30-RevistaCocredInfo_Edicao30-Junho2017
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AGRONEGÓCIO<br />
MÉTODO<br />
DIFERENCIADO DE<br />
PLANTIO REDUZ<br />
CUSTOS E MELHORA<br />
OS CANAVIAIS<br />
MPB + MEIOSI, juntas, as técnicas são<br />
alternativa rentável para as lavouras de cana<br />
8 9<br />
Uma das principais bases<br />
do agronegócio<br />
brasileiro, o cultivo da<br />
cana-de-açúcar reúne<br />
cerca de 9 milhões de hectares<br />
no país e depende da renovação<br />
de parte dos canaviais de<br />
tempos em tempos, para manter<br />
um bom funcionamento e<br />
produtividade. Para isso, existe<br />
um método desenvolvido<br />
na década de 90 que garante<br />
mais eficiência, reduz os custos<br />
e que, agora, vem sendo uma<br />
alternativa rentável.<br />
A maneira mais comum<br />
de renovação do canavial ainda<br />
exige uma grande operação,<br />
repleta de máquinas pesadas,<br />
tratores e transbordos, processos<br />
que ficam caros e causam<br />
danos às mudas, o que diminui<br />
sua produtividade e aumenta o<br />
custo, já que a perda de qualidade<br />
exige maior quantidade<br />
de mudas.<br />
O método diferenciado<br />
se dá por meio de mudas<br />
pré-brotadas (MPB) aliadas<br />
ao Método Inter-rotacional<br />
Ocorrendo Simultaneamente<br />
(MEIOSI) e nele, em vez de<br />
jogar toneladas de mudas de<br />
uma só vez no plantio, as MPB<br />
são plantadas uma a uma,<br />
dentro da própria área de renovação<br />
e são essas mudas<br />
que serão usadas no replantio<br />
da área toda lá na frente.<br />
No restante do terreno<br />
são plantadas soja ou amendoim,<br />
que protegem o solo da<br />
erosão e quebram os ciclos de<br />
pragas e doenças, além de proporcionar<br />
uma renda a mais para<br />
os produtores.<br />
Após a colheita das leguminosas,<br />
a área está pronta<br />
para o plantio da cana, usando<br />
a repicagem das MPB, um<br />
material jovem, uniforme, sadio,<br />
que não sofreu traumas de<br />
transportes e, por isso, exige<br />
menos quantidade.<br />
Segundo a responsável<br />
pela área técnica agronômica da<br />
Canaoeste, Alessandra Durigan,<br />
o método tem vantagens que<br />
interferem positivamente no<br />
processo de produção de cana,<br />
acarretando incremento de produtividade<br />
agrícola.<br />
“Mudas com grande sanidade<br />
e alto vigor, produção de<br />
gemas com alto índice de multiplicação,<br />
grande velocidade de<br />
crescimento e perfilhamento das<br />
plantas, incorporação de velocidade<br />
ao canavial implantado,<br />
melhor conservação do solo, o<br />
que diminui os riscos de erosão<br />
e auxilia no controle de pragas<br />
e doenças, menos compactação<br />
do solo com a diminuição do<br />
tráfego de veículos pesados, entre<br />
outras”, conta Alessandra.<br />
Melhoria no bolso<br />
///Além de melhorar a qualidade<br />
dos canaviais, esse sistema reduz<br />
os custos do produtor por conta<br />
do menor consumo de mudas e<br />
pelo descarte do transporte.<br />
“A grande diferença deste<br />
sistema para os convencionais<br />
é a diminuição de custos<br />
por conta do menor consumo<br />
de mudas e devido ao fato delas<br />
serem formadas dentro da própria<br />
área de renovação de cana”,<br />
diz a agrônoma.<br />
Comparado ao plantio<br />
mecânico, por exemplo, a diferença<br />
de custo é bem significativa<br />
e pode chegar a R$ 2 mil por<br />
hectare plantado. Os valores são,<br />
aproximadamente, R$ 5 mil por<br />
hectare para sistema de MEIOSI<br />
com MPB e R$ 7 mil para o plantio<br />
mecânico.<br />
Novas tecnologias<br />
///A Canaoeste e a Copercana,<br />
de acordo com Alessandra, têm<br />
como missão incentivar os seus<br />
produtores associados e cooperados<br />
a sempre buscarem alternativas<br />
e técnicas de manejo<br />
para aumentar a produtividade<br />
agrícola de suas lavouras.<br />
“Entendemos que o setor<br />
precisa de números maiores para<br />
conseguir reduzir os custos de<br />
produção e viabilizar todo o processo<br />
produtivo. Neste sentido,<br />
temos trabalhado fortemente<br />
com o intuito de disseminar tecnologias,<br />
informações e conhecimento<br />
aos produtores”, fala.<br />
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AGRONEGÓCIO / / / Revista CocredInfo