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2<br />

poder<br />

Goiânia, 17 de Dezembro 2016<br />

DIÁRIO DO ESTADO<br />

Pastor Silas Malafaia é<br />

alvo de operação da PF<br />

Redação<br />

O<br />

pastor Silas Malafaia<br />

chegou à Polícia Federal<br />

em São Paulo na tarde<br />

de ontem, para depor sobre<br />

as suspeitas que pesam contra<br />

ele de lavar dinheiro de um esquema<br />

de fraudes de royalties.<br />

Alvo da Operação Timóteo, o<br />

pastor tem contra si um mandado<br />

de condução coercitiva,<br />

expedido pela Justiça Federal<br />

em Brasília. Ele é investigado<br />

por supostamente receber valores<br />

do principal escritório de<br />

advocacia investigado no caso.<br />

Mafalaia está em São Paulo,<br />

onde inaugurou uma igreja<br />

no último fim de semana,<br />

segundo informou a área de<br />

comunicação da Igreja Assembleia<br />

de Deus Vitória em<br />

Cristo, que preside.<br />

A Polícia Federal trabalha<br />

com a hipótese de que Malafaia<br />

teria emprestado contas<br />

correntes de uma instituição<br />

religiosa sob sua influência<br />

com a intenção de ocultar a<br />

origem ilícita de valores.<br />

À entrada da PF, Malafaia<br />

afirmou que recebeu uma<br />

“doação pessoal” no valor de<br />

R$ 100 mil. Ele negou envolvimento<br />

com o esquema desmontado<br />

pela Timóteo.<br />

Segundo o pastor, um empresário<br />

foi apresentado a ele<br />

por um outro pastor. Ele disse<br />

que “orou” pelo empresário<br />

que, depois, fez a doação de R$<br />

100 mil por meio de um depósito<br />

em sua conta pessoal. Malafaia<br />

afirma ter recolhido os impostos<br />

referentes à “doação”.<br />

Antes de entrar no prédio<br />

da PF, no bairro da Lapa, o<br />

pastor declarou que sofre uma<br />

“perseguição” da Justiça. Alegou<br />

que em várias ocasiões<br />

defendeu responsabilização<br />

dos exageros do Judiciário.<br />

O diretor do Departamento<br />

Nacional de Produção Mineral,<br />

Marco Antonio Valadares<br />

Moreira, e a mulher dele foram<br />

presos pela PF. A Operação Timóteo<br />

envolve ainda Alberto<br />

Jatene, filho do governador do<br />

Pará, Simão Jatene (PSDB).<br />

Os policiais fizeram buscas<br />

e apreensões em 52 diferentes<br />

endereços relacionados a um<br />

esquema de corrupção em cobranças<br />

judiciais de royalties<br />

da exploração mineral (65% da<br />

chamada Compensação Financeira<br />

pela Exploração de Recursos<br />

Minerais - CFEM - tem<br />

como destino os municípios).<br />

Divulgação<br />

Em 2015, os valores recolhidos<br />

a título de CFEM chegaram a<br />

quase R$ 1,6 bilhão.<br />

A Timóteo investiga se<br />

o diretor do Departamento<br />

Nacional de Produção Mineral,<br />

detentor de informações<br />

privilegiadas a respeito de dívidas<br />

de royalties, oferecia os<br />

serviços de dois escritórios de<br />

advocacia e uma empresa de<br />

consultoria a municípios com<br />

créditos de CFEM junto a empresas<br />

de exploração mineral.<br />

O juiz Ricardo Augusto Soares<br />

Leite, da Justiça Federal de<br />

Brasília, determinou ainda que<br />

os municípios se abstenham de<br />

realizar quaisquer atos de contratação<br />

ou pagamento aos três<br />

escritórios de advocacia e consultoria<br />

sob investigação.<br />

De acordo com a Polícia Federal,<br />

o esquema se dividia em<br />

ao menos 4 grandes núcleos: o<br />

núcleo captador, formado por<br />

um Diretor do DNPM e sua<br />

mulher, realizava a captação de<br />

prefeitos interessados em ingressar<br />

no esquema; o núcleo operacional,<br />

composto por escritórios<br />

de advocacia e uma empresa de<br />

consultoria em nome da esposa<br />

do Diretor do DNPM, que<br />

repassava valores indevidos a<br />

agentes públicos; o núcleo político,<br />

formado por agentes políticos<br />

e servidores públicos responsáveis<br />

pela contratação dos<br />

escritórios de advocacia integrantes<br />

do esquema; e o núcleo<br />

colaborador, que se responsabilizava<br />

por auxiliar na ocultação e<br />

dissimulação do dinheiro.<br />

A Operação Timóteo começou<br />

ainda em 2015, quando a<br />

então Controladoria-Geral da<br />

União enviou à PF uma sindicância<br />

que apontava incompatibilidade<br />

na evolução patrimonial<br />

de um dos diretores do DNPM.<br />

Apenas esta autoridade pública<br />

pode ter recebido valores que ultrapassam<br />

os R$ 7 milhões.<br />

Apenas 2 em cada 10 brasileiros consideram governo Temer melhor que o de Dilma<br />

A avaliação negativa do<br />

governo de Michel Temer<br />

(PMDB) cresceu 7% em relação<br />

a setembro, aponta pesquisa<br />

do Ibope e da Confederação<br />

Nacional da Indústria<br />

(CNI) divulgada ontem. No<br />

total, 46% dos brasileiros<br />

classificaram o atual governo<br />

como ruim ou péssimo.<br />

O percentual de pessoas<br />

que consideram o governo<br />

regular é de 35% e os que<br />

avaliaram como ótimo ou<br />

bom somam 13%. Outros 6%<br />

não sabem ou não responderam.<br />

Em setembro, 14% dos<br />

entrevistados acharam o governo<br />

ótimo ou bom, 34%<br />

regular e 12% não sabiam<br />

ou não responderam.<br />

Já em comparação ao<br />

governo anterior, de Dilma<br />

Rousseff (PT), apenas 21%<br />

dos entrevistados consideram<br />

que o atual é melhor.<br />

Para 42%, o governo atual é<br />

igual ao anterior, enquanto<br />

34% das pessoas consideram<br />

a gestão de Temer pior<br />

que a da ex-presidente. Outros<br />

3% não souberam ou<br />

não responderam.<br />

Sobre a maneira do presidente<br />

Temer governar, o índice<br />

de desaprovação cresceu<br />

9% em relação a setembro,<br />

saindo de 55% para 64%. Enquanto<br />

isso, 26% aprovam<br />

o governo, índice que foi de<br />

28%. Em relação à confiança,<br />

23% confiam em Temer e 72%<br />

não confiam. Na pesquisa anterior,<br />

26% declararam confiar<br />

no presidente e 68% não.<br />

Perspectivas<br />

Ao responder sobre as<br />

perspectivas em relação ao<br />

restante do governo Temer,<br />

43% consideram que será<br />

ruim ou péssimo, 32% que<br />

será regular e 18% acreditam<br />

que será ótimo ou<br />

bom. Outros 7% não sabem<br />

ou não responderam.<br />

Em setembro, 38% dos<br />

entrevistados declararam<br />

acreditar que o restante do<br />

governo será ruim ou péssimo,<br />

30% que será regular<br />

e 24% disseram acreditar<br />

que será ótimo ou bom. Na<br />

ocasião, o percentual dos<br />

que não sabem ou não responderam<br />

foi de 8%.<br />

Divulgação<br />

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