Da esquerda para direita: Pedro Bruno, Itala <strong>Gomes</strong> Vaz de Carvalho e Catullo da Paixão Cearense (Diário Carioca - edição 3042 - 1938) Professor Manoel Antônio Lima de Magalhães, idealizador da herma (Revista da S<strong>em</strong>ana - edição 23 - 1938) 12
Breves homenagens, e novo esquecimento Não t<strong>em</strong>os conhecimento de homenagens ao Maestro, depois de 1938. Possivelmente teriam acontecido até a morte de Bruno, <strong>em</strong> 1949. Em 2001, porém, Rebello (12) rel<strong>em</strong>bra <strong>Carlos</strong> <strong>Gomes</strong> <strong>em</strong> <strong>Paquetá</strong>, com um discurso na Acad<strong>em</strong>ia da qual era Diretor Cultural. No ano seguinte, ele e outro acadêmico colocaram uma pequena placa, de 10x16cm, do lado esquerdo do pedestal do busto (1). E a partir daí o Dr. Raymundo Rebello e o Professor Cardoso, que lecionava <strong>em</strong> escolas municipais, prestavam homenag<strong>em</strong> a <strong>Carlos</strong> <strong>Gomes</strong>, no <strong>Parque</strong> dos Tamoios, das quais participaram o 48º Grupo Escoteiro São Roque de <strong>Paquetá</strong>, e alunos das escolas Alencastro Guimarães, Celestino da Silva e José de Alencar. Essas celebrações aconteciam na data de falecimento do Maestro – 16 de set<strong>em</strong>bro –, e foram até o ano de 2006. O Professor aposentou-se, os escoteiros encerraram as atividades e o diretor cultural da acad<strong>em</strong>ia faleceu; as manifestações cessaram. N<strong>em</strong> as escolas locais, n<strong>em</strong> a tal acad<strong>em</strong>ia se importaram com a pedagogia daqueles encontros. Esse cômodo “esquecimento” foi percebido por Diniz (8) como um “[...] desinteresse coletivo pela m<strong>em</strong>ória local”, ao l<strong>em</strong>brar o comportamento dos ilhéus para com a m<strong>em</strong>ória do Maestro Anacleto de Medeiros. 2017 – O jardim mutilado As equivocadas intervenções nos jardins do <strong>Parque</strong> dos Tamoios estão a mutilar a arquitetura paisagística projetada por Pedro Bruno e sua equipe da Liga Artística de <strong>Paquetá</strong>: No final do <strong>Parque</strong> há dois “pés-de-cola” (Cordia sp.), um deles, junto ao cais, possivelmente centenário; o outro mais recente, a cerca de 5 metros daquele. O valor paisagístico dessa árvore é a sua copa prostrada. Tendo sido encontrado preservativos <strong>em</strong> seu entorno, a ord<strong>em</strong> – sabe-se lá de qu<strong>em</strong> – foi a de podá-los com facão, <strong>em</strong> nome “da moral e bons costumes”! 13