GAZETA DIARIO 806
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Foz do Iguaçu, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019 Geral 13<br />
CASTIGO MERECIDO<br />
Papa excomunga padre brasileiro<br />
que trabalhava em Ciudad del Este<br />
Religioso é acusador de atacar e abusar de freiras e fazer "lavagem cerebral" na cidade de Anápolis, Goiânia<br />
Castigo<br />
Com a decisão, o<br />
religioso deixará de ser<br />
padre 19 anos depois<br />
de ter sido ordenado<br />
sacerdote. Ele é acusado<br />
de estuprar e molestar<br />
pelo menos 11<br />
mulheres ligadas à organização<br />
que fundou,<br />
Fraternidade Arca de<br />
Maria. Atualmente ele<br />
não tem mais ligação<br />
com a instituição. A<br />
medida é a punição<br />
mais grave que a Igreja<br />
Católica pode impor<br />
a um membro do clero<br />
e encerra uma investigação<br />
canônica contra<br />
Souza.<br />
Em comunicado, o<br />
monsenhor Guillermo<br />
Steckling, responsável<br />
pela diocese de Ciudad<br />
del Este, afirma<br />
que o sacerdote "foi<br />
dispensado imediatamente<br />
de suas obrigações<br />
clericais" pelo<br />
pontífice. Souza já havia<br />
sido suspenso de<br />
cerimônias e proibido<br />
de usar seu hábito até<br />
o fim da investigação.<br />
Em setembro passado,<br />
em entrevista à<br />
Folha de S. Paulo, ele<br />
negou as acusações e<br />
alegou ser alvo de calúnia.<br />
A decisão foi tomada<br />
em um momento<br />
em que o papa debate<br />
no Vaticano os<br />
casos de abusos sexuais<br />
cometidos por<br />
membros do clero que<br />
têm abalado a Igreja<br />
Católica nos últimos<br />
meses.<br />
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O padre Jean Rogers foi excomungado e expulso da Igreja Católica<br />
Adelino de Souza<br />
Freelancer<br />
O papa Francisco<br />
decidiu excomungar<br />
e afastar de suas<br />
funções o padre brasileiro<br />
Jean Rogers<br />
Rodrigo de Souza,<br />
que trabalhava na<br />
diocese de Ciudad<br />
del Este. O bispo<br />
Guillermo Steckling<br />
disse que o padre<br />
não exercia mais atividades<br />
sacerdotais,<br />
apenas atuava com<br />
presos nos cárceres<br />
de Alto Paraná.<br />
O padre Souza foi<br />
acusado por fiéis brasileiros<br />
e religiosas de<br />
praticar abusos e violações<br />
durante o período<br />
em que trabalhava<br />
em Anápolis, Goiânia.<br />
Ele havia sido<br />
transferido para Ciudad<br />
del Este enquanto<br />
tramitava o processo<br />
aberto pela Igreja<br />
Católica.<br />
Em Anápolis, o padre<br />
Souza foi acusado<br />
por 11 pessoas de abuso<br />
sexual. Segundo as<br />
denúncias, o sacerdote<br />
fazia "lavagem cerebral"<br />
nas mulheres<br />
mais humildes para<br />
praticar os atos sexuais.<br />
Algumas jovens<br />
também teriam "se<br />
apaixonado" pelo sacerdote.<br />
Algumas enviavam<br />
calcinhas e<br />
outras peças íntimas<br />
ao religioso.<br />
Uma das freiras<br />
ouvidas pela Folha de<br />
S. Paulo declarou:<br />
"Ele me chamou para<br />
conversar e, assim<br />
que entrei, ele fechou<br />
a porta. Parecia fora<br />
de si. Veio com uma<br />
força muito grande,<br />
me jogou no sofá e começou<br />
a levantar meu<br />
hábito. Não tive coragem<br />
de gritar. Foram<br />
cinco minutos que pareceram<br />
uma eternidade".<br />
A freira entrou<br />
em depressão e precisou<br />
ser tratada por<br />
um psicólogo.<br />
As investidas contra<br />
as freiras teriam<br />
ocorrido em 2014 e<br />
2015. Uma delas declarou<br />
ter visto o padre<br />
masturbando-se<br />
enquanto olhava vídeos<br />
no computador.<br />
Outra disse que ele<br />
olhava filmes de animais<br />
fazendo sexo.<br />
Ao ser questionado, o<br />
padre declarou que<br />
as freiras estavam<br />
loucas.