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ESCREVER COM AMIGOS<br />
É AINDA MELHOR
Autores: Alunos da turma 7.ºC<br />
Responsáveis:<br />
Professora de Português: Suzanne Carvalho<br />
Professora de Educação Visual: Dulce Pino<br />
Professora Bibliotecária: Teresa Pinto<br />
Formatações texto e imagem: Professor Filipe Rocha<br />
Ano letivo 2018-19
INTRODUÇÃO<br />
Estimular a curiosidade, o gosto pela leitura e pela escrita, através da<br />
expressão de ideias e sentimentos, da partilha de experiências de leitura e<br />
escrita e do desenvolvimento do sentido estético e criativo, foram o mote<br />
para a desenvolver esta atividade.<br />
Assim, a partir da leitura da obra “O Cavaleiro da Dinamarca” de Sophia de<br />
Mello Breyner, nas aulas de Português, os alunos na biblioteca, em grupo,<br />
sob a orientação da professora de Português e da professora bibliotecária,<br />
recriaram personagens e narrativas e formaram novas histórias,<br />
considerando as viagens do cavaleiro e a descoberta do Mundo dando<br />
ênfase ao tema trabalhado em Cidadania e Desenvolvimento “Liberdade e<br />
Direitos do Homem”. Neste percurso realizou-se a articulação com as<br />
disciplinas de Geografia e História, na definição dos roteiros de viagens<br />
pelo mundo e na pesquisa de informação sobre aspetos históricos e<br />
culturais dos países escolhidos, e com a disciplina de Educação Visual no<br />
registo gráfico das narrativas criadas.
CURA DE MACAU<br />
No Brasil, na cidade de Marajá do Sena, vivia uma família, que embora muito<br />
humilde e pobre, era muito feliz! O único sustento da família era o pai, o senhor<br />
Joaquim, um homem de compleição robusta, com 48 anos, um coração bondoso e<br />
espírito aventureiro.<br />
Aurora, a mãe, era muito bonita, com a expressividade dos seus belos olhos<br />
verdes transmitia esperança e amor não só na família, mas a todos aqueles com<br />
quem convivia. Ilda e Alexandre eram crianças muito espertas e curiosas, com<br />
uma alegria e vivacidade contagiantes, mas, também, muito traquinas.<br />
Certo dia, estava a família reunida ao sabor do aconchego da sua casa, num serão<br />
em que como habitualmente falavam sobre as aventuras do dia, Aurora disse que<br />
se estava a sentir tonta e depressa desmaiou. Joaquim, em grande aflição,<br />
acalmou os filhos, sem pensar duas vezes colocou a maior responsabilidade<br />
neles, pediu-lhes que tomassem conta da mãe e saiu de casa, o mais rápido<br />
possível, à procura de ajuda.<br />
O seu vizinho Alberto foi a primeira pessoa que encontrou, este tomou conta dos<br />
seus filhos, enquanto Joaquim apoiou Aurora para não deixar de respirar.<br />
Joaquim sentia as lágrimas a descer pelo rosto, não aguentava a dor de viver<br />
sem o amor da sua vida. Os vizinhos, que entretanto se aperceberam do sucedido,<br />
chamaram a ambulância o mais rápido possível. Joaquim faria tudo para voltar a<br />
sentir o toque suave da sua mulher.<br />
A ambulância chegou em poucos minutos, retiraram a maca e colocaram Aurora<br />
em cima. Os paramédicos não hesitaram em usar o desfibrilador, chegaram ao<br />
hospital numa grande correria e, assim, Aurora seria internada.<br />
Todos os dias, todas as noites, Joaquim ficava com Aurora à espera de ouvir a sua<br />
voz. Durante o sono, Joaquim sonhava com uma quimera confusa, sem cores ou<br />
movimento. Percebeu que essa seria a sua vida sem Aurora. Então, acordou e<br />
apertou a mão de Aurora, como se não houvesse amanhã, até voltar a adormecer.<br />
Dormiu, num sono profundo. Sentiu um aperto na mão.
CURA DE MACAU<br />
Joaquim pensou que estava a sonhar até sentir novamente um toque na sua mão,<br />
um toque suave e perfeito como o de Aurora. Ela estava acordada. Não podia<br />
acreditar, mas ele nunca perder a esperança.<br />
Chamou os médicos. Em poucos segundos, concluíram que havia risco de esta<br />
situação se repetir e a cura mais próxima estava apenas disponível em França: um<br />
chá originário de Macau.<br />
Processando, imediatamente, a informação, Joaquim planeou uma jornada<br />
organizada, pois teria de pensar nos seus filhos. Rapidamente fez as malas e partiu<br />
para França.<br />
Sentia-se ansioso, mal podia esperar para chegar ao hospital mais próximo, onde<br />
obteria a informação acerca do tal chá “milagroso”.<br />
Estava muito calor. O mar estava próximo e a temperatura propícia a um mergulho.<br />
Nesse momento lembrou-se da sua lua-de-mel na praia, com a sua princesa<br />
encantada, cuja vida dependia de si. Logo reiniciou a sua caminhada, à procura do<br />
hospital que lhe traria de volta a paz.<br />
Foi recebido com toda a simpatia, mas infelizmente foi informado de que o chá<br />
estava esgotado. Sentiu-se a desvanecer, todo o seu esforço tinha sido em vão. Mas,<br />
mesmo assim, não aceitou a derrota. Então, decidiu partir para Macau.<br />
Uma das primeiras coisas que viu foi uma banca de chá. Problema resolvido! Mas<br />
depois de uma viagem tão longa, receou o custo do chá, teria o suficiente?!<br />
O dono da banca, logo o aclamou.<br />
-Olá, meu senhor, muito bom dia! Em que posso ajudar?<br />
-Bom dia! Procuro o “chá de Macau”. A minha mulher sofre de desmaios inesperados<br />
e os médicos recomendaram este chá para a sua cura.<br />
-Tenho exatamente o que procura. Mas antes gostaria de lhe expor as<br />
potencialidades deste chá e a sua origem. Conhece a lenda de Marina? Uma jovem<br />
linda e de imensa bondade?<br />
- Não, senhor! Adorava conhecer essa lenda!
CURA DE MACAU<br />
- Marina era uma jovem de cabelos doirados, de olhos verdes, com pele<br />
morena e de origem macaense, que tinha uma doença desconhecida.<br />
Experimentou mil e uma coisas, esperando pela cura. Não aceitava viver sem a<br />
filha e fez de tudo para a salvar. Certo dia, esgotado e derrotado, viu uma<br />
banca de ervas e chás medicinais, onde conheceu o chá de Macau. Embora lhe<br />
custasse acreditar nos benefícios deste chá, comprou uma saqueta. Chegou a<br />
casa em dois segundos, pôs a água a ferver e deu o chá a beber à filha. E assim<br />
a bela jovem viveu por muitos e muitos anos, sem doença alguma. É por isso<br />
que o nosso povo ainda bebe tanto chá!<br />
Cheio de confiança, Joaquim diz:<br />
- Comprarei algumas saquetas para a minha mulher.<br />
- Com certeza!<br />
Joaquim tira tudo do bolso, apenas encontra algumas moedas. Desesperado,<br />
não sabe o que fazer.<br />
-Desculpe, a viagem foi longa e é tudo o que tenho…<br />
-Meu caro senhor, não sofra mais. Eu não me importo de lhe oferecer o chá de<br />
Macau, aliás teria todo o prazer em fazê-lo!<br />
-Muito obrigada, vou ser eternamente grato!<br />
Joaquim regressava a França. O estado de sua esposa permanecia o mesmo.<br />
Preparou uma chávena de chá e, no hospital, deu-lho a beber. Esperavam os<br />
dois que aquela bebida salvasse as suas vidas. Dias depois, Aurora estava<br />
melhor. Era milagre!<br />
Regressaram a casa, para junto dos seus filhos, da sua família.
O CICLISTA ESPANHOL<br />
Era uma vez um ciclista espanhol, Diego Fernandez, de 22 anos, que vivia<br />
numa mansão em Vigo com sua esposa e os dois cães, Ruca e Rosinha. Este<br />
foi desafiado a partir numa grande jornada que iniciaria em Vigo e<br />
terminaria em Roma, cuja duração não conseguia prever.<br />
Assim, numa manhã de nevoeiro, Diego despediu-se da sua bela esposa e<br />
dos seus animais de estimação, meteu os pés nos pedais e arrancou.<br />
A sua primeira paragem foi numa bomba de gasolina em Madrid. O pneu<br />
da frente esvaziara e aproveitou, também, para comprar uma bebida<br />
energética, pois o cansaço começava a evidenciar-se. De seguida, partiu<br />
para Barcelona.<br />
Quando se aproximava de Barcelona, lembrou-se de um velho amigo que<br />
morava ali perto, Rafael Nadal, um grande tenista. Pediu para pernoitar em<br />
sua casa, porque precisava de descansar. Enquanto Diego relaxava na<br />
luxuosa piscina de Rafael, este treinava para a sua grande competição com<br />
Roger Federer, o seu grande rival. No dia seguinte, Diego parte rumo a<br />
Paris.<br />
A viagem durou dias. Debaixo de um sol tórrido ou de chuvas intensas,<br />
chegou a Paris. Nesta bela cidade, ficou chocado ao ver os lamentáveis<br />
danos que o incêndio provocara na catedral de Notre-Dame. E, assim,<br />
sentiu a necessidade de doar dinheiro para a sua reconstrução. Conheceu o<br />
novo arquiteto, responsável pela reconstrução da catedral, que lhe contou<br />
a história de Jean-Baptiste Antoine Lassus, arquiteto desta ilustre catedral.<br />
“Uma noite, Jean sonhou com uma igreja, onde seria o lugar de seu<br />
casamento. Casaria em breve com sua amada noiva. Dias se passaram e o<br />
dia, finalmente, chegou. Nesse dia, tudo estava perfeito, a noiva estava tal e<br />
qual como Jean sonhara.
O CICLISTA ESPANHOL<br />
Os convidados sorriam radiantemente. De repente, as pedras da igreja<br />
começaram a cair sobre todos os convidados, padre e noiva, deixando apenas<br />
Jean livre de lesões. Os gritos ecoavam pela igreja, o pânico espalhava-se e o<br />
noivo não sabia o que fazer. O único pensamento que lhe ocorria era sair dali a<br />
correr. Assim o fez, olhou pela última vez para a sua noiva, que jazia no chão, e<br />
desatou a correr.<br />
Jean acordou. Que sonho tão estranho! Ele nem namorada tinha … Como tinha<br />
tido coragem de deixar todos para trás?!<br />
Dois anos se tinham passado depois daquele pesadelo. Eis que surge uma<br />
oportunidade, como arquiteto tinha sido convidado para construir uma<br />
catedral. Neste momento, o sonho fazia sentido. Ele tinha sonhado com os<br />
defeitos de uma construção que teria de evitar. Jean, em conjunto com outros<br />
arquitetos, construíu a catedral de Notre-Dame, onde efetivamente realizaria o<br />
seu matrimónio anos mais tarde.”<br />
Por mais que Diego quisesse ficar, este não poderia desperdiçar mais tempo,<br />
tinha de partir. Dirigiu-se para Toulouse, onde passou 3 dias e 2 noites. Depois,<br />
partiu para Piedmont, cidade de Itália, onde descansou e, assim, partiu para<br />
Roma.<br />
Finalmente, em Roma, Diego uma placa de mérito e reconhecimento e pôde<br />
usufruir de uma visita guiada pelo centro turístico de Roma, que era um sonho.<br />
Visitou o Coliseu de Roma, a Torre de Pisa, entre outros. A admiração de Diego<br />
refletia-se nos olhos de Diego que brilhavam de satisfação.<br />
O regresso a casa fez-se num jato privado. No mesmo dia, quando chegou, a sua<br />
mulher abraçou-o e os animais de estimação saltaram para o colo do ciclista.<br />
Diego sentia-se feliz e completo, pois não só havia realizado um dos seus<br />
sonhos, mas também porque recebera a notícias que, muito em breve,<br />
alcançaria outro – ser pai.
O FUTEBOLISTA PORTUGUÊS<br />
Era uma vez um futebolista do Rio Ave chamado Tarantini. Certo dia, o grupo<br />
Desportivo Rio Ave apurou-se para a Liga Europa onde ia defrontar o Besiktas<br />
em Istambul, na Turquia.<br />
O Besiktas que era uma equipa bastante conhecida - Beşiktaş Jimnastik Kulübü,<br />
mais conhecido como Beşiktaş é um clube de futebol da cidade de Istambul,<br />
na Turquia. Fundado em 1903 no distrito de Beşiktaş em Istambul, também<br />
disputa de outras modalidades desportivas<br />
como voleibol, basquete, atletismo, desportos eletrónicos, entre outras.<br />
O primeiro presidente do clube foi Mehmet Şamil Bey e seu primeiro<br />
campeonato surgiu apenas 8 anos depois da inauguração do clube em 1919.<br />
O jogo estava marcado para o dia 30 de outubro às 18 horas. Então, eles<br />
chegaram a Besiktas no dia 10 de outubro.<br />
No dia seguinte, após o pequeno-almoço, decidiram ir dar uma volta pela<br />
cidade. Expectantes, começaram a percorrer as ruas e depararam-se com o<br />
palácio de Bucoleão e, mais à frente, avistaram o palácio de Topkapi. Quando se<br />
aperceberam, já estava na hora de ir para o treino. Desataram a correr, mas<br />
Tarantini caiu e, quando se levantou, virou a esquina. Estava só e perdido. Os<br />
colegas chegaram ao campo e repararam que Tarantini não tinha regressado.<br />
Tarantini, entretanto, decidira voltar para trás, mas estava demasiado cansado.<br />
Tentou pedir ajuda, mas não via ninguém naquele beco e, para piorar as coisas,<br />
começou a chover. Então, ele decidiu abrigar-se debaixo de uma varanda até<br />
parar de chover ou até avistar alguém, mas anoiteceu e ele acabou por<br />
adormecer.<br />
Os colegas preocupados decidiram ir procurá-lo. Na manhã do dia seguinte,<br />
quando se fez reluzir a primeira luz do dia, já eles estavam a procurá-lo por<br />
toda a cidade, mas não o encontraram.<br />
Quando acordou, Tarantini não sabia onde estava. O ambiente que o<br />
rodeava era de um palácio e, de repente, vê uma mulher elegante que foi ter<br />
com ele.
O FUTEBOLISTA PORTUGUÊS<br />
Antes de lhe dirigir uma palavra, pediu aos criados que lhe trouxessem o<br />
pequeno-almoço. A senhora aproximou-se a apresentou-se. Tarantini fez o<br />
mesmo. Depois de uns minutos de conversa, surgem os criados com o pequenoalmoço.<br />
Em toda a sua vida nunca tinha visto um pequeno-almoço com tanta<br />
variedade. Esta “pequena/grande” refeição era digna de um rei.<br />
Quando acabou de tomar o pequeno-almoço, a senhora foi sentar-se à beira dele<br />
e continuaram a conversa:<br />
-Tenho de me ir embora, pois vou ter jogo.<br />
-Mas onde é que é o jogo?<br />
-É em Istambul.<br />
-Mas nós estamos na Bulgária.<br />
Do outro lado, a sua equipa estava muito preocupada, pois faltava um dia para o<br />
jogo e estava sem o capitão.<br />
Então, Tarantini pediu à senhora para o levar ao estádio, pois tinha perdido o<br />
telemóvel e a carteira. Ela tinha de ir buscar o marido ao aeroporto, mas deixálo-ia<br />
numa praça próxima e, assim, ele poderia apanhar um táxi. A amável<br />
senhora deixou-o na praça Slaveykov.<br />
Assim que saiu do carro, ficou estupefacto com a beleza da praça. O espaço era<br />
enorme, cheio de cores, com árvores de todos os tipos e feitios, uma fonte no<br />
meio da praça, um jardim cheio de flores e uma bela rua cheia de cafés e<br />
restaurantes. Mas ele não podia distrair-se, tinha que apanhar um táxi para o<br />
estádio.<br />
Quando chegou ao estádio, faltava uma hora e meia para o jogo. Então, foi a<br />
correr ate ao balneário. A equipa ficou perplexa quando o viu entrar.<br />
Perguntaram-lhe o que se tinha passado e ele explicou-lhes.<br />
O jogo começou e a equipa entrou mal, começaram a perder. Quando<br />
chegou ao intervalo, estavam a perder 1:0. Então, o treinador ordenou que<br />
Tarantini entrasse na 2ª parte. E assim o Rio Ave começou a jogar melhor<br />
com a entrada do seu capitão Tarantini.
O FUTEBOLISTA PORTUGUÊS<br />
Quando o jogo acabou, eles ganharam 2:1, com dois golos de Tarantini que,<br />
apesar de ter jogado só a segunda parte, foi considerado o melhor em campo.<br />
Quando regressou a casa, contou tudo à família. Eles ficaram surpreendidos com<br />
a história e deram-lhe os parabéns pelo jogo.
O MÉDICO PORTUGUÊS<br />
Há uns anos atrás, para maior desgosto de um famoso médico português, um dos<br />
seus familiares, que vivia em África, voltou para Portugal bastante doente. Após<br />
descobrir a doença devastadora que este tinha, fez de tudo para lhe salvar a vida,<br />
algo que não conseguiu cumprir. Essa frustração que enfrentou com desespero,<br />
impulsionou-o para a descoberta do tratamento e prevenção da doença. Após um<br />
longo período de estudo e investigação, eis que reúne as condições para a<br />
concretização do seu propósito. Em nome do seu ente querido abraça, como<br />
objetivo de vida, a divulgação desta conquista.<br />
Com determinação, esperança e coragem, numa chuvosa manhã de abril partiu<br />
para Angola, para levar esperança de tratamento e cura a este povo com tão<br />
poucos recursos. Era solteiro e não tinha filhos, então partiu sem nenhuma<br />
promessa de regresso. Embarcou num navio e demorou dias e dias para chegar<br />
ao seu destino. Durante a viagem, conheceu uma mulher angolana que<br />
infelizmente também possuía a tal doença. Foi assim que completou o seu<br />
primeiro tratamento e aplicou a sua primeira vacina de prevenção.<br />
Quando desembarcou, dirigiu-se a Cligest-Clínica Vida, em Luanda, onde tentou a<br />
sua sorte. Ficou surpreendido e triste com as condições em que estava o local.<br />
Várias pessoas desesperadas encontravam-se à espera de serem atendidas,<br />
sabendo que provavelmente nunca o seriam. Ao ver tal, decidiu não ficar de<br />
braços cruzados, comprou uma pequena barraca e foi desta forma que começou o<br />
seu trabalho, ajudando as pessoas gratuitamente. O seu primeiro paciente já<br />
estava numa fase avançada da doença, já havia passado anos e nunca tinha sido<br />
curado. Após dias de tratamento, o paciente estava melhor e depois de tomar<br />
todos os remédios indicados, já não havia sinal de doença ou debilitação. O<br />
cliente ficou de tal maneira satisfeito que propagou o trabalho do médico, que em<br />
dias ficou bastante popular.<br />
Durante a noite de um longo dia de trabalho, dois médicos desempregados<br />
apareceram na barraca do português e disseram:
O MÉDICO PORTUGUÊS<br />
- Bom dia, gostaríamos de colaborar consigo para uma melhoria na saúde<br />
africana, de forma a ajudar nas doenças mais perigosas de África.<br />
- Adoraria receber a vossa ajuda, mas eu não cobro qualquer dinheiro para<br />
os tratamentos.<br />
- Não faz mal, nós apenas queremos ajudá-lo, pois vimos que já ganhou<br />
bastante popularidade e com isso trabalho.<br />
- Mas eu nos vos conheço, como é que vou confiar em vocês?<br />
-Tudo bem. Contar-lhe-emos a nossa história e como chegamos até aqui.<br />
-E assim um deles começou a relatar: “Tudo começou quando nos<br />
conhecemos na Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto.<br />
Eramos da mesma turma e num instante ficámos bastante amigos. Foi a<br />
partir daí que começámos uma grande aventura, procurar ajudar o maior<br />
número de pessoas possível e levar essa missão até ao fim das nossas<br />
vidas. A nossa primeira etapa foi cumprida com sucesso, conseguimos<br />
trabalhar em várias cidades de Angola. A nossa rota foi: Ambriz, Soyo,<br />
Cabinda, Malange, Luena, Menongue, Huambo, Lubango, Namibe,<br />
Benguela, Lobito, Porto Amboin e, por fim, voltámos para Luanda. Agora<br />
procuramos um lugar fixo para ficarmos. Claro que não é tudo um mar de<br />
rosas, por isso, pelo caminho tivemos que enfrentar um monte de obstáculos<br />
como não ter onde dormir, ficar vários dias sem ter onde dormir, passar<br />
fome, etc. Mas, no final, conseguimos superar todas as nossas dificuldades.<br />
Visto que o senhor não cobra nada aos pacientes, teremos que trabalhar em<br />
outro sítio também, pedimos-lhe que não se sinta incomodado com isso.”<br />
Não me importo de jeito nenhum. Muito pelo contrário! Muito obrigada pela<br />
ajuda. Em poucas semanas esta cabana será vossa, por favor cuidem bem<br />
dela. Eu continuarei a minha rota de forma a levar este tratamento pelo<br />
mundo fora.<br />
Agradecemos a sua confiança, não o desiludiremos senhor.
O MÉDICO PORTUGUÊS<br />
Passaram-se semanas, e foi então que o médico se despediu daquele lugar,<br />
partindo assim para Moçambique. Foi aí que tudo que tudo mudou ...<br />
Mal chegou a Tete, cidade de Moçambique, após instalar-se na sua nova casa<br />
alugada, dirigiu-se ao Hospital Provincial de Tete onde recordou vivências<br />
passadas. Via exatamente a mesma situação de Luanda: filas enormes, falhas<br />
enormes, mortes ...<br />
Desta vez as coisas correram de forma diferente. Quando foi visitar o Hospital<br />
encontrou outro médico que também avaliava o local. Então, começaram a<br />
conversar, o outro médico também tinha como principal intenção ajudar e foi<br />
assim que as coisas ficaram interessantes. Estabeleceram contato durante<br />
meses e sempre envoltos num mistério. Mas o que será que planejavam?!<br />
Ao fim de dois meses, foi revelado o suspense e os dois haviam criado... UM<br />
HOSPITAL! A história de vida do médico português mudara, pois outrora<br />
queria viajar por toda África. O que o levaria a alinhar neste projeto se nunca<br />
mais iria pôr os pés em Tete novamente?! Um hospital permitiria ajudar muitas<br />
pessoas, num determinado local e, em vez dele viajar por toda a África,<br />
apenas necessitava de criar um espaço com especialistas. O melhor de tudo é<br />
que era um dos hospitais mais baratos de sempre, sendo muito mais<br />
acessível.<br />
Passaram-se quatro anos. Tudo corria bem e foi então que o médico<br />
encontrou uma mulher que possuía aquela doença há uma década. Era muito<br />
arriscado e difícil fazer a cirurgia que a poderia salvar. Mas com coragem e<br />
determinação, o médico disse:<br />
Se não a conseguir salvar, acabou-se aqui e agora a minha vida. Iremos<br />
realizar a cirurgia, mas quero os cirurgiões mais experientes em campo!<br />
Ninguém vai morrer.<br />
Mas senhor a probabilidade de resultar é de 1% …<br />
Então vamos reverter a situação.
O MÉDICO PORTUGUÊS<br />
Foi a cirurgia mais tensa que alguma vez alguém havia presenciado. O<br />
médico sentia-se mais que obrigado a salvar aquela mulher, mas ele não<br />
podia desconcentrar-se com os olhos verdes dela, com a pele morena ...<br />
Parece que alguém estava apaixonado. Acabou a cirurgia. Demorara cerca<br />
de duas horas, mas valera a pena. Ela estava bem. Como dizer a uma<br />
paciente o que sentia por ela?<br />
À noite o médico preparou-se e foi ao quarto da paciente. Depois de<br />
conversarem sobre a cirurgia, começou a perceber que, se calhar, não era o<br />
único que sentia alguma coisa... Conversaram muito durante aquela noite.<br />
Cada dia que passava, o sentimento que nutriam um pelo outro crescia. Até<br />
que chegou o momento em que ela teve alta. O médico ficou extremamente<br />
triste, mas tinha de ser. A partir daí, todas as noites, a mulher aparecia à<br />
frente do hospital para conversar com o médico. Certa noite, o médico,<br />
finalmente, convidou-a para um encontro. Foi nesse encontro que o médico a<br />
pediu em namoro e pouco tempo depois sucedeu-se o casamento.<br />
Após quinze anos, o casal já tinha uma filha chamada Adelaide de 12 anos e<br />
um filho mais novo chamado Ricardo de 4 anos que amavam e educavam<br />
muito bem. Viveram vidas boas até que chegou o momento, tiveram que dizer<br />
adeus ao médico português, herói de África, que revolucionara a medicina.<br />
Morrera enquanto dormia. A sua família perpetuou o Homem e o seu trabalho,<br />
escrevendo todo o seu percurso num livro.
O PEDREIRO DA FINLÂNDIA<br />
Devido à localização geográfica do país, próximo do Ártico, o clima da Finlândia é<br />
frio. No entanto, a fauna é extremamente diversificada.<br />
No sul do país, havia uma montanha onde morava uma família muito pobre. O<br />
sustento da dela centrava-se no trabalho, pouco valorizado e remunerado, do pai<br />
que era pedreiro.<br />
Para enfrentar os invernos agrestes e gelados, as crianças desta família<br />
descobriram, no rio congelado que se encontrava perto da sua casa, uma fonte de<br />
divertimento e de aquecimento. Utilizavam o rio como pista de gelo e patinavam<br />
com uns patins velhos que possuíam.<br />
Passado o Natal, o pedreiro recebeu uma oferta de trabalho na Polónia, o que lhe<br />
provocou um sentimento contraditório: por um lado, necessitava daquela<br />
oportunidade, mas, por outro, teria de deixar a sua família, o seu país.<br />
Convidaram-no para trabalhar numa serralharia, teria uma vida financeira<br />
melhor e, assim, poderia ajudar a sua família, pelo que decidiu aceitar.<br />
Partiu no seu velho barco de pesca, atravessando o mar Báltico, para conseguir<br />
chegar à Estónia. Iria instalar-se em Pãrnu durante uns dias. Junto ao porto,<br />
encontrou uma cabana que parecia abandonada. Bateu. Ninguém respondeu.<br />
Como já era de noite e chovia torrencialmente, entrou para se abrigar. Lá dentro<br />
deparou-se com um velho senhor sentado junto à lareira, que o recebeu com<br />
muito carinho, dando-lhe de comer e algumas roupas para poder vestir, enquanto<br />
as suas secavam.<br />
No conforto daquele lar, o pedreiro sentia-se bem e questionado pelo<br />
velho senhor sobre o seu cansaço, respondeu que não tinha sono. Então, o senhor<br />
decidiu contar uma velha lenda de uma princesa que habitara em tempos em<br />
Pãrnu. Iniciou a narração: “Era uma vez uma princesa, filha única, que vivia num<br />
castelo muito antigo com seus pais. A princesa era muito rebelde, contrariava<br />
sempre qualquer ordem de seus pais, fazia imensas asneiras, tornando difícil a<br />
tarefa de todos, pelo que ninguém gostava dela.
O PEDREIRO DA FINLÂNDIA<br />
O que ninguém sabia é que a princesa, todos os dias, se encontrava com um<br />
rapaz, cujo relacionamento já tinha sido proibido pelos pais. Até que houve um<br />
dia em que a princesa decidiu fugir com o seu amado. Desgostosos e infelizes,<br />
seus pais mandaram procurá-la por toda a parte, mas nunca mais se ouviu falar<br />
da rebelde princesa e do seu amado. No castelo, agora em ruinas, existe uma<br />
fonte de onde brota uma água límpida, mas um pouco salgada. Há quem diga<br />
que são as lágrimas daquele rei e daquela rainha que ainda hoje choram por<br />
sua filha. ”.<br />
Passados dois dias, depois do tempo melhorar, o pedreiro parte para a Letónia,<br />
onde iria passar a noite em Riga. Deixou o seu pequeno barco e partiu para<br />
Riga de comboio. Quando chegou já era muito tarde e todas as casas tinham as<br />
luzes desligadas, menos uma. A casa pertencia a uma mulher que era fanática<br />
pela leitura de livros da Grécia antiga, pelo que passava a noite a ler. Tocou à<br />
campainha, passado algum tempo aparece a mulher, praguejando irritada, pois<br />
pensava que se tratava da entrega atrasada dos livros encomendados. O<br />
pedreiro esclareceu quem era e o que pretendia, apenas abrigo. A mulher<br />
surpreendida deixou-o entrar, baixando o tom de voz, indicou-lhe um quarto ao<br />
lado onde poderia descansar. Antes de fechar a porta dos aposentos, ela ainda<br />
lhe ordenou que, por motivo algum, lhe voltasse a interromper a leitura.<br />
Ao nascer do sol, a senhora, que tinha preparado um bom pequeno-almoço,<br />
convidou-o para se juntar a ela e mais tarde conhecer a cidade de Riga. Os dois<br />
visitaram as principais atrações de Riga. No entanto, o pedreiro não esquecia o<br />
seu principal objetivo, tinha que partir para a Lituânia.<br />
Chegada a hora, parte num cavalo que lhe fora oferecido. Era manso,<br />
valente e veloz, branco como a neve e com uma estrela na crina. O próximo<br />
local seria Palanga, uma antiga localidade cheia de histórias e lendas.<br />
Quando chegou, encontrou um abrigo para sem-abrigos onde o acolheram<br />
com muito gosto. No decorrer da noite, ouviu outra lenda sobre uma<br />
donzela e o lobisomem.
O PEDREIRO DA FINLÂNDIA<br />
“Todas as noites a donzela ouvia um uivo que a encantava e todas as noites<br />
estranhava. Até que houve um dia que ela, muito curiosa, decidiu ir procurar a<br />
origem do uivo. Estava cada vez mais próxima do som, até que avista uma<br />
sombra. Parecia um lobo, mas com a sua aproximação, a sombra desaparece.<br />
Desesperada corre em frente, numa direção ditada pelo coração. Mais à frente,<br />
encontrou um homem de costas. Ela começa baixinho a proferir palavras de<br />
conforto para não o assustar. Quando ele se virou, deparou-se com um<br />
lobisomem. Apavorada, foge sem rumo nem direção. Nunca mais se viu a donzela<br />
ou o lobisomem, mas em certas noites de lua cheia ouvem-se uivos e estranhas<br />
risadas nas florestas densas da região.”<br />
Após uma longa noite de descanso, eis que o pedreiro retoma o seu caminho. De<br />
repente, avista uma placa onde está escrito: “Polónia”. Seus pensamentos foram<br />
de agradecimento a Deus.<br />
Continuou caminho, desconhecendo o rumo do seu destino - Sosnowiec. Pouco<br />
depois, avista uma pequena loja, no meio do nada. Estava salvo.<br />
Faltavam 24km, não havia como aguentar, mas o senhor, proprietário daquele<br />
pequeno estabelecimento, oferecera-se para o levar na sua velha, mas resistente,<br />
furgoneta. Quando chegaram, o pedreiro, a quem já não restava uma só moeda,<br />
agradeceu àquele bondoso senhor a boleia, prometendo que, um dia, o visitaria e<br />
lhe pagaria pelo gesto.<br />
Decorridos alguns meses, tendo ganho algum dinheiro que lhe possibilitaria<br />
abrir um pequeno negócio no seu país, o pedreiro, saudoso da sua família e da<br />
terra natal, decide partir. Porém, o patrão, satisfeito com o seu trabalho, para<br />
evitar a sua partida, fez-lhe uma proposta. Com melhores condições de trabalho<br />
e uma remuneração superior, a família do pedreiro poderia juntar-se a si, no<br />
entanto, teria de deixar para trás a sua terra natal. A decisão era difícil, mas era a<br />
solução para muitos dos seus problemas.
O PEDREIRO DA FINLÂNDIA<br />
Mais tarde, com a família instalada, o pedreiro voltou à loja, a 24km, onde<br />
pretendia encontrar e recompensar o nobre senhor que o havia ajudado. Para<br />
espanto dele, o estabelecimento encontrava-se fechado e nem sinal do seu<br />
proprietário. Regressou a casa e só mais tarde, perante a sua insistência, é que<br />
pôde saber que aquele bom samaritano havia falecido. A partir de então, este<br />
bom senhor fez parte das orações diárias do pedreiro, como reconhecimento da<br />
sua boa ação.
O VIAJANTE COLOMBIANO<br />
Algures na Colômbia, há umas décadas atrás, um homem pouco conhecido,<br />
mas muito sábio, decidiu viajar sem destino. Para ele viajar representava<br />
descoberta. Descoberta do mundo e de si próprio como forma de se abstrair<br />
de todos os problemas e confusões.<br />
Colômbia é um país localizado no nordeste da América do sul. Antigamente,<br />
uma colónia espanhola que ganhou a sua independência em 1819, após a<br />
Batalha de Boyaca. Este país é a pátria de diversos escritores de renome<br />
internacional, como Gabriel Garcia Márquez. Além disso, a Colômbia é<br />
bastante conhecida devido à gastronomia variada e singular, da qual se<br />
destaca o ensopado de frango. É o berço de diversos géneros musicais, tais<br />
como a cúmbia e o jazz.<br />
Este viajante decidiu partir à procura de paz e novas amizades, pois o seu<br />
país de origem encontrava-se em guerra civil e para agravar ainda mais a<br />
situação encontravam-se também em conflito com os Estados Unidos da<br />
América. Pablo Escobar, um narcotraficante candidato à presidência da<br />
Colômbia, foi o principal motivo da guerra entre dois países e da guerra civil<br />
colombiana. Este era um dos homens mais ricos do mundo e foi até intitulado<br />
de “O Senhor da Droga Colombiano”. Enquanto era considerado um inimigo<br />
do governo dos Estados Unidos e da Colômbia, Escobar era um herói para<br />
muitos colombianos. Contudo, com o passar do tempo a sua relação com a<br />
polícia colombiana e americana foi piorando, agravando as guerras e<br />
matando pessoas inocentes. Já não havia segurança na Colômbia. Então, a<br />
meados de agosto o viajante colombiano partiu, prometendo aos seus<br />
familiares e amigos estar de volta em breve.<br />
Passou meses por terra e mar, chegando a Paris no início de dezembro, onde<br />
se deparou com um mundo completamente diferente. No momento em que<br />
pisa terra, este viajante sente uma mistura de sentimentos totalmente<br />
distintos. Fica surpreso com toda a beleza de Paris, mas com receio de não<br />
ser aceite num país tão estável.
O VIAJANTE COLOMBIANO<br />
Na primeira noite em Paris, sem companhia, o viajante colombiano decide<br />
recolher alguma lenha e fazer uma fogueira na floresta. No meio do silêncio da<br />
noite, ouviu-se umas vozes. Decide, então, descobrir a origem delas, pensando<br />
que poderia encontrar alguém que o ajudasse. Por detrás de uns arbustos,<br />
encontra uma luxuosa casa totalmente isolada na floresta, longe da cidade e da<br />
confusão. De imediato, é visto por uma mulher idosa, um pouco estranha, mas<br />
muito simpática chamada Nicole. Esta recebe-o de braços abertos e convida-o a<br />
entrar em sua casa. Ambos se aquecem na fogueira e Nicole começa por avisá-lo<br />
dos perigos daquele país.<br />
Passa-se a primeira, a segunda e terceira noites, até que esta idosa senhora o<br />
informa que terá de se ausentar por uns tempos e convida-o a acompanhá-la.<br />
Ele aceita o convite e partem juntos na noite seguinte para Lyon, terra Natal da<br />
simpática senhora.<br />
Alojados num prédio com mais de 20 andares, os dois passam lá 5 dias. No dia<br />
de regresso, o sábio que se encontrava na varanda, avista uma jovem muito<br />
encantadora, Natalie, uma jovem órfã. Passou alguns instantes sem desviar o<br />
olhar dela. Nicole apercebeu- se do sucedido, aproximou-se do colombiano e<br />
começou a contar:<br />
- Aquela é Natalie, uma pobre refugiada. Não a conheço, mas já ouvi falar um<br />
pouco dela e da sua história. Fugiu do seu país que se encontrava em guerra, tal<br />
como tu. Digamos que até têm um passado idêntico! Mas o dela é um pouco<br />
mais grave. Com apenas 12 anos, o seu pai foi obrigado a combater numa guerra<br />
onde acabou por morrer. Nessa altura Natalie e sua mãe passaram por muitas<br />
dificuldades, pois o seu pai era o único que ganhava dinheiro para o sustento da<br />
casa. Sem ele não havia dinheiro nem para um único pão. Anos depois, nasce<br />
uma outra guerra no seu país, o que a obriga a fugir com sua mãe. Passaram<br />
dias e dias por mar sem comer e sem dormir e a sua mãe acabou por não<br />
resistir, morreu durante a viagem. Restava apenas ela. Natalie estava sozinha<br />
com uma grande missão: encontrar sítio onde ficar.
O VIAJANTE COLOMBIANO<br />
Coisa que ela nunca conseguiu. Anda de vila em vila, cidade em cidade, país em<br />
país sem ter onde dormir.<br />
O sábio, no primeiro instante, sentira uma grande alteração de espírito. Mal<br />
vira Natalie, o seu coração enchera-se de amor, mas hesitou, pois depois de<br />
tudo que tinha passado, sabia perfeitamente que o mundo não era “um mar<br />
de rosas” e que nada era perfeito. No entanto, neste caso parecia ser.<br />
Naquele preciso momento nascera um grande amor entre duas pessoas<br />
cheias de amor para dar e com grandes lições de vida.<br />
Passou-se um ano e o amor deste casal ainda prevalecia. A cada dia que<br />
passava, pareciam cada vez mais apaixonados. Com Pablo Escobar morto, a<br />
guerra terminara e ambos voltaram para a Colômbia.
A escrita com amigos é uma experiência enriquecedora.