GAZETA DIARIO 833

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06 Opinião Foz do Iguaçu, quinta-feira, 28 de março de 2019
Cidadãos chocados
A morte do taxista Laurindo
Colombelli não só revoltou os
iguaçuenses, como mexeu, sim, com
a cabeça de muita gente. O Corvo
tem informações de que empreenderam
uma caçada velada em várias
localidades. A categoria é muito unida
e não vai deixar barato. É logo que
os criminosos serão localizados (se
já não foram até o final desta edição).
Além do mais, Laurindo era muito
benquisto, trabalhador, uma simpatia
de pessoa.
Covardia
Além do mais, os assassinos são
a ralé da vilania; matar um profissional,
pai de família, a sangue-frio, pelas
costas? As imagens estão correndo
as redes sociais. Os autores daquela
crueldade vão precisar de um
buraco muito fundo como esconderijo.
Não haverá escapatória. E a polícia
precisa agir antes, porque há
muito ódio pelas ruas, com sério risco
de linchamento.
TCE e Hospital Municipal
O enrosco não é pequeno, disso
já sabemos. Reni e seus colaboradores
deixaram o governo em 2016,
mas continuam roubando a cena
nos noticiários. O ex-prefeito consegue
boa centimetragem de notícias
nos jornais; proporcionalmente,
mais que o atual. É o que diz o
"avaliômetro" do GDia. Mas os comentários
ontem davam conta dos
valores das multas, muito pequenos
por sinal. Os envolvidos pagarão com
os pés nas costas. Mas o Tribunal de
Contas faz os apontamentos, e o pau
vai comer é na Justiça.
E tem mais...
Segundo este pássaro (e
colunista) foi informado, a novela do
hospital ainda possui muitos capítulos.
Há uma operação de repasses
que está sendo investigada a fundo;
dinheiro bom, suado, oriundo de impostos,
ao que consta, surrupiado
para sustentar coisa podre. Que barbaridade!
Um dia a casa vai cair — e,
ao que se imagina, não vai demorar.
Itaipu e as casas
Taí uma reivindicação antiga: a
venda das casas da Vila A (as que ainda
não foram vendidas), com preferência
aos moradores. Elas são
patrimônio da binacional e foram
construídas para uma finalidade, ou
seja, para os que atravessariam anos
trabalhando na barragem, obra que
já terminou faz tempo. E como em
todas habitações públicas brasileiras,
é normal a alternância de moradores.
Maiores que cidades
As vilas de Itaipu são amplas e populosas, maiores que muitas
cidades brasileiras. Hoje é o município de Foz que presta o serviço
de infraestrutura e manutenção; o estado é que faz a segurança.
Itaipu paga por isso, e não é uma conta barata, daí a necessidade
de uma desmobilização das moradias sob a responsabilidade da
hidrelétrica. Mas do jeito que está, a situação rouba um pouco o
sono de muita gente: de quem mora ou ocupa o imóvel para alguma
finalidade social; da prefeitura, que não cobra IPTU desses
locais que ainda não foram desmobilizados; da Itaipu, que continua
enfiando a mão no bolso e, de certa forma, continua sendo
indiretamente responsável por quem ocupa o seu patrimônio.
Marun sem a teta
Com aquela cara de bezerrão, o ex-ministro Carlos Marun foi suspenso
(efeito de uma liminar) do Conselho de Administração da binacional. Desde o
ato "canetório" do Michel Temer, Marun se tornou uma espécie de estranho
no ninho, com todo mundo olhando atravessado para a sua nomeação. Olhares
de revesgueio. Se o ex-presidente Michel Temer, em razão da pose e trejeitos,
mexeu com o imaginário dos cartunistas, na forma de um vampiro, Carlos
Marun nos lembra o Richfield, auxiliar mais conhecido do Drácula. Vade retro!
Moro, Ratinho e a segurança
Que bom! Foz está localizada bem no epicentro do projeto-piloto de
integração entre as forças de segurança! O fruto da conversa entre Ratinho e
Sérgio Moro pode sacramentar ações mais eficazes em matéria de resultados,
ou seja, de arrocho. Essa "integração" não é nova, mas os projetos que se
sucedem esmorecem porque esbarram no comércio e turismo. Daí Foz se
torna um morro das lamentações. É necessário admitir que as facções criminosas
se escondem embaixo da saia colorida da cidade. É por isso que Foz "é
porta de entrada de coisas boas e ruins", segundo disse o governador.
Internacionalidade do crime
Até nisso Foz é atípica. O molde do crime fronteiriço é diferente do que
atua nos grandes centros, por isso necessita de um novo projeto. A bandidagem
é internacionalizada, e o foco é a garantia no fornecimento de armas e munições.
Bom, Foz é uma porta de entrada e de saída também. É possível assimilar
isso pela quantidade de bandidos que o Paraguai devolve.
Lavagem de dinheiro
O tal projeto-piloto deve possuir muitas ramificações de atuação, a exemplo
da derrubada dos esquemas de lavagem de dinheiro, o que favorece também
o tráfico. Há quem se meta em negócios assim para enricar, a exemplo de
vários escândalos na fronteira, porém existem operações muito mais sinistras,
com a abertura de estabelecimentos de fachada, mas que no fundo são a
baldeação para o inferno. Na cidade é normal ouvir: "Aquilo só pode ser lavagem
de dinheiro"; e isso vai das barbearias às boates.
Estagiários no batente
A prefeitura vai contratar estagiários. Tomara que eles não acabem exercendo
as funções dos servidores, como é normal acontecer. O estágio não deveria ser
uma atividade laboral, e sim uma oportunidade de complementar a aprendizagem.
É rapidinho que o estagiário se torna uma peça indispensável no funcionamento
de uma estrutura pública, ainda mais se for interessado e competente.
Paulo Guedes dá olé
O ministro mandou o recado: não participa de qualquer reunião, ou das
etapas iniciais de um processo, em que os auxiliares fazem a representatividade.
Se o presidente Jair Bolsonaro tem tanta pressa de tocar a reforma da Presidência,
o olé de Paulo Guedes, ao não comparecer às audiências na Câmara,
deve ter causado coceiras.
Despejo
O mundo animal está para sofrer
um baque na cidade. Enquanto muita
gente se preocupa com o acolhimento,
pois a grande quantidade de
animais nas ruas incomoda, uma
ONG se vê na encruzilhada, pois poderá
ser despejada nos próximos
dias. Isso mesmo, a ONG Vida Animal
está pela bola 8, e o assunto invadiu
as redes sociais. O "AVISO DE
UTILIDADE PÚBLICA" dá conta de que
"a partir de segunda-feira 01/04/2019
a Ong Vida Animal que abriga aproximadamente
300 animais entre cães
e gatos estará na RUA, isso mesmo
sem TETO. O prazo para a desocupação
do imóvel vence no domingo dia
31/03/2019 e até o momento não encontramos
outro local para alugar
que aceite esse número de animais!!!
Precisamos de uma luz... de ajuda...
de uma solução, pois a situação é realmente
caótica!!!".
Macarronada
Mesmo diante do desespero, os
responsáveis pela ONG tentam encontrar
saídas. Uma delas é a arrecadação
de fundos. Neste 31 de março,
a ONG Vida Animal realizará uma
"macarronada beneficente" ao preço
de R$ 25 por cabeça. Será na Loja
Maçônica Três Fronteiras. Quem quiser
colaborar, ligue para 99903-0887.
Pé de guerra
Índio não é bobo nem nada. Não
quer saber de jeito algum de
municipalizar atendimento. Que
mané município coisa nenhuma!
Pensa? Pegar fila nos postos de saúde,
igual aos caras-pálidas? Índio
quer atendimento federal! Índio não
quer apito, porque já tem!
De cabeça nova
A notícia se espalhou e de uma
maneira bem bacana. A prótese implantada
na cabeça do moçambicano
Arcenio Tsambe está fazendo o maior
sucesso. Parabéns aos cirurgiões! "Merece
mesmo uma cabeça nova, para
guardar as tantas coisas boas que
Arcenio acumula. Estará mais aliviado,
porque, acidentado, precisou transferir
o conteúdo para o coração, que já
estava lotado", disse uma amiga do
operado. O Corvo conferiu; Arcenio é
"o boa-praça" em pessoa!
Mais equipamentos
Corvo, a prefeitura continua recebendo
mais equipamentos para as
obras de asfaltamento? Vira e mexe,
vejo no jornal que o Chico ou o Bobato
está recebendo essas máquinas. Mas
quando é que serão colocadas em
uso? O pátio do DRM deve estar lotado
de equipamentos, mas eu preferia ver
tudo espalhado nas ruas.
Luiz Cristóvão de Macedo
O Corvo responde: prezado, sua
nota, que é propriamente uma pergunta,
foi encaminhada ao setor de
comunicação da prefeitura. Mas ao
que se sabe, a frota está espalhandose
aos poucos, até porque a administração
precisa de operadores e materiais
e também aguarda a consolidação
de vários convênios para atender
às frentes de trabalho.