Boletim 24-12 - Color

PASTORAL
A palavra entre nós (4)
Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós.
E vimos a sua glória, glória como do Unigênito
vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.
(João 1.14)
O prólogo de João faz menção à natureza divina de Filho e à sua encarnação.
E no versículo 14, João registra quatro afirmações essenciais para compreendermos o
sentido do Natal — a celebração a que nos dedicamos nesses dias.
A primeira declaração joanina deixa claro que Jesus Cristo é a Palavra de Deus que
tomou forma humana.
Jesus é a própria Palavra que faz acontecer e que, ao mesmo tempo, outorga sentido
a tudo. O Natal, portanto, celebra a revelação de Deus em Cristo e em seus ensinos. A
Palavra de Deus foi trazida a nós pelo Filho de Deus, e nela podemos confiar.
A segunda afirmação do evangelista usa uma figura conhecida pelo povo de Israel: a das
tendas, ou a do tabernáculo. Para o autor do quarto evangelho, Jesus era o próprio Deus
habitando entre os homens, assim como o tabernáculo no deserto simbolizava a habitação
divina entre o povo. Natal é a celebração da presença divina conosco.
A terceira declaração de João enfatiza que o Filho veio revelar a glória do Pai.
Sobre isso, vale a pena transcrever as palavra se Inácio, bispo de Antioquia, em 110
d.C.: “Desde o começo, é o Filho quem revela o Pai, porque Ele está junto do Pai desde
o começo. No tempo fixado, foi Ele quem deu a conhecer aos homens, para proveito
destes, as visões proféticas, a diversidade das graças, os ministérios e a glorificação do Pai,
tudo como uma melodia bem composta e harmoniosa. Com efeito, onde há composição,
há melodia; onde há melodia, há tempo fixado; onde há tempo fixado, há proveito. Foi por
isso que, para proveito dos homens, a Palavra se fez dispensador da graçado Pai, segundo os
seus desígnios. Ele mostra Deus aos homens e apresenta o homem a Deus, preservando a
invisibilidade do Pai, com receio de que os homens venham a desprezar a Deus e para que
eles tenham sempre progressos a fazer, ao mesmo tempo que torna Deus visível aos homens
de numerosas formas, com receio de que, totalmente privados de Deus, eles acabem
por se esquecer da sua existência”.
Roteiro de Leitura da Bíblia
52ª Semana
Igreja militante e triunfante
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