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GAZETA DIARIO 862

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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 4 e 5 de maio de 2019<br />

Dureza<br />

A decisão de Chico Brasileiro<br />

de suspender o<br />

atendimento hospitalar<br />

para outras cidades da região<br />

não foi bem recebida<br />

por alguns prefeitos e políticos<br />

em Curitiba. Ele deu<br />

prazo até 30 de maio para<br />

os municípios "encontrarem<br />

uma solução". O Corvo<br />

recebeu algumas ligações<br />

tratando do assunto.<br />

Mas será que na hora de o<br />

doente ou acidentado entrar<br />

pela recepção do Hospital<br />

Municipal alguém<br />

terá coragem de impedir<br />

ou mandar de volta? É<br />

uma situação complicada.<br />

Queda de braço<br />

Muita gente está com<br />

um pica-pau atrás da orelha,<br />

questionando a<br />

encrenca que está se formando<br />

entre Foz e Governo<br />

do Estado. A pergunta<br />

é: será que isso vai dar certo?<br />

O fato é que no meio<br />

disso há uma porção de<br />

bicudos do lado de fora,<br />

doidinhos para ver uma<br />

guerra entre o Governo de<br />

Estado e Foz, a começar<br />

pelas rusgas criadas em<br />

torno do Chico Brasileiro.<br />

O que ele precisa é uma<br />

conversa tête-à-tête com o<br />

governador, algo definitivo,<br />

não à base de corda roída,<br />

pronta para estourar<br />

em algum momento. Que<br />

barbaridade isso!<br />

Paz<br />

O leitor deve considerar<br />

a dificuldade histórica<br />

que há nesse relacionamento<br />

entre Foz e o governo<br />

do Paraná. E não é de<br />

hoje. É difícil os prefeitos se<br />

entenderem com os governadores.<br />

Ai que saudades<br />

dos tempos de paz! Haja<br />

sensibilidade para entenderem<br />

que a cidade é diferente<br />

das demais. O certo<br />

seria declarar Foz uma cidade-estado,<br />

ou seja, um<br />

distrito independente do<br />

Paraná, com política tributária<br />

diferenciada. Talvez<br />

assim a coisa andasse. O<br />

problema é que não vai demorar<br />

e, além de prefeito,<br />

vão querer eleger um governador<br />

para a cidade,<br />

aos moldes de Brasília. Aí<br />

danou-se de vez. Pensa?<br />

Moção de apoio a<br />

Vermelho<br />

A Câmara de Vereadores de<br />

Itaipulândia aprovou uma moção de<br />

apoio ao deputado federal Vermelho<br />

pelo projeto que possibilitará a reabertura<br />

da Estrada do Colono. A proposta<br />

já foi apoiada na Comissão de<br />

Transportes e segue agora para a Comissão<br />

de Meio Ambiente. Os vereadores<br />

afirmaram que essa estrada<br />

é uma antiga aspiração dos moradores<br />

da região e vai ajudar o desenvolvimento<br />

do Oeste e Sudoeste.<br />

E vem mais<br />

Outras moções assim devem<br />

acontecer rotineiramente daqui em<br />

diante, pois todas as cidades do Oeste<br />

e Sudoeste são diretamente beneficiadas<br />

com a abertura da Estrada do<br />

Colono. O movimento deve engrossar<br />

paralelamente às votações.<br />

Fundamental<br />

Muitas das cidades das duas regiões<br />

evocam o apelo ambiental sustentável,<br />

e é o que propõe a discussão<br />

na Comissão de Meio Ambiente.<br />

A Estrada do Colono, convertida na<br />

versão "parque", será mais uma área<br />

de proteção ambiental, e isso é bem<br />

recebido pelos deputados que integram<br />

o grupo que defende o desenvolvimento<br />

junto com a conservação<br />

da natureza.<br />

Centrão<br />

Este Corvo conversou com alguns<br />

deputados por esses dias e perguntou:<br />

"Você pertenceu ao centrão"? A<br />

resposta foi "não". Daí mandou outra<br />

pergunta: "O senhor é governista"? A<br />

resposta: "Já fui, agora nem tanto". E a<br />

última pergunta: "Então o senhor é<br />

oposicionista"? E a resposta de novo<br />

surpreendeu: "Jamais". Tá difícil entender<br />

a posição de muitos deputados e<br />

senadores.<br />

Modus operandi<br />

Mas o que parece ser uma guerra às vezes não passa de discussão em razão de<br />

ajustes. E não é fácil para as prefeituras lidarem com as mudanças de filosofia no<br />

governo. Um governador, assim que vence uma eleição, tem o direito de experimentar<br />

novos modelos e tentar encontrar solução para as secretarias em crise,<br />

como é o caso da Saúde. É bom que se frise que a crise de gestão não ocorre apenas<br />

com Foz, mas em todo relacionamento entre governo e cidades. É logo que se<br />

acertam (ou se matam).<br />

Ciúme<br />

Naturalmente, o desempenho do Vermelho<br />

parece preocupar algumas pessoas.<br />

Nota-se que há um certo esforço em<br />

desconstruir a sua imagem, o que parece<br />

não funcionar. O deputado não dá bola, segue<br />

em frente trabalhando pelas regiões e<br />

diversas cidades que o escolheram como<br />

representante.<br />

Gafe<br />

Dizem que o ministro da Educação deu<br />

pulos dentro das calças ao levar uma senhora<br />

bola nas costas: ele errou feio ao comentar<br />

os custos com a aplicação das provas<br />

nas escolas. Afirmou seguidamente que<br />

o governo gastaria R$ 500 mil, quando o<br />

número era mil vezes maior. As provas custarão<br />

R$ 500 milhões. Que fiasco! Isso quer<br />

dizer que o ministro da Educação, Abraham<br />

Weintraub, não fazia ideia do que estava<br />

falando, o que não pega nada bem.<br />

Brigão<br />

O sarrinho da semana foi aplicado pelo<br />

cientista político Alberto Almeida, ao divulgar<br />

o histórico escolar do ministro da Educação:<br />

"Ele era bom de balbúrdia", ironizou,<br />

usando a mesma palavra com que<br />

Abraham Weintraub descreveu universidades<br />

para justificar corte de verbas. "Pelo<br />

histórico escolar do ministro, faz sentido<br />

o ódio ao ensino superior e a universidades",<br />

comentou o jornalista George Marques.<br />

Seria mais hilário se o assunto não<br />

fosse tão triste, ou seja, o fato de cortarem<br />

verbas de universidades.<br />

Do "túnel do tempo"<br />

Muita gente não acredita piamente<br />

em duas coisas: o homem ter pisado na<br />

Lua e o início da construção da segunda<br />

ponte ligando Foz ao Paraguai. Sobre a<br />

ponte, muita gente mudou de ideia depois<br />

que Itaipu entrou na discussão.<br />

"Agora vai", dizem. Mas para ilustrar o<br />

quanto essa epopeia atormentou a cabeça<br />

dos iguaçuenses, o Corvo publica<br />

uma foto de 1993, quando já festejavam<br />

a construção da bendita segunda ligação.<br />

O ex-presidente do Paraguai Juan<br />

Carlos Wamosy comemora o lançamento<br />

da obra com Sérgio Lobato Machado<br />

e o então prefeito de Presidente Franco,<br />

com a maquete do projeto em frente.<br />

Lá se passaram 26 anos!<br />

O "Senhor Ponte"<br />

É assim que Lobato é lembrado por<br />

muitos, porque se não fosse a persistência<br />

e a insistência dele, provavelmente ainda<br />

não teríamos a Ponte Tancredo Neves,<br />

que liga Foz a Puero Iguazú, na Argentina.<br />

Aqui está a prova de mais um<br />

feito do iguaçuense. Diga-se, a nova ponte<br />

será construída ao feitio da maquete e<br />

no mesmo lugar batalhado pelo Sérgio.<br />

O abnegado iguaçuense hoje cuida dos<br />

netinhos, lê, caminha e recorda os amigos.<br />

Ele abriu o baú de recordações para<br />

o Corvo.<br />

Como seria?<br />

Corvo, é verdade, o que seria de Foz<br />

sem Itaipu? Seríamos esta cidade enorme,<br />

com largas avenidas, ou estaríamos<br />

igual Guaíra, meio que entrevada? Falando<br />

nisso, por que Guaíra não é como Foz,<br />

se possui tantos atrativos, fronteira com<br />

o Paraguai e divisa com o Mato Grosso?<br />

Diga aí, seu Corvo?<br />

Gustavo Vias Marcolino<br />

35 anos!<br />

Corvo, penso que há motivos de sobra<br />

para comemorar. Eu fui barrageiro e<br />

jamais imaginei o que seria Itaipu pronta,<br />

gerando energia. Me aposentei antes do<br />

final da "obra". Era assim que chamávamos<br />

a binacional, de "obra". O que lembro<br />

bem é que andávamos pela cidade<br />

em reboques, puxados por caminhões.<br />

Era uma loucura. Fico feliz com o resultado.<br />

Queria desejar os meus parabéns à<br />

gloriosa Itaipu!<br />

Luiz Macedo<br />

O Corvo responde: Guaíra não é uma<br />

cidade entrevada, como o leitor descreveu;<br />

pelo contrário, é uma importante localidade<br />

paranaense. Perdeu com a inundação<br />

das Sete Quedas, porque em algum momento<br />

era mais visitada que Foz e possui<br />

muitos hotéis. Complementando, é difícil<br />

imaginar como seria Foz sem Itaipu, mas<br />

por questões de localização pode crer, não<br />

seria muito diferente de hoje. O fato é que<br />

os 35 anos de geração de Itaipu mexeram<br />

com o imaginário dos leitores.

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