96 pontos. É a segunda<br />
baixa seguida da Bovespa,<br />
que havia caído 1,4% na véspera.<br />
METRO