GAZETA DIARIO 783

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02 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 26 e 27 de janeiro de 2019
Índice
Página 1 até 40
EDITORIAL E COLUNA 2
CIDADE 3
CIDADE 4
POLÍTICA 5
BICO DO CORVO 6
POLÍTICA 7
CAMPANA/POLÍTICA 8
CIDADE 9
CIDADE 10
BLUE PARK 11
ESTADUAL 12
ITAIPU BINACIONAL 13
CONSTRUTORA PULCINELLI 14
extrapau
pauta
Bombeiros
estimam cerca de
200 desaparecidos
após barragem
romper-se
CIDADE 15
EDITAL 16
COTIDIANO 17 A 26
IMOBILIÁRIO 27 A 35
CLASSIFICADOS 36
POLÍCIA 37
ESPORTE 38 E 39
CELL SHOP 40
Fone Provisório: (45) 3028-2700
Editorial
Aconteceu de novo
O rompimento da barragem de contenção de resíduos de uma mina de ferro de propriedade
da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, colocou a região na mídia nacional e internacional.
Mais de 200 pessoas estão desaparecidas. Segundo o site Bloomberg, a barragem,
a serviço da Mina Feijão, produziu 7,8 milhões de toneladas de minério de ferro em
2017. Conforme a revista on-line, é uma das menores operações da outrora estatal brasileira,
hoje privatizada.
Toda a operação estava legal e dentro dos parâmetros oficiais. Uma das preocupações é
que desta vez a barragem se encontra na região metropolitana de Belo Horizonte e a
situação pode impactar o fornecimento de água.
É a segunda vez em três anos que rompimentos de barragens ocorrem em Minas Gerais,
estado cujo nome denuncia a abundância de operações de minas de todos os tipos. São mais
de 300 barragens. No Brasil são mais de 24 mil. Em tempos de polarização política, o debate
meio ambiente x progresso sofre. Está em moda a negação do perigo de desastres ambientais,
especialmente aqueles que envolvem as águas, os rios, os aquíferos e as águas subterrâneas.
Quando o desastre acontece todo mundo perde. A empresa, o povo, o meio ambiente,
a bolsa de valores e o país. Ontem mesmo, de acordo com a Bloomberg, as ações ADRs da
Vale caíram 14% em Nova York. Ataque ao meio ambiente repercute no bolso.
A falta de capacidade de o Brasil garantir que pode proteger o meio ambiente foi parte
do bochicho em Davos. O desastre de Mariana foi lembrado no jornalismo especializado
em economia. Ninguém contava com o desastre de Brumadinho e a corda no pescoço do
Rio Paraopeba. A situação dos rios na Bacia do Paraopeba não é boa mesmo em tempo de
paz ambiental. É pior agora.
Visita ao Gazeta Diário
O deputado federal Vermelho visitou o Gazeta Diário nessa sexta-feira. Ele estava acompanhado
do filho Matheus e do ex-vereador Sergio Beltrame. Eles foram recebidos por Rogério Bonato
O Corpo de Bombeiros
informou, ontem à tarde
(25), que aproximadamente
200 pessoas estão desaparecidas
após o rompimento
da barragem da
Mina Feijão, em Brumadinho
(MG). A estrutura, que
pertence à Vale, liberou no
meio ambiente um volume
ainda desconhecido de rejeitos
de mineração.
O Hospital João XXIII,
instituição pública vinculada
ao estado de Minas Gerais
e sediada em Belo Horizonte,
acionou um plano
de atendimento para múltiplas
vítimas de catástrofes.
Até o momento, ela confirmou
a chegada de duas
pacientes, de helicóptero.
Em nota, o Corpo de
Bombeiros informou que o
Sistema de Comando de
Operações (SCO) está estruturado
no Centro Social do
Córrego do Feijão, em Brumadinho.
"Vários órgãos,
principalmente de segurança
pública, estão no local e
em reunião neste momento
definindo as estratégias de
atendimento", diz a nota.
Ao lado do Centro Social
do Córrego do Feijão há um
campo de futebol que está
sendo usado como área de
avaliação e triagem das vítimas
para atendimento
médico, além de estacionamento
de viaturas. Também
foi estruturado um posto
para arrecadação de alimento
na Faculdade Asa de
Brumadinho.
O Corpo de Bombeiros
informou que está atuando
com 51 militares e que conta
ainda com seis aeronaves.
(Léo Rodrigues —
repórter da Agência Brasil)