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Foto: divulalgação AGA - GO<br />
CLÁUDIO ALMEIDA FARIA<br />
A quebra de uma fase da<br />
cadeia produtiva estrangula<br />
todo o processo. E a avicultura<br />
depende 100% do transporte,<br />
em todas as etapas.<br />
No Centro-Oeste, mais prejuízos. E o segmento que mais sofreu foi<br />
do frango de corte. Cláudio Almeida Faria, presidente<br />
da AGA, a Associação Goiana de Avicultura, disse à A Hora do<br />
Ovo que houve uma queda de 60% nos negócios nos frigoríficos<br />
goianos: “A unidades ficaram paradas por vários dias, com seus<br />
negócios congelados. Vendas só foram possíveis para mercados<br />
próximos. No campo, os alojamentos foram interrompidos”.<br />
Executivo do segmento do corte, Cláudio Faria também faz parte<br />
do conselho administrativo da Associação dos Avicultores de<br />
Minas Gerais, a Avimig. “Na avicultura de corte, Minas Gerais<br />
perdeu cerca de 5 milhões de aves, e Goiás, cerca de 4 milhões<br />
de aves, entre frangos que ficaram sem se alimentar e pintinhos<br />
que nasceram e não puderam ser alojados”, lamenta.<br />
Ele explica que a avicultura foi o setor mais afetado porque<br />
tem um ciclo produtivo contínuo: “Se você quebra uma fase da<br />
cadeia produtiva, estrangula todo o processo. E a avicultura<br />
depende de transporte em todas as etapas da produção. Desde<br />
transportar a matéria-prima, fazer a transferência do produto<br />
nas fases intermediárias, escoar o produto final. São todas fases<br />
interdependentes e a greve provocou um grande gargalo”.<br />
De acordo com ele, em Minas, são abatidos 1,8 milhão de frangos por<br />
dia numa situação normal. Como a greve, uma média de 11,5 milhões<br />
página 34 | A <strong>HORA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OVO</strong> - junho/2018