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BASQUETE<br />
18<br />
ALTERNATIVA SPORTS<br />
Torneio de basquete sobre rodas<br />
acontece no residencial Viver Melhor I<br />
Ocenário estava armado,<br />
o local era a quadra de<br />
esportes do conjunto<br />
Viver Melhor I, na zona Norte<br />
de Manaus, o evento realizado<br />
no dia 7 de abril, previsto<br />
primeiramente para começar às<br />
16 horas. O torneio organizado<br />
pela AGREPE<strong>DE</strong>V, que teria a<br />
participação de seis times,<br />
começou às 19 horas com<br />
quatro equipes e três jogos<br />
r e a l i z a d o s e t o d o s b e m<br />
disputados.<br />
A AGREPE<strong>DE</strong>V, à frente os<br />
diretores Daniel Sena e José<br />
Cruz estiveram no comando da<br />
organização do torneio. Os<br />
motivos do atraso foram bem<br />
destacados pelos diretores,<br />
como o fato de alguns atletas<br />
que participam das atividades<br />
esportivas e que moram em<br />
o u t r o s b a i r r o s c o m o<br />
Cachoeirinha, São Francisco,<br />
Bairro da União e Mauazinho.<br />
Alguns desses atletas saíram de<br />
casa antes das 14 horas e não<br />
conseguiram chegar no horário<br />
previsto, pois os ônibus que eles<br />
dependiam para chegar até o<br />
Viver Melhor não tinham a<br />
rampa de acesso. Alguns<br />
motoristas nem paravam<br />
segundo o relato de alguns<br />
cadeirantes, o problema da<br />
acessibilidade nos coletivos é<br />
antigo em Manaus e passa de<br />
administração em administração<br />
e os problemas continuam.<br />
O presidente Daniel falou<br />
mais uma vez sobre o assunto<br />
reiterando o quê tinha dito em<br />
entrevistas anteriores.<br />
“Realmente tudo que tem de<br />
imprevisto para acontecer<br />
quando temos alguma competição<br />
aqui no conjunto acontece.<br />
Esse torneio já teve três<br />
adiamentos, desde fevereiro.<br />
Foi a chuva, foi o problema de<br />
transporte, foram problemas de<br />
saúde de alguns moradores e<br />
atletas que participam conosco,<br />
e até mesmo a falta de cadeiras<br />
adaptadas para alguns de nossos<br />
atletas. Agora imaginem a nossa<br />
situação, temos um dos maiores<br />
Os cadeirantes mostraram garra, talento e determinação<br />
polos industriais da América<br />
Latina, empresas que tinham<br />
como nos ajudar, ajudar a<br />
alavancar o esporte, mas fica a<br />
realidade, nós não temos ajuda<br />
de ninguém, como vamos fazer<br />
para levar o para-desporto à<br />
frente? Aqui mano, enfrentamos<br />
muitas barreiras, sofremos<br />
com a falta de logística. Depois<br />
daquela entrevista que fizemos,<br />
nenhum membro de qualquer<br />
órgão do governo nos procurou,<br />
mostrando uma falta de respeito<br />
enorme com a gente. Nós não<br />
temos uma federação de<br />
basquete sobre rodas, e nesse<br />
caso quem poderia lutar pela<br />
gente nessa hora sem termos<br />
nenhuma estrutura a oferecer.<br />
Quando alguns dos nossos<br />
atletas participaram do Norte-<br />
Nordeste eles sentiram isso,<br />
enquanto os outros tinham a<br />
estrutura necessária para<br />
competir nós não tínhamos nada<br />
pra oferecer”, falou.<br />
O p r e s i d e n t e d a<br />
AGREPE<strong>DE</strong>V falou ainda da<br />
ajuda do Dalberson Guedes, o<br />
'Amigo da Comunidade', que<br />
tem feito o quê pode e o quê está<br />
a o s e u a l c a n c e .<br />
“O Dalberson é o único que tem<br />
olhado por nós, procurando<br />
Ano 1 - Edição 3 - Novembro de 2018<br />
amenizar a nossa associação, os<br />
torneios que a gente organiza,<br />
ele nunca diz não. Veja que hoje<br />
nós vamos estrear uns equipamentos<br />
novos que ele nos<br />
ajudou a adquirir, além de<br />
outras ajudas. Eu perturbo<br />
muito o Dalberson, mas ele<br />
nunca nos deixa na mão, é um<br />
amigo de todas as horas<br />
realmente”, continuou.<br />
O outro coordenador do<br />
evento Jonathan Nunes, o John-<br />
John, falou sobre o evento e as<br />
adversidades ocorridas durante<br />
o dia que culminou com a não<br />
participação de muitos atletas<br />
que foram convidados e ficaram<br />
impossibilitados de comparecer.<br />
“Quando promovemos algo<br />
relacionado às atividades<br />
esportivas sempre acontece<br />
alguma coisa. Hoje foi a chuva,<br />
que atrapalha e muito porque a<br />
quadra não é coberta. Alguns<br />
dos atletas, colegas nossos<br />
também cadeirantes, não<br />
chegaram no horário previsto<br />
por causa da chuva e dos<br />
problemas de acessibilidade<br />
nos ônibus. Depender do<br />
transporte público em Manaus<br />
não é confortável nem para as<br />
pessoas normais, imagine para<br />
as pessoas que possuem algum<br />
tipo de deficiência. Tinha a<br />
previsão para termos hoje nesse<br />
torneio uns seis times, mas nem<br />
todos conseguiram sair, então<br />
esse é um problema que nós<br />
temos e não temos como<br />
resolver. Aqui no Viver Melhor<br />
t e m u m b o m n ú m e r o d e<br />
cadeirantes, mas as dificuldades<br />
de alguns deles de saírem de<br />
casa também é grande. Nós<br />
temos vários atletas e de grande<br />
potencial, que inclusive já<br />
participaram de competições<br />
importantes no Brasil, um sinal<br />
que temos atletas de ponta no<br />
basquete para cadeirantes. Nós<br />
temos treino previsto para todas<br />
as quartas, mas infelizmente<br />
isso não acontece, participamos<br />
do Norte-Nordeste e não<br />
tínhamos nenhuma logística,<br />
nada mesmo para oferecer a não<br />
ser o nosso esforço e o talento,<br />
mas infelizmente isso mão é<br />
tudo”, acrescentou.<br />
A atleta Viviane Azevedo,<br />
34 anos, moradora do Viver<br />
Melhor, foi a única atleta<br />
representante do sexo feminino<br />
que participou do torneio e<br />
falou que uma das melhorias<br />
que o basquete trouxe a ela foi a<br />
saúde,