Revista da Sociedade - FEVEREIRO 2020
Revista FEVEREIRO 2020
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Entrevista
Crea-SP nunca teve tanta visibilidade nos veículos de
comunicação tradicionais e nas mídias sociais, com o
devido reconhecimento do seu trabalho em defesa da
sociedade. Hoje a própria população compreende melhor
a necessidade de contratação de empresas e profissionais
habilitados nas Engenharias, da Agronomia
e das Geociências, devidamente registrados no Conselho,
para projetar e executar serviços nessas áreas.
Trata-se de uma questão de qualidade, intrinsecamente
ligada à questão de segurança e preservação da vida
humana e de seu patrimônio.
Esse reconhecimento também se dá hoje na área
pública, onde órgãos das esferas municipais, estadual e
federal recebem o Crea-SP para a manutenção ou efetivação
de importantes parcerias, sempre voltadas à fiscalização
do exercício profissional, como a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação
Paulista de Municípios (APM), Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb), Desenvolve SP
Agência de Fomento do Estado de São Paulo S.A., Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM),
Instituto Paulista de Entidades de Engenharia e Agronomia
(IPEEA), Ministério Público do Estado de São
Paulo (MPE/SP), Ministério Público Federal (MPF),
Prefeitura do Município de São Paulo (Secretaria Municipal
de Licenciamento), Prefeitura Municipal de
Suzano, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
(TCE/SP) e a Unibras Centro de Capacitação Ltda,
entre outros.
Esses pequenos progressos, de ordem interna e
externa, também são sentidos diretamente pelas empresas
e profissionais da área tecnológica. Prova disso
são os recorrentes recordes que registramos nos últimos
anos na emissão de Anotações de Responsabilidade
Técnica – e aqui cabe destacar que o aumento do
número de ARTs não significa apenas mais receita que
o Conselho aplica onde precisa. Acima de tudo, significa
que, quanto mais ARTs emitidas, maior o número de
profissionais e empresas trabalhando dentro da legalidade.
Esse aspecto legal implica que as nossas profissões
se responsabilizam por entregar serviços cada vez
melhores, mais econômicos e mais seguros.
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“
Acima de tudo,
significa que, quanto
mais ARTs emitidas,
maior o número
de profissionais
e empresas
trabalhando dentro
da legalidade.”
Na mesma entrevista você também afirmou
que o objetivo era fiscalizar segmentos da Engenharia
até então esquecidos pelo Crea-SP. Quais
segmentos passaram a ser fiscalizados na sua gestão?
Por quais motivos tais segmentos não eram
fiscalizados antes?
Na nossa gestão decidimos ouvir igualmente todos
os setores internos que influem na qualidade da
nossa fiscalização, ou seja, as Câmaras Especializadas,
os Conselheiros que compõem o Plenário e os dirigentes
das Entidades de Classe, além dos Inspetores
e funcionários com larga experiência na atuação junto
às CAFs – Comissões Auxiliares de Fiscalização. Os
profissionais que integram esses órgãos são os mais
habilitados a sugerir planos de fiscalização para as suas
áreas de atuação. Então, eles precisam ser ouvidos, e foi
o que fizemos, para chegar a uma média inédita de 130
mil ações de fiscalização por ano. Só para citar alguns
exemplos, nossa gestão deu regularidade à fiscalização
de grandes eventos, como o Grande Prêmio de Fórmula
1, o Carnaval paulistano e de diversas outras cidades,
o festival Loolapalooza, a Festa do Peão Boiadeiro de
Barretos, o laboratório do acelerador de partículas Sirius
e grandes obras em rodovias, como a realizada na
Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao Litoral Norte.
Outras novidades foram as fiscalizações do exercício
profissional em equipamentos de saúde e nos setores
de mineração, águas subterrâneas, barragens de
contenção e portos. Hoje as Operações Verão e Inverno
são uma realidade da fiscalização do Crea-SP, com
foco na rede hoteleira e nas estruturas de lazer durante
as temporadas. No mesmo item, queremos que a Operação
Aparecida tenha a mesma regularidade – como
outras que nos forem apontadas. A fiscalização do Crea-SP
também atua motivada por denúncias pontuais,
como foi no caso dos serviços de Engenharia oferecidos
em páginas de comércio eletrônico, mais precisamente
nas plataformas Mercado Livre e OLX, devidamente
solucionados.
Em nossa primeira entrevista você disse que
o Crea-SP melhorou seus números em todos os
âmbitos. Que números são esses? São referentes a
quê? Quanto exatamente melhoraram?
Só para citar alguns avanços:
O trabalho da Fiscalização. Só no primeiro semestre
do ano passado realizamos diligências em mais
de 4.000 empreendimentos, num total de mais de 73
mil tipos de atividades técnicas fiscalizadas. Em 2016
esse número não chegava a 69 mil, e agora, em 2019,
chegamos a 130 mil atividades fiscalizadas. O que fizemos
foi valorizar o planejamento da Superintendência
de Fiscalização e a força de trabalho dos nossos Agentes
Fiscais, dando-lhes condições técnicas para atuar,