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Uma Igreja a Caminho

Maio de 2016 - 6 edição

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todos felizes e alegres; onde estivesse, era sempre o centro das brincadeiras, recordando aventuras<br />

dos tempos idos e das “tramas” para fugir à austera disciplina dos rigorosos tempos de estudante.<br />

Carismático e prestativo, Frei Arnaldo era um tipo muito especial, não só como sacerdote, mas,<br />

como liderança e pessoa do povo. Era brincalhão e esportista (Corinthiano roxo), reconhecido pelo<br />

próprio clube Corinthians que lhe outorgou uma “Carteira Permanente” para ele entrar gratuitamente<br />

em qualquer estádio onde o “timão” estivesse jogando.<br />

Em 10 janeiro de 1969, com grande tristeza dos votuporanguenses, foi transferido para Ilha Solteira<br />

(SP), onde, igualmente, conquistou a todos.<br />

Aos 12 de outubro de 1976, quando ia de Ilha Solteira para a estimada Votuporanga a fim de pregar<br />

na festa da Senhora Aparecida, seu carro, dirigido por Frei Ludovico Sesso foi colhido por um<br />

ônibus no Km. 509 da Rodovia Feliciano S. Cunha, no trevo de Nhandeara. Teve morte instantânea,<br />

enquanto Frei Ludovico ainda sobreviveu por algumas semanas.<br />

Mais de 5 mil pessoas participaram do funeral de Frei Arnaldo, quando houve missa presidida<br />

pelo bispo de Jales, Dom Luís Peres e concelebrada por inúmeros sacerdotes em Votuporanga. Seu<br />

corpo foi sepultado no Cemitério Municipal juntamente ao do falecido frei Damião. Seu túmulo<br />

ainda é o mais visitado no Cemitério Municipal de Votuporanga. Em requerimento da Assembleia<br />

Legislativa do então deputado Áureo Ferreira, Frei Arnaldo foi reconhecido postumamente como<br />

“um verdadeiro samaritano de nosso tempo, que fez do seu sacerdócio uma profissão de entrega total.<br />

Soube fazer da filantropia uma responsabilidade consciente durante toda a existência. Homem<br />

atualizado com os problemas de nossa época, humanitário por excelência, conseguindo granjear<br />

a estima dos que, mesmo não professando a mesma fé, viam nele um exemplo de ser humano...”<br />

O falecido Fiori Gigliotti, o maior nome da narração esportiva do rádio brasileiro, parou o Brasil<br />

assim que soube da morte de Frei Arnaldo para, em crônica no rádio, homenagear e dizer Adeus ao<br />

religioso e esportista Frei Arnaldo.<br />

Em Ilha Solteira, o Centro Comunitário e o Estádio Municipal levam seu nome, além de haver<br />

um busto do saudoso frei em frente à <strong>Igreja</strong> Matriz. Em Votuporanga, uma praça, a ETEC e uma<br />

entidade assistencial lembram o grande amigo da cidade.<br />

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