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Edição de Março

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“Tomou em seguida o pão e depois de

ter dado graça, partiu-o e deu-lho, dizendo:

“Isto é o meu corpo, que é dado

por vós; fazei isto em memória de

mim”. Do mesmo modo tomou também

o cálice, depois de cear, dizendo:

“Este cálice é a Nova Aliança em meu

sangue, que é derramado por vós...”

Vamos começar falando um pouco

dessa posição de Jesus Cristo ao instituir

a Eucaristia. O corpo e o sangue

são dois elementos inseparáveis que

no judaísmo antigo dão ideia de totalidade;

o corpo é a materialização das

ideias, das esperanças e dos anseios,

o projeto de uma pessoa; o sangue é

a vida, o que dá sentido, valor e movimento

ao corpo.

A intenção de Jesus Cristo é que essa

ceia seja o sinal do que serão as outras

celebrações para seus discípulos:

a recordação de que Ele entregou seu

corpo e seu sangue, a totalidade do

seu ser, seus anseios, sonhos e esperanças,

sua luta pela instauração do

Reino de Deus, tudo entregou por seus

amigos e pela humanidade. Esse novo

tratado que Jesus instaura deve ser

entendido como a repetição indefinida

da Ceia Pascal que deve ser assumida

Missa de Preceito

como uma necessidade de atualizar

em cada celebração a entrega de Jesus

Cristo. Podemos ver que após essa

instituição de Jesus por toda a humanidade,

o quanto o Reino de Deus tem

crescido ao longo desses anos.

Segundo a nossa doutrina católica

a Santa Missa é um sacramento. A

missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente

o memorial sacrifical

da comunhão no Corpo e no Sangue

do Senhor. Mas a celebração

do Sacrifício Eucarístico está toda

orientada para a união íntima dos

fiéis com Cristo pela comunhão.

Comungar é receber o próprio Cristo

que se ofereceu por nós.

Pela mesma caridade que acende

em nós, a Eucaristia nos preserva

dos pecados mortais futuros. Quanto

mais participarmos da vida de Cristo

e tanto mais progredirmos em sua

amizade, mais difícil de separarmos

pelo pecado mortal. A Eucaristia não

é destinada a perdoar pecados mortais.

Isso é próprio do sacramento da

reconciliação. É própria da Eucaristia

ser o sacramento daqueles que estão

na comunhão plena da Igreja.

Por isso, a páscoa não é simplesmente

uma festa entre outras: é a “Festa das

Festas”, “Solenidade das Solenidades”,

como a Eucaristia é o sacramento dos

sacramentos (o grande sacramento).

Santo Atanásio a denomina “o grande

domingo”, como a Semana Santa

é chamada no Oriente “a grande semana”.

O mistério da ressurreição, no

qual Cristo esmagou a morte, permeia

nosso velho tempo com sua poderosa

energia até que tudo lhe seja submetido.

InFormação

Tudo isso que nós tomamos conhecimento

sobre a Santa Missa se chama

doutrina, nossa doutrina católica.

Para que possamos entender sobre o

que significa “Missa de Preceito”, temos

agora que entender sobre o significado

da palavra preceito. A etimologia

dessa palavra é “um substantivo

masculino com origem no latim praeceptus

e que significa ordem, regra,

norma ou condição”.

Um preceito também pode dizer respeito

a uma doutrina, mandamento

ou ensinamento. Os preceitos podem

ser os mandamentos ou bases de uma

determinada religião e, por isso, são

comuns expressões. Quando falamos

missa de preceito, quer dizer então

que aderimos à doutrina católica e

cumpre-se aquilo que está determinado

na doutrina.

A Igreja orienta os fiéis “a participar

da divina liturgia aos domingos e nos

dias festivos” e a receber a Eucaristia

pelo menos uma vez ao ano, se possível

no tempo pascal, preparados pelo

sacramento da reconciliação. Isso é

um preceito da doutrina católica sobre

a Santa Missa, observando esse preceito

estamos em obediência ao que

aderimos como estilo de vida.

Referências

Cf. CIC 1322 – 1419/Lc 22,19-20

Por Peterson Maximiano de Souza

Março 2020 | Revista Renascidos em Pentecostes 25

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