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Trabalho malharia retilinea para prof

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Alternative<br />

A A<br />

2018


A<br />

Jheniffer Micaeli Xavier da RoSA<br />

A<br />

A<br />

kELLY CRISTINE RODRIGUES SELL<br />

A<br />

A<br />

Laryssa Carneiro JarentchUK<br />

A


A A A A<br />

A<br />

RESUMO AbstraCT<br />

a<br />

O presente projeto tem o objetivo de apresentar<br />

uma coleção de vestuário de <strong>malharia</strong> retilínea, utilizando<br />

a mesma como ferramenta principal <strong>para</strong> confecção<br />

das peças. A problemática a ser utilizada será o<br />

uso da moda sem gênero ou unissex, na qual o propósito<br />

será oferecer roupas com modelagens, estampas e<br />

padronagens que não difiram <strong>para</strong> o gênero masculino<br />

ou feminino. A coleção será inspirada na temática do<br />

Rock Glam, que foi um estilo musical e de vestuário de<br />

muita atitude no final da década de 60 e início da década<br />

de 70 que teve muita relação com o Androginismo,<br />

que estava em maior evidencia e aceitação na sociedade<br />

por meio das manifestações artísticas. O público alvo<br />

escolhido <strong>para</strong> ser atendido nesta coleção é a juventude<br />

trabalhadora urbana que são jovens em sua maioria<br />

solteiros, com uma rotina agitada e sempre por dentro<br />

da tecnologia e novidades. Tudo isso, resultará em uma<br />

coleção contendo 29 peças que constituam 10 looks,<br />

sendo dois confeccionados, um look conceitual e um<br />

comercial.<br />

This project aims to present a collection of straight<br />

knitwear, which it will be used as a main tool to manufacture<br />

the parts. Approaching to the use of the fashion<br />

with no genre or even called unisex, the main purpose<br />

will be offer clothes with modeling, prints and patterns<br />

with no distinction between male and female genres.<br />

The collection will be inspired on Rock Glam thematic<br />

which was an outstanding musical and clothing style in<br />

the end of the 60’s and the beginning of the 70’s which<br />

had a close relationship with the androgynism that was<br />

in more evidence and acceptance into artistic works.<br />

The stated target audience will be the urban working<br />

youth who are formed in the most part by single people<br />

and have hectic routines and are always up to date over<br />

new technologies and novelties. At the end, this project<br />

will result in one collection of 29 parts that results in 10<br />

looks, being 2 manufactured, 1 conceptual and 1 commercial.<br />

a


aintrodução<br />

rEFERENCIAL<br />

tEÓRICO<br />

sUmário<br />

Apresentação.....................................1<br />

Problemática.....................................2<br />

Objetivos...........................................2..<br />

Malharia retilínea..............................3<br />

Maquinário utilizado na <strong>malharia</strong><br />

retilínea.............................................4<br />

Padronagem.....................................5<br />

Carreiras e colunas de malhas..........6<br />

Jersey simples e jersey duplo...........7<br />

Pontos e ligamentos da <strong>malharia</strong>...7<br />

Fios e cabos......................................9<br />

Programação básica........................10<br />

Moda sem gênero...........................10<br />

Androginismo.................................13<br />

A<br />

A<br />

rESULTADOS<br />

Referencias<br />

aNEXO 1<br />

aNEXO 2<br />

Coleção........................................35<br />

Cartela de cores...........................<br />

Cartela de materiais, aviamentos<br />

e pontos.........................................<br />

Questionário................................85<br />

Respostas......................................93<br />

Materiais e<br />

métodos<br />

Análise de similares.........................15<br />

Streetwear........................................22<br />

Juventude trabalhadora urbana.....23<br />

Tendências.......................................25<br />

Rock Glam.......................................29<br />

Mix de coleção................................33<br />

Geração de alternativas...................34<br />

A<br />

a


aFigura 1: Banda Rock Glam, década de 60..........3<br />

Figura 2: Tear Retilíneo.......................................8<br />

Figura 3: Grupo de agulhas..................................8<br />

Figura 4: Tecido de Malharia Retilínea................9<br />

Figura 5: Caseadeira.............................................10<br />

Figura 6: Overloque industrial.............................11<br />

Figura 7: Remalhadeira.........................................11<br />

Figura 8: Travete...................................................12<br />

Figura 9: DTV 8.....................................................13<br />

Figura 10: Galoneira.............................................13<br />

Figura 11: Laçada...................................................15<br />

Figura 12: Partes da malha e pontos de ligação..15<br />

Figura 13: Direito da malha e representação<br />

gráfica...................................................................16<br />

Figura 14: Avesso da malha e representação<br />

gráfica...................................................................16<br />

Figura 15: carreira de malha.................................18<br />

Figura 16: Coluna de malha.................................19<br />

Figura 17: Malha Jersey.......................................20<br />

Figura 18: malha Jersey dupla.............................21<br />

Figura 19: Laçada regular....................................22<br />

Figura 20: Laçada de retenção...........................23<br />

Figura 21: Laçada flutuante................................23<br />

Figura 22: Símbolos da evolução do fio............24<br />

Figura 23: Ligamento Jersey piquet...................25<br />

a<br />

Figura 24: Simbologia do diagrama <strong>para</strong> Jersey<br />

simples ou meia malha...................................25<br />

Figura 25: Simbologia do diagrama <strong>para</strong> Jersey<br />

duplo ou meia malha dupla ....................26<br />

Figura 26: 3/15 - verão....................................29<br />

Figura 27: 3/15 - inverno................................29<br />

Figura 28: 2/28................................................29<br />

Figura 29: 4/28................................................29<br />

Figura 30: Shorts masculino anos 70.............32<br />

Figura 31: Roupas da marca MarréDeci...........33<br />

Figura 32: Desfile Cemfreio.............................34<br />

Figura 33: Androginismo................................36<br />

Figura 34: David Bowie....................................36<br />

Figura 35: Bill Kaulitz......................................37<br />

Figura 36: Androginismo................................37<br />

Figura 37: Marc Bolan.....................................38<br />

Figura 38: David Bowie....................................39<br />

Figura 39: T Rex ..............................................40<br />

Figura 40: Banda secos e molhado................41<br />

Figura 41: Segmento streetwear......................53<br />

Figura 42: Painel Público Alvo.......................56<br />

Figura 43: QR CODE Entrevista com personas.57<br />

Figura 44: criatividade......................................60<br />

Figura 45: Painel de macro tendência –<br />

manifesto criativo.............................................61<br />

índice de ilustrações<br />

A<br />

A<br />

A


aFigura 46: Painel de micro tendências – Cores.63<br />

Figura 47: Painel de micro tendências –<br />

Modelagem volumosa........................................64<br />

Figura 48: Painel de micro tendências – Gola<br />

boba....................................................................65<br />

Figura 49: Painel de Conceito............................67<br />

Figura 50: Geração de alternativas.....................71<br />

Figura 51: Coleção..............................................73<br />

A<br />

A<br />

A<br />

a


A A A A<br />

A<br />

1. Introdução<br />

a<br />

1.1 Apresentação<br />

O presente projeto consiste em criar uma coleção<br />

de vestuário sem gênero contendo dez looks, sendo<br />

dois conceituais e oito comerciais, utilizando a <strong>malharia</strong><br />

retilínea como ferramenta principal <strong>para</strong> confecção<br />

das peças, além de estarem pautadas na temática Rock<br />

Glam e serem voltadas ao público jovem.<br />

Assim, o público escolhido como alvo da coleção<br />

é a juventude trabalhadora urbana que, segundo Guilherme<br />

Dearo da revista Exame, são jovens solteiros, de<br />

ambos os sexos, que residem em grandes áreas urbanas<br />

ou em regiões metropolitanas, gostam de novidades e<br />

estão sempre por dentro da tecnologia. O fator mais interessante<br />

sobre este público é que a maioria ainda está<br />

com grandes expectativas de prosseguir nos estudos e<br />

geralmente estão iniciando sua carreira <strong>prof</strong>issional.<br />

Ainda, a temática Rock Glam será trabalhada devido<br />

ao fato de que foi um gênero musical e até estilo de<br />

vestuário que surgiu no final da década de 60, na qual<br />

estava em alta a androginia. Nesse contexto, os trajes<br />

a<br />

eram compostos por muito brilho, lantejoulas, cores<br />

frias como preto, cinza e branco contrastando com cores<br />

fortes e alegres, além de muitas estampas. Era um<br />

estilo onde se denota muito a questão que não era imposto<br />

gênero nas roupas e até mesmo nos penteados.<br />

As músicas eram alegres e passavam um ar de rebeldia e<br />

atitude da juventude da época.<br />

Com isso, partindo da problemática da moda sem<br />

gênero, a proposta do projeto será oferecer roupas com<br />

modelagens, estampas e padronagens unissex e condizente<br />

com a temática escolhida <strong>para</strong> este público jovem<br />

que está sempre aberto <strong>para</strong> novas experiências.<br />

Portanto, o que será proposto na coleção é que o<br />

usuário possa ter a liberdade de se vestir da forma que<br />

quiser e que sinta-se mais confortável, sem se preocupar<br />

com pré julgamentos.<br />

1


A A<br />

A<br />

A A<br />

1.2 problemática<br />

Partindo da problemática da moda sem gênero,<br />

a proposta do projeto será oferecer roupas com modelagens,<br />

estampas e padronagem unissex e condizente<br />

com a temática escolhida <strong>para</strong> este público jovem que<br />

está sempre aberto <strong>para</strong> novas experiências.<br />

Portanto,o que será proposto na coleção é que o<br />

usuário passa ter a liberdade de se vestir da forma que<br />

quiser e que sinta-se mais confortável, sem se preocupar<br />

com pré julgamentos.<br />

1.3 objetivos gerais<br />

1.3.1 OBJETIVO GERAL<br />

Desenvolver uma coleção de vestuário utilizando<br />

a <strong>malharia</strong> retilínea como o principal ferramenta, buscando<br />

atender o público da juventude trabalhadora urbana<br />

por meio da problemática do vestuário sem gênero<br />

e inspirando-se na temática Rock Glam.<br />

1.3.2 OBJETIVO específicos<br />

a) Pesquisar, analisar e dialogar com o público alvo<br />

selecionado a fim de identificar seus interesses e estilo<br />

de vida de modo a entender a sua relação de consumo.<br />

b) Estudar a questão do vestuário sem gênero e a<br />

aplicabilidade no vestuário.<br />

c) Identificar os produtos de moda sem gênero que<br />

constam no mercado e analisar a sua similaridade.<br />

d) Estudar a questão do vestuário sem gênero e a<br />

aplicabilidade no vestuário.<br />

e) Identificar os produtos de <strong>malharia</strong> retilínea que<br />

constam no mercado e analisar a sua similaridade.<br />

f) Imergir no tema Rock Glam a fim de possuir um<br />

amplo conhecimento sobre o mesmo <strong>para</strong> proporcionar<br />

uma identidade sólida ao projeto e à coleção.<br />

g) Proporcionar ao público alvo uma experiência cultural<br />

de imersão em um contexto expressivo, no qual as<br />

pessoas podem vestir o que mais lhe agradar, conectado<br />

à temática Rock Glam.


A A A A<br />

A<br />

2. referencial teórico<br />

2.1 MALHARIA RETILÍNEA<br />

a<br />

a<br />

Apesar das especulações, não se pode definir ao<br />

certo como e quando surgiu o tecido de ponto por laçada,<br />

assim como não é possível conhecer os utensílios<br />

com que eram feitos em sua gênese. Porém, pode-se<br />

deduzir que eram usadas as mesmas ferramentas utilizadas<br />

hoje <strong>para</strong> pontos à mão, isto é, agulhas lisas e de<br />

gancho.<br />

No entanto, a mecanização desse procedimento<br />

se iniciou no final do século XVI, com Willian Lee, o<br />

inglês que inventou o primeiro tear <strong>para</strong> tecido de ponto,<br />

apesar de que a invenção não tenha se difundido<br />

rapidamente, pois a produção desse tipo de tecido ainda<br />

era, em sua maioria, feita manualmente. Assim, a indústria<br />

de tecidos de ponto foi por muito tempo julgada<br />

como um ramo secundário na indústria têxtil, o que<br />

não ocorre atualmente, já que conquistou seu espaço e<br />

igualou-se aos demais setores da área.<br />

Dessa forma, o tear retilíneo tem seu funcionamento<br />

pelo “carro” que se movimenta enquanto as<br />

agulhas permanecem estáticas <strong>para</strong> a formação de pontos<br />

por laçada. Portanto, as tramas são tecidas por entrelaçamentos<br />

por urdume, o que lhe garante muita<br />

elasticidade, além de ser possível a obtenção de inúmeras<br />

texturas, imitando até mesmo a <strong>malharia</strong> circular.<br />

3


A A<br />

A<br />

A A<br />

Além disso, também podem ser feitas padronagens diretamente<br />

na construção do tecido através de folhas de<br />

programação que diferem <strong>para</strong> cada tipo de maquinário.<br />

Assim, a malha obtida caracteriza-se por um tecido<br />

aberto com pontos muito semelhantes ao tricô e crochê<br />

manuais, mesmo sendo fabricado por uma máquina<br />

eletrônica.<br />

Ademais, a tecnologia nessa indústria assegura cada<br />

vez mais a agilidade no processo, já que sempre busca<br />

minimizar a necessidade de costuras nas peças.<br />

2.1.1 Maquinário utilizado<br />

na <strong>malharia</strong> retilínea<br />

Para a fabricação das peças, é necessária a utilização de<br />

alguns equipamentos que auxiliam no fechamento das<br />

peças e acabamentos. Os mais conhecidos são:<br />

Overloque Industrial: Máquina <strong>para</strong> acabamento em tecidos<br />

planos e fechamento de tecidos de malha. Máquina<br />

diferente da reta industrial, que exige o uso de três a<br />

quatro linhas <strong>para</strong> a formação da corrente. Exige um espaço<br />

maior e por ser industrial precisa de um local fixo.<br />

Caseadeira: Máquina industrial que faz casas de várias espessuras<br />

e tamanhos.<br />

Remalhadeira: Frequentemente a remalhadeira é usada<br />

<strong>para</strong> unir a gola no decote da blusa em malha, deixando<br />

a peça com uma costura mais discreta e com melhor<br />

acabamento, já que utiliza o mesmo fio do tecimento<br />

do pano. Em algumas peças do vestuário esta máquina<br />

é utilizada também nas costuras que unem as partes,<br />

como na imagem a seguir, que apresenta a união das<br />

laterais de uma blusa.


A A<br />

A<br />

A A<br />

Travete: Esta maquina é utilizada <strong>para</strong> fazer reforços em<br />

partes que sofrer maior pressão na peça, a fim de evitar<br />

o esgarçamento.<br />

Galoneira: Da marca alemã Stolls, é utilizada <strong>para</strong> casos<br />

mais específicos onde o acabamento fica mais suave.<br />

Também finaliza a peça sem costuras.<br />

DTV 8: Da marca italiana APM, esta máquina não muito<br />

comum por ter o seu custo de aquisição alto, fixa golas,<br />

colarinhos, punhos e barras com um acabamento mais<br />

suave.<br />

2.1.2 Padronagem<br />

A <strong>malharia</strong> retilínea é um conjunto de fios laçados,<br />

os quais se entrelaçam até formar um tecido, no caso, a<br />

malha.<br />

A padronagem tem a função de definir por meio<br />

de estudos e representações o tipo de entrelaçamento<br />

que será realizado no tecido, resultando em texturas diferentes<br />

ou/e estampas. Cada tipo de estampa ou textura<br />

exige uma representação e programação diferenciada.<br />

Na indústria de <strong>malharia</strong> é utilizada uma matriz de pontos<br />

e é por meio dela que o entrelaçamento da malha é<br />

representado e também a programação das correntes de<br />

elo, mas isso se aplica somente as maquinas de urdume<br />

denominadas por Kettenstuhl (tecidos por urdume são<br />

compostos por mais de um fio <strong>para</strong> tramar). A programação<br />

da disposição das agulhas é dispensada na máquina<br />

por trama denominada Raschel.<br />

Já nas maquinas que confeccionam <strong>malharia</strong> por trama,<br />

além de programar as correntes de elo, programa-<br />

-se principalmente a disposição das agulhas (top, pé ou<br />

talão). Sendo este procedimento dispensado caso a máquina<br />

possua dispositivo jacquard.<br />

Porém nos dois processos, tanto de urdume quanto<br />

de trama, a unidade básica é a laçada. Cada volta configura<br />

uma laçada e a forma como está representado na<br />

imagem abaixo é que se forma um tecido.<br />

5


A A<br />

A<br />

A A<br />

A malha possui uma cabeça que no caso seria a<br />

parte superior, duas pernas (o corpo) e dois pés (parte<br />

inferior). Forma-se um ponto de ligação com a malha<br />

na parte onde a perna do ponto se transforma em pé e<br />

elas se conectam.<br />

Para identificar o avesso da peça é só observar se<br />

o ponto de ligação do ponto está por baixo das pernas.<br />

Se caso for o contrário, a peça está do lado direito<br />

Figura 14: Avesso da malha e representação gráfica.<br />

Fonte: Malharia<br />

Quando o tecido tem avesso e direito, ou seja,<br />

face única, denominasse meia malha e foi produzido<br />

em uma máquina monofrontura. Se caso o tecido tiver<br />

as duas faces com o lado direito, foi produzido em uma<br />

máquina dupla frontura, onde o tecido tem o aspecto<br />

dupla face.<br />

Ligamento monofrontura significa que a máquina<br />

está tecendo com uma frontura (agulha) e todos os<br />

tecidos dessa forma serão Jersey ou meia malha. Já o<br />

ligamento em dupla frontura, significa que a máquina<br />

tece com duas fronturas (agulhas) e os tecidos formados<br />

serão Jersey duplo ou meia malha dupla.<br />

Para se fazer a malha, primeiramente é realizado o<br />

diagrama, que consiste na representação da evolução do<br />

fio, no caso as laçadas. Após a realização do diagrama,<br />

podemos identificar o raporte, que seria o ligamento do<br />

tecido ou a parte onde os pontos se encontram. Quando<br />

se programa uma máquina, o número de sistemas deve<br />

ser condizente com o número de carreiras de malha,<br />

caso o contrário, os sistemas devem ser anulados.<br />

Pra programar, devemos observar o tipo de<br />

resultado que se quer obter que são: Padrão simples,<br />

padrão listrado e padrão jacquard.<br />

2.1.3 Carreiras e colunas<br />

de malha<br />

A carreira de malha é composta por um fio que se<br />

entrelaça sucessivamente formando a malha.<br />

Já a coluna de malha é composta por vários fios<br />

que também se entrelaçam sucessivamente até formar


A A<br />

A<br />

A A<br />

uma malha. A direção das laçadas é no comprimento, e<br />

cada laçada corresponde a uma agulha.<br />

2.1.4 Jersey simples e<br />

jersey duplo<br />

O Jersey simples ou meia malha é tecido somente<br />

com a parte direita, em tecidos deste tipo é possível notar<br />

o direito e avesso bem nítido. Algumas características<br />

podem ser observadas <strong>para</strong> identificar uma malha<br />

Jersey, como: o avesso tem uma textura mais lisa e o<br />

avesso, mais áspera; há pouca elasticidade na direção<br />

do comprimento; e, se for tubular, a malha se enrola<br />

facilmente.<br />

Já a malha Jersey dupla ou meia malha dupla é<br />

obtida por meio da dupla frontura, onde as agulhas tanto<br />

do avesso quanto do direito trabalham simultaneamente<br />

formando os raportes. Características que identificam<br />

esse tipo de malha são: avesso e direito são iguais na<br />

textura e acabamento, a elasticidade no sentido da<br />

largura é grande, a estabilidade dimensional é precária<br />

em relação à meia malha simples e o tecido tende a<br />

enrolar menos. (SENAI, 2015)<br />

2.1.5 Pontos e ligamentos<br />

base da <strong>malharia</strong><br />

Sendo a laçada o elemento básico <strong>para</strong> o tecimento<br />

da malha, é ela que se combina de diferentes formas<br />

entre os três tipos: laçada regular (malha), laçada de<br />

retenção (fang) e laçada flutuante (não trabalha).<br />

7


A A<br />

A<br />

A A<br />

Dessa forma, são obtidos diferentes pontos que resultam<br />

em diferentes malhas com diferentes texturas e aberturas.<br />

Assim, <strong>para</strong> a representação dos mesmos são usados diagramas<br />

interpretados por símbolos, são eles:<br />

Figura 22: Símbolos da evolução do fio<br />

Fonte: Malharia<br />

Tendo isso em vista, podemos diagramar os diferentes<br />

ligamentos com diferentes pontos a fim de ilustrá-los<br />

graficamente, onde a linha azul representa o fio<br />

e as linhas pretas, as agulhas. Assim, como exemplo de<br />

gráfico é apresentado o ligamento Jersey Piquet.<br />

Com isso, os principais ligamentos do tecido Jersey<br />

simples ou meia malha são:<br />

1. Ligamento simples<br />

2. Ligamento pique<br />

3. Ligamento moletom simples<br />

4. Ligamento moletom invisível<br />

5. Ligamento esponja ou plush<br />

6. Ligamento jacquard<br />

,,Assim, combinados aos diferentes pontos, possuímos<br />

as seguintes variações:<br />

1. Jersey simples<br />

2. Jersey Piquet<br />

3. Moletom 3x1 normal<br />

4. Moletom 3x1 carregado cruzado<br />

5. Moletom 2x1 - universal<br />

6. Moletom 1x1 – carregado<br />

Já os principais ligamentos do tecido Jersey duplo<br />

ou meia malha dupla são:


A A<br />

A<br />

A A<br />

1. Ligamento interloque<br />

2. Ligamento pique malha dupla<br />

3. Ligamento milano<br />

4. Ligamento acanelado<br />

5. Ligamento dupla face<br />

6. Ligamento transfer<br />

7. Ligamento minijacquard<br />

8. Ligamento jacquard<br />

Assim, combinados aos diferentes pontos, possuímos as<br />

seguintes variações:<br />

1. Jersey duplo<br />

2. Interloque simples<br />

3. Ponto Roma<br />

4. Interloque Piquet<br />

5. Lacoste – Malha dupla<br />

6. Xadrez 3x3<br />

7. Interloque cruzado<br />

8. Ápeco<br />

9. Cotelê<br />

10. Pin Tuck<br />

11. Ponto Belga<br />

12. Poquette<br />

2.1.6 fIOS E CABOS<br />

Existem fios, chamados mais tecnicamente de ca<br />

bos, específicos <strong>para</strong> as máquinas de <strong>malharia</strong> retilínea e<br />

eles são muito resistentes e armazenados em cones ao<br />

invés de novelos, isso porque o consumo da máquina é<br />

extremamente veloz, o que faz com que pequenas quantidades<br />

sejam impróprias, pois haveria excesso de emendas,<br />

risco de os cabos arrebentarem e também o risco de<br />

o trabalho despencar do maquinário ao final das mesmas.<br />

Além disso, o tamanho das agulhas e os espaços<br />

entre elas estão diretamente ligados aos fios que podem<br />

ser utilizados. Dessa forma, se as agulhas forem finas e o<br />

espaço entre elas for pequeno, cabos grossos não conseguirão<br />

passar por elas e entre elas, já se as agulhas e o<br />

espaço entre elas forem grandes, cabos finos serão escassos<br />

não ocuparão todo o espaço, formando uma malha<br />

aberta e transparente.<br />

Assim, as máquinas industriais possuem agulhas<br />

pequenas e com pouco espaço entre elas, são poucas as<br />

específicas <strong>para</strong> fios grossos (os modelos mais conhecidos<br />

são Lanofiz SK-155 e Elgin KX 350).<br />

Dessa forma, <strong>para</strong> auxiliar na escolha dos fios, há<br />

etiquetas nas embalagens que indicam a titulação dos<br />

mesmos, o que indica sua espessura, que podem ser<br />

9


A A<br />

A<br />

A A<br />

indicada por NE (número inglês) ou NM (número métrico)<br />

e está diretamente relacionada ao peso do fio pela<br />

sua metragem. Assim, <strong>para</strong> a melhor compreensão, faremos<br />

um exemplo: T=3/15, onde o primeiro número<br />

indica a quantidade de fios e o segundo a torção, ou seja,<br />

quantidade de vezes que foi torcido, desse modo, quanto<br />

menor o primeiro número e maior o segundo, mais fino<br />

o cabo será e, em contrapartida, quanto maior o primeiro<br />

número e menor o segundo, mais grosso o cabo será.<br />

Com isso, um cabo T=3/15 indica que é formão por três<br />

fios com uma torção 15.<br />

Tendo isso em vista, os principais cabos utilizados<br />

<strong>para</strong> <strong>malharia</strong> retilínea são os seguintes:<br />

2.1.7 pROGRAMAÇÃO BÁSICA<br />

Para se fabricar um tecido de <strong>malharia</strong> retilínea,<br />

usam-se cinco programações básicas de maquinário: Pre<strong>para</strong>ção<br />

<strong>para</strong> o tecimento, se<strong>para</strong>ção, barra, ligamento e<br />

arremate.<br />

Pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o tecimento: Basicamente, <strong>para</strong><br />

que a máquina esteja pre<strong>para</strong>da é necessário antes executar<br />

um conjunto de passadas.<br />

Se<strong>para</strong>ção: É o conjunto de passadas que tem por<br />

finalidade se<strong>para</strong>r um tecido do outro e se<strong>para</strong>r as agulhas.<br />

A se<strong>para</strong>ção das agulhas se subdivide em: se<strong>para</strong>ção<br />

simples e dupla.<br />

Barra: é o conjunto de passadas que produz o acabamento<br />

das extremidades da peça (punho e gola). Trabalha-se<br />

geralmente com dois acabamentos: o canelado<br />

e a barra tubular.<br />

Ligamento: São as laçadas que formação a peça.<br />

Arremate: São os pontos que finalizam a peça.<br />

2.2 MODA SEM GÊNERO<br />

Roupas sem gênero, ou seja, sem distinção de sexo,<br />

ganham o mercado da moda no mundo inteiro. Enquanto<br />

que no passado as peças de vestuário eram bem segmentadas<br />

tanto <strong>para</strong> o público masculino, quanto <strong>para</strong> o


A A<br />

A<br />

A A<br />

feminino, hoje, grande parte dos consumidores simpatizam<br />

com roupas que trazem traços de ambos os sexos.<br />

O conceito de agênero, sem gênero ou não-binário, se<br />

dá ao fato de não classificar algo como feminino ou masculino<br />

e sim unissex. (DIAS,2016)<br />

Antigamente, o gênero se caracterizava pelas características<br />

físicas das pessoas. Mas o termo “gênero” é muito<br />

mais que órgãos sexuais, mas sim, quem a pessoa se<br />

considera ser, perante a si e a sociedade. (COLOQUIO<br />

MODA, 2017)<br />

Podemos observar que, por exemplo, na década de 70,<br />

começou-se a aplicar a mudanças drásticas no vestuário.<br />

Na época, homens usavam shorts curto e roupas mais<br />

justas, calças boca de sino e sapatos com plataformas.<br />

Figura 30: Shorts masculino anos 70<br />

Fonte: http://www.virgula.com.br/bem-curtinhos-vem-ver-como-eram-os-shorts-masculinos-<br />

-nos-anos-70/#img=1&galleryId=<br />

Porém, com o passar dos anos, a moda voltou a<br />

estabelecer sexos <strong>para</strong> o vestuário e ainda passou a deixar<br />

isso bem definido. Podemos comprovar este fato observando<br />

as lojas de departamento, onde as peças são setorizadas<br />

entre feminino e masculino independentemente se<br />

uma peça pode ser usada por ambos os sexos. Outra característica<br />

que hoje é enfatizado nas roupas são as modelagens,<br />

pois as roupas femininas são mais acinturadas<br />

e justas e as masculinas com uma modelagem mais reta<br />

e solta. E essa distinção ainda se agrava se alguém de um<br />

determinado sexo compra uma peça “destinada” ao sexo<br />

oposto, sua opção sexual é questionada ou subtende-se<br />

que a peça pode não ser <strong>para</strong> o comprador. (COLOQUIO<br />

MODA, 2017)<br />

Mas afinal, o que seria necessário <strong>para</strong> definir se uma<br />

roupa é masculina ou feminina?<br />

Tudo isso gira em torno de estereótipos que a sociedade<br />

criou sobre a moda e as peças de roupa, onde homens são<br />

julgados e questionados por usar qualquer peça de roupa<br />

rosa ou uma saia, por exemplo. Mas o objetivo real e<br />

simples é de que cada um quer usar apenas o que mais se<br />

identifica e o que mais reflete a sua personalidade <strong>para</strong> a<br />

sociedade, como dito anteriormente.<br />

“Essa geração pede esse tipo de roupa. É uma questão de<br />

atitude, ligada ao comportamento. É um mercado futuro11


e em crescimento no Brasil”, afirma a executiva do Sindicato<br />

das Indústrias do Vestuário do Estado de Minas<br />

Gerais (Sindvest-MG) Marta Machado.<br />

Com isso, diversas marcas vem aderindo a moda<br />

sem gênero, no Brasil, uma das marcas que possui grande<br />

influência na moda sem gênero é a MarréDeci de Marina<br />

Ribeiro, comercializando roupas infantis que pregam<br />

mensagens de libertação como: “Princesa, não! Pode me<br />

chamar de presidente” e “eu brinco com o que eu quiser”.<br />

A marca faz muito sucesso com seus consumidores,<br />

visto que as mensagens estão em prol do direito de ser<br />

criança.<br />

Figura 31: Roupas da marca MarréDeci<br />

Outra marca que se destaca no SPFW é a Cemfreio,<br />

que além de aplicar a moda manifesto em prol dos negros<br />

e gays, ainda apoia e executa a moda sem gênero.<br />

(FFW, 2016)<br />

“Não passa pela minha cabeça se quem vai vestir é um<br />

homem ou uma mina”,<br />

Figura 32: Desfile Cemfreio<br />

Victor Apolinário<br />

Fonte: https://vogue.globo.com/moda/moda-news/noticia/2017/05/cemfreio-saiba-mais-sobre-marca-que-encerrou-o-1-dia-de-desfiles-da-41-edicaoda-casa-de-criadores.html<br />

Fonte: http://vilamulher.uol.com.br/moda/estilo-e-tendencias/modaunissex-roupas-sem-genero-e-livre-de-rotulos-m0316-716967.html<br />

Alguns termos e significados que pode ser incluso<br />

na moda sem gênero são observados, são eles, identidade<br />

de gênero: É a forma de como cada pessoa se identifica<br />

A A<br />

A<br />

A A


A A<br />

A<br />

A A<br />

não binário, etc. e não-binário: é um termo que envolve<br />

várias identidades de gênero <strong>para</strong> quem não se identifica<br />

no sistema binário (homem ou mulher).<br />

2.3 androginismo<br />

Percebe-se a Androginia como condição humana<br />

desde a antiguidade, visto que, na Grécia, pensadores<br />

como Platão, definiu Andrógino no livro “O Banquete”,<br />

uma criatura mítica proto-humana. No livro, o comediógrafo<br />

Aristófanes descreve como haveriam surgido<br />

os diferentes sexos. Havia antes três seres: Andros, Gynos<br />

e Androgynos, sendo Andros entidade masculina<br />

composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas,<br />

Gynos entidade feminina, mas com características<br />

semelhantes, e Androgynos composto por metade<br />

masculina, metade feminina.<br />

A androginia define uma pessoa com a combinação<br />

de características culturais, tanto masculinas (andro)<br />

quanto femininas (gyne). A pessoa que se identifica os<br />

define com sentimentos e comportamentos masculinos<br />

e femininos. Definir o que gênero pertence uma pessoa<br />

andrógena apenas por sua aparência, na maioria das vezes<br />

os homens usam adereços femininos e as mulheres<br />

masculinos, é reforçar padrões de gênero construídos<br />

historicamente. As pessoas pressupõem que andrógenas<br />

sejam homossexuais ou bissexuais, o que na verdade<br />

a androgenia é um caráter do comportamento e da<br />

aparência individual de sua identidade de gênero. Assim,<br />

não há determinismo na orientação sexual da pessoa.<br />

Na psicologia, androginia é uma disforia de gênero rara,<br />

que é responsável por uma condição psíquica em que o<br />

indivíduo se identifica como não sendo nem homem,<br />

nem mulher, mas como uma pessoa de sexo mentalmente<br />

híbrido, o que se reflete em seu comportamento.<br />

Figura 33: Androginismo<br />

Fonte:http://och-ong.blogspot.com.br/2013/07/androginia-fique-por-dentro.html<br />

O androginismo foi muito visto na década de 60 e<br />

também 70, sendo de grande referencia David Bowie<br />

13


A A<br />

A<br />

A A<br />

no rock e no pop. No rock glam, era o que mais ostentava<br />

isso, talvez por ser o mais próximo das características<br />

físicas naturais pela tal estética. O rock foi um grande<br />

influenciador na quebra de padrões e comportamentos<br />

impostos pela sociedade, além disso, ele abrangeu mais<br />

sobre a liberação sexual, a abertura <strong>para</strong> estilos. Porém,<br />

não foi apenas o rock que influenciou nesta quebra de<br />

padrões, os hippies e suas ideologias, com a liberdade<br />

sexual, pela paz livre de preconceitos e seus longos cabelos.<br />

Mas o glam foi o que mais quebrou estereótipos de<br />

gêneros e criticas. Alguns artistas tais como Bill Kaulitz<br />

Tokio Hotel, Beattles, Ziggy Stardust estiveram presentes<br />

na influência.<br />

Figura 34: David Bowie e Bill Kaullitz<br />

Na indústria da moda e nos dias de hoje, o androginismo<br />

é visto como a “arte da libertação”, os modelos<br />

andróginos estão cada vez mais sendo requisitados<br />

pelas grifes. Em alguns casos, os modelos posam com<br />

look tanto na coleção masculina, quanto feminina. A<br />

androgenia na moda já havia feito sucesso nas passarelas<br />

nos anos 90.<br />

Figura 36: Androginismo<br />

Fonte:http://och-ong.blogspot.com.br/2013/07/androgin<br />

Fonte: http://testduartt.blogspot.com.br/2014/01/androgenismo.html<br />

Atualmente, o preconceito e discriminação em<br />

relação à androginia ainda são altos, porém, com o passar<br />

do tempo, estão sendo quebrados estes estereótipos<br />

e tabus.


A A<br />

A<br />

A A<br />

3. MATERIAIS E MÉ-<br />

TODOS DE PESQUISA<br />

3.1 aNÁLISE DE SIMILARES<br />

3.1.1 aNÁLISE DIACRÔNICA<br />

A análise diacrônica tem como objetivo analisar<br />

a evolução do produto de acordo com o tempo. Neste<br />

caso, será analisada através de uma linha do tempo,<br />

a transformação da <strong>malharia</strong> retilínea e da moda sem<br />

gênero.<br />

3.1.1.1 aNÁLISE dIACRÔNICA<br />

DA MALHARIA RETILÍNEA<br />

Não se sabe ao certo quando surgiu a <strong>malharia</strong><br />

retilínea, porém os primeiros indícios foram no antigo<br />

Alto Egito, no qual foi encontrado um boné de malha<br />

que se estima ter em torno de 2550 anos de idade.<br />

Além disso, nas primeiras escavações de Champolliom<br />

foram encontrados alguns calções de malha e um xale<br />

confeccionados por volta de 1000 a.C, o qual é possível<br />

encontrar exposto no museu do Louvre em Paris.<br />

Junto à malha, também no Egito, foi encontrado o<br />

tricô, entre 1.000 a 1.400 depois de Cristo, caracterizado<br />

pela complexidade da padronagem e as técnicas sofisticadas<br />

de tingimento em tons índigo, supõe-se que o início<br />

da confecção do tricô seja anterior e as roupas tenham<br />

desaparecido por terem sido tecidas com fios delicados<br />

(como seda) e perecíveis.<br />

Com o passar dos anos, no final do século XVI, inventou-se<br />

o primeiro tear <strong>para</strong> tecido de ponto por volta<br />

de 1580, idealizado pelo inglês Willian Lee, um pastor<br />

protestante que auxiliava sua esposa na produção de tecidos.<br />

A invenção não se difundiu rapidamente, pois a<br />

produção desse tipo de tecido ainda era, em sua maioria,<br />

feita manualmente. A partir daí, a produção manual foi<br />

sendo substituída. No final do século XVII, foram introduzidos<br />

alguns tipos de máquinas na Alemanha e na Espanha<br />

começando a aumentar os tecidos de <strong>malharia</strong>.<br />

Com isso, os sistemas começaram a melhorar e a<br />

simplificar mais, os tecidos de malha avançaram em<br />

15


A A<br />

A<br />

A A<br />

design e qualidade trazendo novas formas e tipos de máquinas de acordo com a tecnologia e evolução. Um<br />

exemplo é a máquina Shima Seiki, que na década de 1970, trouxe o conceito de peças sem costuras (inteira) <strong>para</strong><br />

a indústria, sendo um dos principais modelos de máquinas completa, além da Stoll, da Alemanha.<br />

Atualmente, este segmento tem apoio da alta tecnologia, sendo por sua vez máquinas automáticas, eletronicamente<br />

programadas e sofisticadas. Algumas são encontradas com quatro fonturas de agulhas dando maiores<br />

possibilidades <strong>para</strong> a forma, podendo ser usadas <strong>para</strong> tecer diferentes gramaturas de fios, explorando cada vez mais<br />

as qualidades e texturas únicas que a malha pode oferecer. Além disso, a tecnologia possibilita a agilidade na confecção,<br />

minimizando operações de costuras em linhas de montagem.<br />

Quadro 1: Análise diacrônica da <strong>malharia</strong> retilínea<br />

Fonte: As autoras


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.1.1.1.1 Conclusão<br />

Nos primórdios da <strong>malharia</strong> retilínea, todo e qualquer<br />

material era feito quase que de maneira artesanal,<br />

com materiais escassos e maquinário precário. Com o<br />

passar dos anos, mais especificamente no final do século<br />

XVI o maquinário começou a melhorar com a invenção<br />

do tear e a partir disso, a indústria de <strong>malharia</strong> retilínea<br />

foi aumentando a tecnologia <strong>para</strong> auxiliar na qualidade<br />

das peças e no tempo de fabricação aplicando aprimoramentos<br />

e inovações, até chegar no que está sendo<br />

produzido hoje: tecidos confortáveis em contato com o<br />

corpo, com diversas padronagens e modelagens, texturas<br />

e cores diferenciadas e o tempo de fabricação muito mais<br />

benéfico.<br />

3.1.1.2 Análise diacrônIca<br />

da moda sem gênero<br />

A moda está cada vez mais sendo influenciada pelo<br />

androginismo ou ausência gênero, afinal, roupa não tem<br />

sexo e as marcas estão cada vez mais atentas a isso.<br />

Apesar das diferenças de seus significados, a moda unissex,<br />

genderless ou sem gênero veio <strong>para</strong> quebrar barreiras,<br />

majoritariamente sociais, que ditam quais cores e<br />

formas são femininas e quais são masculinas. Além disso,<br />

ela surgiu há muito tempo atrás, um dos primeiros<br />

indícios foi na década de 20. Seu auge foi nos anos 60,<br />

quando as mulheres passaram a usar ternos, calças e paletós.<br />

A década de 60 e também 70 foi um período de<br />

grandes transformações evidentes na moda e nos costumes<br />

das pessoas. Na moda, foi um período em que<br />

as mulheres diminuíram as roupas de forma muito expressiva,<br />

causando um desnudamento impactante <strong>para</strong><br />

a época. Sendo assim, a revolução sexual que sempre foi<br />

um grande tabu <strong>para</strong> a sociedade se tornou um grande<br />

símbolo de mudanças em seus hábitos e costumes.<br />

Nessa mesma época surgiu o estilo musical Rock<br />

Glam, que abusou de roupas sem gênero. Podemos observar<br />

este fato nos cantores desse estilo que utilizavam<br />

muito brilho e roupas mais justas ao corpo que, diferente<br />

dos costumes de épocas passadas, a modelagem mais justa<br />

pertencia às mulheres.<br />

Anos se passaram e a moda voltou a estabelecer sexos<br />

<strong>para</strong> o vestuário. Porém, em 2015, voltou e a marca Gucci<br />

inovou com Alessandro Michele. O desfile foi composto<br />

pelos mesmos looks, porém vestidos por homens<br />

e mulheres. A mesma estampa, o mesmo tecido, o<br />

17


A A<br />

A<br />

A A<br />

tecido, o mesmo modelo de roupa. Depois disso, a marca Louis Vuitton, em 2016, apresentou a coleção de Jaden<br />

Smith com moda sem gênero. Posteriormente diversas marcas começaram a aderir à moda sem gênero, além disso,<br />

começaram a pensar a respeito da quebra de preconceitos e diversidade na moda.<br />

No Brasil, uma das primeiras marcas que aderiu ao movimento foi a C&A, fizeram campanhas bem-sucedidas.<br />

Atualmente, são encontradas marcas que apoiam a moda sem gênero como: A marca brasileira MarréDeci de<br />

Marina Ribeiro, que possui uma grande influência, onde comercializa roupas infantis que pregam mensagens de<br />

libertação.Outra marca é a Cemfreio, que além de aplicar a moda manifesto em prol dos negros e gays, ainda apoia<br />

e executa a moda sem gênero.<br />

Quadro 2: Analise diacrônica da moda sem gênero<br />

Fonte: As autoras


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.1.1.1.2 CONCLUSÃO<br />

Os primeiros indícios de mudanças significativos<br />

na moda conservadora foram na década de 60, quando<br />

surgiu o androginismo que se apropriava da moda sem<br />

gênero. A década de 60 foi um marco na transição das<br />

mudanças comportamentais das pessoas, tomando destaque<br />

no vestuário que se tornou totalmente diferente<br />

do habitual.<br />

A partir de acontecimentos e movimentos da época,<br />

toda uma cultura sobre o gênero, ou no caso a ausência<br />

dele foi formada com uma aceitação mais clara<br />

por parte da sociedade, apesar de que por alguns anos a<br />

moda sem gênero caiu um pouco no esquecimento.<br />

Hoje, com várias questões sendo discutidas sobre<br />

gênero e preconceito, podemos observar mais manifestações<br />

de moda sem gênero pelas passarelas e nas lojas,<br />

tornando a moda sem gênero mais acessível e compreendida<br />

pelos usuários.<br />

3.1.2 aNÁLISE sINCRÔNICA<br />

-se apresentar os valores monetários, cores e tipos de<br />

modelagens.<br />

3.1.2.1 aNÁLISE SINCRÔNICA<br />

DA MALHARIA<br />

Após analisar cada item referente as peças de <strong>malharia</strong><br />

da análise sincrônica, concluiu-se que: os tamanhos<br />

das peças seguem um padrão <strong>para</strong> todas as lojas de<br />

departamento e uma marca em especial; todas as lojas<br />

em questão utilizam materiais mais fáceis de achar e com<br />

um custo mais baixo que é o caso do acrílico, como a<br />

coleção, é de inverno as cores coincidem com a estação<br />

e com os concorrentes; como a coleção, é de inverno as<br />

cores coincidem com a estação e com os concorrentes;<br />

a modelagem segue um padrão, que no caso é a modelagem<br />

reta, sem muitas curvas e ajustes.<br />

A análise sincrônica tem como objetivo pesquisar<br />

os segmentos e gerar um com<strong>para</strong>tivo entre empresas e<br />

marcas com produtos similares. Nesta análise, buscou-<br />

19


Quadro 3: Análise sincrônica da <strong>malharia</strong> retilínea<br />

Fonte: As autoras<br />

A A<br />

A<br />

A A


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.1.2.2 aNÁLISE SINCRÔNICA DA MODA AGÊNERO<br />

21


Seguindo a mesma linha da análise da <strong>malharia</strong> retilínea,<br />

agora aplicado em moda sem gênero, concluiu-<br />

-se que: as cores são sempre neutras, independente da<br />

marca; os tamanhos também são semelhantes independentemente<br />

da marca, no que diz respeito a tamanhos<br />

especiais; a maioria das marcas selecionadas utilizam<br />

poliéster e algodão na composição de suas peças; a modelagem<br />

das peças seguem um padrão em todas as marcas.<br />

3.2 STREETWEAR<br />

O Streetwear é o segmento no qual estão inseridas<br />

roupas e looks do cotidiano urbano, principalmente<br />

<strong>para</strong> jovens e jovens adultos. Assim, ele surgiu na Inglaterra,<br />

a partir da Revolução Industrial, com jovens<br />

que buscam uma forma de demonstrar que não querem<br />

seguir o padrão de seus pais, que foram muito privados<br />

pelo período de guerra, mas sim, possuir uma identidade<br />

própria na busca por emprego e independência,<br />

fato que sofre grandes influências das tribos urbanas.<br />

Com isso, o período em que surge esse segmento é<br />

extremamente propício pelo fato de que foi nessa época<br />

em que o desenvolvimento urbano foi intensificado e<br />

também que a indústria da confecção passa a produzir<br />

em massa, podendo determinar padrões em grande<br />

escala e democratizando a moda. Assim, essa evolução<br />

rápida e repentina refletiu também no comércio, comunicações,<br />

ciência, arte e nas estruturas sociais, não<br />

deixando de fora a moda, que foi muito influenciada<br />

pelo cinema, televisão e pelo movimento do Rock and<br />

roll. Dessa forma, como os jovens estavam extremamente<br />

ativos nesses campos, tornaram-se então um<br />

mercado impossível de não ser identificado e, consequentemente,<br />

atendido.<br />

Figura 41: Segmento streetwear<br />

Fonte:http://lebarboteur.com/2016/01/22/citadium-le-concept-store-referent-en-mode-streetwear/<br />

A A<br />

A<br />

A A


A A<br />

A<br />

A A<br />

Assim, a moda streetwear é contrária ao visual<br />

“arrumadinho e engomado”, as peças requerem praticidade,<br />

funcionalidade e conforto, além de um visual<br />

despojado, sendo um dos maiores mercados do mundo.<br />

Tendo isso em vista, a inovação e a criatividade são o<br />

ponto chave <strong>para</strong> o sucesso dentro desse segmento, isso<br />

porque o público está sempre alerta às novas tendências<br />

e em busca de novidades, seguindo seu cotidiano e estilo<br />

de vida ativo.<br />

No Brasil, o streetwear vem ganhando cada vez<br />

mais força e identidade nacional, com uma estética<br />

tropical e comtemporânea.<br />

3.3 jUVENTUDE TRABALHA-<br />

DORA URBANA<br />

O público alvo denominado “Juventude trabalhadora<br />

urbana” é composto por jovens adultos de<br />

até 35 anos, solteiros, em que a maioria não possui<br />

filhos, residem em grandes centros urbanos ou regiões<br />

metropolitanas, estão no início de suas carreiras,<br />

são otimistas e ainda buscam estudo, que já é superior<br />

ao de seus pais, pois, no geral, possuem ensino médio<br />

completo. Além disso, eles possuem acesso e gostam<br />

das novas tecnologias e buscam estar cientes das novas<br />

tendências, usando a moda como uma ferramenta de<br />

expressão, sendo bastante abertos à inovação e usando<br />

como principal recurso <strong>para</strong> obtenção informação e<br />

sociabilidade as redes sociais, sendo grandes formadores<br />

de opinião.<br />

Assim, grande parte desse público já trabalha na<br />

área em que pretende seguir ou está em um “emprego<br />

de passagem” <strong>para</strong> manter-se e financiar os estudos até<br />

que chegue à carreira de sua escolha, apesar de apresentarem<br />

diferentes perfis de renda entre as classes média<br />

baixa e alta, sendo que suas famílias não dependem de<br />

sua renda individual.<br />

Além disso, possuem estilo de vida moderno e<br />

dinâmico, residindo sozinhos ou com familiares e seus<br />

bairros possuem boa infraestrutura. Seus hobbies incluem<br />

principalmente viagens à regiões litorâneas com<br />

amigos ou namorados(as), apesar de valorizarem a<br />

companhia de parentes.<br />

23


3.3.1 painel semântico do público alvo<br />

Figura 42: Painel Público Alvo<br />

Fonte: As autoras<br />

A<br />

A A A A


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.3.2 eNTREVISTA COM O<br />

PÚBLICO ALVO<br />

Para entender melhor o publico alvo em questão,<br />

foi selecionado algumas pessoas que se encaixam<br />

no perfil básico e foi realizado uma entrevista em vídeo<br />

com as principais dúvidas sobre vestuário em geral. Para<br />

assistir, escaneie o QR CODE:<br />

Figura 43: QR CODE Entrevista com personas<br />

Foi desenvolvido um questionário direcionado<br />

ao público da juventude trabalhadora urbana<br />

(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfvI-<br />

PX2HNyeTcBBtzNTtEzT_D66JUdszv1MW7UF5kibdRz6yg/viewform)<br />

a fim de coletar dados de gostos e<br />

comportamentos <strong>para</strong> auxiliar no desenvolvimento da<br />

coleção, conforme Anexo 1. As respostas referentes ao<br />

questionário encontram-se no Anexo 2.<br />

3.4 tendências<br />

3.4.1 Manifesto criativo<br />

como macrotendÊncia<br />

2019<br />

Fonte: As autoras<br />

3.3.3 Questionário<br />

COM O PÚBLICO ALVO<br />

Em época de que várias notícias e informações<br />

falsas são espalhadas pela internet, as pessoas estão se<br />

apegando cada vez mais nas coisas verdadeiras. Ser diferente,<br />

autentica, causar choque, ser ouvido é o que as<br />

pessoas do século XXI mais almejam. A criatividade e a<br />

25


Figura 44: Criatividade<br />

personalidade serão diferenciais <strong>para</strong> as pessoas que desejam<br />

se alavancar na vida e nos negócios.<br />

Segundo o site ‘Mundo do marketing’, as empresas<br />

especializadas em identificar futuras tendências relatam<br />

que Comunidades Locais, Em Contato e Manifesto<br />

Criativo serão as próximas tendências que influenciarão<br />

o perfil consumidor da sociedade.<br />

Diante da crise em que vivemos, as pessoas se obrigam<br />

a ser mais criativos e inovadores se quiserem se<br />

manter no mercado fortes e ativos. Empresas buscam<br />

áreas pouco exploradas, a fim de gerar novas oportunidades,<br />

além de que adicionar novas formas de fabricação<br />

virou uma forma de agregar valor crítico <strong>para</strong> os produtos.<br />

Fonte:http://www.aberje.com.br/colunas/criatividade-toque-de-genio-<br />

-ou-mais-referencias/<br />

No cenário em que estamos vivendo, entrar na<br />

zona de conforto será totalmente desfavorável. Produtos<br />

e ideias onde as pessoas tenham “medo” de adquirir<br />

ou experimentar será a grande oportunidade de empresas<br />

e designers.<br />

Prevemos no futuro a criação de mais sistemas do<br />

que objetos. Novas perspectivas conquistarão zonas desconhecidas<br />

e pouco exploras. Segundo a da WGSN vários<br />

cargos existentes hoje irão desaparecer, após uma revolução<br />

no posto de trabalho. Por conta da automação<br />

do mercado, as pessoas buscarão cursos mais técnicos do<br />

que a graduação em si. (MUNDOMARKETING, 2017)<br />

Na era da valorização do criativo, empresas precisarão<br />

oferecer muito mais que meros produtos. Precisarão<br />

buscar formas de relacionamento com os clientes<br />

diferenciadas, relacionamento harmônico com colaboradores,<br />

formas inovadoras de marketing e além de<br />

tudo: experiências únicas!<br />

“Acreditamos que a criatividade é a grande<br />

marca de valorização da inteligência humana.”<br />

Gabriel Mário Rodrigues<br />

Em 1998, o designer canadense Bruce Mau selecionou<br />

um conjunto de práticas e ações a fim de estimular<br />

um ambiente propicio a liberação de criatividade. Inici-<br />

A A A A<br />

A


Ini<br />

A A<br />

A<br />

A A<br />

almente foi criado <strong>para</strong> designers, porém a sua aplicabilidade<br />

estende-se <strong>para</strong> qualquer outra área.<br />

3.4.3 micro tendÊncias<br />

3.4.2 Painel semântico<br />

manifesto criativo<br />

Figura 45: Painel de macro tendência – manifesto criativo<br />

Fonte: As autoras<br />

Após analisar os desfiles da semana de moda de Milão<br />

e Nova York, selecionamos as seguintes marcas <strong>para</strong> análise:<br />

Missoni, Moncler, Moschino, Fendi, Marc Jacobs, Derek<br />

Lam, Botega Veneta e Oscar De La Renta.<br />

Nessa análise identificamos uma grande diversidade de estilo<br />

e texturas de tecidos, porém selecionamos apenas os que<br />

mais tinham compatibilidade com o público alvo e o tema<br />

Rock Glam.<br />

Todas as marcas analisadas apresentam quase as mesmas<br />

tendências, porém cada designer representa de uma<br />

forma diferenciada de acordo com a temática escolhida <strong>para</strong><br />

sua coleção.<br />

Todas as tendências identificadas foram: Modelagem ampla,<br />

longas e quadradas, diversidade de cores (amarelo, laranja,<br />

vermelho, azul), padrões geométricos, peças volumosas,<br />

uso de cores pasteis e preto, tecido com aspecto brilhoso,<br />

algumas partes em <strong>malharia</strong> retilínea, cores chamativas e vibrantes,<br />

recortes marcados, uso de tecidos com estrutura, e<br />

textura, golas bobas, franja, tecido com aspecto molhado e<br />

floral.<br />

As tendências selecionadas foram:<br />

- Diversidade de cores (amarelo, laranja, vermelho, azul);<br />

- Modelagem volumosa<br />

- Golas bobas<br />

27


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.4.4 painéis semânticos<br />

de micro tendências<br />

3.4.4.1 diversidade de cores<br />

Figura 46: Painel de micro tendências – Cores<br />

3.4.4.2 modelagem<br />

volumosa<br />

Figura 47: Painel de micro tendências – Modelagem volumosa<br />

Fonte: As autoras<br />

Fonte: As autoras


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.4.4.3 gOLA BOBA<br />

Figura 48: Painel de micro tendências – Gola boba<br />

Fonte: As autoras<br />

3.5 rock glam<br />

A coleção de <strong>malharia</strong> retilínea consiste na criação<br />

de looks sem genêro. Tendo em vista esta problemática,<br />

foi selecionado como temática o movimento Rock<br />

Glam.<br />

O Glam rock ou Glitter Rock foi um movimento que<br />

surgiu na Inglaterra, no final da década de 60 com o<br />

início da banda T-REX e ficou conhecido no mundo<br />

inteiro por ser extravagante, utilizar de muitas luzes e<br />

efeitos, roupas chamativas e futuristas, além de shows<br />

quase teatrais. Isso porque o vocalista da banda, Marc<br />

Bolan, que liderou o movimento Mod, começou a ousar,<br />

mudando o seu vestuário. Bolan adicionou muito<br />

brilho, maquiagem, plataforma, cartola, plumas, geometria,<br />

cores fortes e chamativas, além do cabelo longo<br />

e colorido, o que foi o pontapé inicial <strong>para</strong> o Glam<br />

Rock. Assim, o estilo ganhou espaço e popularidade<br />

muito rápidos pela sua extravagância e diferenciação e<br />

na década de 70 já havia influenciado muitas pessoas.<br />

(MODICES,2011)<br />

Figura 37: Marc Bolan<br />

Fonte:http://superseventies.tumblr.com/post/21018274811/designer-<br />

-fashion-clothes-shopping-sale-photography-trave 29


Dessa forma, o glam foi uma reação ao Rock Progressivo<br />

e da contracultura e, ao mesmo tempo, uma<br />

ampliação desses movimentos, sendo influenciado até<br />

mesmo pelo movimento hippie, com seus festivais, músicas<br />

e cores. Com isso, sua essência nada formal ou discreta<br />

está baseada na teatralidade cênica e performance<br />

de palco extravagante, com visual transgressor e andrógeno,<br />

o que difere muito do rock dos anos 60, do qual<br />

pertenciam Beattles, The Who e Rolling Stones.<br />

Com isso, outro ícone do movimento foi David<br />

Bowie que também pertencia ao movimento ex-mod<br />

que já estava em decadência quando se destacou no<br />

Glam Rock, criando a sua banda The Hype. Bowie ganhou<br />

sucesso quando lançou o álbum “The Rise and Fall<br />

of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, conhecido<br />

também como “A bíblia do Glam Rock”, que possuía um<br />

clima futurista no qual era contada a história do marciano<br />

Ziggy, com uma pegada realmente teatral. Com isso,<br />

“em 1973 Marc Bolan morre em um acidente de carro, e<br />

no mesmo ano, Bowie interpreta a morte definitiva de<br />

Ziggy em um show.”<br />

Figura 38: David Bowie<br />

Fonte: https://catracalivre.com.br/sp/agenda/barato/andre-frateschi-fazshow-em-homenagem-aos-70-anos-de-bowie/<br />

Dessa forma, o estilo é extremamente abrangente,<br />

partindo do pré Hard Rock, passando pelo tecno-pop,<br />

podendo chegar até mesmo no Queen. Assim, suas<br />

músicas variam “entre a frivolidade flower Power (...) ao<br />

som seco que influenciaria o punk rock (...)” (http://<br />

www.petcom.ufba.br/dicionario/glam.htm) e fazem<br />

parte desse gênero bandas como T.Rex, Slade, The Hype<br />

A<br />

A A A A<br />

27


A A<br />

A<br />

A A<br />

e Mott the Hoople.<br />

Figura 39: T Rex<br />

partir de Edy, surgiu a banda Secos e molhados que fizeram<br />

muito sucesso com as musicas: “O Vira”, “Sangue<br />

Latino”, “Assim Assado”, “Rosa de Hiroshima”.<br />

Figura 40: Banda secos e molhados<br />

Fonte: https://www.facebook.com/officialt.rex<br />

Além disso, esse movimento, subgênero do rock,<br />

ficou marcado também pelo androginismo que estava<br />

surgindo na época. Era um período de grandes mudanças,<br />

tanto nos costumes quanto no intelecto das<br />

pessoas. A partir da década de 70, com o surgimento do<br />

Glam, o androginismo ganhou força e foi mais aceito.<br />

As roupas extravagantes e comportamentos fora do habitual<br />

já eram mais aceitos pela sociedade.<br />

Tendo isso em vista, o primeiro representante do<br />

movimento no Brasil Foi Edy Star, sendo o primeiro<br />

brasileiro famoso a revelar a sua homossexualidade. A<br />

Fonte: http://www.premiodamusica.com.br/as-7-musicas-mais-iconicas-do-secos-e-molhados-com-ney-matogrosso/<br />

O Glam Rock começou a desaparecer quando o<br />

estilo musical Grunge surgiu, trazendo Nirvana, Alice<br />

in Chain, Pearl Jam e Soundgarden <strong>para</strong> a era musical.<br />

Assim, observa-se que na década de 60/70 o androginismo<br />

estava em alta e se popularizou com este<br />

movimento musical. Era um estilo de música e vestuário<br />

enérgico, alegre e totalmente rebelde. Também foi caracterizado<br />

por pessoas que quebraram <strong>para</strong>digmas e a<br />

31


e a atitude declarada no vestuário.<br />

As cores e materiais utilizados na vestimenta da época também influenciaram abundantemente na escolha<br />

do tema e será o diferencial da coleção juntamente com a modelagem agenero.<br />

3.5.1 painel semântico de conceito<br />

Figura 49: Painel de Conceito<br />

Fonte: As autoras<br />

A A A A<br />

A


A A<br />

A<br />

A A<br />

3.6 Mix de coleçÃO<br />

3.6.1 Mix de produto<br />

Para que a geração de alternativas seja criada, foi<br />

definida a quantidade de peças de cada tipo (tops, bottons<br />

e afins) que deverá constar na coleção principal de<br />

<strong>malharia</strong> retilínea.<br />

Quadro 5: Mix de produto<br />

3.6.2 Mix DE MODA<br />

A função do mix de moda é categorizar as peças<br />

entre o básico, fashion e vanguarda <strong>para</strong> que as escolhas<br />

sejam qualificadas <strong>para</strong> a coleção final.<br />

Quadro 5: Mix de moda<br />

Fonte: As autoras<br />

Fonte: As autoras<br />

33


3.7 geração de alternativas<br />

A partir das pesquisas e coletas de dados realizadas, foram produzidas as seguintes alternativas <strong>para</strong> a coleção:<br />

Figura 50: Geração de alternativas<br />

Fonte: As Autoras<br />

A A A A<br />

A


A A<br />

A<br />

A A<br />

4. RESULTADOS<br />

4.1 coleção<br />

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A A<br />

A<br />

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A A<br />

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4.2 Cartela de cores<br />

A cartela de cores foi selecionada através do painel do tema Rock glam e das tendências <strong>para</strong> 2019. Praticamente<br />

todas as cores são vibrantes, pois o tema pede um astral diferenciado em suas tonalidades. Também foi<br />

levada em conta a cor tendência segundo a Pantone que é a Ultra Violet.<br />

A cartela de cores é composta por nove cores subdivididas por: fashion, vanguarda e básico.<br />

Fonte: As autoras<br />

A A A A<br />

A


A A<br />

A<br />

A A<br />

4.3 CARTELAS DE MATERIAIS, AVIAMENTOS E PONTOS<br />

4.3.1 CARTELAS DE MATERIAIS<br />

Para fazer a seleção de materiais de uma coleção deve-se levar em conta diversos fatores, como as propriedades<br />

de conforto, praticidade e elegância dos materiais. Sendo assim, neste caso foi feita uma cartela de fios que serão<br />

usados na produção das peças, levando-se em consideração o publico alvo, o tema, as cores e a estação escolhida.<br />

Quadro x:<br />

Fonte: As autoras<br />

41


4.3.2 CARTELAS DE AVIAMENTOS<br />

Para a cartela de aviamentos foi pensado em trazer praticidade e conforto, sendo assim, buscaram-se aviamentos<br />

mais eficazes e adequados à coleção, sendo eles, fáceis de vestir e que não machuquem ou incomodem.<br />

Quadro x:<br />

Fonte: As autoras<br />

A A<br />

A<br />

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A A<br />

A<br />

A A<br />

4.3.3 Cartelas de pontos<br />

Para fazer a seleção de pontos foram levados em consideração os fios escolhidos, tema, público alvo, estação<br />

e disponibilidade de programações. Assim, definiu-se pontos maquinetados <strong>para</strong> as peças principais e pontos manuais<br />

<strong>para</strong> acessórios.<br />

Quadro x:<br />

Fonte: As autoras<br />

43


Quadro x:<br />

Fonte: As autoras<br />

A A A A<br />

A


A A<br />

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A A<br />

4.4 cartela de estamparia<br />

45


4.5 fichas técnicas


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4.6 ensaio fotográfico<br />

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