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Revista Chibarro Grei - Edição MAI-JUN_2017

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Editorial<br />

A abolição da escravidão no Brasil<br />

revista índice<br />

<strong>Chibarro</strong> <strong>Grei</strong><br />

revista índice<br />

<strong>Chibarro</strong> <strong>Grei</strong><br />

<strong>Edição</strong> 2 | Ano 1 | Maio • Junho • <strong>2017</strong> | Distribuição Gratuita<br />

A escravidão no Brasil, comprovadamente<br />

foi a maior, a mais cruel e longa<br />

da América Latina. Grande parte da<br />

literatura maçônica reputa nossa ordem<br />

como fomentadora e responsável<br />

pelo sucesso do movimento,<br />

alardeando: - “Sem a Maçonaria,<br />

não teria havido<br />

a Abolição. E sem cinco<br />

grandes maçons negros<br />

do século XIX - Rebouças,<br />

Patrocínio,<br />

Gama, Paula Brito e<br />

Montezuma - a luta<br />

pela libertação negra<br />

não seria tão marcante<br />

e fundamental”,<br />

mas a historiografia<br />

moderna, em sua<br />

pesquisa documental<br />

em seu posicionamento<br />

não cita o envolvimento<br />

dos Grande Orientes, mas sim<br />

algumas Lojas Maçônicas ou alguns de<br />

seus membros tomando parte no mesmo.<br />

Iniciando em 1823 com José Bonifácio,<br />

apresentando um projeto abolicionista<br />

na Assembleia Constituinte, o qual não<br />

prosperou.<br />

Em 1850 a Lei Eusébio de Queiróz<br />

proibia o tráfico de escravos para o Brasil.<br />

A Lei do Ventre Livre, aprovada em 1871<br />

regulava a extinção gradual do elemento<br />

servil, foi a primeira lei abolicionista da<br />

História do Brasil. A Lei dos Sexagenários<br />

promulgada em 1885, dava liberdade<br />

aos escravos com mais de 65 anos de<br />

idade. Em 13 de maio de 1888, a Princesa<br />

Isabel, assina a Lei Áurea, assim do<br />

dia para a noite mais de 700.000 escravos<br />

foram transformados em homens livres,<br />

abandonados à própria sorte, a liberdade<br />

não garantiu melhorias para os libertos.<br />

O movimento contou com a participação<br />

de muitas Lojas Maçônicas, citaremos<br />

algumas: Perseverança de Paranaguá<br />

PR (1867), Perseverança III de Sorocaba<br />

(1869), América de SP (1870) filiada<br />

ao GOB do Vale dos Beneditinos com<br />

Antonio Bento, criador do grupo Caifázes,<br />

Rui Barbosa e João Clapp, A<br />

Fé (1.870) composta por militares que<br />

intercedeu junto ao Visconde do Rio<br />

Branco, Piratininga SP com Paulino o<br />

mais ferrenho escravista O movimento<br />

em sua fase decisiva entre 1850 a 1888<br />

contou com cerca de 296 Associações<br />

Abolicionistas espalhadas por todo país,<br />

ressaltando: Caifázes, Cupins, Clube<br />

dos Mortos, Centro Artístico<br />

Maranhense, mas sem dúvida<br />

alguma, o movimento<br />

teve sua personagem<br />

mais importante o intelectual<br />

abolicionista<br />

e maçom Joaquim<br />

Nabuco , com seu<br />

projeto emancipacionista<br />

publicado<br />

como livro, em<br />

1883, e intitulado<br />

“O Abolicionismo”.<br />

Mas ressaltaremos<br />

entre tantos o maçom<br />

Antonio Bento de Souza<br />

e Castro da Loja Piratininga<br />

de São Paulo, iniciado por volta<br />

de 1867., que após a morte de Luís<br />

Gama em 1882 assume o movimento<br />

abolicionista paulista, mesmo contando<br />

com a oposição de maçons escravistas de<br />

sua loja os poderosos proprietários do<br />

Jornal Folha de São Paulo. Seu grupo de<br />

trabalho Caifázes enviava emissários ao<br />

interior da Província de São Paulo que<br />

em contato com os escravos incentivavam<br />

a fuga e lhes garantiam recursos para<br />

viagem e refúgios.<br />

Com as associações o crescimento da<br />

consciência de igualdade racial muitas<br />

cidades decretaram antes da Lei Áurea a<br />

libertação dos escravos, com isso Antonio<br />

Bento conseguiu que alguns senhores<br />

contratassem negros fugitivos como<br />

trabalhadores. Após sua morte em 1898<br />

seu trabalho teve continuidade através de<br />

sua viúva D. Benedita Amélia de Souza<br />

e Castro, morta em 1929, que junto<br />

com Batuira, Anália Franco e outros<br />

pertencentes ao grupo dos Abolicionistas<br />

e Republicanos, patrocinava a construção<br />

de abrigos e colégios para os jovens, meninos<br />

e meninas abandonados. Encerramos<br />

assim um pequeno registro daquilo<br />

que foi na época a maior vergonha de<br />

nosso país.<br />

Os Maçons e<br />

a abolição da<br />

escravidão<br />

A prefeitura de<br />

Ribeirão Preto<br />

prestando contas<br />

A repercussão<br />

da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Chibarro</strong> <strong>Grei</strong><br />

Benedito José Caturelli<br />

ARLS “União e Liberdade”<br />

2453<br />

4 www.chibarrogrei.com.br | chibarrogrei@gmail.com | www.facebook.com.br/indicechibarro

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