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Adolescentes<br />
pregadores
INTRODUÇÃO Comecei a pregar muito cedo, por graça<br />
de Deus, e também conheci, ao longo dos meus quase<br />
40 anos, meninos pregadores. Alguns cresceram e<br />
continuaram pregando a Palavra do Senhor. Outros,<br />
por falta de orientação, resolveram agir por conta<br />
própria, e suas promissoras carreiras ministeriais não<br />
deram em nada. Estou preocupado com a nova<br />
geração de pregadores. E me sinto incomodado com os<br />
chamados pregadores mirins, que são, na verdade,<br />
meninos de 8, 10, 12 anos que estão imitando famosos<br />
animadores de auditório. E, pasmem, já existe até bebê<br />
avivalista! Os animadores de plateia mirins são<br />
miniaturas dos pregadores malabaristas. Eles são<br />
cheios de trejeitos, berram ao microfone, como se<br />
fossem pôr as entranhas pela boca, correm de um lado<br />
para o outro, fazem gracejos, dão golpes no ar,<br />
empregam bordões como “Ei, psiu, diga para o seu<br />
irmão: sonhador não morre” e “Pentecostal que não faz<br />
barulho está com defeito de fabricação”.
E o pior: de modo soberbo, agem como profissionais da<br />
pregação! Em algum lugar na Internet, um menino malorientado<br />
apresenta o seu currículo de maneira<br />
imodesta e, tacitamente, oferece os seus serviços:<br />
“Pregador mirim fulano de tal, pregador da palavra de<br />
11 anos, usadíssimo por Deus! Deus tem me usado<br />
para avivamento espiritual, exortação, cura, libertação<br />
de almas e muito mais! Telefone para contato: (99)<br />
9999-9999”. Ora, Deus usa a quem quer e como quer,<br />
inclusive meninos, adolescentes e jovens! Haja vista<br />
Samuel, Davi, Josias, o menino Jesus, Timóteo, etc. Mas<br />
não podemos aceitar com naturalidade a exploração<br />
infantil, o mecanicismo e o artificialismo. Além disso,<br />
não devemos tolerar, nos infantes, a soberba, o<br />
comportamento de celebridade e a imitação de um<br />
modelo que não está de acordo com a pregação<br />
cristocêntrica, ainda que usemos como justificativa o<br />
fato de as crianças serem ingênuas e, até certo ponto,<br />
inocentes.
Por outro lado, não me agrada a maneira como certos<br />
editores de blog escarnecem desses chamados<br />
pregadores mirins e os expõem zombeteiramente,<br />
criando vídeos com legendas reprováveis. Eu nunca<br />
vou inserir um vídeo desse tipo aqui porque isso é<br />
também explorar os infantes e expô-los ao ridículo.<br />
Precisamos ter equilíbrio e saber que o bom humor<br />
precisa ser feito com bom senso e temor a Deus. Que<br />
Deus levante pregadores mirins que falem com<br />
singeleza a respeito do Evangelho. Que os líderes e<br />
pais orientem os meninos pregadores a permanecerem<br />
humildes, sabendo que a chamada é um ato soberano<br />
do Senhor. E que eles, por sua vez, imitem o maior<br />
Pregador mirim que o mundo conheceu, o qual aos 12<br />
anos estava no meio dos doutores — interrogando-os e<br />
sendo interrogado por eles! Ele, ao chegar à<br />
maturidade, cumpriu com autoridade um tríplice<br />
ministério, ensinando, pregando e curando os enfermos<br />
(Mt 4.23).
Com respeito e amor a todos os expoentes mirins (pois<br />
Jesus também foi um menino Pregador), e desejando<br />
vê-los progredir, seguindo a bons exemplos, Ciro<br />
Sanches Zibordi<br />
http://cirozibordi.blogspot.com.br/2010/01/pregadoresmirins-ou-miniaturas-de.html
Considerações iniciais<br />
1- Tempo - Uma Saudação – 3 a 5 minutos -<br />
Uma Palavra – 5 a 7 minutos -<br />
Uma Pregação – 30 a 50 minutos<br />
2- Evite texto de difícil compreensão<br />
3 – Nunca deve doutrinar a Igreja<br />
4- Nunca devem falar de usos e costumes<br />
5- Cuidado com as vestimentas<br />
6- cuidado com a aparência física<br />
7- Humildade<br />
8- Oração<br />
9 – Leitura da Bíblia
1. O que é a pregação? Talvez seja mais fácil dizer o<br />
que a pregação não é do que o que ela é. Não é um<br />
compartilhar de alguns pensamentos de ouro sobre um<br />
texto bíblico. Pregar não é um estudo bíblico. Não é<br />
uma palestra. Pregação não é um show de comédia. O<br />
que é então? De uma maneira bem simples, apregação<br />
é a proclamação da palavra de Deus por homens para<br />
os outros seres humanos. Portanto, a pregação tem<br />
quatro componentes principais: O Homem<br />
devidamente dotado e chamado. A Mensagem, a<br />
palavra de Deus. O Meio, a proclamação falada. A<br />
Motivação: para beneficiar outros seres humanos<br />
(Colossenses1:28). Mas talvez a minha definição seja<br />
um pouco prosaica. De acordo com D. Martyn Lloyd-<br />
Jones, pregação é a “teologia em chamas”.
2. Do texto ao sermão 1) Decidir qual é o seu texto Ore<br />
por orientação do Senhor. Reflita sobre o impulso<br />
básico de seu sermão. Será evangelístico, que visa<br />
apresentar o evangelho aos não convertidos, ou uma<br />
mensagem que é primariamente para o povo de Deus?<br />
O que a congregação precisa ouvir? Encorajamento,<br />
desafio ou admoestação? Em sua primeira pregação, se<br />
atenha às passagens que você conhece muito bem, em<br />
vez de tentar encarar alguma coisa em Ezequiel ou<br />
Apocalipse. Aprenda a andar antes de correr. 2)<br />
Discernir o significado do seu texto Faça perguntas ao<br />
seu texto: 1. Qual é seu contexto na passagem? 2. Qual<br />
é a forma literária do texto? É poesia, uma canção,<br />
prosa histórica, uma parábola, um Evangelho ou uma<br />
epístola? 3. Qual é o lugar do texto no enredo da<br />
Bíblia? 4. Qual doutrina está sendo ensinada pelo<br />
texto? O que ele diz sobre Deus, a salvação, a vida<br />
cristã ou das últimas coisas? Como o que está sendo<br />
ensinado no texto refere-se ao ensino da Bíblia como<br />
um todo? 5. Qual é a aplicação prática do seu texto? 6.<br />
Como cada sermão deve ter um ponto principal, qual é<br />
o tema principal da passagem?
3) Desenvolver uma clara estrutura de sermão. Isso<br />
fará com que sua mensagem seja memorável e fácil de<br />
seguir. A ordem dos pontos do sermão deve ser lógica<br />
e progressiva, dando à mensagem uma sensação de<br />
impulso. Experimente e siga as divisões naturais do<br />
seu texto. Por exemplo, Gênesis 22 pode ser dividido<br />
como se segue: I. O Senhor prova Abraão (22:1-6) II. O<br />
Senhor provê para Abraão (22:7-14) III. O Senhor<br />
promete bênçãos para Abraão (22:15-24) Aliteração é<br />
boa quando acontece naturalmente, mas não é<br />
absolutamente necessária.
4) Use ilustrações úteis Ilustrações ajudam as pessoas<br />
a entender o que está sendo dito. Elas devem iluminar<br />
a verdade ao invés de chamar a atenção para si<br />
mesmas. Narrativas bíblicas são praticamente<br />
autoilustrativas. Abraão é o exemplo-chave de um<br />
homem cuja fé está sendo provada em Gênesis 22. Mas<br />
incluir outros casos de pessoas cuja fé foi provada e<br />
aprovada, vai ajudar a chegar no ponto em questão. 5)<br />
Pregar a Cristo a partir de todas as Escrituras Isto é<br />
especialmente importante quando se estiver pregando<br />
a partir do Antigo Testamento. Veja a prática do próprio<br />
Jesus (Lucas 24:44-49). Gênesis 22 é acerca de Isaque,<br />
a prometida “semente” sacrificada e ressurreta.<br />
(Gênesis 3:15, 21:12, Gálatas 3:16, Hebreus 11:17-19).<br />
Observe a maneira como Paulo ecoa Gênesis 22:16 em<br />
Romanos 8:32, que é sobre o Senhor, que provê ao seu<br />
povo, outro tema em Gênesis 22. 6)