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Agenda novembro-dezembro de 2019 do DDC-UFRGS

Agenda cultural do Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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AGENDA

CULTURAL

Novembro

Dezembro

2019


HOMENAGEM

PRÊMIO CENTRO CULTURAL

NOVEMBRO

Minha geração aprendeu a admirar o Luis

Fernando Verissimo pela qualidade do seu texto,

que um amigo uma vez comparou aos dribles do

Garrincha: a gente sabe pra onde ele vai, e pensa

que sabe como, mas quando vê está sentado no

chão, e ele com a bola. Todo mundo acha que

consegue fazer igual, e por isso a internet e o

mundo real estão cheios de falsos verissimos e

falsos ponteiros direitos, cujo principal mérito é

validar seus modelos originais.

Verissimo é admirável também por seus

personagens inesquecíveis, por seus temas e

seu talento de cronista, sua capacidade de estar

sempre antenado com a conjuntura; por sua

cultura e conhecimento de mundo, indissociáveis

de sua ligação com Porto Alegre. Ser colorado,

no caso, é um bônus; nem precisava.

Aos poucos, junto com as novas gerações, fomos

descobrindo que havia muito mais pra admirar

no Verissimo: a ironia que não se confunde com

sarcasmo, o rir-com-o-outro sempre acima do

rir-do-outro, no limite o rir-de-si-mesmo; e por

trás de tudo, claro, o humanismo generoso e

solidário de quem sabe que os tempos podem

ser distópicos, mas que a utopia, como ensinou

Galeano, sempre serve para seguir andando.

Giba Assis Brasil,

montador e professor de cinema.

O Centro Cultural da Universidade Federal do

Rio Grande do Sul foi inaugurado em agosto

de 2018 com o objetivo de preservar e valorizar

as práticas culturais e artísticas nas suas mais

diversificadas manifestações. Desde então, vem

se dedicando a oferecer programações que

promovam a circulação de conhecimentos e o

debate de ideias em um movimento constante

de interação com a comunidade gaúcha. É nessa

perspectiva que o Centro Cultural da UFRGS cria

o Prêmio Centro Cultural, uma homenagem anual

para personalidades que contribuem, de modo

significativo, para a difusão da cultura e arte.

O prêmio deste ano será outorgado ao escritor

e cronista Luis Fenando Verissimo no dia 12

de novembro, às 19h, em uma cerimônia que

contemplará leituras de textos escritos ao longo

de sua trajetória, selecionados por Giba Assis

Brasil, e apresentações musicais. Participam do

encontro artistas como Anderson Vieira, Ilana

Kaplan, Jorge Furtado e Mirna Spritzer; Claudio

Levitan e Fernando Corona e Luiz Fernando Rocha

e Ras Vicente.

PRÊMIO CENTRO CULTURAL

Data: 12 de novembro, terça-feira, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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Fotografia: Maciel Goelzer

3


INAUGURAÇÃO

CAFETERIA PES.TO

NOVEMBRO

Cafeteria Pes.to tem evento de abertura com show

dedicado a compositoras brasileiras

O mais novo espaço do Centro Cultural da

UFRGS, a cafeteria Pes.to, abre as portas para

uma de suas principais ideias formadoras: a

promoção de arte e cultura. No próximo dia 13,

quarta-feira, às 19h, a cafeteria convida o público

para seu evento de abertura que, em parceria

com o Centro Cultural, recebe os músicos

Dudu Sperb (voz), Nico Bueno (baixo), Antonio

Flores (guitarra) e Fernando Sessé (percussão)

para uma homenagem à obra de compositoras

brasileiras. O show, intitulado ‘Elas por Eles’,

inaugura o palco da cafeteria, contemplando no

repertório grandes nomes, como Ceumar, Adriana

Calcanhoto, Rita Lee, Dolores Duran e Marisa

Monte.

A ideia do grupo é reunir canções que

evidenciem a presença marcante das mulheres

na história da música brasileira. De Chiquinha

Gonzaga até os nossos dias, as mulheres têm

presença marcante e fundamental na história da

música brasileira, tanto como intérpretes, quanto

como compositoras.Entretanto, sobretudo como

criadoras, elas são bastante menos lembradas

que os homens. O espetáculo Elas por Eles busca

justamente comentar um pouco da importância

dessas grandes artistas, reunindo canções de

algumas delas.

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INAUGURAÇÃO DA CAFETERIA PES.TO

Data: 13 de novembro, quarta-feira, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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FESTIVAL DA CANÇÃO ALIANÇA FRANCESA

NOVEMBRO

Salão de Atos da UFRGS recebe a grande final do

Festival da Canção Aliança Francesa

O Festival da Canção Francesa surgiu, pela

primeira vez, em 2008, por iniciativa da Aliança

Francesa de Porto Alegre. Devido ao seu grande

sucesso, o evento tornou-se uma referência em

matéria de música contemporânea francesa e

francófona no país e passou a acontecer em

escala nacional. Organizado em três etapas,

candidatos de todo o Brasil, têm a chance de

interpretar canções em francês e concorrer a

uma viagem com acompanhante para Paris. O

concurso é gratuito e aberto a cantores amadores

e profissionais e visa promover a descoberta

de novos talentos e divulgar a diversidade do

repertório musical em francês. Para participar,

não é necessário o domínio da língua francesa,

o importante é caprichar na interpretação e na

pronúncia.

A Final Nacional do Festival da Canção Aliança

Francesa 2019 é realizada pela Aliança Francesa

de Porto Alegre, com o patrocínio da Timac

Agro, o financiamento da Secretaria de Estado

da Cultura do Rio Grande do Sul, coprodução

com o Departamento de Difusão Cultural da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul e

o apoio do Consulado Geral da França em São

Paulo, Club Med, Air France, Estúdio Musitek e

Pubblicato.

O concurso tem como objetivo dar visibilidade

a imensidão cultural existente por trás da língua

francesa, através das performances exclusivas

de músicas em francês. A ideia do projeto, além

de valorizar o idioma, consiste em expandir as

concepções restritas à cultura francesa para

países africanos, americanos e europeus que

também possuem o francês como língua oficial

ou dominante.

A grande final terá a apresentação de dez

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candidatos que vieram de outras seis capitais

para competir pelo visado primeiro lugar. O

ganhador será prestigiado com duas passagens

para Paris, pela Air France, e com seis noites de

hospedagem e café da manhã incluso. Além da

viagem, a premiação contempla quatro horas de

gravação da música vencedora no Estúdio Audio

Porto e um ano de francês na Aliança Francesa de

Porto Alegre. O segundo lugar será presenteado

com um final de semana em um clube de férias, o

ClubMed, para duas pessoas, enquanto o terceiro

classificado apreciará um jantar no valor de

R$500,00, escolhido pela comissão do Festival, na

cidade do premiado.

Confira a lista de participantes

Bruna Caselani

Cristina Fernández

Eduardo Fronckowiak

Elisa Freese

Fernanda Abbott

Fernanda Copatti

Gabriel Mazzini

João Arthur Moschen

Juliano Barreto

Maria Cláudia Sanchotene

INAUGURAÇÃO DA CAFETERIA PES.TO

Data: 30 de novembro, sábado, às 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS

Av. Paulo Gama, 110

Entrada franca, mediante 1kg de alimento não

perecível.

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UFRGS 85 ANOS

Fotografia: Luiz Carlos Felizardo

EXPOSIÇÃO LUIZ CARLOS FELIZARDO

NOVEMBRO

O renomado fotógrafo Luiz Carlos Felizardo

retorna à UFRGS em novembro para mais uma

exposição. A realização é uma parceria com o

Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande

do Sul - MAC RS, através da cedência de parte

do acervo de fotografias emolduradas que serão

expostas no Centro Cultural. A curadoria é de

Alexandre Santos.

Felizardo dedica-se à fotografia há mais de 40

anos. Formou-se em Arquitetura pela UFRGS em

1972 e passou a dedicar-se à fotografia. Integrou

diversas mostras coletivas e individuais no Brasil,

América Latina Estados Unidos e Europa, e sua

obra compõe coleções em diversos países.

Também faz parte do grupo de 18 fotógrafos

brasileiros que tiveram suas obras adquiridas

para o acervo inicial da Coleção MASP/Pirelli de

Fotografias. Além de fotógrafo é autor de dois

livros, O Relógio de Ver e IMAGO.

Em 2017, Felizardo foi homenageado pela UFRGS

com a exposição O Percurso de um Olhar,

exposta no pátio do Campus Centro, com 30

painéis que representavam sua trajetória.

A Difusão Cultural da UFRGS apresenta ao

público no dia 28 um catálogo de 30 fotos

reunidas para a exposição O Percurso de

um Olhar, exibida há dois anos na frente da

Faculdade de Educação da UFRGS. A obra de

mesmo nome da exposição contará com textos

escritos por Luiz Carlos Felizardo. Neles, o

veterano fotógrafo descreve e conta a história de

cada captura feita por sua câmera à época, em

uma espécie de mergulho em seu passado e em

sua própria criação.

LANÇAMENTO DO CATÁLOGO O PERCURSO DE

UM OLHAR, DE LUIZ CARLOS FELIZARDO

Data: 28 de novembro, às 20h

Local: Centro Cultural da UFRGS

Entrada Franca

EXPOSIÇÃO LUIZ CARLOS FELIZARDO: O

DESENHO DA IMAGEM

Abertura: 28 de novembro, às 20h

Visitação: 29 de novembro a 30 de janeiro

Horário: de segunda a sexta, das 09h às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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PERCURSO DO ARTISTA

NOVEMBRO

Inéditos de Teresa Poester na Sala Fahrion

Teresa Poester (Bagé, 1954) é a próxima

convidada do projeto Percurso do Artista,

promovido pelo Departamento de Difusão

Cultural da UFRGS, com curadoria de Eduardo

Veras, professor do Instituto de Artes da UFRGS.

A exposição, na Sala Fahrion, no prédio da

Reitoria, apresentará apenas trabalhos inéditos,

concebidos especialmente para a mostra. Ao

mesmo tempo, deve funcionar como uma espécie

de apanhado do trabalho da artista ao longo dos

últimos dois anos. Desde que se aposentou como

professora do Instituto de Artes da universidade,

no início de 2018, ela está morando na França,

país em que já havia cursado o doutorado (na

Universidade de Paris I, Sorbonne) e o pósdoutorado

(na Université de Picardie Jules Verne,

onde também foi professora de desenho). Nesse

período, sua produção desdobrou-se de modo

profícuo e foi exibida em galerias parisienses.

Reconhecida pela trajetória como pintora e

desenhista, Teresa vem explorando nuances

mais experimentais do desenho e do gesto

de desenhar, fundindo essa linguagem com

outras possibilidades estéticas, como gravura,

fotografia e impressão digital, realizando

ações performativas e dedicando-se à

videoperformance e, mais recentemente, a um

tipo peculiar de videoanimação.

Teresa Poester – O Percurso do Artista exibirá

duas séries de grandes dimensões, construídas

parte no ateliê de Eragny-sur-Epte, na Normandia,

parte em Porto Alegre, combinando lápis de

cor e pigmento, em um emaranhado de forte

gestualidade. A mostra também vai incluir

vídeos experimentais desenvolvidos em parceria

com os músicos Wagner Cunha, no Brasil, e

Januibe Tejera, na França. Para o pergolado que

acompanha a Sala Fahrion, Teresa planeja um

desenho a ser elaborado de maneira colaborativa,

com canetas esferográficas.

Além de exposições no Brasil e na França, Teresa

já realizou individuais na Argentina, na Espanha e

na Bélgica.

PERCURSO DO ARTISTA | TERESA POESTER

Data: novembro a maio de 2020

Horário: de segunda a sexta, das 08h às 18h

Local: Sala João Fahrion - Reitoria UFRGS

Fotografia: Acervo Pessoal de Teresa Poester

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UFRGS 85 ANOS

OCUPAÇÃO XICO STOCKINGER

NOVEMBRO

“É preciso pensar muito, não propriamente para

executar a obra, mas pensar o que você vai fazer,

como você vai fazer e por que você vai fazer.

Quer dizer, tem que ter sempre uma intenção.

Sem intenção, é difícil fazer.”

Xico Stockinger

No mês de novembro a Universidade Federal do

Rio Grande do Sul se engaja nas comemorações

do Estado do RGS fazendo a sua homenagem

a Xico Stockinger. O Instituto Estadual de Artes

Visuais, ao lançar o selo comemorativo aos 100

anos do artista, acaba por fazer um chamamento

a todos que admiram e respeitam a sua obra;

assim, a UFRGS atende ao chamado e engaja

muitas pessoas em seus equipamentos culturais

com diferentes formas de homenageá-lo.

No Centro Cultural reuniremos esculturas,

fotografias e narrativas. Ao percorrer os espaços

do Centro Cultural, Stockinger estará presente

convivendo com os visitantes.

As esculturas que integram o percurso foram

cedidas por Francisco Stockinger, que abriu seu

acervo pessoal para ser compartilhado com a

Universidade e com a cidade; os professores Luiz

Eduardo Robinson Achutti e Eduardo Vieira da

Cunha também participam.

Achutti realiza um recorte das fotos que

integraram a exposição e o livro “A matéria

encantada – Xico Stockinger por Achutti”, em

2008. As fotos capturadas no atelier do artista

estarão dialogando com as esculturas. Eduardo

Vieira da Cunha compartilhará com todos os

convidados um percurso pelos espaços narrando

sua relação com as esculturas e com Xico.

A Sala Redenção se une com o documentário

“Xico Stockinger”, do diretor Frederico Medina,

exibindo-o em duas sessões.

A homenagem da UFRGS é marcada por afetos

do filho que compartilha seu acervo; por

Achutti, que exibe os momentos captados no

processo criativo e por Eduardo Vieira da Cunha

compartilhando através de seu relato a admiração

pelo artista, mas sobretudo enfatizando as obras

que ocupam o Centro Cultural para que todos

sintam e apreciem a força e a sensibilidade em

cada uma das formas escolhidas pela UFRGS

para celebrar o trabalho e a vida de Stockinger.

Claudia Boettcher,

Diretora do DDC

Ocupação Xico Stockinger:

Esculturas Stockinger

Conversa Eduardo Vieira da Cunha

Exposição Stockinger por Achutti

Exibição do Documentário “Xico Stockinger”

OCUPAÇÃO XICO STOCKINGER

Data: novembro a janeiro

Horário: de segunda a sexta, das 09h às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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Fotografia: Luiz Eduardo Achutti

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UFRGS 85 ANOS

EXPOSIÇÃO CRÍTICOS E CURADORES

Artistas, Historiadores e Críticos: Uma Perspectiva

a Partir do Acervo da Pinacoteca Barão de Santo

Ângelo

Tendo por missão “conservar, restaurar, ampliar

e divulgar o patrimônio artístico e documental

do Instituto de Artes da UFRGS”, a Pinacoteca

Barão de Santo Ângelo, em estreita associação

com o Departamento de Difusão Cultural da

UFRGS, apresenta o resultado da associação

de profissionais de instituições internacionais

e nacionais, com vistas ao conhecimento e ao

estudo da coleção de arte na UFRGS. O projeto

tem ênfase na produção plástica, privilegiando

o olhar sobre as relações da produção e de seus

autores com o campo das artes, com especial

destaque para o Rio Grande do Sul, tanto pelos

artistas escolhidos quanto pelo papel que

esses artistas e suas obras desempenharam na

consolidação do campo das artes no Estado.

Isso nos remete para o ano de 2014, momento

em que o projeto de difusão do acervo do

Instituto de Artes integrou as ações dos 80

anos. Naquele momento a proposta era a de

criar formas de difusão do acervo da Pinacoteca

Barão de Santo Ângelo. A parceria com o

Instituto de Artes resultou em uma exposição

dividida em um primeiro módulo – pintura e

escultura – exposta no Salão de Festas e um

segundo módulo – gravuras e fotografias –

vista no Museu da UFRGS. Para que as ações

fossem realizadas, vários movimentos foram

desencadeados, sendo que o começo foi o da

curadoria, que fez a escolha das obras e, a partir

daí, as ações de higienização e restauro das

peças indicadas, os projetos de museografia e

sinalização e, finalmente, após meses de trabalho,

a exposição, a publicação do catálogo e a efetiva

difusão do acervo artístico do Instituto de Artes.

Agora, como parte integrante de um projeto cujo

principal objetivo é articular os interesses dos

pesquisadores convidados e sua relação com os

objetos de pesquisa — as obras pertencentes à

Pinacoteca —, a presente exposição apresenta

uma seleção de obras indicadas por insignes

pesquisadores, majoritariamente pertencentes a

quadros de profissionais de instituições fora dos

limites da UFRGS.

A exposição tem a indicação das obras efetuada

pela professora e historiadora Ana Lucia Araújo,

da Howard University (Washington, EUA), o

crítico de arte e diretor de estudos Jacques

Leenhardt, da EHESS (École des Hautes Études

en Sciences Sociales — Paris, França), o artista

visual, crítico de arte e curador independente

Rolf Külz Mackenzie, da Freie Universität (Berlim,

Alemanha). Dentre os atuantes no Brasil, conta

com o crítico de arte Teixeira Coelho, professor

titular da USP, a professora emérita e historiadora

Sônia Gomes Pereira, da UFRJ, a professora e

crítica de arte Neiva Maria Fonseca Bohns, da

UFPel e, completando o grupo, a professora e

crítica de arte Icléia Borsa Cattani, do Programa

de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS.

Esta exposição apresenta obras de artistas (ou

grupo de artistas)que foram objetos de estudos

desenvolvidos pelos autores citados, com

vistas à publicação de um volume de ensaios

que teve como objeto a coleção da Pinacoteca

Barão de Santo Ângelo. Essa é uma instituição

que, conforme já amplamente demonstrado

em pesquisas acadêmicas e publicações,

tem grande importância no universo das

coleções universitárias de arte do país por sua

representatividade nominal, assim como pela

excelência das obras inscritas em seu inventário.

O presente projeto curatorial, promovido pelos

curadores convidados, apresenta parte da

multiplicidade de investigações em linguagens,

formas, suportes, materiais, temáticas e

processos que revelam o dinamismo da

produção plástica nacional e local, ultrapassando

os estreitos limites da ortodoxia formal e da

temática, gerando interrogações e propondo

problemas que constituem parte de suas

poéticas.

A obra de Carlos Pasquetti, Carlos Scliar, Elida

Tessler, Maria Lidia Magliani, Regina Silveira

e Wilson Tibério, como muitas outras, é

exemplar na expressão das particularidades de

seus autores e abre possibilidades de novas

formulações teórico/conceituais. São obras e

artistas que tem como característica distintiva

a excelência e a ênfase nos problemas da sua

contemporaneidade, alinhadas, na medida do

possível, com as manifestações das vanguardas,

mas sempre demonstrando, de modo enfático,

o domínio das técnicas e dos modos de operar

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adequados aos projetos individuais, assim como

uma preocupação constante com os resultados a

serem alcançados na boa articulação entre forma

e conteúdo.

Por fim, considera-se que a presente exposição,

e os estudos decorrentes dela, elucidarão

relações inéditas entre as obras, seus autores e

o sistema na qual foram produzidas, justificando

plenamente a missão de uma coleção

universitária, de seu acervo e dos seus agentes.

Paulo Gomes,

Professor do Instituto de Artes da UFRGS

ARTISTAS, HISTORIADORES E CRÍTICOS:

UMA PERSPECTIVA A PARTIR DO ACERVO DA

PINACOTECA BARÃO DE SANTO ÂNGELO

Data: outubro de 2019 a janeiro de 2020

Local: Salão de Festas - Reitoria da UFRGS

FAHRION, João

Auto-retrato

TIBÉRIO, Wilson

Auto-retrato

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MODOS DE FAZER, CRIAR E VIVER

SENTIDOS DO PÃO

Farinha, água e fogo; vivências, saberes e afetos.

O projeto Os Sentidos do Pão é realizado

mensalmente no Centro Cultural, desde maio

deste ano. Seu objetivo é proporcionar a

experiência coletiva dos processos de feitura

do pão, em formato de oficina ministrada por

convidados relacionados às temáticas específicas

de cada encontro.

Até agosto, foram realizados quatro encontros,

contando com 14 oficineiros e mais de 160

participantes. A cada edição, a oficina atrai novos

interessados que se reúnem em torno das mesas

para compartilhar receitas, saberes e histórias.

Desde a primeira edição, a oficina conta com um

grande número de inscritos. São disponibilizadas

13 vagas por receita, para garantir a viabilidade

da preparação dos pães, que são assados e

compartilhados entre os integrantes da oficina.

As receitas são escolhidas e disponibilizadas

antecipadamente pelos oficineiros, para que

sejam divulgadas aos interessados em participar.

Mesmo seguindo o mesmo formato, a cada

mês a oficina é uma experiência diferente, não

apenas pelas receitas, mas pelas vivências

dos participantes em cada etapa da atividade.

Conhecer ingredientes, sentir as formas, moldar o

pão. Seguir receitas, sem dispensar a criatividade

para acrescentar e criar. Em mais três edições

neste ano haverá a oportunidade de sentir e

alimentar-se dos sentidos que produzem o pão.

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Fotografia: Verônica Becker

PROGRAMAÇÃO

19/11 | Pão e Cidade

- Elaine Engraxate

- Laura Backes

- Guilhermina Braga Cabral e Zezé Cabral

PÃO E CIDADE

Data: 19 de novembro de 2019

Horário: terças, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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IDEIAS

CONFERÊNCIAS UFRGS 2019

Jane Tutikian encerra Conferências UFRGS 2019:

“Se eu não respeito a cultura, eu não respeito o povo

como ele é”

Vice-reitora e professora de Literatura na UFRGS,

Jane Tutikian tem uma vasta trajetória na escrita.

Lançou 19 obras e participou como organizadora

de outras tantas, dentre elas a clássica Antologia

Poética, de Fernando Pessoa (2012, L&PM). Recebeu

diversas premiações ao longo de sua carreira.

O mais importante deles, o Jabuti, por A cor do

azul (1984), alavancou uma promissora trajetória

construída com base na literatura infanto-juvenil,

contos, ensaios e outros estilos.

Nesta quarta-feira, 13 de novembro, às 19h, Jane

Tutikian vai falar no Centro Cultural da UFRGS sobre

um tema que conhece como poucas: cultura. Na

décima e última conferência com a temática cultural,

a vice-reitora da UFRGS fará um apanhado de todas

as discussões trazidas. Desde abril deste ano, o

Conferências UFRGS debateu, ao longo de nove

encontros, a formalização de uma política cultural

para a universidade.

O Departamento de Difusão Cultural conversou com

a professora sobre a necessidade de a UFRGS adotar

um modelo de cultura que possa perpassar gestões,

a importância das universidades na sociedade

brasileira e o debate em torno do governo e de

projetos polêmicos, como o Future-se. Confira:

Em relação às outras palestras, a senhora fará uma

compilação dos temas trazidos nas discussões?

Eu acompanhei todas as conferências. Então, a

ideia agora é de recolher aquilo que as pessoas

trouxeram para poder delinear uma política cultural

para a universidade. A minha palestra vai ter uma

parte histórica, onde eu vou mostrar toda a evolução

do ponto de vista cultural do Século XX, que foi

um século transgressor. Então venho para a parte

filosófica, quando a cultura é transformada em

indústria cultural, onde falarei sobre a modernidade

líquida. Por fim, parto para uma proposta mais

prática.

Quão importante é uma política cultural

universitária? É um instrumento necessário para

uma espécie de proteção caso ocorra uma mudança

brusca de rumos da gestão na universidade?

Eu acho fundamental, sobretudo se pensarmos

no momento em que estamos vivendo. Eu gosto

muito do Octavio Paz (poeta e ensaísta mexicano,

1914-1998) quando ele diz que nós estamos vivendo

uma crise geral de valores. Valores éticos, estéticos,

políticos, ideológicos, filosóficos e tal. E de fato

estamos vivendo essa crise. Quando o Jameson

(Fredric Jameson) esteve no Salão de Atos, ele deu

um exemplo sobre o que é o nosso tempo. Até o

início do século XX, quando você olhava para uma

obra, lá estava o criador da obra. Você identificava

traços característicos. A partir de meados do século

XX, alguma coisa começou a mudar nas artes. E

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o que muda, segundo o Jameson, é que hoje na

arte o artista não é mais o criador. Ele passa a ser

um rearranjador de coisas prontas. Ele está falando

sobre a instalação. Toda essa mudança de valores

traz mudanças de comportamentos. Hoje, somos

mais individualistas. Falamos pelo celular. Trocamos

o toque humano pela tela do celular. Então,

respondendo à sua pergunta. O que nós queremos

com uma política cultural, se entendermos que a

cultura é toda ação do homem na natureza. Eu vou

entender o seguinte: o maior valor que pretendemos

resgatar é o próprio homem. É o valor do homem

com seus valores pétreos.

Temos novas discussões ao longo das últimas

décadas, como as questões LGBT, raciais…

Inúmeros assuntos são relativamente novos, como

as discussões étnicas pós-Segunda Guerra Mundial,

a questão da dignidade humana e direitos humanos

com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Essas questões devem estar contempladas na

política cultural da universidade?

Sem a menor sombra de dúvida! Como você

mencionou, essas discussões começam na Segunda

Guerra Mundial, com o conceito de nação. E

aparece de uma forma muito forte nas artes e na

literatura nos anos 1980. São aqueles que ficavam

à margem do poder e que começam a ter voz. É

o que chamamos de globalização da economia

e multiculturalismo do ponto de vista humano.

Mas esse multiculturalismo precisa respeitar a

diversidade. Toda a sua amplitude. Embora falemos

sobre isso, a xenofobia está em voga, principalmente

na Europa. No Brasil, temos o mais alto índice

de feminicídio. Então, isso tudo está colocado

como aspecto cultural. Quem deve dar conta das

migrações do século XXI? É a cultura. Então por isso

que eu disse que em última análise é esse resgate

do homem em sua essência humana que deve ser

buscado.

O governo vem reduzindo de maneira drástica

o orçamento universitário e está em voga uma

retórica agressiva contra as instituições federais

de ensino. Até que ponto a cultura e a extensão

de maneira geral são importantes para melhorar a

percepção na sociedade da universidade pública?

Eu acho importante a sua pergunta, até porque

ela me permite mostrar o que na universidade

nós entendemos como cultura. Nós entendemos

que cultura é também artística. Mas temos

também a cultura científica, que não podemos

abrir mão de discutir dentro de uma política

cultural. Essa conversa entre esses dois eixos é

de responsabilidade da própria universidade. Eu,

particularmente, penso que esse governo está

totalmente equivocado. Eu acho que ele precisava

ter um inimigo para se afirmar como governo. Que

melhor inimigo que a própria universidade? Toda

universidade é comunista? Não! A universidade, na

sua grande diversidade, é pluripartidária. Ela tem

diferentes posições ideológicas. Por outro lado, o

outro grande inimigo é a cultura. Até por isso, o

governo extinguiu o Ministério da Cultura. Eu vejo

isso com muita preocupação. Nós tivemos um ano

muito difícil, mas como as universidades federais

têm um potencial muito grande conseguem segurar

[esse ímpeto]. Aquilo que elas fazem é muito maior

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do que faz um governo. Quando se mata ou se

tenta matar a cultura de um povo, tentamos criar

artificialmente uma identidade. Se eu não respeito

a cultura, eu não respeito o povo como ele é.

Sempre que identidades artificiais foram criadas,

vivemos em regimes totalitários. Eu vou dar dois

exemplos fora do Brasil: Hitler tentou forjar uma

identidade ariana. Ela não se sustenta, pode até

durar décadas. A mesma coisa fez o Salazar em

Portugal (professor Antonio Salazar, ditador do

país ibérico entre 1932 e 1968), passando filmes,

dizendo que o governo estava cuidando do povo,

dando casas, isso e aquilo. Quando temos a ideia

de forjar uma outra identidade de um povo, se corre

um perigo muito grande, pois pode durar gerações,

mas isso termina. E a reconstrução daquilo que

nós somos essencialmente é muito difícil. Então, o

governo nesse sentido, em vez de fazer o bem para

o povo, ele faz um mal. Quando não se reconhece

que a universidade faz 95% das pesquisas, não se

reconhece que a universidade é responsável pelo

desenvolvimento do país. Quando se corta toda

a verba – como foi cortada – para a extensão, se

desconhece que a universidade é a mentora e a

executora de um programa de justiça social que

deveria ser do próprio governo. Então, quando você

elimina o desenvolvimento com justiça social você

não tem muito a esperar de um país. E essa é a

grande responsabilidade das universidades.

Há uma discussão acerca da necessidade de as

universidades incrementarem as parcerias com as

fundações de apoio e a iniciativa privada. O que a

senhora pensa sobre isso? Reduziria a autonomia

universitária em prol do interesse privado?

A melhor resposta para isso é o Future-se. O

primeiro projeto do Future-se colocava uma OS

(organização social) para gerir a universidade,

desde o que acontece na sala de aula até a alta

gestão. Bom, isso é absolutamente inviável. Uma

universidade pública tem que ter autonomia

de gestão, autonomia didático-pedagógica.

Não vejo que um convênio com uma empresa

vá trazer alguma dificuldade na autonomia da

universidade. Veja, a UFRGS, a PUCRS e a Unisinos

estão na aliança, no pacto de Porto Alegre pelo

desenvolvimento. Isso faz parte da universidade.

Ela deve guardar determinados valores, mas ela

tem que acompanhar para poder servir a própria

universidade. Eu não vejo como impedimento. A

universidade tem convênios com N empresas. Mas

sempre resguardando a autonomia. A universidade

não é uma empresa privada, e não pode ser uma

empresa privada. Se ela se tornar, ela perde toda a

autonomia e passa a cobrar como tal. O Future-se

tentava transformar a universidade em uma empresa

híbrida, público-privada. Isso tira a característica

da própria universidade. Se tem uma coisa pela

qual não podemos abrir mão é da nossa própria

autonomia. E aí não importa se é uma OS, uma

fundação ou uma empresa. Se isso interferir na

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autonomia, não pode passar.

O governo, aparentemente, ataca em várias

frentes, seja na questão das OS, do Escola sem

Partido, Future-se… Ele pretende minar o poder das

universidades em âmbito nacional?

Ele tenta tirar o poder, mas ainda é um pouco

pior. Sempre que você tem uma determinação de

cima para baixo no Brasil. Ou seja, sem respeitar

a autonomia e a diversidade, eu sempre termino

pensando no filme Tempos Modernos, do Charles

Chaplin. Eu estarei formando pessoas que não

precisam pensar, pois o pensamento vem de

cima para baixo. Quando o Chaplin está numa

fábrica apertando parafusos, ele, subitamente, está

apertando no ar. Isso é muito perigoso de se fazer

com o povo. Isso significa um atraso em todo e

qualquer setor de atividade industrial ou comercial.

Para as universidades, também. A válvula de escape

acaba sendo a própria universidade. Temos que

entender que a universidade é um patrimônio

público. Cabe a sociedade – não só aqueles que

estão dentro – lutar por um patrimônio que é seu.

A Patrícia Fagundes, por outro lado, disse que

seria importante criar e manter um corredor

cultural no país através de associações e grupos.

Especialmente nesse momento de ataque às IFs

seria importante vincular a política cultural delas?

Como a senhora pensa que seria possível?

Eu acho que isso é fundamental. O nosso ponto de

partido é a América Latina. Chamamos essas redes

de Redes Solidárias e Compartilhadas. Vamos pensar

na extensão. A extensão coloca a universidade na

sociedade e traz a sociedade para a universidade.

Ela acolhe os diferentes saberes. Quando você

acolhe os diferentes saberes, você modifica o

seu próprio saber. Na América Latina, temos uma

sintonia que não é completa. Ela só vai se completar

se tomarmos como missão essas redes solidárias

e compartilhadas. Não somente na questão de

justiça social, mas na questão de desenvolvimento

científico-tecnológico. A pergunta que se faz é a

seguinte: por que em cada país temos que inventar

a roda se ela já inventada e melhorada? Então, é o

momento se se fazer uma rede.

A cultura tem um papel de resistência e de diálogo

entre diversos campos. A gestão de vocês foi uma

das que mais valorizou o campo da cultura. Você

teme mudanças bruscas de direção a partir do ano

que vem?

Eu acho que a universidade é muito forte. Ela é

mais forte do que qualquer gestão. Não temo pelo

fim da cultura. Temo pela questão orçamentária. Já

foi anunciado que ano que vem a verba anunciada

será muito menor do que a verba deste ano, e que

já foi praticamente insustentável. A extensão não

recebe mais nada. Isso me preocupa muito. Agora,

seja quem for que esteja aqui, o aspecto cultural

está tão consolidado no Museu, Centro Cultural, no

DDC-UFRGS, que mesmo que nós possamos a ter

limites, isso não vai absolutamente desaparecer. Nós

temos talentos na universidade, temos uma força

criativa muito grande. Isso vai prevalecer. A nossa

necessidade de cultura é muito forte.

A formalização de uma política cultural na

UFRGS pode vir a ser um grande legado

que essa administração quer deixar? Qual o

principal pensamento ou eixo que deve constar

obrigatoriamente no documento a ser redigido?

A política cultural, seja ela artística, seja científica,

tem que ter uma meta. E essa meta é o homem. O

homem é o centro irradiador e o centro que apara

a própria cultura. É isso que temos que entender.

No momento que nós compreendemos, estaremos

contribuindo também para uma mudança na

sociedade através da cultura.

Entrevista realizada por João Vitor C. Novoa,

coordenador de comunicação do DDC.

JANE TUTIKIAN | CONFERÊNCIAS UFRGS

Data: 13 de novembro de 2019

Horário: quarta-feira, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

Av. Eng. Luiz Englert, 333

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MÚSICA

Fotografia: Divulgação

PIANO ABERTO

“Cidade presente- a cidade que se vê, a cidade

que se escuta”. Essa é a proposta não só dos

concertos do Unimúsica 2019, mas também de

todas as intervenções que o projeto realizará

durante o segundo semestre. Uma das ações que

já podem ser percebidas pela comunidade é o

piano localizado no saguão do prédio da Reitoria

da UFRGS. Para tocar, o único critério é a vontade

de produzir algum som. Para ouvir, basta estar de

passagem pelo local. O chamado “Piano Aberto”,

uma parceria do Departamento de Difusão

Cultural com a Person Pianos, tem como ideia o

livre acesso ao instrumento, sem a formalidade

de um teatro, sem o rigor de um concerto, sem

a necessidade da técnica. A intenção pode

ser apenas a da ludicidade, a de brincar com

as sonoridades e a de perceber que podemos

pertencer aos locais que transitamos.

Em 26 de julho, o piano recebeu uma intervenção

artística realizada pelo Studio P, grupo de

pesquisa e extensão em pintura coordenado

pela professora do Instituto de Artes da UFRGS

Marilice Corona. O grupo organizou uma

colagem de adesivos coloridos que reproduzem

visualmente as notas emitidas pelo piano.

A personalização de pianos localizados em

espaços públicos é uma ideia que vem sendo

espalhada ao redor do mundo desde 2008,

quando o jovem britânico Luke Jarram criou o

projeto “Play me, I’m Yours” para colocar pianos

em ambientes urbanos. Após 11 anos desde a

primeira intervenção de Luke, 1900 instrumentos

já foram colocados em mais de 60 cidades. A

ideia foi responsável por incentivar o surgimento

de inúmeros projetos semelhantes, como o

“Piano Livre”, realizado em 2015 em Porto Alegre.

Na época, pianos foram instalados em locais

como o Mercado Público, a Estação Rodoviária e

o Restaurante Universitário do campus central da

UFRGS e receberam intervenções de dez artistas

da cidade.

Anna Ortega,

Bolsista de comunicação do DDC

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SOLO PIANO

O projeto Solo Piano fará emanar pelo saguão

do Centro Cultural da UFRGS, a cada última

segunda-feira do mês, o som do instrumento

que tem há séculos encantado gerações. Com

um repertório vasto que vai desde os tempos

de Bach até os dias de hoje, o piano tem sido

dos raros instrumentos capazes de gerar plena

atenção e satisfação ao ouvinte com seu poder de

imitar as sonoridades dos outros instrumentos,

da voz humana e da orquestra. Esses vários

papéis consolidaram a história da escrita para

teclado, construindo e expandindo seu próprio

idioma. Em meio a tempos de automação e

de tantos avanços tecnológicos, ouvir algo

exclusivamente feito pelas mãos, integrando

corações e mentes, é uma das formas de plena

expressão do humanismo característico da

atividade musical, em um movimento dinâmico,

conciliando tradição com inovação.

O projeto concebido pela Difusão Cultural, traz

alunos pianistas de destaque do Programa de

Pós-Graduação em Música da UFRGS, e também

eventuais convidados, oferecendo ao público a

oportunidade de ouvir o trabalho interpretativo

dos alunos, enquanto esses ganham um espaço

para expandir suas plateias e suas vivências de

performance.

SOLO PIANO

Data: 25 de novembro e 16 de dezembro

Horário: às 12h30

Local: Centro Cultural da UFRGS

Ney Fialkow,

curador do projeto

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MÚSICA

Identidade Visual: Larissa Ely

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UNIMÚSICA 2019

Série cidade presente – a cidade que se vê, a cidade

que se escuta

Cidades se constroem e se transformam não

apenas na materialidade visível das edificações

e dos traçados urbanos, mas também (e, talvez,

sobretudo) nos modos de sociabilidade, nas

diferentes práticas de interação entre grupos,

pessoas, personagens. Seus pequenos rituais,

suas festas, suas celebrações, sejam cotidianas

ou extraordinárias, são marcas que revelam

certos modos de vida. A cidade – obra coletiva de

milhares de individualidades, perene e efêmera – é,

a um só tempo, um lugar e a ação que nele e para

ele se realiza.

A série cidade presente – a cidade que se vê,

a cidade que se escuta do Unimúsica 2019 foi

pensada para Porto Alegre. Ou melhor, foi pensada

por Porto Alegre: em seu interesse, em sua defesa.

A programação, que marca também os 85 anos da

UFRGS, teve como ponto de partida as múltiplas

cenas e distintas geografias da música. Ao

todo, serão oito concertos inéditos, concebidos

conjuntamente – em uma espécie de “curadoria

transversal” – pela grande equipe de diretoras e

diretores, curadoras e curadores que aqui atuam.

De um certo modo, o que veremos e escutaremos

no palco do Salão de Atos é a própria cidade,

com suas zonas de convergência e divergência,

suas sobreposições de tempos, suas visibilidades

e invisibilidades, suas tensões e cintilações. É

trabalho, é força da vontade e é também promessa.

Lígia Petrucci

PROGRAMAÇÃO

Curadoria:

Ana Laura Colombo de Freitas

Andressa Ferreira

Juarez Fonseca

Lígia Petrucci

Roger Lerina

RITMOS UNEM MUNDOS | 06 de junho

Direção e curadoria do concerto:

Biba Meira e Negra Jaque

POR ENTRE OS SONS | 04 de julho

Direção e curadoria do concerto:

Pedro Figueiredo e Ras Vicente

NOTAS PARA PORTO ALEGRE: SONS, MEMÓRIA

E RESISTÊNCIA | 05 de julho

Direção e curadoria do concerto:

Ana Fridman e Catarina Domenici

TOCANDO ALTO | 01 de agosto

Direção e curadoria do concerto:

Leo Henkin e Luciano Leães

FLUXOS: MUSICALIDADES EM TRÂNSITO | 05 de

setembro

Direção e curadoria do concerto:

Gutcha Ramil e Hique Gomez

PAGO REVISITADO | 03 de outubro

Direção e curadoria do concerto:

Clarissa Ferreira e Daniel Sá

COM SOTAQUE DO SUL | 07 de novembro

Direção e curadoria do concerto:

Antonio Villeroy e Paola Kirst

SAMBA E CHORO PEDEM PASSAGEM | 12 de

dezembro

Direção e curadoria do concerto:

Mathias Pinto e Pâmela Amaro

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MÚSICA

UNIMÚSICA 2019

NOVEMBRO

Com sotaque do Sul – Antonio Villeroy e Paola

Kirst

Diferentes temporalidades convivem em uma

cidade. Coisas que ouvimos falar, outras que

presenciamos como espectadores e, por fim, as

situações em que também somos protagonistas,

atuando no presente para coproduzir o que, um dia,

também se transformará em memória. Isso também

se dá com a música.

Buscando homenagear alguns nomes que fizeram

história e ainda reverberam os nossos sentidos,

representando parte do Rio Grande do Sul no ofício

da canção, convidamos um time de artistas da

pesada para compor o elenco do espetáculo Com

Sotaque do Sul.

Instrumentistas e intérpretes de diferentes gerações

formam um elenco tão diverso quanto nosso

próprio sotaque.

E reunimos canções singulares que marcaram

diferentes épocas tornando-se popularmente

conhecidas, junto a outras tantas que ainda não

alcançaram a devida dimensão, e que merecem ser

ouvidas.

Poesia, corpo, som, diálogo, imagem, expressão.

A canção é infinitamente vasta. Ela quer gritar,

comunicar, denunciar e promover sentido.

Na tentativa de ressignificar as possibilidades

sonoras e traduzir com personalidade o que foi,

o que é, e o que tem sido fazer música em Porto

Alegre, nós passeamos por diferentes referências.

Assim a cidade está presente, sendo atravessada

por influências rítmicas produzidas em todo o Brasil

e pelos países vizinhos.

Procuramos percorrer, revirar, e misturar diferentes

gerações, no intuito de traçar um recorte da

identidade da canção feita aqui, por músicxs que

também atuam como compositorxs na cena local

atual de Porto Alegre. Suas presenças reforçam

a questão da visibilidade para a nova geração de

artistas.

Reverenciamos talentosos cancionistas, como

Bebeto Alves, Gelson Oliveira, Mário Falcão, Nelson

Coelho de Castro, e Nico Nicolaiewsky. Além disso,

nomes como Ana Mazzotti, Gisele de Santi e Lúcia

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Identidade Visual: Vinícius Strack

Helena trazem maior representatividade da atuação

das mulheres na música gaúcha.

O equilíbrio entre gerações e gêneros serviu de

prumo para nossas escolhas.

Esperamos que vocês se emocionem e se divirtam

tanto quanto nós.

Elenco:

Antonio Villeroy, voz

Gabriel Romano, acordeom

Glau Barros, voz

Dúnia Elias, piano

Jéssica Berdet, baixo e/ou violão

Lucas Kinoshita, bateria

Marcelo Delacroix, arranjos vozes

Paola Kirst, voz

Antonio Villeroy e Paola Kirst

Pedro Cassel, voz

Thayan Martins, percussão

Thays Prado, voz

Participações especiais:

Bernardo Zubaran, harmônica cromática

UNIMÚSICA – COM SOTAQUE DO SUL | ANTONIO

VILLEROY E PAOLA KIRST

Data: 07 de novembro (quinta-feira), às 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS

Retirada de senhas através da troca de 1kg de

alimento não perecível por ingresso de 04 de a 07

de novembro, das 9h às 18h, no Centro Cultural da

UFRGS ou no dia 04, das 9h às 17h, no ILEA (Campus

do Vale).

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MÚSICA

OUTUBRO

Samba e Choro pedem passagem – Mathias Pinto e

Pâmela Amaro

A última edição da série cidade presente – a cidade

que se vê, a cidade que se escuta do Projeto

Unimúsica 2019 promove um encontro histórico

entre a velha guarda do carnaval porto-alegrense e

uma nova geração de sambistas e chorões. Com

direção e curadoria de Mathias Pinto e Pâmela

Amaro, que também participam como intérpretes,

o concerto evoca o Dia Nacional do Samba,

comemorado em 02 de dezembro. A proposta dos

curadores Pâmela e Mathias traz à cena grandes

nomes do samba e do choro gaúcho como Marcelo

Amaro, Maria do Carmo Carneiro, Wilson Ney,

Samuca do Acordeon, Fábio Azevedo e Guilherme

Sanches, além da OCPA (Orquestra de Choro de

Porto Alegre) e de percussionistas do grupo Alabê

Oni.

Elenco:

Carol Milan, sax

Eliseu Rodrigues, clarinete e clarone

Fábio Azevedo, cavaquinho

Guilherme Sanches, percussão

Lucian Krolow, sax e flauta

Marcelo Amaro, percussão

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Maria do Carmo Carneiro, voz

Mathias Pinto, violão 7 cordas

Pâmela Amaro, voz

Pingo Borel, percussão

Samuca do Acordeon, acordeom

Tutti Rodrigues, percussão

Wilson Ney, voz

Participações especiais:

Oficina de Choro

UNIMÚSICA – SAMBA E CHORO PEDEM

PASSAGEM | MATHIAS PINTO E PÂMELA AMARO

Data: 12 de dezembro (quinta-feira), às 20h

Local: Salão de Atos da UFRGS

Retirada de senhas através da troca de 1kg de

alimento não perecível por ingresso de 09 a 12 de

dezembro, das 9h às 18h, no Centro Cultural da

UFRGS ou no dia 09, das 9h às 17h, no ILEA (Campus

do Vale).

Identidade Visual: Vinícius Strack

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MÚSICA

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO

NOVEMBRO

A escuta, a canção e o silêncio: matéria da educação

- Simone Rasslan

Em sua última edição de 2019, O Núcleo da

Canção da UFRGS recebe a artista e educadora

musical Simone Rasslan para uma palestraperformance

em que apresenta sua pesquisa de

Doutorado em Educação pela UFRGS.

Este trabalho é um estudo que articula silêncios

e constituição de si por dentro de práticas

documentadas numa coleção de canções

populares brasileiras. É um exercício de escuta.

É com ele que produzo com as canções dois

ambientes que formam, igualmente, diferentes

formatos de registro: um trabalho de escritura e

uma experiência de releitura. Escrevo sete textos

ensaísticos e sete arranjos musicais gravados em

áudio. Tal resultado será compartilhado com o

público num formato de sarau/recital.

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO | A ESCUTA, A

CANÇÃO E O SILÊNCIO: MATÉRIA DA EDUCAÇÃO

COM SIMONE RASSLAN | MEDIAÇÃO DE CAROL

ABREU E LÍGIA PETRUCCI

Data: 21 de novembro, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

Entrada Franca

Com as canções me posiciono. Pode parecer

“cafona”, mas o fato é que elas são em mim, eu

sou nelas. O tema do silêncio, espalhado sob

várias formas – como fala, como escritos, como

imagem –, também se faz ouvir na tessitura

das canções, por dentro delas. Tal aproximação

– entre canção e silêncio – atribui à escuta a

condição para o nascimento deste trabalho:

juntamente com a escrita ensaística, a escuta

atua, de modo central, como método que vai

sendo inventado, na medida em que se faz.

Percebo, como professora de música e como

artista, que o fazer musical, ao reconhecer o

silêncio como sua produção intrínseca, exercita

a invenção de sujeitos determinados. Tal

reconhecimento se amplia para os modos de

aprender e de ser em relação com o outro, em

transubstanciação com o meio, em confronto

erótico com o mundo. Um mundo que é silêncio

e som e que “grita” cada vez mais para ser

ouvido como se, em nossa anestesia, tivéssemos

perdido tal capacidade. Cogito reconhecer o

silêncio, desde o ponto de vista da arte, como

espaço de constituição de si, que pode ser

praticado na música e daí lançado para outros

espaços da vida, de modo a constituir um ethos,

sendo assim conhecimento útil, ethopoiético.

O que as artes, especialmente a música, estão

fazendo nesse sentido?

Simone Rasslan

28


Fotografia: Vanessa Schwartzhaupt

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MÚSICA

SEXTA DEGRAU

O Centro Cultural é um espaço ainda novo, em

constante construção e reinvenção. Dar vida

a este lugar é um desafio que requer um olhar

criterioso e criativo, buscando trazer diferentes

movimentos para dentro deste local.

Parte deste processo envolve também atentar

para as particularidades do espaço. O prédio,

construído em 1924 e recém-revitalizado, possui

uma grande importância arquitetônica, compondo

os cenários imagéticos que ficam na memória de

todos que vêm a este bairro.

Construir uma programação que faça jus a este

lugar requer uma boa dose de experimentação.

Com isso em mente, nasceu, fruto de uma

parceria entre o Departamento de Difusão

Cultural e o Instituto de Artes, o Sexta Degrau.

Explorando a escadaria do Centro Cultural -

espaço pouco evidenciado, posto que se localiza

nos “fundos” do prédio -, o objetivo do projeto

é construir um ambiente de convivência através

da arte e da cultura, promovendo espetáculos

musicais e outras ações que dialoguem com a

proposta.

30


Fotografia: Vitor Cunha

Partindo desta premissa, procuramos montar

uma programação pautada por alguns elementos

norteadores, como a valorização da cena

independente, experimentação, construção

coletiva e compartilhamento. Confira e venha

construir este projeto conosco!

Vitor Cunha,

Bolsista do DDC

PROGRAMAÇÃO:

08/11: Oferenda

SEXTA DEGRAU

Horário: sextas, às 18h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES VISUAIS

NOSSO LUGAR AO SOL

Exposição Nosso Lugar ao Sol propõe discutir a

fetichização e a censura ao corpo feminino

Desenvolvida em três eixos, a exposição Nosso

Lugar ao Sol discute uma nova leitura das imagens

que serão exibidas a partir de 29 de novembro no

Centro Cultural da UFRGS. Por meio das dualidades

juventude e impermanência; natural e artificial;

desejo e consumação; efêmero e permanente; e

vida e morte, a mostra traçará uma perspectiva dos

trabalhos desenvolvidos pela fotógrafa Rochele

Zandavalli (Garibaldi, RS, 1980), buscando também

dialogar sobre a fetichização e outros aspectos do

corpo feminino.

O primeiro eixo da exposição terá como mote a

série Todos esses novos adoradores do sol, projeto

desenvolvido desde 2013 com os princípios da

dualidade mencionados e que retratam imagens de

um jovem que perambula em meio à vegetação,

observando tudo através de uma lupa. No caso,

a lupa é a representação da câmera fotográfica.

Outra série que abordará a temática será Morangos

mofam.

A questão em torno da fetichização da mulher

girará em torno da apropriação de fotografias

antigas e de uma sequência de intervenções

nas imagens, como incisões, cortes, bordados,

justaposição a suportes como pequenas toalhas

de crochê, além de utilizar esmaltes de unhas

como recursos imagéticos. A partir dessas

representações, Zandavalli indaga ao espectador

o motivo de certos objetos serem valorizados,

ao passo que são usados especialmente para

embelezar tecidos mortos, como as unhas. Nas

palavras da artista, unhas lixadas e pintadas

aludem, simbolicamente, às “garras civilizadas”:

“Uma camada de falso verniz, um artifício

superficial e frágil, que domestica nossas presas

animais”, explica.

Em seu último núcleo, a exposição penetra

ainda mais na discussão sobre o corpo feminino,

através da reprodução do vídeo Freethenipple,

um comentário crítico à censura imposta aos

mamilos femininos em redes de compartilhamento

de imagens. Produzido a partir da captação de

centenas de imagens censuradas nas plataformas

digitais, o vídeo evidencia como o corpo da

mulher vem sendo constantemente violentado. “As

intervenções censurantes utilizadas para garantir a

circulação das fotografias são muitas, desde poses

e objetos em frente aos seios, passando por tarjas,

riscos, emojis, pixeis, blur, até o ponto de ocorrer a

completa retirada digital do mamilo. Resta um seio

artificializado, ultrajado e negado. E isso significa

muito”, ilustra Zandavalli.

Nosso lugar ao sol conta com a curadoria da

professora do Instituto de Artes Paula Ramos e com

realização do Departamento de Difusão Cultural da

UFRGS. O vernissage ocorre em 28 de novembro

de 2019, às 19h, com entrada livre.

EXPOSIÇÃO NOSSO LUGAR AO SOL | UNIFOTO

Visitação: novembro de 2019 a fevereiro de 2020

Horário: de segunda a sexta, das 8h às 21h e sábado,

das 9h às 17h

Local: Centro Cultural da UFRGS

Fotografia: Fábio Zambom

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EXPOSIÇÃO 10X15: MOMENTOS DE NÃO CALAR

Quantas vezes nós sentimos algo e não contamos?

Quantas vezes escondemos um sentimento por

medo? É isso que o projeto 10x15: momentos de não

calar busca ajudar a problematizar. Um desabafo, um

tsunami de sentimentos que não queremos silenciar,

bons momentos que queremos compartilhar, em

formato 10x15, como em um cartão postal. Na

exposição, são apresentadas novas e subjetivas

definições a determinadas palavras, acompanhadas

de sua arte, pela técnica da gravura produzida em

formato de carimbo pelos artistas-estudantes.

O projeto foi desenvolvido por alunos do sexto ano

do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação

(CAp/UFRGS), em 2018, junto aos professores de

Artes Visuais (Karine Storck) e Literatura e Língua

Portuguesa (Caroline Becker e Marcelo Maciel), e

foi motivado pelo trabalho artístico de Vital Lordelo

- “Isso já foi longe demais”. Tudo começou com

a atividade do projeto de extensão da Semana de

Línguas/CAp-UFRGS, a qual tinha como tema “Para

o que você se cala?”. O que era para ser apenas

uma oficina, se estendeu e ganhou novos caminhos.

Em 2019, uma proposta foi submetida ao edital do

Centro Cultural da UFRGS com a intenção de expor

os trabalhos em outros ambientes que não as paredes

escolares, ocupando os diferentes espaços da nossa

universidade.

da Silva Soares, Henryque Rios dos Santos, Isabele

Souza Pereira, Isabelle Marques Stankowiski, João

Gabriel F. Okraszewski, João Vitor Mendes Cardoso,

João Vitor Gomes, Layslla Alves Daitx, Lucas Rafael

Rocha Oliveira, Luiza Tolfo dos Santos, Mariana Serpa

Linkewez, Miguel Rodrigues Alves, Nicole Couto Leal,

Paulo Eduardo R. Saraiva, Rafaela Peres Flor, Renan

Brum Correia Z. da Silva, Ruan Gonçalves Alves,

Sofia Roza Teixeira Lopes Vieira, Sophia Paranhos

de Oliveira, Thales Corrêa Castro, Yasminn da Costa

Lencines. Artista convidado: Vital Lordelo.

Texto produzido pelos curadores

e alunos participantes do projeto

A exposição 10x15: momentos de não calar, fruto da

parceria entre o Centro Cultural da UFRGS e o Colégio

de Aplicação da UFRGS, acontecerá de outubro a

dezembro e apresentará novos estudantes-artistas

- os quais organizaram, coletivamente, o texto que

você está lendo.

Estudantes envolvidos no projeto: Amanda Mirela

Grando, Antônio Ezequiel Macedo Mateus, Arthur

Dornelles Rodrigues, Arthur Gonçalves de Oliveira,

Arthur Schoch Martins, Artur Ribeiro da Rosa,

Bruno de Araújo Bernardes, Carlos Eduardo R. de

Farias, Eduardo Menezes Dias, Eric Brum Correia Z.

da Silva, Gabriel Fontela Moreira, Gabriel Moreira

Santos, Geovana dos Santos Ramos, Giovanna

Ramos Niffa, Guilherme Lampert Pinheiro, Helena

EXPOSIÇÃO 10X50: MOMENTOS DE NÃO CALAR

Data: de 11 de outubro a 20 de dezembro

Horário: segunda a sexta, das 9h às 18h e sábados,

das 9h às 17h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES VISUAIS

BAUHAUS NO GRAFITE DE GIZ

O projeto Grafite de Giz, com curadoria de Laura

Castilhos, tem na sua programação do ano de 2019

nove ilustrações feitas com giz em um quadro

negro de 6m x 3m, no Centro Cultural da UFRGS.

A proposta conta com a participação de artistas

oriundos do Instituto de Artes: Caju Galon, Kelvin

Koubik, Teresa Poester, Téti Waldraff, Adriane

Hernandez, Jéssica Becker, Marilice Corona, Lilian

Maus e Helena Kanaan.

Um dos estilos ícones da geração modernista

do século XX, a Bauhaus conquistou diversos

admiradores ao longo das décadas. Com um estilo

que valorizava a forma e as cores, foi (e ainda é)

tendência nos campos do design e arquitetura. Um

dos ícones do estilo no mundo é a capital federal.

Oscar Niemeyer projetou a cidade de Brasília com

inspiração na escola Bauhaus.

No Dia da Cultura na UFRGS, 7 de dezembro, o

Centro Cultural receberá um grupo talentoso de

artistas para desenvolver um desenho no saguão

do prédio em comemoração ao centenário do

movimento artístico. Com o tema “Estudo da

Bauhaus que comemora 100 anos neste 2019”,

Helena Kanaan e seu grupo participarão do projeto

Grafite de Giz. Nele, o artista utiliza gizes sólidos

(comuns) e pastosos para confeccionar obras em um

painel negro de MDF.

“A Bauhaus nos ensinou a integrar as artes,

experimentar, compartilhar ideias. Participar de

Fotografia: Verônica Becker

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projetos com colegas de áreas afins, em lugares de

abrangência múltipla, nos enriquece e nos estimula.

Estamos programando uma ação performática para

o dia da execução do grafite, utilizando elementos

de cores fortes com as formas básicas da Bauhaus

e, um exercício sensorial que nos proporcionará

a forma a ser seguida na parede”, explica Kanaan

sobre a performance.

Participantes:

Amanda Charao

Ario Gonçalves

Andréa Moreira

Bruno Tamboreno

Caroline Veilson

Camila Pereira

Helena Kanaan

Laura Bittencourt

Luiza Reginato

Gregori de Sá

Juliana Becker

Sara Winckelmann

BAUHAUS NO GRAFITE DE GIZ

Data: 7 de dezembro

Visitação: 7 de dezembro de 2019 a 20 de janeiro

de 2020

Horário: Das 9h às 18h

Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES DA CENA

PROJETO CENAS MÍNIMAS

NOVEMBRO

Cross-cap - Luciano Tavares, Renata de Lélis e

Viviane Lencina

Cross-cap performance é uma derivação da

videodança Cross-cap, que explora a ideia de

estruturas impossíveis, inspiradas em M.C. Escher,

criando composições com corpos e espaços

abandonados e desenvolvendo uma edição

coreográfica de tempo não linear. Brincamos com

os limites de dentro/fora, adiante/reverso, presente/

passado, indivíduo/múltiplo, o eu/o outro, lidando

com o binômio corpo presente/ corpo virtual.

Ficha Técnica:

Performers: Luciano Tavares, Renata de Lélis e

Viviane Lencina

Videodança:

Direção: Lícia Arosteguy

Performers/criadores: Luciano Tavares, Renata de

Lélis, Viviane Lencina

Direção de Fotografia: Lícia Arosteguy

Trilha Sonora Original e Sound Design: Caio Amon

(Eroica Conteúdo)

VFX: Fernando Branco (Bardanha)

Montagem e Color Grading: Lícia Arosteguy

Produção: Lícia Arosteguy, Renata de Lélis, Viviane

Lencina

Fotografia: Marcelo Freire

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CENAS MÍNIMAS | CROSS-CAP COM LUCIANO

TAVARES, RENATA DE LÉLIS E VIVIANE LENCINA

Data: 18 e 19 de novembro, às 19h

Ingresso: Contribuição espontânea diretamente aos

artistas

Local: Centro Cultural da UFRGS

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IDEIAS

DEZEMBRO

Dia da Cultura na UFRGS tem dezenas de

apresentações e reúne arte de diferentes áreas

Um dos principais projetos anuais do Departamento

de Difusão Cultural da UFRGS acontece no dia

7 de dezembro. Após a primeira bem-sucedida

edição de 2018, o Centro Cultural da UFRGS,

Sala Redenção e os demais espaços expositivos

gerenciados pelo DDC sediam mais um Dia da

Cultura na UFRGS. Dezenas de apresentações

artísticas, yoga, feira gráfica, oficinas de aquarela,

o projeto Grafite de Giz e diversos outros artistas

mostrarão seus trabalhos neste dia que busca

difundir a arte e a cultura em todas as suas

expressões pelo Campus Centro da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul. A entrada é livre para

todas as atividades – ocorrem das 12h à meia-noite.

ARTES CÊNICAS

- Festival do Shakespera: edição acústica Bem-te-vi

(dirigido por Clarissa Cavalli – teatro de miniatura

em caixa)

- Peça O Cachorro – teatro de cena (dirigido por

Clarissa Cavalli)

- Peça Cinza Tropical (Louise Pierosan)

- Cenas Mínimas – peça Obs.cenas, com Marco

Fronchetti e Arlete Cunha

- Antes que o Baile Acabe – SobreVivo (direção de

Sandino Rafael)

ARTES VISUAIS

- Lançamento de obra sobre a carreira de Maria

Lucia Cattani

- Exposição digital Cicatrizes do Abandono, de Luiz

Horácio

- Exposição Nosso Lugar ao Sol, por Rochele

Zandavalli

- Exposição Luiz Carlos Felizardo – O desenho da

imagem

- Exposição Xico Stockinger – 100 anos

CINEMA

- Faça a Coisa Certa (1989, EUA) | Dir. Spike Lee

- Idioma Desconhecido (2018, Brasil) | Dir. José

Marques de Carvalho Jr.

- A noite amarela (2019, Brasil) | Dir. Ramon Porto

Mota

- Lembro mais dos corvos (2018, Brasil) | Dir.

Gustavo Vinagre

- Mostra de vídeo-arte | Dir. Diversos

- Koyaanisqatsi (1982, EUA) | Dir. Godfrey Reggio

- Rocky Horror Picture Show (1975, EUA) | Dir. Jim

Sharman

DANÇA

- Oficina de danças ciganas

- Oficina de introdução à dança flamenca, com

professora Lisete Arnizaut

- Degustação de Movimentos com o Mímese –

professora Luciana Paludo

- Oficina Diversos Corpos Dançantes

- Dança, Criação e Educação Somática, com

as professoras Cibele Sastre e Laura Backes

(espetáculo ‘Em pé de árvore’)

- BIDAM – Baile de Improviso em Dança, Artes e

Música

DESIGN

- Feira gráfica Polegar

GASTRONOMIA

- Sentidos do Pão – edição especial (elaboração de

pão)

- Sentidos do Pão – edição especial (elaboração de

pizza)

- Degustação de Movimentos com o Mímese –

professora Luciana Paludo

38


INTERVENÇÕES

- Projeto Grafite de Giz – 100 anos da Bauhaus

- Instalação de bonecas com Lia Menna Barreto

- Geladeira Literária, com Bina e Jaque Vieira

- Planetário inflável

- Oficina de capoeira – grupo Africanamente

MÚSICA

Palco ao Ar Livre – com Serenata Iluminada e Baile

Brasileiro

- Justa Causa

- Rivadavia

- Slam com grupo Poetas Vivos

- Zanzar

- Encruzilhada do Samba

- Slam com Atena Beauvoir

- Proveta + Baile Brasileiro

- Cosmobloco

Palco Centro Cultural

- Encontro de dois coros – Coral da UFRGS e

Viva la Vida

- Rafael Lopes (guitarrista)

- Rimas em Arco – Recital de Violoncelo e Poesia

com Lucas Duarte e Gonçalo Ferraz

Sexta Degrau

- Flor de Júpiter

- Nosotros Quem

- Flor ET

- Cardamomo

- Oferenda

OFICINAS

- Oficina Aquarelando Sereias e o Mar, com a

professora Laura Castilhos

- Oficina com Aline Daka: as narrativas poéticas das

bonecas de papel

- Oficina de slackline

- Oficina de iniciação à aquarela para adultos –

professora Laura Castilhos

- Oficina Teórica e Prática de Histórias em

Quadrinhos, com Lobo

- Oficina de coloração de fotos com Rochele

Zandavalli

- Narrativas Curtas, por Ícaro Carvalho – Oficina

de escrita e leitura de contos e histórias curtas,

debatendo obras e exercitando a escrita

Mais informações em https://www.ufrgs.br/

difusaocultural/diadaculturaufrgs2019/

39


CINEMA

Francisco, direção de Teddy Falcão.

SALA REDENÇÃO

CINEMA UNIVERSITÁRIO

NOVEMBRO

3ª Mostra SESC de Cinema

A Mostra é resultado do edital nacional lançado para

seleção de filmes nas modalidades curta, média e

longa-metragem. O projeto tem o intuito de contribuir

na difusão da produção cinematográfica brasileira e

incentivar a linguagem audiovisual. Desta maneira,

possibilita reconhecimento, visibilidade e janelas

de exibição às produções. A programação inclui 50

filmes divididos nos Panoramas Brasil, Infanto Juvenil

e Rio Grande do Sul.

40


PANORAMA BRASIL

A BESTA POP

(Dir. Artur Tadaiesky, Fillipe

Rodrigues e Rafael B Silva | 2018 |

81min | Pará)

Em um futuro distópico durante

o último dia que antecede

o apocalipse, em meio a

implementação de um governo

totalitarista e a alienação social,

um grupo de jovens decide burlar

o toque de recolher buscando

escapar do tédio de suas vidas. E

tem seus destinos entrelaçados no

melhor lugar para estar no fim do

mundo, a festa A Besta Pop.

+

ALMOFADA DE PENAS

(Dir. Joseph Specker Nys | 2018 |

12min | Santa Catarina)

Logo após sua lua de mel, Alicia

contrai uma doença inexplicável,

enquanto seu marido Jordão

presencia tudo de modo indiferente.

Algo oculto a está enlouquecendo.

A doença faz a jovem mulher

mesclar a realidade com alucinações

monstruosas.

01 de novembro | 6ª feira | 14h

08 de novembro | 6ª feira | 16h

ILHA

01 de novembro | 6ª feira | 16h

08 de novembro | 6ª feira | 19h

(Dir. Ary Rosa e Glenda Nicácio |

2018 | 92min | Bahia)

Emerson, um jovem de periferia, quer

fazer um filme sobre sua história na

Ilha, lugar onde quem nasce nunca

consegue sair. Pra isso, ele sequestra

Henrique, um premiado cineasta.

Juntos, eles reencenam a própria

vida, com algumas licenças poéticas.

O plano começa e a partir de então

não há mais limites, afinal, cinema

também é jogo.

PARQUE OESTE

(Dir. Fabiana Assis e Glenda Nicácio

| 2018 | 70min | Goiás)

Depois de ser vítima de violência

do Estado, em Goiânia, Brasil,

uma mulher constrói sua vida,

transformando seu luto em luta.

+

CATADORA DE GENTE

(Dir. Mirela Kruel | 2018 | 18min|

Rio Grande do Sul)

Catadora de Gente é Maria Tugira

Cardoso. Há 30 anos a personagem

do filme dedica sua vida a catação de

lixo. Com sua fala lúcida a respeito

da vida e de suas complexidades,

Tugira narra sua história e propõe ao

espectador uma reflexão profunda

sobre as desigualdades sociais do

Brasil.

01 de novembro | 6ª feira | 19h

11 de novembro | 2ª feira | 14h

MATEUS

(Dir. Dea Ferraz | 2017 | 79min |

Pernambuco)

Jurema e Bandeira sobem num

fusca 78 a caminho da zona da

mata norte pernambucana, em

busca dos palhaços da cultura

popular: os Mateus, dos grupos de

cavalo-marinho, companheiros da

brincadeira de fazer sorrir. Quantos

Mateus se escondem no corte da

cana? Como vivem esses palhaços?

O que sonham? Porque o sorriso?

Com um cenário móvel carregado

no capô do fusca, Jurema e Bandeira

transformam esses encontros em

cenas reais de mundos imaginários.

+

O CÉU DOS ÍNDIOS DESÂNA E

TUIUCA

(Dir. Flávia Abtibo e Chicco

Moreira | 2017 | 26min | Estado

Amazonas)

Desâna e Tuiuca dominam o

conhecimento do céu para saber

como complementar às suas vidas na

terra. Este olhar peculiar estabelece

uma relação de cumplicidade

entre a terra e o céu que a cultura

ocidental tem dificuldades em firmar.

Através da observação, os índios

utilizam as Constelações do Homem

Velho, da Ema, da Surucucu, para

plantar, migrar, caçar, pescar... Um

conhecimento que vem sendo

esquecido pelas novas gerações.

04 de novembro | 2ª feira | 14h

11 de novembro | 2ª feira | 16h

41


CINEMA

EULLER MILLER ENTRE DOIS

MUNDOS

(Dir. Fernando Severo | 2017 |

76min | Paraná)

Euller Miller é um jovem indígena

brasileiro da etnia kaiwá que sai de

sua pequena aldeia nos arredores

de Dourados (MS) para cursar

odontologia em uma universidade

pública na populosa capital do estado

do Paraná. O filme acompanha

sua complexa transição entre dois

mundos contrastantes e a busca de

novos horizontas que não impliquem

na perda de suas raízes indígenas.

+

FABIANA

04 de novembro | 2ª feira | 19h

12 de novembro | 3ª feira | 16h

(Dir. Brunna Laboissière | 2018 | 89

min | São Paulo)

Fabiana, mulher trans, vive como

uma nômade caminhoneira por todo

o Brasil durante mais de trinta anos.

Porém, a aposentadoria se aproxima

e ela deverá deixar para trás suas

aventuras na estrada.

ORIN: MÚSICA PARA OS ORIXÁS

(Dir. Henrique Duarte | 2018 | 73

min | Bahia)

Os cantos e ritmos de origem

africana têm grande influencia na

Música Popular Brasileira. ‘Orin’ é

o nome iorubá dado às cantigas

do Candomblé, que fazem a

comunicação entre o mundo material

e espiritual. O documentário mostra

a trajetória de Iuri Passos, professor

de atabaque no terreiro do Gantois

e primeiro alabê a conquistar o título

de mestre em etnomusicologia pela

UFBA.

+

MAJUR

(Dir. Rafael Irineu | 2018 | 20min |

Mato Grosso)

A pedido de Majur, o documentário

foi gravado em segredo da família.

LGBTQ, é porta-voz e responsável

pela Chefia de Comunicação em uma

aldeia indígena no interior de Mato

Grosso. Acompanha, assessora e

traduz do Bororo para Português.

Assim foi gravado um breve processo

de sua vida pessoal e profissional.

04 de novembro | 2ª feira | 16h

11 de novembro | 2ª feira | 19h

NAVIOS DE TERRA

(Dir. Simone Cortezão | 2017 |

70min | Minas Gerais)

Há anos a montanha é deslocada

entre dois países - Brasil e China.

Rômulo, um ex- minerador, segue

levando parte da montanha e vai ao

encontro de outra. Na imensidão do

mar, ele conhece outros viajantes,

e em momentos febris encontra as

memórias e o espírito da terra.

+

QUILOMBO MATA CAVALO

(Dir. Jurandir Amaral | 2018 |

15min | Mato Grosso)

No Quilombo Mata Cavalo,

quilombolas distribuídos em seis

comunidades resistem para preservar

seus traços culturais, manter a

integração comunitária e conquistar a

regularização das terras herdadas de

seus ancestrais.

05 de novembro | 3ª feira | 16h

18 de novembro | 2ª feira | 14h

NO RIO DAS BORBOLETAS

(Dir. Zeudi Souza | 2017 | 21min |

Amazonas)

Uma escolha, uma consequência.

Quando duas irmãs ficam em um

impasse se vão ou não em busca

de ajuda para sua mãe enferma, a

decisão muda para sempre o destino

das quatro mulheres, Erasmia e

Doriana, as duas capazes de decidir;

Kallima, irmã mais nova é autista e

vive em um mundo a parte; e Rosa,

impotente, só aceita a decisão de

embarcarem em uma canoa em

busca de ajuda.

05 de novembro | 3ª feira | 19h

13 de novembro | 4ª feira | 16h

42


FRANCISCO

(Dir. Teddy Falcão | 2018 | 20min

| Acre)

Francisco tenta viver a sua vida longe

de tudo o que lhe faz lembrar um

episódio específico na sua infância: a

morte de seu pai, que fora vítima de

um crime de ódio difícil de superar.

Mas ao encontrar seus documentos

antigos em arquivos velhos em casa,

passa a entender o seu papel como

homem negro e a importância da luta

contra o racismo no Brasil.

+

GUARÁ

(Dir. Zeudi Souza | 2019 | 20min |

Goias)

A história de Carmem, que vive num

apartamento no centro de Goiânia e

tenta se esconder do caos da cidade.

Por mais que ela queira evitar, sair de

casa parece ser a única chance de

encontrar a si mesma.

+

ABRINDO AS JANELAS DO

TEMPO

(Dir. Santiago José Asef | 2017 |

62min | Santa Catarina)

Aprisionada em si mesma, a

personagem central luta para

encontrar-se e viver no presente.

Suas confusões temporais envolvem

o espectador, fazendo-o experimentar

de perto essas vivências. A história

se passa num vilarejo caiçara em três

épocas diferentes revelando muita

sensibilidade. O filme traduz uma

história de amor, de perda, espera e

de aceitação.

06 de novembro | 4ª feira | 16h

19 de novembro | 3ª feira | 14h

ESTRANGEIRO

06 de novembro | 4ª feira | 19h

25 de novembro | 2ª feira | 14h

(Dir. Edgar Lemos Akatoy | 2018 |

115min | Paraíba)

Uma viagem sensorial e poética

nas memórias de Elisabete (Cecilia

Retamoza), uma jovem mulher que

viveu sua infância na paradisíaca praia

de Tabatinga, no nordeste do Brasil.

Devido a um misterioso trauma,

Elisabete abandonou seu lar e nunca

mais permaneceu em um só lugar.

Aos trinta anos, Elisabete anseia por

uma identidade. Ela não se sente

confortável em sua própria pele, uma

estrangeira em seu mundo.

ISSO ME FAZ PENSAR

(Dir. Edson Lemos Akatoy | 2018 |

24min | Rio Grande do Sul)

A realidade de jovens da periferia

de Porto Alegre que vivem a cultura

hip hop, enquanto enfrentam

cotidianamente situações de

preconceito, escassez e violência.

Do raro protagonismo feminino

em um ambiente dominado pelos

homens, às dificuldades em manter

o trabalho com a música, a dança

ou a poesia. Batalhas de slam, feiras

livres, oficinas em escolas, marchas

e shows acabam sendo para estes

batalhadores um ato de resistência.

+

AQUELES DOIS

(Dir. Émerson Maranhão | 2018 |

15min | Ceará)

Dois rapazes. Duas histórias que se

cruzam. Duas vidas unidas por uma

condição que define suas existências.

Duas jornadas em busca de amor e

de se reconhecerem no espelho.

+

QUANDO AS COISAS SE

DESMANCHAM

(Dir. Aristeu Araújo | 2018 | 21min

| Paraná)

Ana muda de cidade para morar com

o pai que está com Alzheimer. Ana

estuda para o Enem e faz vídeos. Ana

não quer esquecer.

+

VOZES DA MEMÓRIA

(Dir. Raíssa Dourado | 2018 |

33min | Rondônia)

Lugares, Paisagens, Abordagem e

tratamento plástico. Várias imagens

emolduram esse trabalho: No início, o

rio, a estrada de ferro, o cais do velho,

os ciclos, da borracha, do ouro, e, no

fim, a verticalização das moradias,

as barragens, os reassentamentos,

fenômeno recorrente na construção

de grandes hidrelétricas.

07 de novembro | 5ª feira | 16h

21 de novembro | 5ª feira | 14h

43


CINEMA

JÉSSIKA

(Dir. Galba Gogóia | 2018 | 18min |

Rio de Janeiro)

Dirigido e estrelado por travestis,

Jéssika não é mais um filme sobre

prostituição; nem sobre disforias e

procedimentos médicos e nem sobre

violência e situações marginalizadas

da população trans. Jéssika busca

humanizar a vida de uma travesti.

+

PLANO CONTROLE

(Dir. Juliana Antunes | 2018 |

16min | Minas Gerais)

O ano é 2016. Um golpe político da

direita derruba a primeira mulher

eleita presidente no Brasil. Nesse

contexto político distópico, Marcela

usa o serviço de teletransporte de seu

celular para deixar o país, mas seu

plano é controle.

+

A PRAGA DO CINEMA

BRASILEIRO

(Dir. William Alves e Zefel Coff |

2018 | 27min | Distrito Federal)

Em frente ao Congresso Nacional,

Zé do caixão, rogará uma praga

poderosa que tentará resgatar antigos

filmes brasileiros sequestrados pelo

“Capetal”, filmes de cineastas que

previram os ataques à soberania

nacional e suas riquezas, que se

confirmam nos dias atuais.

+

ENTRE PARENTES

(Dir. Tiago de Aragão | 2018 |

27min | Distrito Federal)

Um ano após impeachment

presidencial, Brasília recebe a maior

mobilização indígena durante a 14ª

edição do Acampamento Terra

Livre, no final de abril. Enquanto

isso, na mesma Esplanada dos

Ministérios que abriga barracas de

povos indígenas de todo o Brasil,

parlamentares articulam uma agenda

de retrocessos à causa indígena. Os

parentes não deixarão de lutar.

07 de novembro | 5ª feira | 19h

22 de novembro | 6ª feira | 14h

CHAMANDO OS VENTOS:

POR UMA CARTOGRAFIA DOS

ASSOBIOS

(Dir. Marcelo Rodrigues | 2018 |

13min | Pará)

“Chamando os Ventos: por uma

cartografia dos assobios” é um

documentário sobre a ação

imaginária de chamar os ventos por

meio de assobios, uma dinâmica

que envolve entretenimento,

ancestralidade, afetividade e

memória.

+

AURORA

(Dir. Everlane Moraes | 2017 |

15min | Sergipe)

No palco de um teatro destruído

assistimos a Elizabeth, Mercedes

e Crisalida, três mulheres negras

em diferentes etapas da vida, que

revivem tudo o que sofreram com

a interpretação de seus próprios

conflitos na forma de monólogos

interiores.

+

TIPOIA

(Dir. Paulo Silver | 2018 | 16 min |

Alagoas)

Paulo utiliza sua imobilidade advinda

de uma queda de bicicleta para

criar uma metáfora de algo que está

partido após a derrocada política que

levou Michel Temer a presidência e

o início da retirada dos direitos das

minorias que acabam culminando no

estado político em que vivemos hoje.

O signo da incerteza está presente

nas conversas trocadas com amigos

de profissão através de áudios do

WhatsApp.

+

44


decisão, a juíza da Corte Suprema de

Taiwan recebe uma carta inesperada.

08 de novembro | 6ª feira | 14h

19 de novembro | 3ª feira | 16h

PANORAMA INFANTO JUVENIL

RASGA MORTALHA

(Dir. Pattrícia de Aquino | 2018 |

15min | Paraíba)

A história de Seu Arlindo, um

senhor que vive no interior do Brasil

e que passa a ouvir os rumores

da vizinhança e os barulhos da

coruja agourenta. Preocupado com

a situação, Seu Arlindo passa a

acreditar que a coruja está matando

as pessoas da região, sendo assim,

ele planeja a captura da ave, a fim de

acabar de uma vez por todas com a

tristeza da população local.

+

DA CURVA PRA CÁ

(Dir. João Oliveira | 2018 | 19

minutos | Espirito Santo)

Dizem que quando você está

sonhando, a única forma de descobrir

se é um sonho é acender a luz.

+

DO OUTRO LADO

(Dir. Bob Yang, Frederico Evaristo |

2018 | 14min | São Paulo)

Às vésperas de uma importante

POÉTICA DE BARRO

(Dir. Giuliana Danza | 2019 | 06min

| Minas Gerais)

Bucólico, delicado e sensível, o

curta-metragem Poética de Barro,

animado em stop motion com

argilas brasileiras, retrata a saga de

uma pequena criatura, que precisa

sobreviver às vicissitudes da vida. Se

todas as barreiras serão transpostas,

apenas assistindo para descobrir.

+

VIVI LOBO E O QUARTO MÁGICO

(Dir. Isabelle Santos, Edu MZ

Camargo | 2019 | 13min | Paraná)

Muito prazer! Meu nome é Vivi

Lobo. Essa história é sobre as portas

que devemos abrir ao longo da

vida, enquanto humanos, enquanto

meninas.

+

O MALABARISTA

(Dir. Iuri Moreno | 2018 | 10min |

Goiás)

Documentário em animação sobre

o cotidiano dos malabaristas de rua,

que colorem a rotina monótona das

grandes cidades.

+

HORNZZ

(Dir. Lena Franzz | 2019 | 05min |

Rio de Janeiro)

A inspiração de experiências pessoais

da autora é contada através de uma

linguagem surrealista. O objetivo

do curta era experimentar todas

as etapas de desenvolvimento de

uma animação, tendo até então

experiência apenas com animação 2d

e rigging.

+

LILY’S HAIR

(Dir. Raphael Gustavo da Silva |

2019 | 14min | Goiás)

Lily é uma garota negra que não

gosta de seus cabelos. Com a ajuda

de Caio, seu amigo cadeirante, tenta

ter os cabelos do jeito que sempre

sonhou.

05 de novembro | 3ª feira | 14h

13 de novembro | 4ª feira | 14h

45


CINEMA

PARDA

(Dir. Tai Linhares | 2019 | 29

minutos| Rio de Janeiro)

Um regime autoritário planeja

restaurar a supremacia branca no

Brasil. Sua primeira medida é exigir a

volta ao país de todos os brasileiros

brancos vivendo no exterior. Em meio

ao caos político, Tai precisa provar

que não é branca, mas se depara

com a própria incerteza sobre sua

identidade racial.

+

ICAMIABAS - MOQUECA

(Dir. Otonie Oliveira | 2019 | 11min

| Pará)

É evidente a contundência que a

lenda das Icamiabas, popularmente

conhecidas como Amazonas –

tribo de mulheres guerreiras que

defendem uma sociedade matriarcal

no coração da floresta – pode ter para

os dias de hoje. Num momento de

novo despertar da causa feminista

não só nas redes sociais e mídias

em geral, como no coração e na

vida das mulheres – e, espera-se,

na consciência dos homens –, essa

lenda pode servir como inspiração

para a atual primavera feminina.

+

CLANDESTINO

(Dir. Baruch Blumberg | 2018 |

24min | Sergipe)

Têca é uma garota comum, com

uma imaginação nada comum. No

caminho para encontrar sua mãe

e entregar uma encomenda muito

preciosa, sua imaginação corre livre

pelas paisagens do interior, enquanto

ela vai viver aventuras ao lado de sua

avó.

07 de novembro | 5ª feira | 14h

12 de novembro | 3ª feira | 14h

PANORAMA RIO GRANDE DO SUL

A CÂMERA DE JOÃO

(Dir. Tothi Cardoso | 2019 | 21min

| Goiás)

O filme acompanha a jornada do

garoto João (10, Lucas Romão) que

traz consigo as heranças e memórias

de seu avô Zeca (68, Adilson Maghá)

retratados através da curiosidade e da

paixão pela fotografia.

06 de novembro | 4ª feira | 14h

14 de novembro | 5ª feira | 14h

CRAVO, LÍRIO E ROSA

(Dir. Maju de Paiva | 2018 | 20min |

Rio de Janeiro)

Cê, uma menina de oito anos,

tropeça no cadáver de uma

adolescente. A aparição do corpo

muda drasticamente a vida de Cê e

de sua irmã mais velha, Sara. A mais

nova se comunica com os mortos

como válvula de escape para a

solidão, enquanto a mais velha tem

que lidar com o assédio e com a

vulnerabilidade de seu corpo.

+

GRITO

(Dir. Luiz Alberto Cassol | 2018 | 05

min | Rio Grande do Sul)

Nem todo o grito sai da boca.

+

BELLATRIX

(Dir. Lucas Costanzi | 2019 | 52min

| Rio Grande do Sul)

Bellatrix significa guerreiro. Laura

começa a se perguntar sobre

as posições políticas que viu na

televisão. A partir daí, cabe às pessoas

que trabalham na questão de gênero

discutir e entender melhor onde estão

as diferenças sociais entre os sexos

que observamos diariamente.

+

46


A PEDRA

(Dir. Iuli Gerbase | 2018 | 19min |

Rio Grande do Sul)

O bote de uma família emperra

durante um passeio de rafting. Pietra,

a filha mais nova, é obrigada a perder

um pouco de sua ingenuidade.

14 de novembro | 5ª feira | 16h

18 de novembro | 2ª feira | 19h

PEDALE COMO UMA GURIA

(Dir. Thaís Brito | 2018 | 14min |

Rio Grande do Sul)

Em um trânsito dominado por

homens dentro de carros e ônibus,

torna-se um desafio ser mulher e usar

um meio de transporte alternativo

como a bicicleta na cidade de Porto

Alegre. Pensando nesses desafios,

o documentário Pedale como uma

Guria busca conhecer e dar voz

às mulheres ciclistas que através

do coletivo “Pedal das Gurias”

encontram um espaço seguro para

expressarem juntas a sua resistência.

+

TUDO DENTRO DA

NORMALIDADE

(Dir. Leo Garcia, Zeca Brito | 2018 |

17min | Rio Grande do Sul)

Porto Alegre. 24 de janeiro de 2018.

Julgamento do ex-presidente Lula.

A imprensa do mundo inteiro está

presente. As notícias se espalham

rapidamente. Tudo parece normal.

+

VIOLADAS E SEGREGADAS

(Dir. Tatiana Sager, Renato

Dornelles | 2018 | 26min | Rio

Grande do Sul)

Na periferia de São Paulo, a assistente

social Sônia precisa retirar o garoto

Kairo da escola para uma difícil

conversa.

+

CARREIRA

(Dir. Nelson Diniz | 2018 | 12min |

Rio Grande do Sul)

O encontro de dois atores, revelando

o passado e o presente de suas

carreiras. Uma distante cumplicidade

entre eles, hoje inexistente, deixa

claro o desconforto e a necessidade

de se auto afirmarem enquanto

profissionais. “Carreira” faz uma

crítica, de maneira bem-humorada,

sobre diferentes visões e realidades

de uma vida artística e suas

expectativas.

+

MOCINHO E BANDIDO

(Dir. Guto Bozzetti | 2018 | 15min |

Rio Grande do Sul)

Dois adolescentes são parados

em uma batida policial. Róbson, o

mais novo, apresenta um atestado

de matrícula escolar e é liberado,

mas Maicon não tem o mesmo

documento.

14 de novembro | 5ª feira | 19h

18 de novembro | 2ª feira | 16h

47


CINEMA

Infiltrado na Klan, direção de Spike Lee.

Desmascarando o Ódio

Através dos filtros de câmera de Spike Lee em

Infiltrado na Klan pode-se observar uma sociedade

onde a desinformação, a ignorância e o falso

nacionalismo são usados para apontar aqueles que

seriam os culpados de todos os males. Eleitos os

inimigos, grupos belicosos apontam os errôneos

caminhos para solução através do ódio e da

intolerância. O roteiro aborda um episódio verídico

ocorrido nos anos setenta, nos EUA. Tema seríssimo,

mas narrado com extremo bom humor. A realidade

absurda do filme, um homem negro infiltrado na

organização racista Klu Klux Klan, apesar de cômica,

trabalha na construção de uma visão humanista de

sociedade tirando as máscaras dos falsos messias.

Por trás de cada risada, fica um desconforto que

leva à reflexão sobre os discursos racistas, sexistas,

machistas e chauvinistas dos fascismos nossos de

cada dia.

INFILTRADO NA KLAN

19 de novembro | 3ª feira | 09h*

21 de novembro | 5ª feira | 09h*

28 de novembro | 5ª feira | 19h

(Dir. Spike Lee | USA | Drama | 2018 | 128 min | 14

anos | Legendado)

Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do

Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local.

Ele se comunicava com os outros membros do grupo

através de telefonemas e cartas, quando precisava

estar fisicamente presente enviava um outro policial

branco no seu lugar. Depois de meses de investigação,

Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por

sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de

ódio orquestrados pelos racistas.

*Horário especial

A Sala Redenção de Cinema Universitário e Colégio

de Aplicação UFRGS convidam o público para um

confronto com os preconceitos do passado e que,

infelizmente, estão ainda tão presentes.

Nilo Piana de Castro,

Curador da mostra

48


Mostra RECAM

A RECAM é um órgão do Mercosul que busca dar

visibilidade a produções de seus países participantes,

garantindo que o telespectador tenha acesso a obras

da América Latina que abordem temas que reflitam as

condições do continente.

Durante o mês de novembro, a Rede de Salas Digitais

do Mercosul apresenta o Ciclo Mercosul em curtas.

São vários curtas-metragens de diferentes gêneros,

como ficção, animação e documentário, que abordam

diferentes temas e estilos. Eles são um reflexo da

produção audiovisual independente dos últimos anos.

Uma produção de qualidade e maior diversidade.

Encontramos três compilações de curtas-metragens

pertencentes ao catálogo RSD, que incluem títulos

do Uruguai, Brasil e Argentina. Temos a recente

incorporação Na boca de todos, ganhador do

Prêmio Recam no Festival Cine en Grande de

Tierra del Fuego, uma realização coletiva de que

surgiu da Red Argentina Mujeres De La Animación

(RAMA). Migrante, um curta-metragem de animação

colaborativa que reflete a vida dos imigrantes

latino-americanos e foi produzido por mais de 50

animadores de 11 países da região. E Maracanazo,

uma história de intensidade de futebol que merece

ser lembrada em um bar perdido em Buenos Aires.

Antonieta, direção de Flavia Person.

49


CINEMA

O MURO É O MEIO

(Dir. Eudaldo Monção | Brasil |

2015 | 15 min)

O documentário aborda o grafite de

protesto gravado nas paredes da

Universidade Federal de Sergipe.

São gritos de revolta pela falta de

segurança no campus, estrutura e

qualidade do ensino.

+

EN BOCA DE TODAS

(Dir. Vários | Argentina | 2018)

Trabalho coletivo realizado

simultaneamente por 25 líderes

de torcida que usam o método do

“corpo requintado”, expressando

livremente a comunicação, utilizando

diferentes técnicas e motivações.

+

GALUS GALUS

(Dir. Clarissa Duque | Venezuela |

2013 | 12 min)

O filme reúne momentos de uma

pessoa em situação de rua que vive

como “uma sombra que ninguém vê

e vasculha o lixo para ganhar alguns

centavos”, até que uma manhã

chega uma alegria: amizade com

um galo. Então o mundo se instala

à sombra de uma velha árvore e

toda amizade parece cantar no ar da

cidade indiferente, na encosta cheia

de miséria e juntos eles se tornam

ativistas dos direitos dos animais.

+

DO QUE APRENDI COM MINHAS

MAIS VELHAS

(Dir. Susan Kalik e Onisajé | Brasil |

2016 | 26 min)

Do que aprendi com minhas mais

velhas é um documentário sobre a

fé no Candomblé e como essa fé é

transmitida de geração em geração.

Um filme onde Egbomis, Nenguas

eYalorixás contam como aprenderam

com seus mais velhos e como

ensinam seus mais jovens. Um filme

sobre tradição, amor e religiosidade.

21 de outubro | 5ª feira | 16h

ANTONIETA

(Dir. Flavia Person | Brasil | 2016 |

15 min)

Aborda a história da filha de

uma escrava libertada, ícone do

movimento das mulheres negras no

Brasil.

+

LA MAR ESTABA SERENA

(Dir. Pablo Schulkin | Uruguai |

2015 | 08 min)

Alejandro é um garoto de 5 anos de

idade que mora com sua tia Mariana,

uma jovem de trinta e poucos anos.

Alejandro e Mariana têm um ritual

conhecido, escutam e gravam

cassetes para os pais que estão fora

do país. Um segredo cobre a vida

desses dois personagens, vítimas

inocentes de conflitos estrangeiros.

+

MARACANAZO

(Dir. Alejandro Zambianchi |

Argentina | 2016 | 15 min)

Com uma história de intensidade de

futebol, Marcelo entrará no mundo de

Candela para conquistar seu coração.

A magia da ousadia, o exaltado antiherói

pronto para lutar e uma história

que merece ser lembrada, enchem

a manhã de um bar perdido em

Buenos Aires com misticismo.

+

TIGRE

(Dir. João Borges | Brasil | 2013 |

16min)

Após a morte de Arnaldo Tigre, sua

vida é reconstruída por um sobrinho

através de fotos, cartas e outras

memórias.

22 de novembro | 6ª feira | 16h

50


slogan de campanha é “Terra, Vida,

Justiça e Demarcação”.

22 de novembro | 6ª feira | 19h

MIGRANTE

(Dir. Esteban Ezequiel Dalinger e

Cesar Daniel Iezzi | Argentina |

2019)

É um curta-metragem colaborativo

de animação com uma poderosa

mensagem a favor da migração,

baseado em testemunhos reais que

foram animados por mais de 50

animadores de 11 países da América

Latina.

+

A FESTA DOS ENCANTADOS

(Dir. Masanori Ohashy | Brasil |

2016 | 13 min)

A história de como um indiano

Guajajara, que procurava o irmão

perdido, encontrou um mundo

subterrâneo habitado por seres

encantados e lá permaneceu até

aprender todos os rituais e canções

de várias celebrações, sendo a

mais importante o Festival do Mel

deles. Com a nostalgia da família, ele

voltou para sua aldeia e continuou

contando as histórias e ensinando,

em sua aldeia natal, tudo o que havia

aprendido com os deleitados. Antes

disso, segundo a lenda, os Guajajara

não realizavam festas.

+

FOTODOCUMENTO

(Dir. Antonella Defranza | Argentina

| 2015)

Olivia trabalha em uma casa de

família em algum bairro de Buenos

Aires. É verão em meados dos anos

90 e faz muito calor. Os meninos que

moram na casa assistem TV e jogam

enquanto passam os últimos dias de

férias e a mãe trabalha. Olivia precisa

se comunicar com a Bolívia, onde

seus filhos moram, mas os cartões

em telefones públicos e redes de

comunicação dificultam a ligação.

No final de semana, voltando para

casa de trem, como de costume, ele

conhece um conhecido que muda

sua maneira de ver, seus desejos e se

reúne com seu local de origem.

+

ÍNDIOS NO PODER

(Dir. Rodrigo Arajeju | Brasil | 2017

| 21 min)

Mario Juruna, primeiro índio

parlamentar na história do país,

não consegue se reeleger para

a Constituinte (1987/88). Sem

representante no Congresso Nacional

desde a redemocratização, as

Nações Indígenas sofrem ataques da

Bancada Ruralista aos seus direitos

constitucionais. O cacique Ládio

Veron, filho de liderança Kaiowa e

Guarani executada na luta pela terra,

lança candidatura a deputado federal

nas Eleições 2014, sob ameaças do

Agronegócio. Contra a PEC 215, seu

51


CINEMA

Rara, direção de Pepa San Martín.

Semana do Cinema Chileno

O projeto “Semana de Cinema Chileno em Porto

Alegre 2019” tem como horizonte trazer para o

público uma mostra das temáticas sociais, políticas

e de gênero, as quais serão levadas à tela pelos

cineastas chilenos, premiados em diferentes fóruns

da sétima arte.

O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS

acolheu com muito esmero o projeto da Semana

de Cinema Chileno, idealizado pelo Centro Cultural

e Social Chileno de Porto Alegre (CCSC) que é uma

associação sem fins lucrativos, comprometido em

difundir a cultura chilena e as suas manifestações

no Brasil. O CCSC entende que o cinema é um rico

veículo de transmissão e compartilhamento da cultura

e da produção de conhecimentos dos povos, seja

pela temática abordada, seja pela linguagem utilizada

e/ou ainda pela explanação do pensamento ético,

moral, político, científico, entre outros.

O evento terá lugar na Sala Redenção da UFRGS,

de 25 a 29 de novembro e será gratuito para todo o

público.

Os filmes Violeta foi para o céu e Uma Mulher

Fantástica, são em parceria com o Sesc-RS.

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VIOLETA FOI PARA O CÉU

25 de novembro | 2ª feira | 16h

28 de novembro | 5ª feira | 16h

(Dir. Andrés Wood | Chile | Drama

| 2011 | 105 min | 12 anos |

Legendado)

Intratável, terna, boêmia, áspera,

contundente, frágil e indomável.

Violeta Parra foi uma das artistas

mais emblemáticas do Chile - e

ainda assim, profundamente

ignorada por décadas de uma

cultura controlada pela ditadura de

Pinochet.

UMA MULHER FANTÁSTICA

25 de novembro | 2ª feira | 19h

26 de novembro | 3ª feira | 16h

(Dir. Sebastián Lelio | Chile |

Drama | 2017 | 104 min | 14 anos

| Legendado)

Marina é uma mulher trans. Quando

seu parceiro morre, ela se vê diante

da raiva e do preconceito da família

dele. Ela luta por seu direito de sofrer

- com a mesma energia ininterrupta

que ela exibiu quando lutou para viver

como uma mulher.

RARA

26 de novembro | 3ª feira | 19h

27 de novembro | 4ª feira | 16h

(Dir. Pepa San Martín | Chile |

Drama | 2017 | 86 min | 12 anos |

Legendado)

Sara (Julia Lübbert) é uma menina

prestes a completar 13 anos. Depois

da separação, sua mãe Paula

(Mariana Loyola) agora mora com a

nova esposa, Lia (Agustina Muñoz).

O cotidiano é como o de qualquer

outra família: tem problemas, mas

muito amor. Victor (Daniel Muñoz),

o pai das meninas, desaprova o

novo relacionamento da ex-esposa

e passa a interferir de maneira mais

agressiva na vida das filhas, abalando

a harmonia entre Sara e sua mãe.

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CINEMA

Histórias Praieiras

A sessão Histórias Praieiras tem como tema a poesia

visual das águas do litoral sul e nordeste brasileiros a

partir do ponto de vista de três artistas mulheres em

diálogo com suas gentes. Serão exibidos os filmes:

“Travessia” (14min) e “Processo de criação: Travessia”

(11min), ambos de Lilian Maus com direção de Muriel

Paraboni (RS), além de “Sombra do Tempo” (20min),

de Naiana Magalhães e Cecília Shiki (CE).

Após a sessão dos filmes será realizada a leitura

de um dos contos do novo livro de Maria Helena

Bernardes (RS): “A Dança do Corpo Seco”, editado

pela Confraria do Vento com fotografias de Rosana

Almendares (PE) e que será lançado no evento.

Sombra do Tempo, direção de Naiana Magalhães.

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conflitos com o modo capitalista

e gentrificador de ser da cidade

litorânea. O filme é um registro

sensível desta experiência.

28 de novembro | 5ª feira | 19h

TRAVESSIA

(Dir. Lilian Maus, Muriel Paraboni)

Travessia é resultado da parceria

entre os artistas Muriel Paraboni e

Lilian Maus, cuja pesquisa em torno

das lagoas de Osório, envolvendo

mitos, relatos, personagens fictícios

e reais, inspira a concepção do

roteiro. O filme foi criado a partir da

performance da própria Lilian Maus

e do pescador José Ricardo de

Queiróz, em um ano de captações

na região. O filme conta a história

de um pescador se lança em

águas incógnitas, onde os peixes

há muito se foram, envoltos por

silencioso mistério. Nesta viagem

sem volta a paisagem faz às vezes

do outro e o outro logo se revela

o avesso ou espelho de si na

inelutável solidão do horizonte.

Travessia é livremente inspirado

na lenda da noiva da Lagoa dos

Barros, que remonta a inúmeros

relatos populares observados

desde o período colonial e que

chega ao século XX com a morte

da jovem Maria Luiza Häussler

pelo noivo, Heinz Werner João

Schmeling, que ocultou o corpo na

Lagoa dos Barros, em Osório, Rio

Grande do Sul, em agosto de 1940.

+

SOMBRA DO TEMPO

(Dir. Naiana Magalhães)

Durante o ano de 2016, Naiana

Magalhães (CE) acompanhou a pesca

artesanal no estado do Ceará. Sob

a pergunta norteadora: “E depois

que a jangada sai, o que acontece?”.

A artista lançou-se ao alto mar

acompanhando os pescadores, mas

à medida que adentrava o mundo

da pesca, também adentrava os

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CINEMA

O Homem Mosca, direção de Fred C. Newmeyer e Sam Taylor.

PARCEIROS DA SALA REDENÇÃO

Clube de Cinema

A 13 de Abril de 1948, o crítico de cinema Paulo

Fontoura Gastal, reunido com jornalistas, cinéfilos

e intelectuais de Porto Alegre, fundou o Clube de

Cinema de Porto Alegre, dedicado à expansão da

cinefilia na cidade, no estado e no país.

Desde então e até hoje nosso Clube é ativo e

persistente em promover mostras e festivais ao longo

de sua história, sem esquecer de uma boa conversa

após cada sessão sobre o filme recém visto.

O Clube de Cinema recebeu da ACCIRS, Associação

de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, o prêmio

Luiz César Cozzatti – Destaque Gaúcho de 2018,

destinado à valorização da produção audiovisual e a

da cultura do RS.

O HOMEM MOSCA

12 de novembro | 3ª feira | 19h

(Dir. Fred C. Newmeyer, Sam Taylor | EUA | Comédia |

1927 | 70 min | Livre)

Um garoto do interior vive grandes confusões

morando na cidade grande, a ponto de ficar pendurado

em um relógio nas alturas.

Após a sessão haverá um bate papo com

integrantes do Clube de Cinema.

Convidamos a cinefilia brasileira para juntar-se a

nós nesta longa e divertida aventura que o CINEMA

proporciona.

#ClubeDeCinema #CCPA1948 #SessaoCCPA

Diretoria do Clube de Cinema de Porto Alegre

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CineDHebate Direitos Humanos

O CineDHebate Direitos Humanos é uma parceria

entre a Liga dos Direitos Humanos da Faculdade de

Educação da UFRGS e a Sala Redenção – Cinema

Universitário. Cada exibição é seguida de debate com

a participação de convidados, dos organizadores e do

público.

UM CORPO QUE CAI

13 de novembro | 4ª feira | 19h

(Dir. Alfred Hitchcock | EUA | Suspense | 1958 | 128

min | 14 anos | Legendado)

Em São Francisco, um detetive aposentado (James

Stewart) que sofre de um terrível medo de alturas é

encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com

possíveis tendências suicidas, até que algo estranho

acontece nesta missão.

Após a sessão haverá um debate com Nycolas

Friedrich Correa Motta, doutorando em Filosofia na

UFRGS e curador da mostra.

Um Corpo que Cai, direção de Alfred Hitchcock.

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CINEMA

Procura-se Susan Desesperadamente, direção de Susan Seidelman.

Sessão ACCIRS

Duplo de um Filme, segundo ciclo da Sessão

ACCIRS em 2019, apresenta filmes que desdobram,

comentam e refazem de diversas maneiras outras

obras da história do cinema. Não são refilmagens

literais, mas novas criações que usam outras como

modelo e estabelecem diálogos instigantes com

diferentes períodos históricos, abordagens e culturas.

O filme Procura-se Susan Desesperadamente, de

Susan Seidelman, é inspirado em Celine e Julie vão

de Barco (1974) de Jacques Rivette e será comentado

pelos associados da Accirs Daniela Strack e Fatimarlei

Lunardelli.

PROCURA-SE SUSAN DESESPERADAMENTE

19 de novembro | 3ª feira | 19h

(Dir. Susan Seidelman | EUA | Comédia | 1985 | 104

min | 12 anos | Legendado)

Procura-se Susan Desesperadamente (Desperately

Seeking Susan) é uma comédia que se passa em

Nova York sobre a interação entre duas mulheres bem

diferentes. Rosanna Arquette é uma dona de casa

entediada que acompanha as aventuras da amalucada

Susan, vivida por Madonna em seu primeiro papel

importante no cinema. O filme capta o ambiente

boêmio do início da década de 80 em Nova York.

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Sessão UNAPI

As sessões de cinema da parceria entre UNAPI

(Universidade Aberta para Pessoas Idosas) e

Sala Redenção – Cinema Universitário ocorrem

mensalmente. Nelas, busca-se integrar os idosos ao

cotidiano cultural universitário. Em todas as sessões,

são promovidos debates relacionados ao tema

escolhido para cada filme exibido.

Esta sessão é uma parceria com Sesc-RS.

SABOR DA VIDA

20 de novembro | 4ª feira | 14h

(Dir. Naomi Kawase | Japão | Drama | 2015 | 113 min

| Livre | Legendado)

Sentaro dirige uma pequena padaria que serve

dorayakis - panquecas recheadas com pasta de feijão

vermelho doce. Quando uma senhora de idade, Tokue,

se oferece para ajudar na cozinha, ele relutantemente

aceita. Mas Tokue prova ter um toque de mágica

quando se trata de fazer “an”. Graças à sua receita

secreta, o pequeno negócio logo floresce e com o

tempo, Sentaro e Tokue abrem seus corações para

revelar velhas feridas.

Sabor da Vida, direção de Naomi Kawase.

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CINEMA

Invictus, direção de Clint Eastwood.

Inovação nas Telas

O Parque Zenit, a Difusão Cultural - UFRGS e a Sala

Redenção organizam mensalmente a sessão Inovação

nas Telas, uma série de cinedebates que reúne no

mesmo evento inovação, networking e cinema! As

sessões exibem longas relacionados à temática do

empreendedorismo e da inovação, seguidos de um

debate com palestrantes relevantes da área, que se

alternam a cada edição.

INVICTUS

20 de novembro | 4ª feira | 19h

(Dir. Clint Eastwood | EUA | Drama | 2009 | 133 min |

Livre | Legendado)

A inspiradora história de como Nelson Mandela

(Morgan Freeman) uniu forças com o capitão da

equipe de rúgbi da África do Sul, Francois Pienaar

(Matt Damon), para ajudar a unir a nação. Recémeleito,

o presidente Mandela sabe que seu país

permanece dividido racial e economicamente após

o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar

a população por meio da linguagem universal do

esporte, Mandela apóia o desacreditado time da África

do Sul na Copa Mundial de Rúgbi de 1995, que faz uma

incrível campanha até as finais.

Após a sessão haverá um debate com os

organizadores da mostra e convidados.

60


Cinemas em Rede

O Cinemas em Rede é uma iniciativa da Rede

Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com

o Ministério da Cidadania e o Ministério da Ciência,

Tecnologia, Inovações e Comunicações, que pretende

contribuir para a criação de um circuito de exibição

audiovisual nas Universidades e Instituições federais

de todo Brasil. No Rio Grande do Sul, a parceria é

com a Sala Redenção – Cinema Universitário.

SUBSTANTIVO FEMININO

21 de novembro | 5ª feira | 19h

(Dir. Daniela Sallet, Juan Zapata | Brasil | Documentário

| 2017 | 70 min | 12 anos)

Substantivo Feminino é um longa documental sobre

duas pioneiras na militância ambiental no Brasil e no

cenário internacional. Giselda Castro e Magda Renner

eram donas de casa quando começaram a militar

em 1964, com ações de cidadania junto à população

carente na Ação Democrática Feminina Gaúcha.

Graças a elas, a ADFG se tornou o braço brasileiro da

Friends of the Earth , que existe em mais de 70 países.

A partir de então, percorreram o mundo, integraram

organizações internacionais e o Comitê de ONGs do

Banco Mundial. O documentário revela peculiaridades

dessas mulheres ricas que ousaram contrariar

interesses econômicos. E uma surpresa: elas foram

vigiadas pelo Serviço Nacional de Informações SNI, no

período militar.

Após a sessão haverá um debate com Daniela Sallet,

diretora do filme.

Substantivo Feminino, direção de Daniela Sallet e Juan Zapata.

61


CINEMA

Espaços (Sub)Traídos

O Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPIT-

UFRGS) e Sala Redenção - Cinema Universitário

apresenta a mostra Espaços (Sub)traídos. Essas

sessões surgem com intuito de fomentar o diálogo

entre o público e o meio acadêmico sobre a função

da imagem cinematográfica como imagem poética.

As inquietações urbanas que permeiam as pesquisas

dos diversos integrantes do grupo dialogam com

filmes produzidos pela cena audiovisual brasileira.

Tal imagem pode possibilitar uma outra de visão de

mundo, aquela que constrói a diversidade do espaço

contemporâneo a partir da subtração, realçando o

menos, o esquecido, o invisível.

LEGALIDADE

27 de novembro | 4ª feira | 19h

(Dir. Zeca Brito | Brasil | Drama | 2019 | 122 min | 14

anos)

Brasil, 1961. Quando Jânio Quadros renuncia à

presidência do Brasil, o vice-presidente João Goulart

torna-se o sucessor natural ao cargo. No entanto,

setores da sociedade, liderados pelos militares,

clamavam pelo impedimento da posse de Jango,

temerosos de suas posições de esquerda. Liderado

por Leonel Brizola (Leonardo Machado), o movimento

Legalidade é criado para garantir a posse do vicepresidente,

colocando grande parte do Rio Grande do

Sul contra o núcleo do exército. Em meio à turbulência

política e social, um triângulo amoroso é formado entre

Cecília (Cleo Pires), Luis Carlos (Fernando Alves Pinto) e

Tonho (José Henrique Ligabue).

Após a sessão haverá debate com integrantes do

projeto e convidados.

Legalidade, direção de Zeca Brito.

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Colóquio “Apagamentos da Memória na Arte”

Trata-se de um colóquio internacional que

comemorará os 85 anos da Universidade Federal do

Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em data que

igualmente celebrará o primeiro Ciclo de Conferências

que integra o acordo de cooperação internacional

firmado entre a Universidade da Picardia Jules Verne

(UPJV, Amiens, França) e a Universidade Federal

do Rio Grande do Sul (UFRGS, Porto Alegre, Brasil),

através de seus Programas de Pós-graduação em

Artes Visuais e em História da Arte.

Este colóquio ocorrerá de 28 a 30 de novembro

de 2019 nas dependências da UFRGS e contará

com um público de qualificados professores,

estudantes de todos os níveis da escolaridade

acadêmica, pesquisadores, artistas e de uma

audiência interessada em arte e em assuntos culturais

do mundo hodierno. Em especial, pretende-se

articular a arte com questões relacionadas às novas

conformações das culturas hoje e aos mais recentes

modos de percepção do mundo, em sua vertiginosa

aceleração.

O tema central deste encontro visa colocar em xeque

e discutir diferentes posições teóricas e artísticas

que afloram de pesquisas que abordam essas

transformações, particularmente as referentes à

memória. Detém-se em especial, nos distintos modos

como os artistas concretizam essas surpreendentes

mutações nos seus processos de apreensão da

realidade na criação de seus trabalhos artísticos.

“Os apagamentos da memória na arte” buscam assim

discutir os espaços escondidos, a metamorfose das

geografias territoriais e humanas olvidadas na história

cultural do presente, os esquecimentos, lacunas e

vazios que as diversas histórias deixam entrever.

Pergunta-se, pois, se teriam elas sido omitidas por

carências de conhecimentos ou se seriam elas o

fruto de escolhas intencionais, as que fundamentam

as dimensões políticas da memória espraiadas

por inúmeras partes do globo - as que transitam

subterraneamente entre os ágeis movimentos das

culturas hoje, através de seus fluxos desiguais de

distribuição, transmissão e de apropriação.

A produção de muitos artistas leva a repensar essas

articulações entre estética e política, ao denunciar,

em permanência essas tensões da memória, tão

presentes em nossos tempos. Ergue-se como um

interesse capital ao se estudar a arte produzida no

Brasil, um país que busca aos poucos construir suas

próprias histórias da arte e de suas culturas que lhe

são inerentes.

Professora Mônica Zielinsky

Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais UFRGS

ENTIDADES ENVOLVIDAS:

PPGAV UFRGS

Université de la Picardie Jules Verne - França

Centro Cultural UFRGS

PROPESQ UFRGS

PROREXT UFRGS

Aliança Francesa - Porto Alegre

Consulat Général de France - São Paulo

Goethe Institut de Porto Alegre

Cine Esquema Novo

Institut National d’Audiovisuel – França

PROGRAMAÇÃO:

FOULES

(Dir. Robert Lapoujade | França | Animação | 1960 |

8 min)

+

J’AI HUIT ANS

(Dir. Yann Le Masson, Olga Poliakoff | França | 1961 |

Documentário | 9 min)

+

LA DISTRIBUTION DU PAIN

(Dir. Cécile Decugis | França | Documentário | 2011 |

14 min)

+

XADALU E O JAGUARETÊ

(Dir. Tiago Bortolini, Ariel Kuaray Poty | Brasil |

Documentário | 2014 | 80 min)

27 de novembro | 4ª feira | 19h

63


CINEMA

Cinedebate Primeira Infância Melhor - PIM

Implantado no RS em 2003, o PIM é uma política

pública de promoção do desenvolvimento integral

na primeira infância. Seu principal objetivo é orientar

as famílias, a partir de sua cultura e experiências,

para que promovam o desenvolvimento integral de

suas crianças, desde a gestação até os seis anos

de idade. Por meio da visitação domiciliar, o PIM

promove a estimulação do desenvolvimento infantil,

o fortalecimento das competências familiares e a

identificação das necessidades específicas de cada

beneficiário, articulando a rede de serviços, conforme

as demandas que surgem no cotidiano das famílias.

Atualmente o PIM está presente em 238 municípios.

NASCER NAS PRISÕES: IMPACTO SOCIAL

28 de novembro | 5ª feira | 14h

(Dir. Bia Fioretti | Brasil | Documentário | 2017 | 29 min

| 12 anos)

O documentário Nascer Nas Prisões, produzido pela

Fiocruz, em 2017, e dirigido por Bia Fioretti, traça um

inédito perfil da população feminina encarcerada

que vive com seus filhos em unidades prisionais

femininas das capitais e regiões do Brasil. Com

falas de profissionais e de mulheres privadas de

liberdade, a obra aborda as características e as práticas

relacionadas à atenção, à gestação e ao parto durante

o encarceramento.

Após a sessão haverá debate com Renata Dotta,

coordenadora da Política Estadual de Atenção Básica à

Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema

Prisonal da Secretaria Estadual da Saúde.

Nascer nas Prisões: Impacto Social, direção de Bia Fioretti.

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CINEMA

Narcisa, direção de Daniela Muttis.

DEZEMBRO

Mostra RECAM

A RECAM é um órgão do Mercosul que busca dar

visibilidade a produções de seus países participantes,

garantindo que o telespectador tenha acesso a obras

da América Latina que abordem temas que reflitam as

condições do continente.

Durante o mês de dezembro, a Rede de Salas Digitais

do Mercosul apresenta o Ciclo Artistas do Mercosul,

que inclui dois documentários que falam sobre a vida

e obra de dois artistas do cinema e da música.

NARCISA

02 de dezembro | 2ª feira | 16h

06 de dezembro | 6ª feira | 19h

(Dir. Daniela Muttis | Argentina | Documentário | 2014

| 61 min | Livre)

Narcisa Hirsch produziu na Argentina um trabalho

que, desde o final dos anos 60, possui uma amplitude

estética, conceitual e cinematográfica que poucos

cineastas experimentais conseguiram alcançar. Às

vezes, tenciona a relação entre o visual e o verbal,

outras vezes como uma paisagista alucinada de pura

iconicidade, e outras, a partir de uma concepção

musical da imagem, suas obras evocam a partir

do título, aquele ponto de “brilho intolerável” onde

convergem o universo real e o imaginado, ou seja,

a vigília e o sonho.O caso foi o gatilho não apenas

para a mobilização de outras comunidades, mas

principalmente para expor as fraquezas de um projeto

de segurança pública militarizado.

FATTORUSO

02 de dezembro | 2ª feira | 19h

06 de dezembro | 6ª feira | 16h

(Dir. Santiago Bednarik | Uruguai | Documentário |

2017 | 90 min | Livre)

O filme aborda a vida atual de Hugo Fattoruso em

busca de contar sua história em um diálogo entre

cenas de sua vida cotidiana, documentos de arquivo

e entrevistas coletadas. Esta é uma história de amor

para a música. A dedicação e o compromisso absoluto

de uma pessoa que coloca sua alma a serviço da arte,

deixando uma marca profunda na música universal e

em todas as pessoas que a conhecem.

65


CINEMA

A.L.F.: Animal Liberation Front, direção de Jérôme Lescure.

2ª Mostra Animal de Porto Alegre

O ser humano, apesar de esquecer com frequência,

faz parte do reino animal. Por se entender como

superior, instrumentaliza seres complexos,

independentemente do sofrimento causado. Com

isso, bois, porcos, frangos e peixes são transformados

em alimento; ratos e coelhos servem para testes de

cosméticos; raposas e chinchilas viram vestuário;

cães e gatos são comercializados em vitrines. O

tratamento é baseado no especismo, um preconceito

análogo ao racismo e ao sexismo, em que os

humanos desconsideram moralmente outros animais

apenas por suas características serem diferentes.

Desde 2009, a Sociedade Vegetariana Brasileira

promove a Mostra Animal em diversas cidades

do país. A proposta é abrir discussões sobre

comportamentos naturalizados em relação às outras

espécies. A partir de obras nacionais e internacionais,

busca tornar o conhecimento acessível e proporcionar

discussões relacionadas à exploração animal, a

impactos socioambientais e à nutrição vegetariana.

Em Porto Alegre, o evento acontece pela segunda

vez, após grande sucesso em 2018.

66


PLANEAT

09 de dezembro | 2ª feira | 15h

(Dir. Shelley Lee Davies, Or Shlomi

| Inglaterra | Documentário | 2010

| 87 min | Livre | Legendado)

A busca por uma alimentação que

não seja nociva para a saúde, nem

para o meio ambiente. Cientistas

questionam hábitos ocidentais,

mostrando como os problemas

enfrentados atualmente podem ser

resolvidos.

ESPECISMO

10 de dezembro | 3ª feira | 19h

(Dir. Mark Devries | EUA |

Documentário | 2013 | 94 min |

Livre | Legendado)

Um jovem investiga o submundo

da pecuária. Assim, descobre um

crescente movimento político e

intelectual que repensa a relação

humana com outros animais.

FANTASMAS NA NOSSA

MÁQUINA

09 de dezembro | 2ª feira | 19h

(Dir. Liz Marshall | Canadá |

Documentário | 2013 | 92 min |

Livre | Legendado)

Os animais estão escondidos nas

sombras de um mundo altamente

mecanizado. O filme ilumina a vida

desses seres, através das lentes da

fotógrafa Jo-Anne Mc Arthur.

A.L.F.: ANIMAL LIBERATION

FRONT

10 de dezembro | 3ª feira | 15h

(Dir. Jérôme Lescure | França |

Drama | 2012 | 96 min | Livre |

Legendado)

Um professor de teatro inofensivo é

posto na prisão. Ele é membro de um

grupo que esquece das leis quando

precisa agir de forma ética.

67


CINEMA

Os Primeiros Anos da Cahiers Du Cinéma

Não nos basta assistir aos filmes de forma passiva. O

cinema é uma arte que trabalha conflitos e relações

entre as imagens. Portando é importante que se

confronte essas obras. Existem, na linguagem

cinematográfica, possibilidades de diferentes

entendimentos e leituras de determinadas sequências

de imagens. É esse tipo de análise que a crítica de

cinema alimenta. Observar o filme na sua totalidade,

respeitando o universo ali apresentado, porém com

disposição de desviá-lo de seu objetivo original.

Esse tipo de exploração das possibilidades que os

filmes proporcionam foi bastante difundida pelo

crítico francês, André Bazin, que no início da década

de 50 fundou, juntamente com Jacques Doniol-

Valcroze e Lo Duca, a revista Cahiers Du Cinéma. Essa

importante publicação serviu como porta de entrada

para vários jovens críticos no chamado “mercado

cinematográfico”, além de influenciar a crítica e o

olhar no cinema contemporâneo, pois segue ativa até

hoje. Suas listas de melhores do ano geram certas

discussões com frequência, seja pelo seu desapego

do convencional ou pela aceitação de alguma obra

maldita.

Recentemente, o longa brasileiro Bacurau (Kleber

Mendonça Filho, 2019) estampou a capa da

publicação, mostrando o caráter abrangente da

68


Juventude Transviada, direção de Nicolas Ray.

revista, que olha para o cinema muito mais instigado

em pensar sobre as contribuições culturais de uma

obra, do que com interesse no êxito comercial. Isso

é um reflexo, ainda que distante, da influência de

Bazin, que esteve sempre atento ao que se produzia

ao redor do mundo e disposto a identificar tendências

que iam surgindo no cinema do pós-guerra.

Como forma de celebrar essa grande publicação e

esse importante crítico, cuja relevância permanece

forte – inclusive seu livro “O Que É O Cinema?” foi a

primeira obra escolhida a ser estudada pelo Grupo

de Leitura, da parceira Cinemateca Capitólio -, a Sala

Redenção fará uma pequena revisão das primeiras

listas de Melhores do Ano da revista, exibindo

entre os dias 03 e 20 de dezembro, cinco filmes de

diferentes países e que estiveram presentes nas listas

e mais tarde tornaram-se clássicos do cinema dos

anos 50.

Victor Souza,

Bolsista da Sala Redenção e curador da mostra.

Os filmes O batedor de carteiras e O ascensor para o

cadafalso, são em parceria com a Aliança Francesa

de Porto Alegre e o IfCinéma/Cinemateca da França.

69


CREPÚSCULO DOS DEUSES

04 de dezembro | 4ª feira | 16h

13 de dezembro | 6ª feira | 19h

16 de dezembro | 2ª feira | 16h

(Dir. Billy Wilder | EUA | Drama

| 1950 | 110 min | Livre |

Legendado)

Uma estrela veterana do cinema

mudo se recusa a aceitar que seu

reinado acabou. Então ela contrata

um jovem roteirista para ajudá-la a

reconquistar o sucesso. O escritor

acredita que pode manipular

a atriz, mas percebe que está

redondamente enganado.

JUVENTUDE TRANSVIADA

03 de dezembro | 3ª feira | 19h

12 de dezembro | 5ª feira | 16h

18 de dezembro | 4ª feira | 16h

(Dir. Nicolas Ray | EUA | Drama

| 1955 | 111 min | 14 anos |

Legendado)

Jim Stark (James Dean) é um jovem

problemático, e por sua causa, os

pais se mudam de uma cidade

para outra, até se fixarem em Los

Angeles. Certo dia ele é preso por

embriaguez e desordem, e no distrito

policial, conhece Judy (Natalie Wood),

uma jovem revoltada com o pai

e um rapaz que atirou em alguns

cães. Após ser libertado, tenta se

aproximar de Judy, mas cria um

desentendimento com o namorado

de Judy, que é o líder de uma gangue

do colégio. Esta rivalidade vai gerar

algumas situações com trágicas

consequências.

ASCENSOR PARA O CADAFALSO

19 de dezembro | 5ª feira | 19h

20 de dezembro | 6ª feira | 16h

(Dir. Louis Malle | França |

Suspense | 1958 | 91 min | 12

anos | Legendado)

Casada com o milionário Simon

Carala, mas apaixonada por outro,

a enigmática Florence Carala decide

matar o marido com a ajuda do

amante Julien Tavernier. Tavernier

é um ex-militar que trabalha como

espião na Indochina para o marido

de Florence. Planejado para parecer

um suicídio, as coisas começam a

dar errado quando Tavernier decide

buscar uma corda no terraço e fica

preso no elevador.

JANELA INDISCRETA

05 de dezembro | 5ª feira | 16h

16 de dezembro | 2ª feira | 19h

17 de dezembro | 3ª feira | 16h

(Dir. Alfred Hitchcock | EUA |

Suspense | 1954 | 112 min | 12

anos | Legendado)

Em Greenwich Village, Nova York,

L.B. Jeffries (James Stewart),

um fotógrafo profissional, está

confinado em seu apartamento

por ter quebrado a perna enquanto

trabalhava. Como não tem muitas

opções de lazer, vasculha a vida dos

seus vizinhos com um binóculo,

quando vê alguns acontecimentos

que o fazem suspeitar que um

assassinato foi cometido.

NOITES DE CABÍRIA

13 de dezembro | 6ª feira | 16h

18 de dezembro | 4ª feira | 19h

29 de dezembro | 5ª feira | 16h

(Dir. Federico Fellini | Itália | Drama

| 1957 | 118 min | 16 anos |

Legendado)

Uma prostituta procura,

incansavelmente, seu verdadeiro

amor nas ruas de Roma. Após muitas

decepções, encontra o pretendente

dos sonhos no local e hora mais

inapropriados.

O BATEDOR DE CARTEIRAS

03 de dezembro | 2ª feira | 16h

20 de dezembro | 6ª feira | 19h

(Dir. Robert Bresson | França |

Drama | 1959 | 75 min | 12 anos |

Legendado)

Michel é um homem amargurado

e depressivo que tenta sua sorte

nas ruas de Paris, roubando bolsas

e carteiras. Filmada de uma forma

inteiramente impessoal e controlada,

como um teatro de marionetes, toda

a tensão do filme não está no que

ocorre durante as cenas, mas no que

não ocorre.

70


PARCEIROS DA SALA REDENÇÃO

Clube de Cinema

O INQUILINO

17 de dezembro | 3ª feira | 19h

(Dir. Alfred Hitchcock | Reino Unido

| Suspense | 1927 | 89 min | 14

anos | Legendado)

Um serial killer inicia uma série de

assassinatos em Londres, tendo

como elemento comum o fato de

suas vítimas serem todas mulheres

loiras. Um novo hóspede, Jonathan

Drew chega ao hotel do casal

Bounting (Marie Ault e Arthur

Chesney), em Bloomsbury e aluga

um quarto.

Sessão musicada ao vivo.

Após a sessão teremos um batepapo

com integrantes do Clube de

Cinema e convidados.

Espaços (Sub)Traídos

ERA O HOTEL CAMBRIDGE

04 de dezembro | 4ª feira | 19h

(Dir. Eliane Caffé | Brasil | Drama |

2016 | 99 min | 12 anos)

Refugiados recém-chegados ao

Brasil dividem com um grupo

de sem-tetos um velho edifício

abandonado no centro de São

Paulo. Além da tensão diária

que a ameaça de despejo causa,

os novos moradores do prédio

terão que lidar com seus dramas

pessoais e aprender a conviver

com pessoas que, apesar de

diferentes, enfrentam juntos a vida

nas ruas.

Após a sessão haverá um debate

com integrantes do evento e

convidados.

Este filme é uma parceria com o

Sesc/RS.

CineDHebate Direitos Humano

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE

SEM LEMBRANÇAS

11 de dezembro | 4ª feira | 19h

(Dir. Michel Gondry | EUA | Drama

| 2004 | 108 min | 14 anos |

Legendado)

Ao descobrir que sua ex-namorada

se submeteu a um tratamento

experimental para apagá-lo de suas

lembranças, Joel decide passar

pelo mesmo processo. Porém,

durante a experiência, ele percebe

que não quer esquecê-la.

Sessão Especial

11 de dezembro| 4ª feira | 16h

A Sala Redenção abrirá espaço

mensalmente para algumas

sessões especiais que poderão

ser o lançamento de um filme ou a

exibição de um título inédito.

O filme escolhido será sempre

divulgado nas redes sociais e no

site da Difusão Cultural alguns dias

antes da sessão.

Sigma Cinema

VILA FLORES

05 de dezembro | 5ª feira | 19h

(Dir. Marcelo Monteiro, Juliano

Ambrosini, Nando Rossa)

O Documentário Vila Flores:

Território e Memória apresenta

a história do centro cultural e

educacional e núcleo de práticas

criativas e colaborativas Vila Flores,

localizado no bairro Floresta, em

Porto Alegre - RS. O conjunto,

construído entre os anos 1925 e

1928 pelo engenheiro-arquiteto

Joseph Franz Seraph Lutzenberger,

é um complexo arquitetônico

formado por 3 edificações e um

pátio em um terreno de 1.415 m2.

Após a sessão haverá um debate

com Bia Kern, fundadora da ONG

Mulher em Construção e uma

das empreendedoras sociais

Alumni da Womanity Foundation;

Cibele Vieira Figueira, Doutora

em Arquitetura e Urbanismo

pela Universidade Politécnica

da Catalunha; e Antonia Wallig,

gestora cultural e co-fundadora do

Vila Flores.

DEMOCRACIA EM VERTIGEM

12 de dezembro | 5ª feira | 19h

(Dir. Petra Costa | Brasil |

Documentário | 2019 | 121min |16

anos)

Uma narrativa cautelosa em

tempos de crise da democracia - o

estopim pessoal e político para

explorar um dos mais dramáticos

períodos da história do Brasil.

Combinando acesso exclusivo a

líderes do passado e do presente

(incluindo os ex-presidente Dilma

Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva)

a relatos da biografia complexa

de sua própria família, a diretora

Petra Costa (Elena) testemunha a

ascensão e a queda de políticos e

o que restou do país, tragicamente

polarizado.

Apos sessão ocorre debate

com participação de Gabriela

Sevilla, doutoranda e mestra

em Educação pelo Programa de

Pós-Graduação em Educação da

Universidade.

71


PONTOS CULTURAIS

LOCALIZE-SE ATRAVÉS DA ARTE E DA CULTURA

72


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Reitor

Rui Vicente Oppermann

Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica

Jane Fraga Tutikian

Difunda essa cultura

de forma consciente

LEIA E PASSE ADIANTE!

Pró-Reitora de Extensão

Sandra de Deus

Vice-Pró-Reitora de Extensão

Claudia Porcellis Aristimunha

Programação sujeita a alterações.

Diretora do Departamento de Difusão Cultural e Centro Cultural

Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher

Equipe do DDC e Centro Cultural

Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário

Guilherme Staszak Baldez – Administrador do Centro Cultural

João Vitor Cassela Novoa – Coordenador de Comunicação

Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica e Coordenadora de Programação do Centro Cultural

Rafael Derois – Coordenador de Projetos Expográficos

Vladimir Ferreira dos Santos – Gerente de Espaço Físico

Rochele Porto – Coordenadora do Núcleo Educacional/Mediação

Paulo Ricardo Nunes – Técnico em Contabilidade

Bolsistas

Ana Carolina Vieira

Anna Ortega

Caroline Marques

Ellen Kambara

Karoline Cardoso

Kelvin Machado

Marcelo Freire

Marina Carvallho

Marrieni Duarte

Matheus Laux

Melissa Chassavoimaister

Nicolas Collar

Nívia Souza

Renan Sander

Victor Souza

Vitor Cunha

www.ufrgs.br/centrocultural

/centroculturalUFRGS

@centroculturalUFRGS

Centro Cultural da UFRGS

/salaredencao

Projeto gráfico

Katia Prates

Revisão

João Vitor Cassela Novoa

Diagramação

Matheus Laux

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Parceria institucional:

74


um ótimo

2020

para todos

75


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pró-Reitoria de Extensão

Departamento de Difusão Cultural

Rua Eng. Luiz Englert, 333 - Porto Alegre-RS

(51) 3308.3034 e 3308.3933

difusaocultural@ufrgs.br

www.ufrgs.br/difusaocultural

@ difusaoculturalufrgs

issuu.com/difusaoddc/stacks

ufrgs_difusao

ddc.ufrgs

Departamento de Difusão Cultural UFRGS

76

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