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Foz do Iguaçu, sexta-feira, 22 de março de 2019<br />
FRONTEIRA LEGAL<br />
Geral<br />
05<br />
Exército lança campanha<br />
de combate ao contrabando<br />
em Foz do Iguaçu<br />
Ação contará com palestras de conscientização, panfletagens e mobilização nas redes sociais<br />
Da redação<br />
Reportagem<br />
O Exército Brasileiro (EB)<br />
deu início, nessa quinta-feira<br />
(21), a uma campanha de<br />
conscientização para combater<br />
o contrabando em Foz do<br />
Iguaçu. Batizada de Fronteira<br />
Legal, a ação tem como<br />
objetivo alertar a população<br />
infantil, jovem e adulta sobre<br />
os riscos do envolvimento<br />
nessa atividade ilícita.<br />
"A campanha é de suma<br />
importância, pois o contrabando<br />
coloca em risco o bemestar<br />
da população e ajuda o<br />
fortalecimento do crime organizado<br />
na região, além de onerar<br />
os cofres públicos", explicou<br />
o capitão Igor Andrade.<br />
Dados divulgados pelo<br />
Instituto de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social de<br />
Fronteiras (IDESF) mostram<br />
que, somente no ano passado,<br />
o contrabando e a falsificação<br />
de produtos geraram<br />
um prejuízo de R$ 160 bilhões<br />
ao país. Somado, o prejuízo<br />
dos últimos três anos<br />
chega a R$ 410 bilhões.<br />
As informações foram levantadas<br />
com base em operações<br />
das polícias Civil, Federal<br />
e Rodoviária Federal e da Receita<br />
Federal. A pesquisa revela<br />
ainda que as áreas<br />
de fronteira,<br />
como Foz, são as<br />
principais portas de<br />
entrada para o contrabando,<br />
especialmente<br />
o de cigarros.<br />
A ideia central<br />
da campanha do<br />
EB, que não tem<br />
data para terminar,<br />
é mostrar como a<br />
passagem de produtos<br />
contrabandeados<br />
pela fronteira<br />
prejudica a imagem<br />
da cidade no<br />
turismo, além de<br />
comprometer a vida<br />
de quem se envolve<br />
com esse crime.<br />
Serão realizadas diversas<br />
palestras,<br />
reuniões e ações<br />
nas redes sociais,<br />
nas quais foi criada<br />
a hashtag<br />
#FronteiraLegal para incentivar<br />
a população a participar e<br />
divulgar a iniciativa.<br />
"A ideia é de continuidade,<br />
envolvendo tanto o nosso<br />
trabalho como o das escolas,<br />
universidades, lideranças<br />
religiosas e outras instituições.<br />
Faremos algumas atividades<br />
com o objetivo de capacitação<br />
para realização de<br />
Militares distribuirão panfletos com<br />
frases de conscientização sobre as<br />
consequências do contrabando<br />
palestras nas regiões mais<br />
afetadas pelo contrabando",<br />
contou o capitão Andrade.<br />
Dentro da ação está programada<br />
ainda a adesivação<br />
de carros e a distribuição de<br />
panfletos com números de telefones<br />
para denúncias. "Esses<br />
materiais serão distribuídos<br />
nos principais pontos de<br />
fluxo de pessoas e veículos,<br />
em estabelecimentos comerciais,<br />
hotéis, escolas e universidades",<br />
esclareceu o capitão.<br />
As datas das ações serão<br />
divulgadas em breve.<br />
Para garantir um bom destaque<br />
e um retorno positivo<br />
na campanha, o Exército Brasileiro<br />
pretende formar parcerias<br />
com as autoridades de Foz<br />
e veículos de comunicação.<br />
"Será um trabalho em conjunto<br />
com a sociedade, com parcerias<br />
em TVs, rádios e jornais<br />
locais, além da prefeitura<br />
e outros órgãos. Queremos<br />
que a luta seja conjunta e permanente<br />
com a união de forças",<br />
finalizou Andrade.<br />
Consequências<br />
do contrabando<br />
Um dos panfletos criados<br />
pelo Exército para a campanha<br />
Fronteira Livre leva a<br />
frase: "Contrabando, um caminho<br />
sem volta". A mensagem<br />
serve de alerta para as<br />
pessoas que em algum momento<br />
pensaram em aceitar<br />
uma proposta de "dinheiro<br />
fácil". Quem é flagrado com<br />
produtos de importação proibida<br />
pode acabar preso. A<br />
pena para esse tipo de crime<br />
é de dois a cinco anos de reclusão,<br />
de acordo com o Artigo<br />
334A do Código Penal.<br />
Licitação do Centro<br />
de Convenções de<br />
Foz do Iguaçu não<br />
teve proposta<br />
A gestão do Centro Convenções de<br />
Foz do Iguaçu (Ceconfi) não atraiu o<br />
interesse de nenhuma empresa da<br />
iniciativa privada. A prefeitura havia<br />
programado, para a manhã de<br />
quarta-feira (20), a abertura dos<br />
envelopes com as propostas para a<br />
concessão, que acabou não<br />
acontecendo. O Executivo terá<br />
agora de encaminhar a<br />
republicação do edital, ação que<br />
será precedida de uma consulta às<br />
empresas.<br />
Apesar do grande número de<br />
empresas interessadas no edital de<br />
concessão do Centro de<br />
Convenções de Foz do Iguaçu,<br />
"ainda não foi desta vez que a<br />
prefeitura conseguiu passar o<br />
equipamento para a iniciativa<br />
privada", diz a prefeitura, em nota à<br />
imprensa. "Mais de 15 empresas<br />
baixaram o edital, mas nenhuma<br />
apresentou proposta concreta para<br />
assumir" a estrutura, informa.<br />
De acordo com o secretário de<br />
Turismo, Indústria, Comércio e<br />
Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla,<br />
nas próximas semanas será<br />
realizada uma pesquisa com as<br />
empresas interessadas para<br />
entender os motivos, rever as<br />
bases e condições do edital e<br />
reformulá-lo, para republicação. "A<br />
concessão do Ceconfi é uma<br />
prioridade do governo municipal e<br />
estamos empenhados em fazer<br />
isso possível", completa a nota.<br />
(Ronildo Pimentel)