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GAZETA DIARIO 809

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Foz do Iguaçu, terça-feira, 26 de fevereiro de 2019<br />

PECÚLIO<br />

Cidade<br />

07<br />

Prefeitura de Foz prorroga prazo de<br />

entrega de obras paralisadas desde 2016<br />

Concessão foi autorizada após solicitação feita pelas empreiteiras;<br />

vice-prefeito diz que empreendimentos serão concluídos até final de 2020<br />

Bruno Soares<br />

Reportagem<br />

A maior parte das obras<br />

financiadas com recursos federais<br />

e paralisadas desde<br />

abril de 2016, em razão da<br />

Operação Pecúlio, caminha<br />

a passos lentos para ser concluída<br />

pela gestão do prefeito<br />

Chico Brasileiro (PSD).<br />

Até o momento, apenas a<br />

Avenida Andradina foi devidamente<br />

entregue, conforme<br />

prazo estipulado em acordo<br />

celebrado entre Ministério<br />

Público Federal, prefeitura e<br />

empreiteira.<br />

Permanecem estagnados<br />

os canteiros de obras das<br />

avenidas José Maria de Brito,<br />

Renieri Mazzilli e Pedro<br />

Basso. De acordo com o<br />

vice-prefeito, Nilton Bobato<br />

(PCdoB), a prefeitura negocia<br />

com a empresa responsável<br />

pelos empreendimentos<br />

para que os trabalhos<br />

sejam retomados o mais<br />

brevemente possível. "A empresa<br />

não concordou com as<br />

propostas que apresentamos<br />

inicialmente, e trabalhamos<br />

para encontrar a melhor alternativa<br />

que garanta a exe-<br />

Foto: arquivo<br />

Auditoria feita a pedido do MPF constatou superfaturamento<br />

em obras financiadas com recursos federais<br />

cução destes serviços fundamentais<br />

ao funcionamento<br />

da cidade", declarou o viceprefeito.<br />

O prazo para conclusão<br />

da Avenida Felipe Wandscheer,<br />

inicialmente acordado<br />

para 15 de fevereiro, foi<br />

prorrogado para 45 dias<br />

após a última ordem de serviço,<br />

sem data para ser assinada.<br />

Isto porque questões<br />

de indenização de moradores<br />

e outras questões burocráticas<br />

terminaram por prejudicar<br />

o devido andamento<br />

dos trabalhos no local. Segundo<br />

o relatório da CGU,<br />

no contrato da duplicação<br />

desta avenida, os técnicos<br />

constataram "superfaturamento<br />

de R$ 77,9 mil somente<br />

pela execução de calçadas<br />

e ciclovias executadas<br />

com espessura de concreto<br />

inferior à do projeto, implicando<br />

prejuízo potencial de<br />

R$ 3,7 milhões. A CGU também<br />

constatou o pagamento<br />

de obras não realizadas.<br />

Conforme as investigações,<br />

no contrato da pavimentação<br />

poliédrica, a prefeitura<br />

na gestão de Reni Pereira<br />

atestou serviços que não foram<br />

realizados "representando<br />

potencial superfaturamento".<br />

Além disso, verificou-se<br />

"superfaturamento<br />

de R$ 47,1 mil pela execução<br />

de calçadas de concreto<br />

em espessura menor que o<br />

padrão de projeto, representando<br />

um prejuízo potencial<br />

de R$ 1 milhão". Já Avenida<br />

Sergio Gasparetto está<br />

dentro do prazo, com previsão<br />

de entrega em 14 de<br />

março.<br />

Ao todo, R$ 87 milhões<br />

em contratos suspeitos foram<br />

auditados. Indagado pela reportagem,<br />

o vice-prefeito disse<br />

que não existe possibilidade<br />

de aditivos nos contratos,<br />

para a continuidade das obras<br />

paralisadas. "Nestes não. Estamos<br />

fazendo a reprogramação<br />

das obras. A ideia é todas<br />

elas estarem sendo retomadas<br />

com o mesmo valor de 2015,<br />

quando foram licitadas, sem<br />

aditivos", ressaltou.<br />

Prejuízo<br />

As autoridades estimam<br />

que os prejuízos com o<br />

desvio de dinheiro público<br />

na gestão do ex-prefeito<br />

Reni Pereira tenham sido<br />

em torno de R$ 30 milhões.<br />

A Polícia Federal chegou a<br />

este número levando em<br />

conta os contratos para<br />

serviços de saúde e obras<br />

de pavimentação asfáltica.<br />

Durante as investigações, a<br />

Controladoria-Geral da<br />

União (CGU) apurou que<br />

seis contratos firmados<br />

pela Prefeitura de Foz do<br />

Iguaçu com empresas<br />

deste cartel foram<br />

celebrados de forma ilegal<br />

no governo passado.<br />

Acordos chancelados pelo<br />

MPF garantiram a<br />

retomada das obras. "Isso<br />

foi bom para o município<br />

porque conseguimos<br />

garantir que os<br />

empreendimentos fossem<br />

retomados sem que a<br />

situação fosse parar na<br />

Justiça. A melhor<br />

alternativa foi o acordo.<br />

Acreditamos que,<br />

superadas as questões<br />

pontuais, conseguiremos<br />

terminar esta gestão em<br />

2020 com todas as obras<br />

concluídas. O nosso<br />

governo trabalha para que<br />

isso ocorra", finalizou<br />

Bobato.

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