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Apresentação1

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O documento chamado Manual de Boas Práticas em Catálogos de Serviços de Tecnologia<br />

da Informação é resultado da parceria firmada entre a Coordenação Geral de Tecnologia<br />

da Informação (COGTI) do Ministério da Fazenda com a Universidade de Brasília.<br />

A parceria mobilizou estudantes da matéria de Gestão de Projetos, impulsionados pela<br />

profª Dra. Karoll Haussler e sua equipe de monitores no desafio de levar à COGTI soluções<br />

em Tecnologia da Informação e gestão. Os estudantes de Gestão de Políticas Públicas Alice<br />

Lira, Clara Feitosa Araújo e Danilo Gardin sob a tutoria de Wisley Albuquerque<br />

organizaram-se a fim de levar ao cliente uma proposta de catálogo de serviços e negócios.<br />

Como subproduto do catálogo, este manual foi elaborado levando em consideração<br />

benchmarking e levantamentos da literatura acerca de boas práticas em Tecnologia da<br />

Informação, sobretudo em catálogos de serviço e tem como objetivo a continuidade das<br />

melhores ações após o encerramento do projeto.<br />

Autores:<br />

Alice Lira<br />

Clara Feitosa Araújo<br />

Danilo Gardin Gomes<br />

Brasília, junho de 2018.


1. Catálogo de Serviços................................................................................................... 3<br />

2. Uso da Linguagem....................................................................................................... 4<br />

3. SLAs............................................................................................................................. 5<br />

4. Revisão........................................................................................................................ 6<br />

5. Fonte Única .................................................................................................................7<br />

6. Agrupamento...............................................................................................................8<br />

7. Acompanhamento.......................................................................................................9<br />

8. Bibliografia ................................................................................................................10<br />

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Para tratar sobre catálogo de serviços é preciso, primeiro, entender como a Tecnologia<br />

da Informação (TI) gerencia seus serviços. De maneira geral o Gerenciamento de<br />

Serviços de TI buscar alocar corretamente os recursos disponíveis e gerenciá-los de<br />

forma integrada, orientando a percepção da qualidade aos clientes e usuários.<br />

Organizações líderes em âmbito mundial se preocupam com o Gerenciamento de<br />

Serviços de TI de acordo com as práticas reunidas na Information Technology<br />

Infrastructure Library (ITIL). Esta biblioteca ITIL é um conjunto de boas práticas que<br />

desde os anos 1980 evolui e orienta os serviços de alta qualidade e valorizando o<br />

relacionamento com o usuário do serviço na organização.<br />

De acordo com a ITIL, a TI deve prestar serviços de acordo com as necessidades do<br />

cliente, ou seja, fortalecer a relação com as demais áreas do negócio. Para isto, a<br />

estratégia de adoção de um catálogo de serviços busca identificar gaps e redundâncias,<br />

bem como mensurar desempenho e integrar a TI à estratégia da organização.<br />

Estruturar um catálogo de serviços visa melhorar a experiência do usuário e deve<br />

garantir instruções objetivas e claras, descrevendo o que o usuário deve esperar do<br />

serviço quando operando em condições normais, de forma a reunir todos os serviços<br />

oferecidos pela TI em um único e conveniente local. Vale ressaltar que o alinhamento<br />

às melhores práticas de um catálogo de serviços vai de acordo com os seus níveis de<br />

maturidade e continuidade.<br />

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O uso da linguagem é um dos principais fatores que afeta o relacionamento entre<br />

usuário e equipe técnica, uma vez que é por meio da linguagem que o usuário tem o<br />

entendimento claro dos serviços disponíveis e pode fazer solicitações de acordo com<br />

suas demandas.<br />

É com uso da linguagem orientada ao usuário que são reduzidos os ruídos de<br />

solicitações, ou seja, os serviços prestados passam a ser assertivos. As definições dos<br />

serviços não devem ser técnicas e deve-se explicar somente o “o que” ao usuário,<br />

deixando o “como” apenas para controle da TI.<br />

É importante não utilizar siglas na descrição e, de forma sucinta, apontar o escopo,<br />

características e funções dos serviços para a percepção de valor por parte de usuário<br />

sem que se torne exaustivo.<br />

Outra linguagem que deve se adequar é a linguagem visual, ou seja, o layout da<br />

plataforma utilizada, que deve ser simples e de fácil acesso ao usuário, tornando a<br />

solicitação de serviços intuitiva e clara.<br />

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O Acordo de Nível de Serviço (do inglês Service Level Agreement – SLA) visa esclarecer<br />

as garantias que o provedor de serviços assegura em relação aos serviços disponíveis. O<br />

SLA pode ser mensurado de acordo com indicadores, sendo os mais utilizados aqueles<br />

que se relacionam com tempo de resposta ao usuário.<br />

Utilizando esse indicador, tanto o usuário quando a área de TI possuem tempos<br />

estipulados para atender às solicitações. É importante prover SLAs reais, que se<br />

adequem à realidade do negócio e à gestão do suporte técnico. Dessa maneira, na<br />

construção de um catálogo é fundamental a revisão dos SLAs com periodicidade, em<br />

geral de 3 meses, visando reavaliar serviços com maior ou menor tempo de execução e<br />

também as modificações de suporte.<br />

Tratando de SLAs, ainda é importante definir prioridades, uma vez que determinadas<br />

requisições ou incidentes afetam mais ou menos as atividades e sua paralização pode<br />

comprometer a continuidade das ações. Dentro de prioridades há que se considerar<br />

também os diferentes perfis de acesso dentro de uma organização, posto que a<br />

interrupção de serviços para usuários definidos tem maior impacto.<br />

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Entendendo que catálogos de serviços de TI recém criados possuem, em geral, baixos<br />

níveis de assertividade, é fundamental entender a importância da revisão do catálogo.<br />

Uma vez que o catálogo deve se adaptar à realidade da organização, orientado pela<br />

cultura e atividade fim do negócio, a periodicidade de revisão vai garantir a adaptação<br />

às mudanças e novas necessidades que vão surgindo.<br />

Alinhar a existência do catálogo com ferramentas de gestão dos serviços é fundamental<br />

para o sucesso das revisões e a continuidade da melhoria. Observar indicadores vai<br />

auxiliar na redução de duplicações de serviços, melhorar a descrição deles, redefinir<br />

SLAs, realocar dentro de categorias, incluir novos ou excluir obsoletos, reavaliar<br />

prioridades, rever impactos, avaliar erros, entre outros.<br />

É importante que a primeira revisão de catálogo seja feita após o período de 3 meses e<br />

as revisões seguintes podem seguir cronograma semestral ou ainda trimestral,<br />

conforme necessidade verificada pelos gestores de TI.<br />

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A função do catálogo de garantir a melhor experiência do usuário com serviços de TI<br />

pode estar comprometida quando diante da existência de diversos meios de acesso a<br />

catálogos diferentes. Logo, é fundamental que o catálogo seja a única fonte clara e<br />

segura de serviços, descrições, SLA, prioridades, entre outros, uma vez que a confusão<br />

das duplicações pode reduzir a facilidade.<br />

Para entendermos essa importância, podemos comparar o catálogo de serviços de TI a<br />

um cardápio de restaurante, por exemplo. E se em um único restaurante vários<br />

cardápios, com diferentes pratos, preços e tempo de preparo estivessem disponíveis? E<br />

se não fosse fácil a identificação de quais deles estão sendo servidos?<br />

Da mesma maneira podemos pensar que em uma organização é importante que o<br />

catálogo de TI esteja alocado em local de fácil acesso e suas versões anteriores sejam<br />

excluídas do acesso para não gerarem desacordo com as novas definições.<br />

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Alinhar o catálogo de serviços de TI com as expectativas dos usuários é sempre buscar<br />

facilidade. Dessa maneira, uma das preocupações deve sempre ser a navegação do<br />

usuário pela interface intuitiva e de fácil acesso. Uma estratégia para isso é o<br />

agrupamento de serviços por categorias das atividades, como por exemplo: correio<br />

eletrônico, acesso a sistemas, estações de trabalho, acesso a internet, impressão,<br />

serviços de rede, segurança, e outros.<br />

Outra forma de agrupamento essencial é a classificação de cada solicitação entre<br />

incidentes e requisições, como forma de facilitar o atendimento das solicitações e<br />

também a disposição dos serviços no catálogo. Segundo essa classificação, uma<br />

requisição se refere a quando o usuário tem os seus serviços funcionando<br />

perfeitamente, mas necessita da mão de obra da TI para prover algum recurso ou nova<br />

ferramenta de trabalho, enquanto incidente seria a redução da qualidade ou<br />

interrupção do serviço de TI.<br />

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Garantir um catálogo de serviços orientado ao usuário é buscar se adaptar à realidade<br />

do negócio e o acompanhamento dos chamados se faz essencial nesse caminho. É<br />

importante notificar o usuário cada vez que uma nova solicitação for feita e a<br />

ferramenta de e-mail, uma vez que se faz a mais utilizada nas organizações como forma<br />

de comunicação formalizada, é a maneira de garantir o acompanhamento mais<br />

adequado.<br />

É com o envio do acompanhamento por e-mail que o usuário tem a percepção da<br />

formalização da abertura do chamado e consegue verificar as etapas e status, bem<br />

como tem conhecimento da finalização do chamado. Quando houver impossibilidade<br />

de resposta por e-mail (como em caso de primeiro acesso a e-mail) é importante a<br />

busca por outras formas de comunicação, seja por telefone ou até mesmo<br />

presencialmente para o acompanhamento do encerramento da solicitação.<br />

9


1<br />

0<br />

MAGALHÃES, I. L.; PINHEIRO, W. B. Gerenciamento de Serviços de TI na prática. Uma<br />

abordagem com base na ITIL. Novatec. Capítulo I – Introdução. 2007.<br />

CAMPOS, C. E. V.; MARINHO, F.; MUNDIM, J. F. A.; FILHO, J. H.R; ALAMY, L.; LIMA, L.F.;<br />

SANTOS, O. O.; LIMA, P. J. B. A.; SILVEIRA, R. F. B. Resultado Final das atividades do<br />

Grupo de Trabalho para confecção de Catálogo de Serviços de TI. Comunidade de<br />

Tecnologia da Informação Aplicada ao Controle – TI Controle. Jun 2014.

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