GAZETA DIARIO 428
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
16 Internacional<br />
Foz do Iguaçu, quarta-feira, 8 de novembro de 2017<br />
PESQUISA<br />
População de Portugal continua a diminuir,<br />
mesmo com aumento da natalidade<br />
O declínio populacional tem como principais fatores o número de óbitos e a migração<br />
Marieta Cazarré<br />
Correspondente da Agência Brasil<br />
Novos dados divulgados<br />
pelo Instituto Nacional<br />
de Estatística de<br />
Portugal (INE) mostram<br />
que o número médio de<br />
filhos por mulher subiu<br />
para 1,36 em 2016. No<br />
ano anterior, a taxa foi de<br />
1,3. No entanto, mesmo<br />
com o aumento da taxa<br />
de fecundidade e do número<br />
de nascidos vivos,<br />
a população do país continua<br />
a diminuir.<br />
O declínio populacional,<br />
que vem sendo observado<br />
desde 2010, tem<br />
como principais fatores o<br />
número de óbitos e a migração.<br />
Apenas em 2016,<br />
mais de 110 mil pessoas<br />
morreram e mais de 38<br />
mil foram morar em outros<br />
países.<br />
Em 2016, registrou-se<br />
um aumento no número<br />
O secretário-geral da<br />
Organização do Tratado<br />
do Atlântico Norte<br />
(OTAN), o norueguês<br />
Jens Stoltenberg, defendeu<br />
nesta terça-feira (7)<br />
uma "política de dissuasão"<br />
da aliança militar<br />
frente a "ameaça" dos programas<br />
nucleares e de<br />
mísseis balísticos da Coreia<br />
do Norte, e lembrou<br />
que a organização tem<br />
"capacidade e determinação<br />
para responder a qualquer<br />
agressão". A informação<br />
é da agência EFE.<br />
"Os programas nortecoreanos<br />
representam<br />
uma ameaça para os aliados<br />
da OTAN, nossos parceiros<br />
e o regime internacional<br />
de não proliferação<br />
[de armas nucleares]",<br />
disse Stoltenberg em entrevista<br />
coletiva, na véspera<br />
de uma reunião de<br />
dois dias dos ministros da<br />
Defesa da OTAN, que<br />
terá a Coreia do Norte<br />
como um dos temas na<br />
de nascidos vivos em relação<br />
ao ano anterior.<br />
Enquanto em 2015 foram<br />
observados 85.500 nascimentos,<br />
em 2016 o número<br />
ultrapassou os 87 mil.<br />
Mas, como o número de<br />
mortos foi de mais de 110<br />
mil, restou um saldo natural<br />
negativo (-23.409).<br />
O número de óbitos de<br />
residentes em Portugal<br />
aumentou de 108.539 em<br />
2015 para exatos 110.535<br />
em 2016 (um acréscimo<br />
de 1,8% na taxa de mortalidade).<br />
Em relação à migração,<br />
o saldo também foi<br />
negativo. Estima-se que<br />
em 2016 tenham entrado<br />
em Portugal 29.925 pessoas,<br />
número praticamente<br />
igual ao observado<br />
em 2015 (29.896).<br />
Quanto às pessoas que<br />
deixaram o país, o número<br />
aumentou ligeiramente.<br />
Em 2015, pouco mais<br />
de 40 mil pessoas foram<br />
viver em outros países,<br />
enquanto em 2016 esse<br />
número ficou em 38 mil.<br />
Como resultado dessa<br />
dinâmica, a população<br />
residente em Portugal foi<br />
reduzida, de 2015 para<br />
2016, em 31.757 pessoas.<br />
Atualmente, a população<br />
OTAN defende política de dissuasão<br />
nuclear em relação à Coreia do Norte<br />
agenda.<br />
"As ameaças globais<br />
requerem uma resposta<br />
global", afirmou o secretário-geral,<br />
que destacou<br />
que a OTAN "mantém<br />
uma forte política de dissuasão"<br />
e tem "capacidade<br />
e determinação para<br />
responder a qualquer<br />
agressão".<br />
Japão e Coreia do Sul<br />
Stoltenberg viajou na<br />
semana passada ao Japão<br />
e à Coreia do Sul e concordou<br />
com as autoridades<br />
locais ao afirmar que<br />
o comportamento da Coreia<br />
do Norte "não é apenas<br />
uma ameaça para a<br />
região, mas também para<br />
os aliados e para a paz e<br />
a segurança mundiais".<br />
Após a reunião com os<br />
representantes do Japão<br />
e da Coreia do Sul, a<br />
OTAN disse concordar<br />
"que é preciso exercer<br />
pressão máxima sobre a<br />
Coreia do Norte para que<br />
Apenas em 2016, mais de 110 mil pessoas morreram<br />
e mais de 38 mil foram morar em outros países<br />
seja possível conseguir<br />
uma solução negociada e<br />
pacífica para a crise".<br />
"Ninguém quer guerra.<br />
Mas, ao mesmo tempo, é<br />
preciso evitar que a Coreia<br />
do Norte siga desenvolvendo<br />
mísseis e armas<br />
nucleares, por meios diplomáticos,<br />
mas também<br />
através de sanções econômicas<br />
que devem ser implementadas",<br />
advertiu<br />
Stoltenberg, que já exerceu<br />
o cargo de primeiroministro<br />
da Noruega.<br />
Ele assinalou que a<br />
OTAN "respondeu às<br />
ameaças nucleares e balísticas<br />
durante décadas",<br />
e que na Guerra Fria mostrou<br />
sua "determinação e<br />
capacidade de responder<br />
a esses ataques. Agora,<br />
este continua sendo o<br />
caso", comentou Stoltenberg,<br />
que acrescentou<br />
que "a possibilidade de<br />
responder a ataques é a<br />
melhor maneira de evitálos".<br />
(Da Agência EFE)<br />
estimada é de 10,3 milhões<br />
de habitantes.<br />
Outros indicadores<br />
A esperança de vida<br />
dos portugueses ao nascer<br />
está em 80,6 anos.<br />
Em Portugal, observase<br />
ainda uma tendência<br />
de adiamento da maternidade.<br />
A idade média<br />
das mães por ocasião do<br />
nascimento do primeiro<br />
filho subiu de 30,2 para<br />
30,3 anos e a idade média<br />
ao nascimento de um<br />
filho (independentemente<br />
da ordem de nascimento),<br />
de 31,7 para 31,9<br />
anos.<br />
Em 2016, a taxa de<br />
mortalidade infantil foi de<br />
3,2 óbitos por mil nascidos<br />
vivos, superior ao valor registrado<br />
em 2015 (2,9).<br />
O valor da taxa bruta<br />
de nupcialidade mantevese<br />
em 3,1 casamentos por<br />
mil habitantes. Em 2016,<br />
realizaram-se 32.399 casamentos<br />
(422 dos quais<br />
entre pessoas do mesmo<br />
sexo), pouco mais do que<br />
os realizados em 2015.<br />
O adiamento do casamento<br />
é uma tendência<br />
que tem se mantido ao<br />
longo das últimas décadas<br />
e para ambos os sexos:<br />
em 2016, a idade<br />
média no primeiro casamento<br />
situou-se em 32,8<br />
anos para os homens e<br />
31,3 anos para as mulheres,<br />
valores muito próximos<br />
aos observados em<br />
2015 (32,5 anos e 31, respectivamente).<br />
Em Portugal, foram<br />
registrados no ano passado<br />
22.649 divórcios, quase<br />
mil a menos do que em<br />
2015.