You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Apêndice<br />
Asset Relief Program (TARP). 11<br />
Em síntese, a intervenção evitou uma vez mais a<br />
explosão generalizada da superbolha. As autoridades<br />
substituíram o crédito comercial que tinha entrado em<br />
colapso pelo crédito do Estado. Irrigando as instituições<br />
financeiras com mais capital, a manobra deu certo e os<br />
mercados financeiros voltaram a funcionar quase que<br />
normalmente e as autoridades reestabeleçam o controle<br />
sobre a grande finança. No entanto, os desequilíbrios<br />
que se desenvolveram durante a superbolha deixaram<br />
marcas profundas no sistema, com visíveis consequências<br />
mesmo vários depois. De acordo com Soros, o<br />
sistema está longe do equilíbrio. O crédito concedido<br />
pelo Estado no resgaste do sistema financeiro está sob<br />
suspeita. As sementes de futuras crises foram lançadas,<br />
sendo a crise do Euro, talvez a mais iminente.<br />
As dívidas soberanas de vários países centrais,<br />
sobretudo Estados Unidos (que alcançou 105% do PIB<br />
em dezembro de 2017, de acordo com o site trading<br />
economics) e Europa (que segundo a mesma fonte<br />
consta países com dívidas elevadas, algumas acima<br />
do PIB, notadamente Grécia, Itália, Bélgica, Portugal,<br />
Espanha e França) e mesmo alguns periféricos,<br />
como o Brasil (com dívida pública de 84% do PIB),<br />
juntamente com o montante de instrumentos derivativos<br />
que circundam os mercados globais, cerca de<br />
600 trilhões de dólares - o que representa 7,6 vezes o<br />
PIB mundial, são a prova inconteste de que o sistema<br />
11<br />
LIMA, Félix Alberto G. A crise financeira de 2008 e suas consequências<br />
econômicas,. Universidade de Lisboa.<br />
113