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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 18 de dezembro de 2017<br />
REIVINDICAÇÕES<br />
Cidade<br />
11<br />
Professores protestam contra a redução de salários<br />
Remuneração de professor PSS será de R$ 1.227,70 para 20 horas semanais<br />
Foto: APP/sindicato<br />
Economia risível<br />
Conforme estudo do<br />
sindicato, a redução dos<br />
salários dos professores<br />
PSSs tem impacto quase<br />
nulo nas finanças do governo.<br />
O corte das remunerações<br />
implica economia<br />
de somente 0,16%,<br />
levando em conta a arrecadação<br />
de impostos. Em<br />
2018, o Governo do Paraná<br />
deve arrecadar R$<br />
51 bilhões no ano.<br />
A mobilização da categoria é hoje, às 10 horas, em frente ao Núcleo<br />
Regional de Educação de Foz<br />
Da assessoria<br />
Reportagem<br />
Trabalhadores da rede<br />
estadual de educação fazem<br />
manifestação contra<br />
a redução dos salários dos<br />
professores em regime especial,<br />
os chamados PSSs,<br />
nesta segunda-feira (18),<br />
às 10 horas, em frente ao<br />
NRE (Núcleo Regional de<br />
Educação) de Foz do Iguaçu.<br />
A mobilização da categoria<br />
acontece simultaneamente<br />
em várias cidades<br />
paranaenses.<br />
Conforme edital da<br />
Secretaria de Estado da<br />
Educação, o Governo do<br />
Estado fixa em R$<br />
1.227,70 a remuneração<br />
de um docente para o próximo<br />
ano, contratado por<br />
PSS (Processo de Seleção<br />
Simplificada), para jornadas<br />
semanais de 20 horas.<br />
O corte do salário é<br />
de R$ 188,10 e representa<br />
13% a menos do que o<br />
valor pago atualmente,<br />
que é de R$ 1.415,70.<br />
Conforme a presidenta<br />
da APP-Sindicato/Foz,<br />
Cátia Castro, mesmo com<br />
graduação e outros títulos,<br />
os PSSs recebem os<br />
menores salários entre os<br />
servidores públicos do<br />
estado e não são contemplados<br />
com garantias mínimas<br />
da carreira. Os professores<br />
são contratados<br />
no início de cada ano e<br />
demitidos no encerramento<br />
do ano letivo.<br />
"Ao reduzir salários, o<br />
governador Beto Richa<br />
demonstra que não valoriza<br />
os professores e nem<br />
preocupa-se com uma<br />
educação de qualidade<br />
para nossos estudantes",<br />
diz Cátia Castro. "São<br />
ataques sucessivos. Começamos<br />
2017 com dez<br />
mil professores PSS sem<br />
trabalho e terminamos o<br />
ano com esse anúncio de<br />
redução dos salários",<br />
enfatiza.<br />
Contramão<br />
Conforme Cátia Castro,<br />
a medida do Governo<br />
do Paraná de reduzir<br />
salários reflete na educação<br />
como um todo. Para<br />
ela, o corte da remuneração<br />
faz parte de um pacote<br />
de medidas que visa<br />
ao desmonte da escola<br />
pública no Paraná e inclui,<br />
por exemplo, o não<br />
pagamento da data-base<br />
de 8,53% prevista em lei,<br />
a falta de investimentos<br />
e a diminuição da horaatividade.<br />
"Convido os estudantes,<br />
pais e mães a fazer<br />
essa reflexão conosco,<br />
pois o enfraquecimento<br />
da escola pública e a<br />
destruição das condições<br />
de trabalho dos professores<br />
afetam toda a<br />
sociedade", frisa a dirigente<br />
sindical. "Com as<br />
condições colocadas<br />
pelo governo e com as<br />
novas medidas que estão<br />
sendo planejadas<br />
para 2018, não dá para<br />
iniciar o ano letivo", enfatiza<br />
Cátia Castro.