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10 Cidade<br />
Foz do Iguaçu, sexta-feira, 24 de novembro de 2017<br />
Idgar Dias Junior<br />
Bom dia, leitor!<br />
'Carpe diem!'<br />
- Hoje, sexta-feira, dia 24 de novembro, comemora-se o 'Dia do<br />
Quadro Auxiliar de Oficiais'.<br />
Serviço: o Quadro Auxiliar de Oficiais - QAO - é formado por militares<br />
que atingiram o oficialato após carreira como sargentos e subtenentes.<br />
- Nesta data, em 1991, morreu Freddie Mercury, vocalista da banda<br />
Queen, aos 45 anos, vítima de AIDS.<br />
Adendo<br />
Ontem falamos da situação no Estado do Rio de Janeiro, certo?<br />
Dissemos que por lá tínhamos três ex-governadores presos: Sérgio Cabral<br />
Filho, Anthony Garotinho e Rosa Matheus Garotinho. Tínhamos ainda<br />
três deputados estaduais presos - Jorge Picciani, Edson Albertassi e<br />
Paulo Melo - e que o atual governador, Luiz Fernando Pezão, é acusado<br />
pelo publicitário Renato Pereira de ter combinado com o empreiteiro Sérgio<br />
Andrade (Construtora Andrade Gutierrez) propina de R$ 5 milhões para a<br />
campanha ao governo do Estado em 2014.<br />
Faltou dizer que essa gente manda no Rio desde 1998 e que cinco dos<br />
seis conselheiros do TCE-RJ continuam presos...<br />
Como diz o Agamenon Mendes Pedreira, 'nem tudo vai mal no<br />
Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, vai tudo de mal a pior'!<br />
E por falar nisto<br />
Adriana Ancelmo, atual esposa do ex-governador Sérgio Cabral,<br />
como sabemos, cumpre prisão domiciliar no apartamento do casal no<br />
Leblon, bairro chique carioca. Acontece que o Ministério Público Federal<br />
entrou com ação no TRF-2 para que seja revogada a prisão domiciliar de<br />
Adriana; alegou que o cumprimento da pena em prisão domiciliar da<br />
esposa do ex-governador 'representa enorme quebra de isonomia, num<br />
universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual<br />
benefício'.<br />
Adriana Ancelmo foi condenada a 18 anos de prisão na Operação<br />
Calicute - organização criminosa e lavagem de dinheiro.<br />
E por falar nisto (2)<br />
Não é só Adriana Ancelmo que desfruta de benefício tão especial.<br />
Sérgio Cabral também desfruta de muitas benesses na prisão: dorme na<br />
biblioteca do prédio (onde o ar é condicionado), tem quem limpe a cela e<br />
recebe visitas a toda hora, em que pese o regulamento. A explicação<br />
talvez esteja no fato de Sérgio Cabral ter governado o Rio por dois<br />
mandatos e feito seu sucessor, Luiz Fernando Pezão. As pessoas nomeadas<br />
para cuidar do sistema prisional carioca, portanto, são pessoas que<br />
não são estranhas a Cabral, certo? São, na verdade, pessoas de sua<br />
confiança e de seu grupo político.<br />
É um equívoco, portanto, que a Justiça Federal permita que Sérgio<br />
Cabral e seus companheiros cumpram pena em presídio no Rio. Para que<br />
ele passe a cumprir pena de verdade e pare de exercer seu poder de<br />
eminência parda, é imperioso que seja transferido para um presídio federal<br />
(Porto Velho-RO, Mossoró-RN, Campo Grande-MS ou Catanduvas-PR).<br />
PSDB<br />
A saída do PSDB do governo Michel Temer soa ridícula. Aloysio<br />
Nunes, ministro das Relações Exteriores diz que fica. Bruno Araújo, que<br />
era ministro das Cidades, seguiu a rota do pragmatismo sugerida pelo<br />
anseio dos parlamentares do 'centrão' e das eleições em Pernambuco ano<br />
que vem; Luislinda Valois, secretária de Direitos Humanos e Antônio<br />
Imbassahy, Secretaria de Governo, dispensam comentários.<br />
Sexta-feira é dia de planejar, leitor! Amanhã já é sábado! Hora de<br />
pensar no 'findi'...<br />
Sorte e saúde a todos, por toda a vida!<br />
AMEAÇA DE PARALISAÇÃO<br />
Ano letivo na rede estadual de<br />
educação pode ser suspenso<br />
Paralisação será debatida em assembleia e poderá<br />
ser deflagrada no fim do ano ou no início de 2018<br />
Da assessoria<br />
Reportagem<br />
O final do ano letivo<br />
ou o começo do calendário<br />
escolar de 2018 pode<br />
ser suspenso na rede estadual<br />
de ensino se o Governo<br />
do Estado implementar<br />
as medidas anunciadas<br />
que retiram direitos<br />
de professores e agentes<br />
educacionais do Paraná.<br />
Os educadores definem<br />
neste sábado (25),<br />
na Assembleia Estadual,<br />
em Curitiba, a agenda de<br />
ações para os próximos<br />
meses, e as paralisações<br />
não estão descartadas.<br />
A direção da APP-Sindicato/Foz<br />
está percorrendo<br />
escolas de Foz do<br />
Iguaçu e região para fortalecer<br />
a organização da<br />
categoria em cada instituição<br />
e mobilizar os servidores<br />
para a assembleia.<br />
Os educadores com<br />
contratos em regime especial,<br />
os chamados<br />
"PSSs", estão ameaçados<br />
de ter os salários diminuídos<br />
em R$ 500 e o número<br />
de contratações reduzido.<br />
Em 2017, dez mil<br />
servidores temporários já<br />
ficaram sem trabalho.<br />
Conforme a presidenta<br />
da APP-Sindicato/Foz,<br />
Cátia Castro, o governo<br />
também pretende deixar<br />
de fazer a substituição de<br />
pedagogos e agentes que<br />
necessitarem de afastamento<br />
das atividades por<br />
motivo de saúde. Em outubro,<br />
a gestão estadual<br />
havia determinado oficialmente<br />
o cancelamento<br />
Assembleia regional em Foz definiu pelo<br />
fortalecimento da mobilização nas escolas<br />
das renovações e novos<br />
suprimentos, decisão que<br />
foi suspensa temporariamente<br />
após a mobilização<br />
dos educadores.<br />
"O cenário é de ataques<br />
sucessivos. Tivemos<br />
os salários congelados<br />
até o fim do mandato de<br />
Beto Richa e sofremos o<br />
corte ilegal da hora-atividade.<br />
A distribuição de<br />
aulas acarretou perdas<br />
para os professores e desorganização<br />
da agenda e<br />
do funcionamento das escolas",<br />
enfatiza Cátia Castro.<br />
"O governo quer agora<br />
reduzir mais direitos<br />
dos PSS, que já sofrem<br />
com uma relação precária<br />
de trabalho, sem as garantias<br />
da carreira", diz.<br />
Abaixo do<br />
salário mínimo<br />
O governo quer reduzir<br />
R$ 500 das remunerações<br />
dos professores "PSSs"<br />
para cada jornada de 20<br />
horas semanais, que hoje<br />
é de R$ 1.415,78. Com o<br />
corte, um professor do Paraná<br />
contratado em regime<br />
especial receberá R$<br />
915,78 por 20 horas na<br />
semana, valor abaixo do<br />
salário mínimo regional do<br />
Paraná e muito inferior ao<br />
estabelecido pela Lei do<br />
Piso Salarial do Magistério.<br />
A medida precariza a<br />
carreira e desestimula o<br />
trabalho docente.<br />
"São salários vexatórios<br />
que afrontam os trabalhadores<br />
que estudam,<br />
se prepararam e participam<br />
de formações durante<br />
toda a carreira para<br />
oferecer uma aula de qualidade",<br />
frisa Cátia Castro.<br />
"Nossas perdas não<br />
param por aí. Estudos<br />
mostram que o valor que<br />
o governo deixou de pagar<br />
ao descumprir os reajustes<br />
salariais previstos<br />
em lei totaliza um<br />
salário. O governo pagará<br />
nosso 13º salário com<br />
o recurso que nos tomou",<br />
conclui.<br />
Prejuízos para os<br />
estudantes<br />
Para a APP-Sindicato/<br />
Foz, as medidas do Governo<br />
do Paraná não prejudicam<br />
apenas os servidores<br />
públicos. O secretário<br />
de Organização da<br />
entidade, Diego Valdez,<br />
explica que as escolas estaduais<br />
estão sofrendo com<br />
a intervenção direta do governo<br />
na gestão dos estabelecimentos<br />
de ensino,<br />
com a redução do financiamento<br />
público e a implantação<br />
de ferramentas que<br />
burocratizam o funcionamento<br />
das escolas.<br />
"O Governo do Estado<br />
implantou uma política<br />
que retira a autonomia da<br />
escola e o poder de decisão<br />
da comunidade escolar.<br />
Também está reduzindo<br />
recursos para a manutenção<br />
e o custeio das escolas",<br />
aponta Diego Valdez.<br />
"A precarização do trabalho<br />
e a falta de investimentos<br />
causam até mesmo<br />
a falta de merenda em<br />
algumas instituições. Isso<br />
faz com que todos saiam<br />
perdendo, estudantes e<br />
educadores", conclui.<br />
Distribuição de aulas<br />
Os dirigentes sindicais<br />
também afirmam que<br />
o governo quer fazer a<br />
distribuição de aulas em<br />
2018 a partir de dados irreais<br />
sobre matrículas, de<br />
modo a reduzir e a dispensar<br />
servidores. "A distribuição<br />
será com base em<br />
informações concluídas<br />
em 19 de janeiro. Com<br />
isso, as turmas serão geradas<br />
a partir de números<br />
irreais. Teremos menos<br />
turmas para a distribuição<br />
de aulas e aumento<br />
de alunos nas salas",<br />
frisa Diego Valdez.