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Livro-de-oraes

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aixeza, vê a minha labuta, como é gran<strong>de</strong>, e retira <strong>de</strong> mim<br />

todos os meus pecados, Ó Deus <strong>de</strong> tudo: com um coração<br />

puro, tremor em meus pensamentos e uma alma contrita,<br />

possa eu participar dos Teus imaculados e santíssimos<br />

Mistérios, pelos quais, aquele que come e bebe com pureza<br />

<strong>de</strong> coração é prontamente <strong>de</strong>ifcado. Tu disseste, Mestre:<br />

quem come a Minha Carne e bebe Meu Sangue está em Mim<br />

e Eu nele. Verda<strong>de</strong>iras são todas as palavras <strong>de</strong> meu Mestre<br />

e Deus; pois qualquer que participe da divina e <strong>de</strong>ifcante<br />

graça não está mais sozinho mas está Contigo, meu Cristo, a<br />

Luz tríplice que ilumina o mundo. E possa eu nunca fcar<br />

sozinho sem Ti, Doador da vida, meu Fôlego, minha Vida,<br />

meu Júbilo, Salvação do mundo, por isto lanço-me em Tua<br />

direção, como po<strong>de</strong>s ver, com lágrimas e a alma contrita.<br />

Suplico-Te, Ó Resgate <strong>de</strong> minhas ofensas, que me recebas e<br />

que eu possa participar <strong>de</strong> Teus vivifcantes e perfeitos<br />

Mistérios sem risco <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação, que Tu permaneças<br />

comigo, triplamente indigno que sou, como Tu prometeste,<br />

para que o enganador, encontrando-me sem a Tua graça,<br />

ardilosamente não se apo<strong>de</strong>re <strong>de</strong> mim, e tendo me logrado,<br />

lance-me para longe das Tuas <strong>de</strong>ifcantes palavras. Assim<br />

prostro-me diante <strong>de</strong> Ti e com fervor Te clamo: como<br />

recebeste o flho pródigo e a mulher pecadora, Ó<br />

Compassivo, recebe também a mim, pródigo e <strong>de</strong>vasso que<br />

sou. Com a alma contrita venho a Ti. Sei, meu Salvador, que<br />

ninguém pecou contra Ti como eu, nem cometeu as<br />

iniquida<strong>de</strong>s que cometi. Mas sei também que nem a<br />

magnitu<strong>de</strong> das minhas ofensas, nem a multidão dos meus<br />

pecados ultrapassam o abundante sofrimento do meu Deus<br />

e Seu ilimitado amor pela humanida<strong>de</strong>; mas<br />

misericordiosamente Tu purifcas e iluminas aqueles que se<br />

arrepen<strong>de</strong>m, e os fazes partícipes da luz da Tua divinda<strong>de</strong><br />

sem restrição. E estranho aos anjos e a mente dos homens tu<br />

conversaste com eles muitas vezes como com Teus<br />

verda<strong>de</strong>iros amigos. Estas coisas tornam-me arrojado, elas<br />

dão-me asas, Ó Cristo. E tirando coragem da riqueza das

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