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ÚLTIMA<br />

RICARDO VAZ<br />

A Rede Jornalistas das Periferias é uma iniciativa de comunicador_s, morador_s de bairros<br />

periféricos da cidade de São Paulo, que atuam em diferentes frentes e áreas do campo, e<br />

de coletivos e movimentos de comunicação periféricos organizados, que tem o objetivo de<br />

promover e disseminar a informação produzida pelas periferias e para as periferias.<br />

Importante que se ressalte, nem a Rede Jornalistas das Periferias, nem outras que existem ou<br />

virão, darão conta da complexidade que são as periferias da cidade. Por isso, nos enxergamos<br />

como uma das redes possíveis, um recorte de pessoas e coletivos. Ou seja: não nos<br />

enxergamos como voz, mas como uma das vozes. Das várias vozes que existem, existirão.<br />

Pro infinito azul<br />

...Pode crer/ Esperei a semana inteira/ Finalmente, hoje é terça-feira/<br />

Vou subindo a ladeira/ Vou no passo a passo/ no suingue do balanço/<br />

ritmando no compasso/ Cooperifa meu quilombo cultural/ é poesia<br />

literatura marginal/ Cooperifa academia das letras/ no risco da<br />

caneta contemplando o luar/ chegando inspiração de todo lugar/ num<br />

balão pelo ar flutuando ele vai pro infinito azul...<br />

A nossa rede acredita na potência e importância de que as vozes das próprias periferias<br />

sejam as protagonistas no conteúdo jornalístico sobre essas regiões da cidade, constituídas<br />

historicamente em condições sociais de desigualdade de raça, classe e gênero, que se<br />

reproduzem, até mesmo, no ambiente profissional da comunicação.<br />

A nossa rede afirma em sua constituição a defesa dos direitos dos moradores das periferias<br />

de São Paulo e apoia grupos de comunicação periféricos de todo o país, compreendendo os<br />

contextos específicos de cada região, além de outras iniciativas que valorizem e mobilizem as<br />

minorias em prol de uma sociedade mais justa, plural e democrática para todos os cidadãos.<br />

A letra de Quilombo Cultural, rap composto pelo taxista e poeta Jairo<br />

Periafricania, tornou-se uma espécie de hino da Cooperifa, movimento<br />

cultural que acontece todas as noites de terça-feira, na Zona<br />

Sul de São Paulo. A música faz menção aos balões de gás que a Cooperifa<br />

costuma soltar quando termina o sarau no bar do Zé Batidão.<br />

As bexigas “transportam” poesias que “aterrissarão” em momentos<br />

e locais incertos. Preferencialmente próximo a alguém que saiba<br />

apreciá-las. – por Magali Cabral<br />

46 PÁGINA22 JUN/JUL 2017

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