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Utilidade Pública<br />
Banho Solidário cresce e serve<br />
Lucas Catanho - lucas.silva@jornalacidade.com.br<br />
O projeto de atendimento a moradores de rua intitulado<br />
“Banho Solidário” completou seis meses com 500 banhos<br />
oferecidos em Ribeirão Preto e já serve de exemplo para outras<br />
cidades brasileiras. Voluntários que atuam em projetos sociais em<br />
Canoas (RS), Vitória (ES) e São Paulo (SP) manifestaram interesse<br />
em implantá-lo em suas cidades.<br />
O atendimento inclui banho em uma carreta móvel com duas<br />
duchas aquecidas, corte de cabelo e barba, distribuição de roupas<br />
e orientações sobre cuidados básicos de saúde. Moradores de rua<br />
que desejam lutar contra dependência química são encaminhados<br />
para tratamento.<br />
A cada local de atendimento trabalham de 20 a 30 voluntários.<br />
Por mês, duas ações são promovidas, em média.<br />
O projeto conta com a equipe própria, mas também é<br />
disponibilizado como um serviço a mais em outros já existentes.<br />
“Hoje, sete instituições parceiras já recebem o auxílio da carreta<br />
móvel, que tem capacidade para oferecer até 45 banhos”, informa<br />
o coordenador, Francisco Fernando Rocha.<br />
A carreta foi adquirida pela Loja Maçônica “Pureza, Luz<br />
e Verdade” ao custo de R$ 15 mil, após o projeto social ser<br />
idealizado pelo gerente de expansão Felipe Gui Rocha, membro<br />
do Capítulo Estrella D’Oeste nº 36, da Ordem DeMolay (leia<br />
mais à direita).<br />
Nos últimos dois meses, o projeto recebeu e encaminhou mais<br />
de 2,5 toneladas de alimentos a entidades assistenciais. Além<br />
disso, está em andamento uma campanha de agasalhos promovida<br />
por uma empresa de veículos, na qual 40% das doações serão<br />
revertidas ao projeto social.<br />
“Todos os dias recebemos algum tipo de doação para o Banho<br />
Solidário”, destaca Rocha. “Nosso maior desafio é a continuidade<br />
e a ampliação do projeto. Para isso vamos formar novas lideranças<br />
e grupos”, conclui.<br />
SEMENTE PLANTADA<br />
A ideia de implantar o projeto social Banho Solidário em<br />
Ribeirão Preto foi de Felipe Gui Rocha, membro da Ordem<br />
Demolay (Maçonaria). Ele deixou o projeto pronto para ser<br />
executado antes de morrer, em 30 de julho de 2017, aos 19 anos,<br />
vítima de acidente em rodovia de Piumhi (MG). Desde 2014<br />
Felipe organizava anualmente a Caminhada Passos que Salvam,<br />
em prol do Hospital de Câncer de Barretos, com o objetivo de<br />
conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce do câncer<br />
infantil. Antes disso, desde 2012 estava envolvido em causas<br />
sociais e coordenava uma campanha anual de arrecadação de<br />
alimentos para serem doados a entidades assistenciais, em parceria<br />
com o supermercado Savegnago – o Arrastão da Solidariedade.<br />
RIBEIRÃO TEM MAIS DE MIL MORADORES DE RUA<br />
A Secretaria Municipal da Assistência Social de Ribeirão Preto<br />
declarou que, em 2017, foram atendidos 1.055 moradores de<br />
rua em locais de abordagem pelos educadores sociais. Entre<br />
janeiro e abril deste ano, as equipes já atenderam 809 pessoas na<br />
cidade. A equipe de abordagem conta com 11 profissionais, que<br />
atuam em três turnos. Atualmente são realizados, em média, 16<br />
atendimentos por dia. Somente no primeiro trimestre deste ano<br />
foram compradas 695 passagens interurbanas para moradores de<br />
rua voltarem ao seus locais de origem. Em média, 25 moradores<br />
de rua procuram o serviço da Cetrem – casa de passagem para esse<br />
tipo de público – ao dia.<br />
Felipe Gui Rocha<br />
Idealizador do “Banho Solidário”<br />
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