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GAZETA DIARIO 651

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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 8 de agosto de 2018<br />

PRONUNCIAMENTO<br />

Nos 12 anos da Lei Maria da<br />

Política<br />

05<br />

Penha, vereadora revela agressões<br />

Inês Weizemann disse que sofreu violência doméstica durante 13 anos<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Em um pronunciamento<br />

contundente, ontem<br />

(7), na Tribuna da<br />

Câmara, a vereadora Inês<br />

Weizemann (PSD) lembrou<br />

os 12 anos da Lei<br />

Maria da Penha e revelou<br />

que sofreu agressões<br />

quando convivia com o<br />

ex-marido. Disse que resolveu<br />

fazer a declaração<br />

publicamente para alertar<br />

as autoridades de que<br />

a violência doméstica impera<br />

e que muitas mulheres<br />

continuam sofrendo<br />

Foi aprovado, nessa<br />

terça-feira (7), o requerimento<br />

da vereadora Nanci<br />

Rafagnin Andreola<br />

(PDT) definindo a realização<br />

de audiência pública<br />

para que a população<br />

possa debater sobre o serviço<br />

de corte de árvores.<br />

Um dos motivos é a demora<br />

no atendimento das<br />

solicitações da população<br />

em razão da grande demanda<br />

e da equipe reduzida<br />

da prefeitura. No<br />

mês passado, a Câmara<br />

rejeitou um projeto do<br />

Executivo prevendo a op-<br />

caladas. Para a vereadora,<br />

a lei que pune agressores<br />

e prevê medidas protetivas<br />

para as mulheres<br />

é uma conquista, porém<br />

ainda há muito que avançar<br />

no combate aos vários<br />

tipos de violência.<br />

"Eu sofri agressões por<br />

13 anos. Tinha dois filhos,<br />

e o mais velho acompanhava<br />

o sofrimento com aquele<br />

pai que arrebentava a<br />

porta no pé. Fui jogada<br />

num poço. Dormi na casa<br />

dos outros com os dois filhos.<br />

Só quem passou por<br />

isso sabe, porque as sequelas<br />

ficam", relatou<br />

Inês. A vereadora disse<br />

que em determinado momento<br />

resolveu denunciar<br />

as agressões. "Quando fui<br />

à delegacia, senti o descaso.<br />

Ao retornar, ele já tinha<br />

chegado em casa, e eu<br />

apanhava novamente. E<br />

ele dizia que se eu estava<br />

apanhando era porque<br />

merecia."<br />

De acordo com Inês,<br />

o ex-marido saiu de casa<br />

quando o filho tinha 2<br />

anos. "Judicialmente consegui<br />

o divórcio porque<br />

ele se negou a assinar, e<br />

o juiz entendeu que eu tinha<br />

o direito de liberdade.<br />

Superamos isso. Não<br />

tenho medo e não sinto<br />

revolta, mas sim tristeza.<br />

Hoje vivo com outra pessoa,<br />

com quem tenho<br />

uma filha", contou.<br />

Inês Weizemann citou<br />

o caso da advogada de<br />

Guarapuava, vítima de<br />

feminicídio, para reforçar<br />

o alerta. "Não vejo a data<br />

como comemoração, mas<br />

sim uma conquista. Apesar<br />

da Lei Maria da Penha,<br />

a violência doméstica<br />

continua, tanto que<br />

as mortes estão aí." E<br />

questionou: "Há quantos<br />

anos as mulheres apa-<br />

Inês Weizemann: "Há quantos anos as mulheres<br />

apanham caladas, com medo?"<br />

Aprovada audiência pública sobre o corte de árvores<br />

ção de o próprio morador<br />

contratar empresa credenciada<br />

e efetuar o corte<br />

na frente do imóvel. A<br />

alegação é a de que a prefeitura<br />

estaria repassando<br />

à população uma responsabilidade<br />

que é do<br />

poder público. Nanci entende<br />

que o assunto precisa<br />

ser discutido em audiência<br />

para se encontrar<br />

a melhor alternativa para<br />

solucionar o problema.<br />

Licenças especiais<br />

O presidente da Câmara,<br />

Rogério Quadros,<br />

apresentou um requerimento<br />

pedindo que o Poder<br />

Executivo conceda<br />

informações sobre as licenças<br />

especiais indenizadas<br />

no período de 2015<br />

a 2016. A justificativa do<br />

documento é a transparência,<br />

pois, segundo<br />

Rogério, na época não<br />

houve publicações de<br />

atos autorizativos, a<br />

exemplo do que ocorria<br />

na Câmara. O presidente<br />

busca também o entendimento<br />

para equacionar<br />

os critérios de isonomia<br />

sobre o assunto.<br />

Reforma de escolas<br />

municipais<br />

Reiterando pedido de<br />

novembro do ano passado,<br />

o vereador Jeferson<br />

Brayner apresentou novo<br />

requerimento endereçado<br />

à prefeitura solicitando<br />

informações sobre as<br />

obras de reforma e ampliação<br />

de escolas municipais<br />

e centros de educação<br />

infantil (CMEIs). O<br />

documento pede um relatório<br />

completo sobre<br />

os contratos firmados<br />

desde as gestões anteriores<br />

para a execução desses<br />

serviços. O requerimento<br />

exige, entre outros<br />

fatores, os termos de<br />

vistoria indicando os<br />

materiais utilizados,<br />

condições e qualidade<br />

das obras.<br />

Celino pede<br />

prestação de contas<br />

do Megarock<br />

O vereador Celino<br />

Fertrin quer prestação<br />

de contas, por parte do<br />

Poder Executivo, sobre o<br />

Festival Megarock, realizado<br />

entre os dias 13 e<br />

15 de julho no Parque de<br />

nham caladas, com<br />

medo? Eu digo não tenham<br />

medo, não esperem<br />

o pior. E peço às autoridades<br />

que levem as denúncias<br />

a sério e que<br />

olhem diferente para a<br />

mulher", concluiu.<br />

Exposições Charrua. O<br />

parlamentar ressaltou<br />

que a proposição não foi<br />

feita com o intuito de<br />

encontrar irregularidades,<br />

mas sim como uma<br />

forma de mostrar transparência<br />

sobre a aplicação<br />

do dinheiro público.<br />

"É a nossa função fiscalizar<br />

os atos do Executivo,<br />

e nada mais natural<br />

que verificarmos as contas<br />

do evento", apontou.<br />

O requerimento de Celino<br />

será encaminhado<br />

para a prefeitura responder.

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