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CAPÍTULO 4
Crítica Feminista da Ciência e Tecnologia
Judy Wajcman
The London School of Economics and Political Science
A Teoria Ecofeminista relacionava a mulher e sua natureza como sendo mais apta a preocupações
futuras com questões científicas que envolvessem as próximas gerações e o planeta, dado os cuidados
educacionais e de criação dos filhos.
O conhecimento cientifico na década de 1970 era patriarcal e marginalizava as mulheres na área da
saúde, como expõe através do estudo norte-americano Witches, Midwives and Nurses: A History of
Woman Hearles (Ehrenreich and English, 1976).
As pesquisas do patriarcado lançavam evidências baseadas em modelo sexista de que as mulheres
sofriam de maiores problemas de depressão e problemas mentais, mas tais evidências e apontamentos
sucumbiam aos questionamentos do porquê de haver maior incidência destas nas mulheres
relativamente aos homens. A razão é o Patriarcado tentando manter a Ciência sob a égide Masculina.
Por ora, as metáforas associadas à questão médica e científica exerciam uma ligação patriarcal e de
relação violenta para com as mulheres como Wajcman expõe: "ciência e medicina como atividades eram
associadas como metáforas sexuais que eram claramente expressas em designar a natureza como uma
mulher a ser descoberta, despida e penetrada pela ciência masculina" ( Jordanova, 1980, p.45).
O déficit das Mulheres nas Ciências era justificado pelas Teorias Biológicas que posicionavam as
mulheres em patamares inferiores intelectualmente.
Por longos períodos, foram relegados os feitos tecnológicos e científicos femininos. A produção
sempre passava a ter a rubrica de um homem, ora empregador ora marido. Não diferente do que
ocorreu nas Ciências, a Tecnologia também fora modelada ou formatada para ser uma área patriarcal,
novamente marginalizando as mulheres e minando sua ascensão ao núcleo de pesquisas e
conhecimento correlatos.