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Adilson França<br />
Ilustrações<br />
Zubartez
Adilson França<br />
Guarulhos - São Paulo<br />
1ª Edição<br />
2014
Copiright © 2014 Adilson Matias França<br />
Capa e ilustrações<br />
Zubartez<br />
Diagramação<br />
Daniele Gutierrez<br />
Contato com autor: editoradilsonfranca@gmail.com<br />
Todos os direitos reservados<br />
Proibida a reprodução total ou parcial<br />
“Você só estava esperando este momento para ser livre.”<br />
Beatles
Copiright © 2014 Adilson Matias França<br />
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Copyright)<br />
Papai disse que descobriu a gravidez<br />
de mamãe com o fofoqueiro<br />
do bem-te-vi,antes mesmo de ela<br />
chegar com o resultado do exame.<br />
Capa e ilustrações<br />
Zubartez<br />
Todos os direitos reservados<br />
Proibida a reprodução total ou parcial
Quando tinha de tomar injeção, dizia<br />
que me levaria<br />
Ele disse<br />
para<br />
que,<br />
ganhar<br />
quando<br />
um beijinho<br />
nasci,<br />
do beija<br />
parecia<br />
flor, e,<br />
um<br />
se<br />
pintinho<br />
reclamasse<br />
recém-saído<br />
de dor...<br />
Logo desviava<br />
do ovo. Eu<br />
a conversa,<br />
tinha poucos<br />
dizendo<br />
pelos<br />
que<br />
na<br />
o bichinho<br />
cabeça<br />
foi levado<br />
e o nariz<br />
e acabou<br />
vermelho<br />
me<br />
lembrava<br />
mordendo.<br />
um bico.
Quando tinha de tomar injeção,<br />
dizia que me levaria para ganhar um<br />
beijinho do beija flor, e, se<br />
reclamasse de dor... Logo desviava a<br />
conversa, dizendo que o bichinho foi<br />
levado e acabou me mordendo.
Na hora das refeições, cobrava<br />
uma alimentação correta para<br />
eu não parecer<br />
um tico-tico com pernas bem<br />
fininhas.
Logo veio a primeira namorada, e o<br />
conselho era: jamais cantar de galo<br />
na presença da família, mesmo se o<br />
sogro fosse uma cacatua e a sogra<br />
uma gralha.
Sabia de antemão quando estava<br />
nervoso, dizendo que eu ficava com<br />
a cabeça vermelha tal qual um galo<br />
de campina.
Quando não combinávamos com<br />
uma ideia, logo vinha o pedido para<br />
murchar o papo, pois não era dia de<br />
dar milho aos pombos...
Não gostava da época de natal<br />
porque preferia poupar o pobre peru,<br />
e também não curtia roupas da moda<br />
para não ficar parecendo pavão de<br />
uma pena só.
Sonhava com o dia em que seu único<br />
filho cantasse feito um sabiá... O que<br />
não aconteceu! Mas amava o jeitão<br />
de papagaio que a vida semeou.
Comemorou muito o fato do meu<br />
casamento por ficarmos juntos<br />
vestidos feitos dois pinguins.
Certa vez ouviu de antemão<br />
o bem-te-vi cantar de novo e<br />
comemorou muito<br />
dizendo que a cegonha estava a<br />
caminho.
Quando meu filho nasceu, em meio<br />
às lágrimas disse que passaria o posto<br />
de falcão-pai para mim, porque ele<br />
queria mesmo era assumir o posto de<br />
vovô coruja.
Os anos voaram feitos águias<br />
caçadoras e, antes mesmo de eu<br />
passar o posto ao meu filho a exemplo<br />
de meu pai, ele assumiu novas asas,<br />
só que desta vez eram asas de anjos.
E toda vez que esta história é<br />
contada ele se transforma em<br />
uma ave fênix!<br />
Sempre ressurgindo das<br />
próprias cinzas.
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