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Reporter Capixaba 62

Revista Repórter Capixaba - Revista Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo - FRED Design - Frédéric Decatoire - Brasil

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O Rio Itapemirim<br />

O rio que serve a Cachoeiro de Itapemirim já foi<br />

exaltado em “prosa e verso”. Porém, há dois elogios<br />

que ainda não lhe foram atribuídos. Ele é “enxuto”,<br />

como o trajar de uma moça, e “inocente” como uma<br />

criança.<br />

Enxuto, por não rolar água em excesso em seu<br />

leito, porém o suficiente que atenda a população, e<br />

“inocente” por desejar ser limpo e, sem culpa, não o<br />

ser.<br />

Contudo, suas águas circulam mansas entre as pedras, formando<br />

piscinas que permitem um banho tranqüilo e reconfortante a quem<br />

desejar. Nessa mansuetude, aceitou, noutras épocas, ser utilizado<br />

por lavadeiras, como um grande tanque de lavar roupas, e o bater das<br />

peças sujas em suas pedras nuas. Consentiu também, que pequenas<br />

ilhas se formassem ao seu longo, onde vivem tranqüilas garças, nos<br />

arvoredos. A maior delas, a “ilha do luz”, serviu, em outros tempos, aos<br />

cachoeirenses com uma piscina natural, com recantos, rodeada de<br />

árvores, com balanços para o divertimento da criançada; porém, hoje,<br />

relegada para maquinário de beneficiamento de água, pavilhão para<br />

shows artísticos, festas religiosas e estacionamentos.<br />

É verdade que suas águas têm recebido algum tratamento,<br />

entretanto, insuficiente que permita grande criação de peixes como<br />

antigamente, porque o homem ainda deposita sujeiras em suas<br />

margens.<br />

Quando, em certas ocasiões, deixa de ser “enxuto”, tornando-se<br />

cheio, perigoso, agressivo, ainda assim é “inocente”, porque as águas<br />

em excesso que recebe, vem de afluentes, e de chuvas que caem em<br />

sua cabeceira, contrariando-lhe a vontade, a índole de ser enxuto, de<br />

ser manso.<br />

Entretanto, serviçal, se aproveita do estado cheio para imprimir<br />

uma limpeza em suas margens e ainda permitir, noutros tempos, que<br />

remadores em baleeiras do “Yole Club”, com sede no bairro Coronel<br />

Borges, o utilizassem, em divertimentos.<br />

Já foi dito, porém é bom relembrar, que suas águas refletem ao<br />

luar o “Itabira”, permitindo que o admirável rochedo seja apreciado<br />

também à noite.<br />

Dizem, e eu creio, que o rio canta. Creio, porque sendo ele<br />

“inocente”, guarda algum “encanto”, alguma “magia”! Guarda o “veio<br />

artístico” em seus “veios d’água, a influenciar, com o seu uso, artistas<br />

que esta Terra produz, e o amor que seu povo tem por Cachoeiro!<br />

Se vejo o rio manso, admiro-o, se cheio, contemplo-o. Que quero<br />

mais do rio, se ele é “enxuto”; se ele é “inocente”, se ele me encanta?!..<br />

Texto de Domingos Cocco<br />

Tem tudo para irrigação na Dorigo!<br />

Condições imperdiveis é na Ford Bracom!!!<br />

Em pose especial pelas lentes da talentosa fotógrafa<br />

Amalia Carlette, a equipe da Carlette Motos!<br />

48 www.reportercapixaba.com

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