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DIÁRIO DO ESTADO Goiânia, 31 de Janeiro de 2017
poder 3
Notíci@pura
Divino Olavio
divinoolavio@gmail.com
Posse de Vitti amanhã
o fortalece para 2022
Quando o deputado José Vitti (PSDB) - foto - for empossado na presidência
da Assembleia Legislativa, amanhã, estará assumindo aquela
poder um empresário que, pelo que já declarou, parece ter entrado para
a política, não para ser apenas deputado. Não pera ser apenas presidente
do Legislativo, embora não esconda fosse esse o seu maior projeto
ao desistir da candidatura a um mandato na Câmara Federal, pelo da
Assembleia. Empresário bem sucedido na região de Palmeiras, de pouca
conversa, José Vitti, em pouco tempo, já conquistou um lugar importante
na política estadual, para ser, quem sabe, o candidato do PSDB ao
governo do Estado, daqui a quatro anos: a simpati e a total confiança de
Marconi Perillo. Com o trabalho que vai desenvolver dentro da legenda
para conquistar a simpatia dos demais segmentos, a sua caminhada
rumo ao Palácio das Esmeraldas, em 2022, pode começar amanhã.
Fim do mistério
Com a homologação
ontem das delações dos 77
executivos da Odebrecht,
pela presidente do STF,
ministra Carmem Lúcia, é
só uma questão de dias, ou
de horas, pra vir a público
o conteúdo dos depoimentos
prestados à força tarefa
da Lava-Jato, em Curitiba.
A lista
O total de políticos citados
nas delações da Odebrecht
chega a 200, conforme lista
apreendida pela Polícia
Federal, em 23 de março
de 2016. Ela é composta
por deputados, prefeitos,
ex-prefeitos, senadores, ex-
-senadores, governadores e
ex-governadores.
Nomes
Os principais partidos políticos
do País e alguns nomes
do alto escalão do PIB da
política brasileira integram
o listão. Alguns deles, inclusive,
da política goiana.
Mudanças
Há quase que um consenso
entre os analistas políticos
do País, no sentido
de que o Brasil não será
o mesmo, do ponto de
vista da prática dos nossos
políticos, a partir da Operação
Lava-Jato, com as
delações da Odebrecht.
Sem surpresa
Nenhuma surpresa ou
novidade nas declarações
do prefeito Iris Rezende
(PMDB) e do governador
Marconi Perillo (PSDB),
negando alianças entre
seus partidos, para 2018.
Ingenuidade
Seria ingenuidade esperar
que Iris e Marconi dissessem
o contrário, agora.
Iris se envolveria numa
encrenca de proporções
inimagináveis. Seria o
mesmo que atear fogo na
sua base de sustentação
na Câmara de Vereadores,
onde teve que suar a
camisa formar maioria.
Vespeiro
Partidos importantes da sua
base, como o Democrata e
o PRP poderiam caminhar
até para um rompimento,
se o prefeito pelo insinuasse
qualquer possibilidade nesse
rumo. Experiente, Iris jamais
entrará num vespeiro desse.
Pegaria mal
E, ao governador Marconi
Perillo, também não
lhe ficaria bem defender,
publicamente, aliança com
um partido historicamente
de oposição, quando no
seu partido há um pretendente
tentando se viabilizar
como candidato.
Fidelidade
Líder da bancada do PMDB na
Assembleia Legislativa, o deputado
José Nelto garante que não
muda de partido nem quando
deixar de fazer política.
Simulação
O vereador Jorge Kajuru (PRP)
ficou nove pontos à frente do segundo
colocado, numa simulação
de eleição para o Senado, realizada
nas 30 maiores cidades do
Estado, concluída na semana passada.
A simulação foi feita com a
apresentação de cartela, contendo
os nomes mais cogitados dos prováveis
candidatos às duas vagas
para o Senado, em 2018.
Quem fez
O levantamento feito por um
instituto de grande conceito na
área de pesquisa no País, contratado
por um partido político.
Balestra sondado
Eleitor decidido de Jovair
Arantes na eleição de presidente
da Câmara, o deputado Roberto
Balestra ainda não sabe para qual
secretaria o governador Marconi
Perillo pretende escala-lo.
Com a família
Roberto Balestra se diz feliz por
ter conseguido dedicar três dias
nessa virada de ano, para ficar
com a família. Foram três dias
numa viagem a Aruanã, sendo
um dia na cidade e dois na estrada,
um pra ir e outro para voltar.
Segundo ele, foi a primeira
vez que pode experimentar esse
lazer, durante os últimos 30
anos de atividade política.
Com cabeça raspada, Eike
é transferido de presídio
Redação
O
empresário Eike Batista
deixou o presídio
Ary Franco, na Zona
Norte do Rio, por volta das
13h30 desta segunda-feira
(30). Com a cabeça raspada
e uniforme de detento, ele foi
colocado dentro de uma viatura,
carregando um travesseiro
na mão, rumo ao Complexo
Penitenciário de Gericinó,
em Bangu, na Zona Oeste.
O empresário, que era considerado
foragido e estava em
Nova York, foi preso ao desembarcar
no Galeão, pela manhã.
Segundo as primeiras informações,
após a triagem no
Ary Franco, foi decidido que
o empresário ficará na Cadeia
Pública Bandeira Stampa,
conhecida como Bangu
9. O motivo seria a falta de
segurança na penitenciária,
segundo o Jornal Hoje.
Por não ter nível superior,
Eike não pode ir para Bangu
8, mesmo presídio em que está
o ex-governador Sérgio Cabral
e outros presos durante as operações
Calicute e Eficiência,
desdobramentos da Lava Jato.
Segundo agentes do Serviço
de Operação Especiais
da Secretaria de Administração
Penitenciária (Seap),
que fizeram o transporte de
Eike para Bangu, o Bandeira
Stampa é uma cadeia em que
não há domínio de facção criminosa.
As celas são para até
oito presos, que costumam
trabalhar dentro das próprias
unidades prisionais – por
isso, ganharam o apelido de
“faxina”. Entre os detidos
estão milicianos, alguns ex-
-PMs e outros ex-servidores.
Eike ficou quase duas horas
no Ary Franco. Ele foi preso
por agentes da Polícia Federal
às 10h. O empresário é suspeito
dos crimes de lavagem de
dinheiro e corrupção ativa.
O empresário teve a prisão
preventiva decretada depois
que dois doleiros disseram
que ele pagou propina de
US$ 16,5 milhões a Sérgio
Cabral, o equivalente a R$ 52
milhões. A prisão preventiva
foi decretada pelo juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Criminal,
na operação Eficiência.
O advogado dele, Fernando
Martins, estava no Ary Franco
quando Eike chegou. “A defesa
não teve acesso a ele, não
conseguimos traçar a linha
de defesa, então nós vamos
aguardar e conversar com o
cliente. Até agora, as medidas
jurídicas que estamos adotando
são no sentido de preservar
a integridade física dele. Não
Reprodução
posso acrescentar o que será
feito agora. Ontem, ele deu
uma entrevista no sentido
que ele disse que passaria a
limpo, vai prestar os esclarecimentos
necessários. A gente
vai definir a linha de defesa
em conjunto.”, afirmou.
Entrevista no
aeroporto
Antes do embarque em
Nova York, Eike disse em
entrevista ao repórter Felipe
Santana e ao cinegrafista Sherman
Costa, da TV Globo, que
“está à disposição da Justiça”.
“Acho que o Ministério Público
está passando o Brasil
a limpo de uma maneira fantástica.
Eu digo que o Brasil
que está nascendo agora vai
ser diferente. Porque vai pedir
suas licenças, vai passar pelos
procedimentos normais, transparentes,
e se você for melhor
vai ganhar e acabou a história”,
declarou. “Estou à disposição
da Justiça. Como Brasileiro,
estou cumprindo o meu dever.
Estou voltando. Essa é minha
obrigação (...) Como estou nessa
fase me entregando à Justiça,
é melhor não falar nada.”
No aeroporto, algumas pessoas
pedir para tirar fotos com o
empresário. Questionado sobre
essas atitudes, ele respondeu:
“Carinho [de pessoas] que enxergam
que eu devo ter feito muita
coisa boa no Brasil, né?”, disse.
Em seguida, um homem
que passa por trás de Eike provoca:
“Vai tomar Catuaba Selvagem
[bebida barata à base
de vinho] lá com o teu colega
Cabral [Sérgio, ex-governador
do Rio]?”. Eike olha, retorna
para a entrevista e diz:
“Paciência, é assim, né?”.
Em seguida, fala sobre a
Operação Lava Jato. “Olha, é
aquele negócio, se foram cometidos
erros, você tem que pagar
pelos erros que você fez”, diz,
antes de responder se considera
que errou. “Eu acho que não.”