PINTAS

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O presente trabalho aborda a temática do
projecto relativo ao primeiro semestre do
primeiro ano do Mestrado em Design, da
Escola Superior de Media Artes e Design,
denominado de “PACKAGING + MATERI-
AIS + IDENTIDADE”. O projecto consiste,
após a escolha por grupo da àrea a trabalhar
( produtos de limpeza/manutenção,
produtos alimentares ou produtos de
higiene ), o desenvolvimento/criação de
toda a identidade da marca identificada
dentro do sector obtido, desde a imagem
gráfica à do próprio produto.
Através de uma equipa multidisciplinar,
com vertentes nas diferentes áreas de
design industrial/produto e gráfico/publicidade,
o grupo deve saber conjugar a
identidade e a embalagem num todo, e
não somente na soma das suas partes,
correspondendo assim às necessidades
criadas pelo utilizador pensado, criando
com isto uma total e única experiência
sensorial entre ambos.
Este trabalho é realizado pelos mestrandos:
Diogo Couto - Design Industrial
Jorge Silva - Design Gráfico e Publicidade
Pedro Pereira - Design Gráfico e Publicidade
Docentes
Ana Rita Coelho
Rui Alves
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WINE AND SOUL
Contexto da Marca
10/13
14/17
ESBOÇOS
Primeiras ideias
BRAINSTORMING
Brainstorming +
Needfinding
18/21
ÍNDICE
22/23
PERSONA
Persona + Kitchen +
Inicio do conceito
32/73
A NOSSA SOLUÇÃO
Produto final
CONCEITO GRÁFICO
Novo conceito da
marca Azeite Pintas
24/31
CONCEITO PRODUTO
Novo conceito da
marca Azeite Pintas
74/78
ANEXOS
Ficheiros
complementares
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Contexto da Marca
WINE AND SOUL
Começou em 2001 a aventura de Sandra
Tavares da Silva e Jorge Serôdia Borges.
Este jovem casal da Grande Lisboa uniu-se
em prol dum sonho comum, um projecto
ao qual se dedicaram de corpo e alma, a
Wine & Soul.
O nome Wine & Soul é a consequência da
sua paixão e entrega total ao vinho.
Desde o início que o trabalho desta
empresa se foca numa incansável procura
por vinhas excepcionais no vale do
Pinhão, o coração histórico dos grandes
vinhos do Porto, e dar-lhes voz.
A sua primeira criação foi um vinho, de
nome Pintas, inspirado no irrequieto
pointer do casal. Aquele que era no início
um vinho de garagem é hoje a imagem
da história e tradição durienses, fazendo
uso de uvas de vinhas velhas com mais de
30 castas misturadas. Nele a grandeza,
amplitude e riqueza desta região
encontram uma fiel representação.
Mais tarde chegaram o Pintas Character,
o branco Guru, o Porto Vintage Pintas e
o extraordinário Vinho do Porto 5G. Este
último resulta de um lote de vinhos muito
velhos, alguns dos quais com mais de cem
anos de idade.
Em 2009 nascem ainda os vinhos da
famosa Quinta da Manoella, propriedade
belíssima onde vinhas com mais de cem
anos de idade vigoram lado a lado com
vinhas jovens de 30 anos e algumas ainda
mais recentes. O Quinta da Manoella
Vinhas Velhas afirmou-se de imediato
como um dos grandes vinhos do Douro.
Com este repertório, a Wine & Soul tornou-se
a imagem do Douro moderno: um
Douro em que a natureza e a
personalidade de cada vinha falam mais
alto. Com intervenções mínimas durante a
vinificação, é o seu terroir único, que cada
ano agrícola molda a seu gosto, que
determina a expressão de cada vinho.
Sandra e Jorge acreditam na força da
aliança entre o Vinho do Porto e do Douro,
e nela empenham o seu trabalho. Hoje
a Wine & Soul e os seus vinhos são a
prova viva de que as vinhas tradicionais
de onde nascem os grandes Vintage são
igualmente capazes de produzir grandes
vinhos do Douro.
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Desde a raiz que a filosofia da Wine &
Soul se baseia no respeito pelo legado
familiar que lhe foi transmitido e pela
longa tradição vitivinícola da região do
Douro. Mas não se limita apenas a aceitar
essa herança tão nobre: compromete-se
também a engrandecê-la com a sua
visão jovem.
Numa sincera reverência ao terroir
duriense, aposta na produção de “single
vineyards”, em que cada vinho assume
uma identidade própria, reflexo da vinha
que lhe deu origem. Ano após ano, o
conhecimento íntimo de cada parcela é
aprofundado e o processo de vinificação
aperfeiçoado ao pormenor, atingindo um
patamar de qualidade único.
Seguindo o ideal de que “o vinho é o
resultado de uma combinação de variados
detalhes”, na Wine & Soul todos os passos
da sua criação são alvo da maior atenção,
desde as intervenções na vinha à qualidade
dos rótulos. O fruto desse empenho
e dedicação são vinhos que representam
o terroir excepcional da região do Douro, e
que são louvados a nível nacional e internacional
pelo seu encanto e carácter.
Tal como “não só de pão vive o Homem”,
nem só de vinho vive o Douro. Os olivais
de bordadura são um elemento silencioso
de diversidade nesta região, que guarda as
vinhas sem praticamente ser notado.
Foi não só graças à pesquisa mas sobretudo
a uma visita à quinta Wine & Soul,
casa do Pintas, que muito conhecimento
nos foi transmitido e factores históricos
nos foram trespassados para que
pudéssemos compreender mais e melhor
o porquê e a importância da aposta do
azeite desta região.
Foi infelizmente graças a uma praga que
esta ligação do Douro com o azeite teve
início. Crê-se que a Filoxera chegou a esta
região em finas do séc XIX, desencadeando
a destruição de um número infindável
de viniculturas e consequentemente das
zonas de origem dos melhores vinhos.
Esta praga, fez com que os rendimentos
baixassem drasticamente, provocando
escassez de vinho e uma subida do seu
preço. Em alternativa, os produtores encontraram
na venda de tabaco e na plantação
de oliveiras, uma solução viável à
sobrevivência de uma região unicamente
ligada à produção de vinho.
Anos passaram, castas foram recuperadas
e a excelência do Douro manteve-se, onde
estes históricos olivais permanecem como
elemento fulcral das quintas, optando pelo
seu aproveitamento com produção de
azeite ou somente pela venda da azeitona.
É das oliveiras que rodeiam a vinha do Pintas
que nasce mais um especial produto
da Wine & Soul. Destas antigas guardiãs,
com mais de 70 anos, é produzido o
Azeite Pintas, que conjuga aromas frescos
e de especiarias, com um final de boca
intenso e persistente.
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Brainstorming + needfinding + use experience
BRAINSTORMING
Foi através de um extenso mas sobretudo
rico processo de pesquisa que iniciamos.
Graças à aprendizagem retida em projectos
anteriores, esta é, apesar de fase inicial
e consequentemente a mais vaga a nível
de conceitos e ideias, a mais importante
de todo o caminho. Com a necessidade de
traçar aquele que viria a ser o finalmente
percorrido, percorremos também nós
inúmeras soluções possíveis antes mesmo
de optar por aquela que viria a ser a mais
pormenorizadamente estudada até atingir
o produto final apresentado.
Após concluirmos que existia a ideia
comum de todos os elementos de
trabalhar uma embalagem de transporte
de líquido, independente à forma que
fosse produzida, o mais importante seria
a presença em diferentes níveis do
quotidiano do utilizador.
Fortemente trabalhado e a atingir uma
ruptura de soluções no mercado, os
vinhos são produtos que servidos à mesa,
tendem também a ser bastante importantes
na cozinha e não só. Pelas razões
apresentadas, quisemos descartar o que
poderia ser uma opção óbvia dentro do
sector, optando por um outro produto,
que, pela sua excelência tem visto as suas
vendas crescer e é cada vez mais valorizado
fora do nosso país. Deste modo, é
também notória uma maior procura na
remodelação da sua imagem para que não
só o seu sabor seja apreciado lá fora, como
também a sua apresentação.
Direcionamo-nos em total acordo para um
produto histórico do nosso país e da vida
dos portugueses, o azeite.
Inicialmente fomos à procura de conhecer
a sua história, tendo já em destaque a
zona do alto douro e trás os montes como
aquela que gostaríamos de trabalhar, pela
ligação que possuímos mas sobretudo
pela sua riqueza natural e histórica que seria
para nós, mote único para um trabalho
de excelência.
São por todos reconhecidos como dos
melhores azeites a nível mundial, e não foi
com surpresa que a marca que viríamos
a escolher para desenvolver este trabalho,
fosse a mais bem conoctada de sempre
numa das melhores revistas mundiais
sobre a matéria.
Graças a uma lista em que estão identificados
os 50 melhores azeites nacionais,
fizemos uma seleção em redor daqueles
cujo o nome sonante nos transmitiria algum
tipo de ligação e ideia. “Pintas”, nome
de extrema força, facilmente decorado e
lido em diferentes línguas, com um poder
de grafismo imenso e que nos levou
rapidamente a optar como o favorito e a
ser trabalhado.
Divididos entre as três embalagens
pretendidas pelo projeto, como referido
inicialmente era nosso desejo e conseguimos
estar presentes em diferentes tipos de
utilização do consumidor. À mesa através
de uma garrafa de 33cl, na cozinha com
75cl e finalmente com um garrafão de
reeabastecimento de 3L ou 5L.
Desde o peso e transporte de um garrafão
de 5L, ao material da garrafa de cozinha
para que não escorregue das mãos com o
líquido que poderia eventualmente verter.
Identificar os principais problemas foi o
mote para unirmos na perfeição a estética
mas sobretudo a funcionalidade de cada
uma destas embalagens, respondendo
assertivamente na solução que viríamos
a encontrar, para que desta forma fosse
oferecida uma experiência única ao consumidor,
não somente pelo sabor transportado,
mas igualmente pelo seu transporte
e processo de utilização.
Importância histórica e actual do azeite
nas casas dos consumidores, valores
a acrescentar e muitos outros que não
poderíamos perder, a complexidade e
elegância de um produto que carrega
em si história e quer ser jovem ao mesmo
tempo, tudo isto foram fatores chave
de needfinding e brainstorming. Após
uma pesquisa imensa, a reflexão ocorre
sobre o público alvo que gostaríamos
de atingir, e deste modo, os esboços
começariam a aparecer.
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Depois de analisar a marca Pintas e de
definirmos no segmento de mercado que
a queríamos posicionar, começamos a
esboçar as primeiras ideias.
No entanto, ao longo do processo acabamos
por abandonar a ideia de ter o cão
figurativo na garrafa mas por transportar
as linhas elegantes e outras características
desta raça de cão, pointer, para a imagem
da marca tanto a nível gráfico como de
produto. Assim não temos um desenho do
cão no seu logotipo mas temos as características
subentendidas na comunicação
da marca.
Completando ainda melhor o pensamento
para a marca, surgiu a persona que criamos
e a cozinha ideal da mesma, assim
como o desejo de posicionar a marca
numa gama alta. Dado que tudo estava
a fazer sentido começamos a nossa abordagem
mais limpa e elegante tendo sempre
como base ter uma “garrafa com pinta”.
Inicialmente começamos por dispor de
forma ordenada algumas pintas pela parte
frontal da garrafa, mas com o evoluir do
projecto fomos descontraindo-as e não só
ganharam uma vida, posições, e tamanhos
diferentes como lhe atribuímos a função
de ser um medidor do azeite.
Primeiras ideias em busca do conceito
ESBOÇOS
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Persona + Kitchen + Inicio do conceito
PERSONA
Sentindo que nos faltava um lado mais
pessoal, que criasse uma ligação emocional
entre o produto e o utilizador,
decidimos elaborar, o mais detalhado
possível, uma persona, que nos ajudasse a
perceber o real utilizador da marca Pintas
- Azeite Virgem Extra. Este passo, revelou-se
um factor determinante na criação
do novo conceito da nossa marca.
José Eduardo Moreira, tem 37 anos e é
solteiro. Já foi casado, e desse casamento
tem uma filha, que vive com a mãe. José
vive na Avenida da Boavista, num apartamento
moderno Duplex.
O seu dia começa às 7h da manhã, onde
inicia o seu turno de trabalho no Montepio,
como banqueiro, e termina às 16h. Sai do
trabalho, e á ida para casa, pára na Foz
para beber um Gin. Volta a casa pelas
18h para, com tempo, preparar o jantar.
Chegando a casa, põe um Jazz, enche um
copo de vinho tinto, e começa a preparar
o jantar, com tempo, sem pressas. Após
terminar o seu jantar, bebe um digestivo
enquanto assiste ao Sic Notícias.
Apesar dos seus 37 anos, José tem um
espírito jovem, e gosta das coisas boas da
vida, fazendo dele um Bon Vivant. Gosta
de se vestir bem, conduz um BMW 530,
preto e a bebida favorita dele é o Gin. A
nível musical, tem um gosto mais clássico,
que envolve o Jazz, Blues e Rock, passando
também pela electrónica com bandas
como Thievery Corporation. José adora
cozinhar, e tudo o que envolve a arte de
cozinhar. Assim, sempre que convida
alguém a jantar em sua casa, gosta de
proporcionar, mais que uma refeição,
uma experiência. Apresenta sempre um
excelente empratamento, complementando
uma mesa meticulosamente bem
preparada. José Eduardo é um perfeccionista,
mas não fundamentalista, gosta de
futebol, mas não é fanático, e interessa-se
por política e pela situação económica
mundial. É um aventureiro, que gosta de
viajar, mas também gosta de sair á noite,
para sítios tranquilos como o Base, ou Gin
House, onde a clientela é um público mais
velho, em que não se importa de pagar
mais, pela qualidade.
José Eduardo Moreira 37 anos
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Tínhamos a nossa persona bem definida,
mas sentíamos que faltava contextualizar
com o ambiente à volta do qual se ia
relacionar com a garrafa. Foi então que, tal
como a criação de uma persona, criámos
também uma hipotética cozinha do José
Eduardo. Conseguimos então o ambiente
exacto do nosso producto pós compra,
numa perfeita harmonia entre o utilizador,
e o produto final. Este revelou-se um passo
gigante na criação do novo conceito da
marca Pintas. Esta cozinha enquadra-se no
estilo modernista apresentado, em tons de
castanho, beje, branco e preto, tendo assim
o cenário perfeito, para servir de elemento
decorativo da mesma.
Os utilizadores, tendem a esconder a
garrafa de azeite, seja na dispensa, ou no
armário da cozinha. O nosso conceito é
precisamente o oposto. Seguir a máxima “
epah, essa garrafa tem pinta”, é o centro
do nosso projecto. Após definir a persona
e a cozinha da mesma, percebemos que
José Eduardo gosta de ostentar, e mostrar
o que tem de bom. Assim, decidimos fazer
uma garrafa que fizesse pandan com a
cozinha, e servisse de elemento decorativo
da mesma.
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novo conceito da marca
Pintas - Azeite virgem extra
CONCEITO
GRÁFICO
Tendo como conceito inicial, o Pointer
do casal ( Pintas ), decidimos não utilizá-lo
de uma forma directa, pois esta é uma
história intimista e fora do
conhecimento geral a relação do cão,
com a marca. Usámo-lo, de uma forma
indirecta, ajudando na criação deste novo
conceito da marca. Assim, com a elegância
de uma garrafa alta e estreita, que nos
remete para a posição de “apontar” (do
pointer), aplicámos no vidro, um rótulo
preto, baço, que remete para o tom da
azeitona.
Mantendo a máximo do “apontar”, criámos
o logótipo Pintas, e decidimos replicar
a “Pinta” do “i”, de uma forma vertical na
garrafa, sendo essas pintas um recorte
do rótulo, que nos “aponta”/indica a
quantidade de azeite que ainda temos na
garrafa. Este foi o nosso ponto de partida
para a linguagem gráfica da nossa marca.
Começámos por retirar algumas pintas, e
por conseguinte o “peso”, e acabámos a
desconstruir as mesmas, criando uma
grelha flexível para toda a linguagem
gráfica da marca. Assim, nasceu a máxima
“essa garrafa tem pinta! “. A
desconstrução das pintas deu-nos uma
vantagem enorme na criação do resto da
imagem gráfica, pois de uma forma
uniforme, conseguimos com que tudo
faça sentido, regindo-nos por essa grelha
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A tampa eleva-se à altura pretendida,
dando maior ou menor abertura para
a medição do fio de azeite desejado ao
verter. De interior amarelo, também este é
mais um acrescento à imagem global utilizada
e pensada para uma apresentação
ainda mais singular e única.
Novo conceito da marca Pintas - Azeite
virgem extra
Também a própria sujidade foi pensada,
não fosse o azeite uma das manchas
menos desejadas numa mesa e que mais
dores de cabeça dá a quem as tenta retirar.
Neste caso, numa banca lisa e de fácil
limpeza de uma cozinha, quisemos substituir
a palavra “mancha” pela da própria
marca, “pinta”.
CONCEITO
PRODUTO
Fortemente conectado o nome Pintas ao
pointer que durante anos acompanhou o
jovem casal no início desta aventura, ou
nao fosse esse o nome dado ao companheiro
de quatro patas, o mesmo ficou
imortalizado na própria marca, algo que
nós próprios quisemos igualmente fazer.
Rapidamente concluímos que a nível de
imagem gráfica este seria um caminho
perigoso e fortemente penalizador para a
venda de um produto que em nada tem a
ver com o mundo canino e animal. No entanto,
através de estudos de garrafa como
produto foi orgulhosamente encontrada a
melhor solução para também nós o homenagearmos,
através de linhas subentendidas
que este raça específica nos transmite.
Pointer como algo directo, algo que
aponta, não fosse este tipo de cão utilizado
para a caça, daí a sua mais reconhecida
posição estática, de demonstrar ao
caçador o caminho a percorrer para encontrar
a presa, demonstrado na imagem.
Este conceito mais “straight”, mais rectilíneo,
foi para nós ponto inicial para a
criação da garrafa principal, que viria a ser
igualmente ponto de referência e partida
para a conjugação das outras criações.
Nunca pondo de parte ou esquecendo o
público alvo e o ambiente onde o mesmo
iria inserir o produto, a delicadeza e a
elegância são transmitidas através da fina
mas consistente espessura da garrafa, que
inevitavelmente nos encaminha para uma
altura da garrafa peculiar no mercado, em
que essa singularidade será certamente
um ponto forte no primeiro contacto com
o possível comprador.
Esguia e quase angelical, foi conseguida a
ligação entre a peça artística criada e o seu
principal objectivo, a função. Claramente
importados com o que o objecto poderá
transmitir como adereço e obra de arte
numa cozinha, ainda mais focados estivemos
em como a mesma iria ser utilizada
na confecção e culinária.
Como tal, a garrafa apresenta uma
inclinação notória para que o seu ponto
intermédio de pega se conjugue facilmente
com as mãos de quem a irá pegar.
Após estar segura nas mãos pelo complemento
essencial da textura do vidro em
rótulo baço não escorregadio, é tempo de
verter o azeite, líquido esse que acaba por
seguir através de um comprido gargalo,
que permite a quem cozinha um melhor
controlo sobre a quantidade necessária e
requerida para o momento.
O afunilar da garrafa tanto exterior
como interiormente, culmina numa
ranhura extraida do proprio vidro, onde,
através de um modo de abertura fácil,
garante uma total experiência única
e sobretudo simples de uma garrafa
pensada ao pormenor.
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Um círculo amarelo em negativo extraído
do fundo do objecto, permite ao
líquido vertido de forma não intencional
que culmine numa esfera e deixe a sua
incomparável marca, a pinta amarela,
visível quando movida a garrafa de lugar.
Assim, conferimos em todos os aspectos
de utilização uma total experiência pintas,
onde até a sujidade a tem.

Em discussão com a empresa, decidimos
em parceria trabalhar um modo de
transporte da unidade, pois, graças à sua
enorme taxa de exportação as garrafas
seguem empacotadas em caixas destinadas
ao transporte de garrafas de vinho,
inevitavelmente mais grossas que faziam
com que fosse uma viagem pouco segura
para um produto altamente frágil.
Deste modo, acordamos desenvolver
um tubo à imagem da garrafa, criando
esse paralelismo com o que estaria no
seu interior, dando maior segurança no
transporte e acima de tudo uma outra
apresentação e elegância quando recolhido
pelo consumidor que deixaria de
receber caixas standarts de cartão. Esta
foi uma decisão fácil de tomar, muito por
força do trabalho de pesquisa nos ter delineado
um público alvo que facilmente
rejeitaria e faria com que o garrafão
de 5L inicialmente pensado não fosse
um sucesso. Um tipo de cliente com as
posses monetárias que elaboramos daria
sempre mais valor à garrafa, e pouco
interesse demonstraria em poupar em
unidades de maior quantidade pensadas
quase exclusivamente para essa função.
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Após a elaboração da garrafa principal,
foi necessária fazer a ponte de ligação da
linguagem utilizada para a garrafa que iria
ser transportada à mesa. Com dimensões
muito mais em conta para a utilização de
qualquer tipo de utilizador, seja criança ou
adulto, foi directo o pensamento de recortar
a própria garrafa de cozinha.
Um dos dos principais elementos que faz
ligação entre os produtos é a sua ligeira
inclinação, pensada para ajudar e obrigar a
um menor movimento para servir, fazendo
com que o azeite comece a descer naturalmente
pelas linhas da garrafa. Este é um elemento
preponderante e facilmente visível
também nas garrafas de mesa que unidas
na sua base de cortiça nos transmitem
a ideia final de perfil complementarem a
imagem da garrafa completa. Optamos
assim por duas garrafas, pois seguindo a
ideia de o nosso utilizador ser um apreciador
de grandes jantares e unir amigos
em torno da mesa, combatemos o tempo
de espera pela única garrafa que poderia
estar disponível até então, duplicando
a quantidade disponível à mesa. Igualmente
produzida em vidro, mantemos o
rótulo baço para dar maior segurança e
não deixar a garrafa se tornar escorregadia,
culminando o seu encaixe desta feita
numa base, evitando manchas em toalhas
ou mesas mais delicadas.
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Produto final + Estacionário + Simulações
+ Renders finais
A NOSSA
SOLUÇÃO
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Tendo como conceito base a criação de
uma garrafa de azeite com pinta, que
desse gosto expô-la perante convidados
do nosso jantar, sem pudores, sem medos
e com orgulho de a exibir quase como
um elemento decorativo da mesa e da
cozinha, começamos a aplicar essa “pinta”
nos restantes suportes gráficos.
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Com a finalização da criação das garrafas,
sentimos a necessidade de criar um
expositor que pudesse acompanhar mas
sobretudo cimentar a imagem da marca
e complementar a venda do produto
com um formato mais centralizado e não
somente exposto em prateleira. Sendo
este um produto exclusivo de supermercados
mais gourmet, não se expondo
em grandes superfícies em massa como
outras marcas que poderiam ser consideradas
concorrentes, aceitamos o desafio
do stand como algo que iria vender o
produto e expor a garrafa de forma menos
convencional.
Também a sua forma segue a linha criada,
com a base em cortiça a simular a da
própria garrafa de mesa, quase como a
abraçar o início de toda a exposição que
culmina em diferentes níveis de expositor
que também eles fazem jus à inclinação e
desenham a garrafa no stand em seu todo.
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Elaboramos um estacionário “clean” e
minimalista à imagem da nossa garrafa,
onde sempre pretendemos transmitir a
sobriedade do nosso packaging para
estes suportes mais tradicionais
de comunicação.

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Por outro lado, no mupi, apesar de ter em
conta a linguagem da garrafa quisemos
lhe dar um “toque” mais publicitário, com
o propósito de vender o produto e as
emoções que se poderá viver ao consumi-lo.
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Completando tudo, criamos uma família
de pictogramas pois não nos bastou ter
os suportes gráficos convencionais com
a imagem do Pintas, quisemos também
atribuÍ-la à própria propriedade da Wine &
Soul, mais propriamente ao seu sistema de
sinalética.
Pensamos assim, não só em criar uma
garrafa atrativa mas que toda a comunicação
que envolve a marca e o produto
bebê-se da mesma linguagem e tivesse
essas mesma características.
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Ficheiros complementares
ANEXOS
vistas garrafa de garrafa cozinha
escala 1:5
Mestrado em DESIGN
ESMAD - Escola Superior de Media Artes e Design
Docentes: Rita Coelho, Rui Alves
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vistas garrafa de mesa e base
escala 1:5
vistas tubo de transporte
escala 1:5
Mestrado em DESIGN
ESMAD - Escola Superior de Media Artes e Design
Docentes: Rita Coelho, Rui Alves
Mestrado em DESIGN
ESMAD - Escola Superior de Media Artes e Design
Docentes: Rita Coelho, Rui Alves
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vistas stand
escala 1:5
Mestrado em DESIGN
ESMAD - Escola Superior de Media Artes e Design
Docentes: Rita Coelho, Rui Alves
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