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Coletânea Literária
Causos,Contos
&Cantos das
Gerais
5º ANO
Colégio Adventista de Belo Horizonte
Edição 1
Novembro/2019
Ficha Técnica
Direção Geral: Clayton Ferreira
Tesouraria: Leabim Vieira
Secretaria: Katianne Jouguet
Coordenação Pedagógica: Sheila Sima
Investigadores de causos e contos: Alunos do 5º
ano 2019
Produção Executiva: Keila Pereira
Revisão: Pais, mães e professora
Designer e diagramação: Keila
Imagens: Realizadas pelos alunos do 5º ano,
durante a excursão para: Ouro Preto, Mariana,
Belo Horizonte, Tiradentes.
APRESENTAÇÃO
Como é surpreendente ver a construção de um livro na
fase infantil do ser humano. As palavras vão surgindo
lentamente, ganham novos significados, inseridas em
diversos contextos. Elas vão desvendando os pensamentos
guardados num cantinho da mente de cada um. Aí vem o
cuidado com a escolha da expressão certa, uma forma
pueril de tratar as palavras, expressando um sentimento
ou relatando um acontecimento. E o processo vai
continuando, um passo de cada vez... Quando então surge
um texto que vai se juntando a outros textos e que
finalmente transforma-se em um livro incrível.
Parabéns queridos estudantes, ou melhor, queridos
autores, vocês aceitaram o desafio de escrever um livro e
agora estão recebendo-o em suas mãos como um troféu!
Não parem por aqui, continuem deixando fluir a
criatividade. E que venham mais produções!!!
Coordenadora Pedagógica: Sheila Sima
Editorial
Professora Keila
“Ler e escrever são conquistas importantes na vida de uma
criança. São certificados de autonomia e de autoconfiança.
A criança que lê desenvolve a criatividade e a imaginação,
adquire conhecimentos, cultura e aprende valores.
Também se familiariza com a palavra escrita, aprende a
entender melhor o mundo e a si mesma”. [Desconhecido]
A produção da Coletânea “Causos, contos e cantos das
Gerais” foi muito prazerosa, muito significativa para minha
turma e alcançou em curto prazo as propostas citadas
acima. Ter a oportunidade de transformar esses meninos e
meninas em investigadores e escritores de uma obra
própria, foi muito satisfatório. Com muita criatividade e
imaginação, cada um desenvolveu as competências de
leitura e de escrita, o interesse pela pesquisa, pela coleta
de dados e informações, a curiosidade e a organização
textual. Foi com esse comprometimento em criar uma
Coletânea com a melhor qualidade, que chegamos até
aqui. Coube de tudo um pouco! Minas Gerais: no coração
nos causos, contos e cantos! Minas Gerais: quem te
conhece, não esquece jamais!
Ser Mineiro
José Batista de Queiroz
Ser Mineiro é não dizer o que faz, nem o que vai fazer,
é fingir que não sabe aquilo que sabe,
é falar pouco e escutar muito,
é passar por bobo e ser inteligente,
é vender queijos e possuir bancos.
Um bom Mineiro não laça boi com imbira,
não dá rasteira no vento,
não pisa no escuro,
não anda no molhado,
não estica conversa com estranho,
só acredita na fumaça quando vê o fogo,
só arrisca quando tem certeza,
não troca um pássaro na mão por dois voando.
Ser Mineiro é dizer "uai", é ser diferente,
é ter marca registrada,
é ter história.
Ser Mineiro é ter simplicidade e pureza,
humildade e modéstia,
coragem e bravura,
fidalguia e elegância.
Ser Mineiro é ver o nascer do Sol
e o brilhar da Lua,
é ouvir o canto dos pássaros
e o mugir do gado,
é sentir o despertar do tempo
e o amanhecer da vida.
Ser Mineiro é ser religioso e conservador,
é cultivar as letras e artes,
é ser poeta e literato,
é gostar de política e amar a liberdade,
é viver nas montanhas,
é ter vida interior,
é ser gente.
Dia de chuva
Contadora: Brenda Kelly
Investigadora de causo: Laura Carolina
Minhas tias, que moravam na fazenda, gostavam de visitar as amigas que moravam na mesma fazenda, mas em lotes separados. Um dia
resolveram ir à casa de uma amiga que ficava um pouco mais distante. Íamos a pé, então saímos no final da tarde pois o sol estava mais fraco. O
tempo estava incerto e naquele dia tinha feito muito calor.
Chegamos na casa da “comadre” e depois uma boa prosa, a dona da casa resolveu preparar um lanche e sair sem comer era considerado uma
desfeita. Começou a armar uma chuva enorme. Minha mãe morre de medo de chuva forte e começou a chamar as irmãs para irem embora bem
baixinho:
- Suely, vamos embora, vai cair uma chuva enorme e imagina a gente andando com esse tanto de criança na chuva.
- Pois é né, Nega, mas agora precisamos esperar o lanche porque senão a “cumade” vai ficar sentida. Falou tia Suely.
- Pois é, não podemos fazer desfeita, né?! Mas tomara que esse frango frite logo. Tinha nada mais simples não?!
Elas tiveram que esperar, e nós criançada nem estávamos preocupados porque não víamos problemas em nada.
Depois de comer elas falaram:
- Ô cumade! Cê num arrepara não, mas a gente vai ter que ir embora. Vai cair um pé d’água e queremos chegar em casa antes dele. Tia Eva falou.
Saímos de lá estava escurecendo. E como o tempo fechou, ficou escuro muito rápido. De repente, já estava totalmente escuro. E na roça quando
fica de noite não se enxerga nada. Passamos por uma estrada de terra e de repente começou a relampejar. Enxergávamos onde estávamos
pisando só com o clarão dos raios. Era uma correria, e uma gritaria. Minha mãe e minhas tias ficaram doidinhas com tanta criança correndo.
Uns estavam com medo de cobra, outros dos raios, outros de sapo... foi uma aventura até chegar em casa. E pra finalizar, para chegar na casa da
tia Eva, tivemos que passar por um tanto de vacas que tinham acabado de serem soltas para pastar. Não sabíamos se estávamos pisando no
barro ou no cocô das vacas! Estava tudo escuro mesmo! Eu estava com medo de pisar no rabo de uma vaca e ela nos atacar. Foi uma volta
emocionante até chegar em casa!
As férias eram sempre muito boas naquela época! Tempos bons, aqueles...
O menino que colocou massinha no ouvido
Contadora: Eunice de Oliveira Santos
Amãnheceu um menino chegou para a mãe e falou assim:
__ Mãe não estou ouvindo nada! A mãe preucupada perguntou o menino:
__ Como assim meu filho, você não está ouvindo?
__ Mãe, não estou ouvindo nada! E a mae estava com uns pedreiros em casa
trabalhando, fazendo barulho: pa! pa! pa! Pedreiro chama daqui, chama da li, mãe
correndo para fazer almoço, ensnar para casa para esse menino, e o menino só falando:
__ Mãe, não estou ouvindo nada! A mãe olhou assim e não persebeu nada de dIferente.
DaÍ aconteceu que a mãe estava levando esse menino para a escola e resolveu passar
numa lanchonete para comprar um lanche. Ela olhou e viu a orelha do menino
suja, chegou mais perto e viu que era massinha. Ela virou para o menino e disse:
__ Menino não acredito você está falando a verdade, você não está ouvindo bem?
__ Não mãe, eu não estou ouvindo bem!
__ Você colocou massinha no ouvido menino!
O menino sem jeito fez aquela carinha e a mãe já percebeu que estava falando a
verdade, que era massinha mesmo que ele tinha colocado.
A mãe preocupada levou o menino pro médico, chegou lá a doutora atendeu e
perguntou para a mãe:
__ Mãe que te traz hoje? Em que eu posso te ajudar?
__ Doutora o menino colocou massinha no ouvido!
__ Como assim colocou massinha?!
__ Ele colocou massinha como abafador, só que ele foi tentar tirar a massinha, mas não
conseguiu e parece que acabou empurrando mais para dentro!
A doutora foi lá, pegou os materiais cirúrgicos dela e tentou tirar.
__Vamos tentar lavar, jogou água daqui, jogou água dali e nada! DaÍ ela pegou uma pinça
muito fina e o menino não pode mexer nem um poquinho.
__Máe, segura esse menino senão a coisa vai ficar feia, ele pode ficar sem ouvir.
A mãe ficou apreensiva, segurou -o e fim! A doutora conseguiu tirar a massinha do
ouvido dele. Não ficou só nisso. O menino teve que tomar durante 7 dias uma
medicação, mas no final tudo deu certo.
Investigador de causos e contos: Davi Alves
Lagoa do Nado
Contador: Caio
Tínhamos uma vizinha, chamada D. Elza, que gostava muito de criança, assim ela adotou a Larissa como neta.
Larissa chamava de Vovó Elza. Em uma bela manhã de sábado a vovó Elza pediu para levar a Larissa para a
Lagoa do Nado, para brincar junto com sua neta. Larissa respondeu com muita animação que queria ir com
elas, pois além de ser a primeira vez que sairia com outra pessoa que não era da família, também iria com
sua amiguinha e sua vó de consideração. E lá foram elas bastante animadas. Lá Brincaram e se divertiram
muito. Após algum tempo elas resolveram observar um lago e nesse momento a Larissa viu um cachorro e
esse cachorro conseguiu se soltar da coleira e fugiu do seu dono. Larissa se assustou com o cachorro que
vinha correndo em sua direção e ele acabou pulando em cima da Larissa e ela acabou se desequilibrando e
caindo dentro da lagoa. Vovó Elza nesse momento ficou desesperada e tentou ajudá-la e ficou gritando:
Larissa, Larissa...
Larissa saiu da água e não estava machucada para alívio da Vovó Elza.
Ao chegar em casa vimos a Larissa toda molhada, a vovó Elza pediu desculpas pelo ocorrido, em seguida
perguntamos a Larissa o que havia acontecido e ela nos explicou toda a situação e nos disse que na hora que
caiu, viu um monte de peixinhos dentro da lagoa e que havia perdido o chinelo durante a queda.
Investigadora: Larissa
O susto
Contadora: Geralda Aparecida Fernandes - avó da Ana
Nós "envínhamos" de uma festa lá de Acesita, era
meia noite. Quando nós passamos perto do cemitério,
veio uma senhora gigante na roda, numa roda
rodando, passou perto da gente, aquela coisa mais
feia.
Mas eu creio que essa coisa aí, é coisa que não é de
Deus não...
O cara ficou "sobradinho" gente, ele não conseguia
nem dormir, fazia até dó.
Passou até mal, porque ficou olhando pra trás e
reparando a mulher em cima de uma roda, a mulher
era tão grande, quase perto de um caminhão. Nós
todos ficamos assustados. Então o homem que estava
dirigindo, coitado, levou um susto e ele parou o carro
e falava assim: " Geralda o que é isto? Que horror!!!!!
Investigadora: Ana Júlia
Causos da minha bisavó
Fartura de peixes
Contadora: Ivonete
Minha titia Ivonete me contou umcauso sobre minha bisavó. Ela morava no interior de Conceição do Mato
Dentro, que era um " interior muito bravo "sem recursos, era assim que ela dizia.Minha bisavó contou que
ela e sua família passavam muitas necessidades em casa, a família tinha que plantar e esperar crescer para
colher e poderem comer. Havia época em que as secas eram terríveis e assim eles ficavam sem
alimentação, viviam em uma situação precária, no limite mesmo. Na época que aconteceu este causo com
minha bisavó, ela tinha uns nove anos de idade, foi em 1940 por aí. Minha bisavó contou que um certo dia
eles estavam com muita vontade de comer carne, mas eles não podiam ficar matando muitas galinhas.
Então aconteceu que uns dois dias depois o céu escureceu de uma forma muito medonha mesmo, deuma
forma que eles ainda não tinham visto. Eles ficaram com muito medo das chuvas que viriam, então eles
entraram para a casa humilde deles, coberta com um telhado feito de sapê. Começaram a orar com muita
fé, e minutos depois eles puderam observar que as nuvens baixaram e elas começaram a sugar toda a água
do rio. Então viram que o rio tinha simplesmente secado, assim os peixes pulavam de umlado para o outro
e para fora do rio. Eles começaram a encher os balaios de peixes e foi uma fartura sem igual, tiveram carne
de peixe para comer por muito tempo, foi um momento de muita alegria para todos eles. A única coisa
ruim nesta história foi para minha bisavó queteve que salgar todos os peixes sozinha (risos).
Com este causo ela quiz dizer que Deus é bom o tempo todo e não deixa nada nos faltar .
Investigador: Lucas Pietro
A infância do
vovô Antônio
Nelson
Investigador de causos e
contos: Levy Matheus
“Hoje eu acordei com saudade dos meus netos, principalmente do
Levy Matheus.
Recordando a minha infância, quando eu era garotão da idade dele
,vivia na roça ,naquela época não tinha banheiro, não tinha nada.Era
dentro do mato mesmo, na mata virgem. Tomava um banho de cuia,
como se diz o ditado né, numa fonte com uma bica e tal, tínhamos
uma turma, uma galera, nossos irmãos todos ali.
FIcava aquela brincadeira de um jogar água no outro, sabão e tal.
Algumas vezes nós escapávamos de tomar banho e um deles pegava
aquela lama e jogava na gente e ficava aborrecendo a gente e era
aquela brincadeira toda, aí era toda aquela discursão, mas sempre um
amor na alegria. O Levy está me recordando isso, de quando eu era
criança né , e me lembrei de quando eu tinha a idade dele.
Outra coisa também era quando a galinha estava pondo o ovo, nós
pegávamos a palha da bananeira, amarrávamos no rabo da galinha e a
galinha saía louca correndo azuada né, devido as folhas secas
amarradas no rabo e ficávamos assim né, as vezes também nós íamos
pro curral tirar leite da vaca e tal. Meu pai levava a gente, aí pisava
naquelas "bostas" do boi. Era bom ir para a feira, aquelas coisas
gostosas e meu pai tirava o leite e aí dava um copo de leite pra gente
tomar, dizia que era bom pra saúde e eu sempre recusando e sempre
querendo outro leite hoje meus netos não tem isso, não tem essa
vivência boa sem essa internet que destroe as crianças em momentos
assim , são coisas boas e ruins , mas graças a Deus hoje estou aqui
com 67 anos e estou com vigor e saúde e paz e alegria e estou com
muita saudade deles que estão bem distante de mim só vejo meus
netos de ano e ano , mas também tinha a brincadeira de coelho e de
se esconde
O carro na cerca
Contador do causo: Luizelene
Silva de Oliveira
Investigador de causo: Miguel
Pereira
Eu me chamo Luizelene, eu sou a vó do Miguel, e a
história que tenho pra contar é:
Quando eu era mais nova , eu e meu esposo,
minhas filhas eram pequenas, e ai eu fui para uma
fazenda da minha prima. Estávamos na fazenda
conversando, e na conversa comentei que queria
aprender a dirigir. Aí meu esposo falou: entra no
carro aqui que você vai aprender a dirigir agora. Aí
eu entrei no carro, e ele ,me ensinou a ligar o carro,
como eu dava a partida do carro. Aí sabe o que
aconteceu? Eu entrei com o carro dentro da cerca
de arame, e aí o carro saiu arranhado tudo, e todo
mundo começou a rir de mim, eu estava entrando
pelo precipício. RSRSRS. Aí foi muito riso, e Deus
abençoou que não aconteceu nada, só o carro que
arranhou. E essa a história que eu tenho. Eles riram
muito de mim e até hoje eu tenho trauma de
aprender dirigir por isso. Entenderam? É isso
aí.......RSRSRSRS
Mariquinha
Teimosa
Causo Popular
Contador: Ademar Siqueira
Investigador de causos: João
Vitor de Oliveira Siqueira
Tinha uma mulher lá no interior que era conhecida
como Mariquinha teimosa, ela era conhecida assim,
porque tinha a fama de ser muito, mais muito teimosa,
todo mundo na cidade conhecia a fama dela. Um dia na
época do mês de junho a cidade estava toda enfeitada
era festa de São João, e daí tinha muitas brincadeiras,
fogueira, bombinha, buscapé, e muita animação, numa
certa hora o Mané fogueteiro que era contratado para
soltar os foguetes começa a soltar os rojões, nessa
hora a Mariquinha teimosa que já tinha bebido muito
quentão, resolve soltar um rojão, tomou da mão do
Mané um foguete e disse pra ele, agora sou eu que vou
soltar.
O Mané que já conhecia a fama dela, ainda alertou
ela, olha Mariquinha isso é muito perigoso, é melhor
você só ficar assistindo, mas ela teimosa do jeito que
era já pegou um brasa da fogueira e acendeu um
foguete. O povo começou a gritar: Mariquinha, solta
isso que isso vai explodir na sua mão, e ela teimosa
não soltava e ainda dizia se a festa é aqui em baixo
porque que tem que estourar lá em cima, a pólvora
esquentou e deu o primeiro estrondo, paaaaaaaa, bem
alto, o segundo e o terceiro, num teve jeito foi pedaço
de Marquinha teimosa pra todo lado. Ela morreu. O
povo desesperado juntou no caixão o que sobrou da
teimosa, no outro dia eles iam enterrar a Mariquinha e
tinha que passar numa ponte pequena sobre um rio que
tinha uma correnteza muito forte, o rapaz que segurava
uma das alças do caixão tropicou num pedaço de
galho, o caixão balançou, abriu e a Maraquinha caiu no
rio, o povo gritando, pega, pega e procura pra lá e
procura pra cá e nada de achar, nisso o prefeito olhou e
viu um homem procurando o corpo rio acima, e
perguntou a ele:
__ O senhor num sabe que o rio desce é pra banda
de baixo?
Ele respondeu:
__ Eu sei, mas do jeito que era teimosa deve tá é na
parte de cima.
Finados com baratas
Contadora : Marcia Cecilia
No dia dos finados minha vó paterna , meu vô paterno , meu irmão e eu fomos no cemitério para limpar o túmulo do meu tio. Nós tivemos
que cavar um buraco para colocar a flor. Então cavamos e começou a sair um monte de barata, uma foi no pé do meu irmão, outra ficou
voando por todo lado. Acabamos lá e fomos para casa. Quando chegamos em casa meu vô estava incomodado com alguma coisa nas
suas costas. Quando ele foi ver era uma barata que resolveu vir junto com ele para casa!
E essa foi uma história doida de ataque de baratas em pleno dia dos finados.
Investigadora de causos: Sara Nicole Da Silva Lopez Salazar
Minha mãe e o biscoito
Contadora: Iolanda Oliveira
Investigadora de causo: Paloma Emanuelly Muniz de Ávila
Quando minha mãe tinha 4
anos a idade na peraltice
certo dia o pai dela disse que
ia ir para Cidade iria trazer
biscoito ao voltar ela estava
toda animada para ganhar o
biscoito mas certa hora ela
fez bagunça e então a mãe
dela brigou com ela e ela
respondeu a mãe dela e
então ela falou assim: -Eu
vou quebrar os seus dentes
Claro que ela não falou de
verdade só para poder
assustar minha mãe, E aí
minha mãe não pensou em
outra coisa e falava dizendo
mãe por favor não quebra os
meus dentes deixa meu pai
chegar com os Biscoitos e
depois a senhora pode
quebrar.
O gato
Contador: vô Noedson
Investigadora de causos e contos: Júlia Santana
Oi! Eu vou apresentar o meu vô Noedson e ele vai contar um causo que aconteceu na sua
infância.
Quando éramos crianças, era eu e meu irmão Délio. Meu pai tinha um gato que comeu
um ratinho, que antigamente tinha muito ratinho rondando. Meu pai arrumou um gato
para comer os ratinhos. O gato vivia miando atrás da gente, quando minha mãe ausentou
da nossa casa, aí eu e meu irmão pegamos esse gato e fizemos maldade com ele.
Pegamos o gato, pusemos no colo, pegamos uma bola de jornal e umedecemos com
querosene, amarramos no rabo do gato para ver o gato correr de lá do lado de fora. O
gato ao invés de correr pro mato, correu pra dentro de casa, pro quarto da minha mãe
com a tocha de fogo no rabo. Eu e meu irmão ficamos apertados demais! Não estava
dando conta de levantar o colchão da cama, aquele colchão pesado de antigamente, era
muito pesado.
Com muita dificuldade, com aquele fumação, dentro de casa, aquele fogão (risos). Com
muita dificuldade nós conseguimos levantar o colchão e tirar o gato de lá debaixo.
_ E o gato no final das contas como ele ficou? Perguntou Michelle.
_ O gato não teve nada, só sapecou um pouco do pelo dele. Daí ele caiu no terreiro e
vazou fora! Nunca mais vimos o gato (risos).
O jogo não assistido
Investigadora de Causos e contos: Julia
Fernandes
Em 1982, havia um time de futebol chamado Botafogo. Nessa época, em Utinga, ainda não tinha
sido construído o estádio . Um campo de terra batida, cheio de poeira, era o palco dos espetáculos de
futebol, nos finais de semana. Ah! Tinha também, um murundu enorme, que servia de arquibancada.
Pra quem não sabe, murundu é uma elevação de terra, tipo um morro baixo. Em Utinga tem muitos.
Um belo dia, o Botafogo recebeu um convite para jogar na cidade de Salobro, sertão baiano,
distante 100 km de Utinga. Convite aceito, tudo organizado, lá se foi o time para a grande partida!
Como não poderia deixar de ser, o Botafogo contava com uma torcida organizada, feminina, da
qual Rosana fazia parte, porque um dos jogadores do time, Zé Mário, era seu namorado. E, é lógico que
ela não poderia deixar de embarcar nessa aventura. Isso mesmo, uma verdadeira aventura!
Aconteceu de tudo, nesse dia! O Botafogo saiu mais cedo (o jogo seria à tarde), já que os
jogadores precisavam almoçar, antes do jogo, depois descansarem até a hora da partida. Elas, da
torcida organizada, saíram um pouco mais tarde. O grupo contava com 5 mulheres e o motorista,
namorado da irmã mais velha de Rosana. Além das duas, ainda tinha Silvana, Neide e Carminha, que
também era esposa de um dos jogadores, Djalma.
Calor, poeira e seca faziam parte da paisagem, por onde o grupo passava; mas ninguém
reclamava, pois a possibilidade de momentos inesquecíveis compensava tudo. Todo mundo alegre e
satisfeito, de repente, o carro para! Todo mundo desce para ver o que aconteceu... Mexe daqui, mexe
dali e nada do carro funcionar. A torcida feminina ficou no meio do nada, sem saber o que fazer.
Resumindo a história, ninguém lembra como chegou lá. Só sabem que quando conseguiram
aparecer no campo, o jogo já havia terminado.
Graças a Deus o Botafogo ganhou!
ferro!
Depois do jogo, todos foram para uma lanchonete comemorar e lanchar, porque ninguém é de
Vencendo o medo de sangue
Contadora: Genevieve
Investigador de causos: Ryan
Genevieve mãe de Ryan trabalhava, por este motivo, deixava seu filho Ryan em uma escola no período de 7:00 as 19:00hs.
Em um emprego em que tinha pouco tempo que estava trabalhando, recebeu uma ligação da escola em que Ryan
estudava. Ao atender a ligação tem a noticia de que Ryan estava no recreio e voltando para sala de aula, Ryan foi correndo pelo
corredor quando ele foi entrar na sala de aula ele se jogou no chão como se estivesse mergulhando em uma piscina, e quando
ele fez isso ele esticou o corpinho todo e foi derrapando no chão, só que tinha uma cadeirinha, que tinha um prego pra for
a, foi quando Ryan passou a orelha nela e se cortou. A escola tentou cuidar dele, mas o sangue não parava e Ryan queria ela.
Genevieve pediu no trabalho para ser liberada para ir até ao Ryan.
Foi quando ela ligou para pai de Ryan e disse:
__ Ryan cortou a orelha, preciso que encontre comigo para irmos à escola! A mãe de Ryan tinha pavor de sangue e temia em
ver sangue no seu filho.
Chegando a escola de Ryan, Genevieve o encontra no colo da professora, Ryan já tinha chorado muito e aí quando a mãe dele
olhou para a orelhinha dele, o sangue já estava seco ( coágulo), foi quando o pai de Ryan falou: -
__ Não precisa ir ao médico é só fazer curativo. Mas quando Vinicius pai de Ryan passa em sua orelha um algodão molhado,
aquele sangue que estava seco começou a sair sem parar, Ryan ficou todo sujo de sangue, a mãe de Ryan foi correndo com ele
para hospital e apavorada com tanto sangue.
Ryan só queria o colo da sua mãe. O pai de Ryan naquele dia tinha uma prova na faculdade, e ele não podia deixar de
fazer, Vinícius deixou Ryan e sua mãe no hospital e foi para a faculdade fazer a prova.
Genevieve entrou sozinha com Ryan pelo hospital, o médico veio, olhou o Ryan e disse: vamos precisar dar pontos! Mesmo
assustada Genevieve o tempo todo ficou de mãos dadas com seu filho Ryan. Quando foi para dar os pontos o médico colocou
um pano na orelha de Ryan e este pano tinha um buraquinho, o médico pegou uma agulha e colocou na orelha de Ryan que era
a anestesia, e a mãe de Ryan olhando o médico colocar anestesia dentro do machucado, foi caindo para trás e o médico vendo
como ela estava pegou a cadeira para que a mãe de Ryan pudesse se sentar. Mas mesmo nessa situação ela não tirava as
mãos do Ryan.
Os médicos conseguiram dar a anestesia, limpar e costurar o machucado, Ryan levou 4 pontos, e a mãe de Ryan
precisou ser medicada, por que ela não estava muito bem depois de ver aquele tanto de sangue, mas ela conseguiu segurar
firme, forte a mãozinha de Ryan. Genevieve ficou muito preocupada, mas ela conseguiu vencer um medo de ficar olhando
sangue, principalmente do seu filho , isso marcou muito para a mãe de Ryan, por não gostar de ver sangue e conseguiu passar
por isso pelo seu filho.
Sempre que Ryan precisa ir ao médico e tem medo da injeção, sua mãe o lembra desse dia .
Pavilhão 9
Contadora: Eliliane
Investigador de causos: Miguel Santos
O ano era 94 e na saída da escola, fomos a pé da
rua da Bahia até a Avenida Afonso Pena, mas
minha amiga resolveu cortar caminho pela Galeria
da C&A. Neste dia a aula terminou mais cedo e ela
precisava comprar um produto numa loja na
Galeria.
Na galeria, percebi na loja Pavilhão 9, que tinha
dois rapazes conhecidos, que eram jogadores de
futebol. Minha amiga não acreditou, pois a loja
estava vazia, só tinha o vendedor com os rapazes e
ninguém pedindo autógrafos. Sou muito boa com
fisionomia e entrei. Ela foi atrás de mim.
Realmente eram jogadores de futebol do Cruzeiro.
Goleiro Dida e o Ronaldo Fenômeno. Tiramos o
caderno da mochila e pedimos os autógrafos a
eles. Simpáticos, deram os autógrafos, mas o
Ronaldo não sabia escrever o meu nome, foi muito
difícil para ele e acabou me pedindo que
soletrasse. E meu nome não é complicado de se
entender.
Acontece que a loja que estava vazia, logo após a
nossa saída lotou de pessoas e acabamos
atrapalhando a venda do vendedor!!
Toddy com melequinha
Contadora: Simara
Investigadora de causos: Ana Beatriz
O causo aconteceu com o meu irmão, o Rafael. Na época ele tinha dois anos. E, apesar de em nossa casa não ser muito incentivado o consumo de
doces, ele já tinha descoberto essa doçura da vida. Então, todas as oportunidades que ele tinha de comer um doce não perdia a chance. Mas, acho que
quandoo essa história aconteceu, era um período em que não tínhamos doce em casa, e Rafael, como um bom apreciador de guloseimas, descobriu que
tínhamos alguns enlatados, como o Mucilon, que era utilizado pra um café da manhã ou um lanchinho, e o achocolatado, o famoso Toddy.
Apesar de com dois anos ser mais difícil para as crianças abrir e fechar potes de rosca, Rafael com essa idade já conseguia, e em um dia, num momento
de distração, houve um silêncio grande em nossa casa. Então, minha mãe foi ver o que tinha acontecido. Quando ela chegou na sala viu o meu irmão com o
pote do Toddy nas mãos, com a boca toda suja do achocolatado e com uma boa quantidade dele espalhado pelo chão. Ao que deu pra perceber ele
conseguiu tirar a tampa, mas a quantidade do achocolatado que ele pegava colocando a mão dentro do pote era pouca, e a gulodice foi tão grande que
ele virou o pote do Toddy direto na boca, o que fez com que uma grande quantidade caísse, inclusive entrando pelas narinas dele. Quando minha mãe viu
aquilo, achou a cena tão engraçada que pegou o celular e começou a filmar enquanto falava com ele. E o diálogo foi mais ou menos assim:
_ Rafael o que você fez? Você comeu Toddy?
_ Comi Toddy. (respondeu chorando).
_ Olha como ficou! Você está todo sujo de Toddy!
_ Todo sujo de Toooody! (ele repetia ainda chorando).
_ Isso foi errado, peça desculpas.
_ Desculpaaaaaa. (o choro diminuiu e pode ser visto que ele começava a se distrair com o que tinha à sua volta).
_ E agora, o que vamos fazer?
_ O que fazeeeer? (ele respondia chorando e gesticulando estar em dúvida, demonstrando estar novamente atento à conversa).
A cena foi muito engraçada, pois enquanto ele chorava sentido com o que tinha acontecido, começou a escorrer uma melequinha do seu nariz e ela se
uniu às lágrimas e ao Toddy, que juntos foram escorrendo em direção a boca dele. Rafael não perdeu a oportunidade, e com ultra velocidade, deu uma boa
lambida naquela mistura que para ele parecia bem apetitosa! Todo o universo de prazeres dele parecia ter se concentrado naquela mistura nojenta que ele
apreciava.
Ainda hoje, em família, assistimos a esse vídeo e damos boas risadas! Rafael ainda gosta de doces, e felizmente, já não aprecia mais as melequinhas.
Cascavel
Contador: Antônio Hoyama
O relator contou que um dia foi no canavial pegar
umas canas para chupar. Ele estava com meia dúzia de
cana no ombro e uma faca na mão. Quando ele estava
andando escutou um barulho, era uma cascavel, mexendo
com a cauda fazendo shhhhhhhh pronto para dar o bote.
Perguntei para o relator se ele fugiu, ele falou que
apesar dele ser uma criança, ao invés de ficar apavorado e
correr, ele ficou quieto, abaixou devagarzinho e lentamente
sem mexer abaixou no chão e colocou as canas
bem devagarzinho no chão.
Quando ele terminou de colocar as canas no chão, deu um
impulso e pulou com os dois pés para cima e a cobra deu o
bote. Mas como ele era magro, pulou com as pernas para
cima e a cobra não conseguiu dar o bote. Aí a cascavel
começou a rastejar, ele pegou a cana e foi atrás dela e
matou a cobra.
Ele pegou a cascavel colocou no ombro, levou numa
cerca na estrada e pendurou a cascavel lá na cerca e foi
para casa assoviando como setivesse vencido uma guerra.
Investigador de causos e
contos: Victor Hoyama Joukhadar Monteiro
Coisas de criança
Contadora: Juliana Lage
Quando minha mãe era criança , por volta de
uns 10 anos mais ou menos , ela não tinha muita
opção de brinquedo e então ficava ela e minha tia
procurando coisa pra brincar . Onde ela morava tinha
alguns cômodos vagos, e o meu vô ainda estava
mexendo com construção. Então dava de tarde e o Sol
estava batendo bem forte e ficavam os raios de Sol
batendo nas frestas dos tijolos nos buracos e elas
tinham uma radiola , onde tocava disco de vinil.
Colocavam pra tocar as músicas, pegavam a capa dos
discos , ficava batendo os raios de sol e fingiam que
era uma discoteca. Ai elas
ficavam dançando, e o
meu vô não podia saber . Um dia, para infelicidade
delas, o meu vô descobriu e deu uma surra em cada
uma porque elas estavam dançando.
Investigadora: Letícia Lage
Conto da Vovó
Investigador de causo: Lucas Marques
Minha bisa contava que quando mais nova morava em uma fazenda, e nesta
fazenda ainda não havia eletricidade, e era uma casa bem velha e escura.
Ela conta que naquela época quando as mulheres tinham filhos costumavam
ficar em seu quarto por pelo menos sete dias, segundo ela era um tipo de
reguardo do bebe,ficava ali durante este tempo para a criança não contraísse
nenhum tipo de doença, nesta fase nem as janelas podiam ser abertas, e como era
uma casa antiga mesmo com ajuda de velas ainda ficava muito escuro, ela teve
uma filha que nasceu super bem e saudável, mas no dia seguinte de seu
nascimento a bebê começou a chorar muito, ela amamentava e a ela não parava
de chorar, e ela foi ficando preocupara, pois era um choro sofrido, e como não
podia sair, ela não sabia o que fazer, tentou manter a calma e esperar mais uns
dias, mas a bebe começou a perder peso, e ela sem entender o que estava
acontecendo, ela não conseguia saciar a fome da criança.
Chegando o oitavo dia ela resolveu procurar ajuda, a criança foi examinada e
nada de diferente foi encontrado, foi constatado que era normal no começo os
bebes perderem peso, e chorava muito, pois ainda não avia se adaptado com o
ambiente.
Naquela mesma semana a mãe resolveu abrir toda a casa e faxinar tudo, e
resolveu levantar o colchão para limpar tudo, e quando levantou o colchão ela se
assustou muito, tinha uma cobra enorme, e estava com a barriga bem grande, era
uma cobra que adorava leite materno, e ela descobriu que o animal mamava nela
e para distrair a criança ela colocava o rabo em sua boca, ele então retirou a cobra,
e contou que não conseguia ver o que estava acontecendo devido o quarto ser
bem escuro, depois deste dia a criança parou de chorar e voltou a engordar.
A folha de bananeira
Contador: Mercésio Barbosa Tavares
Investigadora de causos: Ana Luísa
Barbosa Dos Santos
Quando eu era criança, eu morava na roça.
E tinha um rio lá perto, aonde a história
começou...
Um dia estávamos eu e um grupo de 5
meninos de 10, 11 anos, nós fomos nadar
no rio que tinha correnteza e todos nós
estávamos com short de usar na roça. Um
dos meninos acabou perdendo o short no
meio da correnteza, ficando sem roupa para
ir para casa, pois todos foram só de shorts
e ninguém tinha nem blusa para emprestar
para o moleque!
Sabe o que nós fizemos? Nós cortamos uma
folha de bananeira e enrolamos o garoto na
folha de bananeira! A maior piada!
Menino assustado
Contador: Fábio
Um dia eu e minha mãe estávamos indo buscar o m
eu pai na escola onde ele trabalha. Eu morava em um barra
cão e não tinha luz e naquela época a gente gostava mui
to de assustar meus amigos.
Neste dia estava chegando em casa com minha mãe e
meu pai e vi uma claridade no fundo, sai correndo, chorando
e gritando que eraa "mula sem cabeça". Meus pais morreram
de rir porque era uma cabeça de abóbora com uma vela
dentro.
Todos os meus amigos riram de mim. Depois eu vi
que realmente não existia.
Investigador: Caio
Há muitos anos, a gente tinha uma escola, a gente
morava no interior. A gente ia pela estrada, todos
cantando, né, cantando hino. Daí chegava na escola, o
nosso professor estava na porta, aí a gente
falava: Bom dia professor Manoelzinho! Ele
dizia: Bom dia!
A vó da
matemática
Contadora: D. Leontina
Investigador de causos:
Henry W. Isaac Matos
Ele levantava a bandeira e a gente começava a
cantar o hino, depois todos sentavam. Aí ele dizia:
Vamos estudar! Vamos estudar matemática! Aí todos
estudavam Matemática. Vamos fazer pergunta! Daí a
gente ia fazer pergunta.
Tinha um rapaz, que era meu amigo, colegaele
levantou pra responder, e não sabia, né. Depois fui
eu, aí eu respondi certinho a conta. Então o professor
Manoelzinho disse assim: - bem, agora que você
respondeu certinho, você vai dar a palmatória nele.
Antigamente tinha aquela palmatória, sabe?! De
bater na mão! Repetiu:
__ Agora pega e dá uma palmatória em cada mão.
Aí eu agarrei e pá, pá! Duas vezes. Ele ficou vermelho,
sabe! Um rapaz branquinho, né, ficou vermelho e
com vergonha.
Bem, disse o professor, agora vocês já
sabem Matemática, e tem que estudar bastante. Daí
fomos estudar outras coisas.
Fomos pra casa. Aí chegamos em casa, fomos
contar a história pros nossos pais, e nossos pais
acharam muito bonito a minha atitude, né, de eu ser
a mais inteligente da escola, essas coisas (risos). Aí foi
ótimo! Terminou a história!
Causos do meu pai
Investigadorde causos: Miguel
Henrique Dias Souza
Quando eu era criança, gostava de ficar
ouvindo minha mãe contando seus causos. E eu
vou contar agora para vocês.
Lá onde a gente morava se falava de um
homem conhecido como “João Duro” que
andava com um saco de pano sujo.
Haa! .... nas noites de Quaresma quando tinha
lua cheia, dizem, ele virava lobisomem. Certa
noite eu avistei no campo de futebol um
homem com um saco de pano nas costas. Era o
João
Duro....
Meu Deus!! Eu fiquei com tanto medo que fui
para casa dormir, e toda minha família já estava
dormindo. Eu entrei debaixo da coberta... será
que só eu estava ouvindo? Aquelas batidas
misteriosas na porta da cozinha?
Que agonia! Quando amanheceu, não sei se era
um animal normal ou anormal. “o lobisomem “
não sei o que aconteceu, lá estavam elas, as
marcas de arranhões na porta da cozinha. Foi
isto que aconteceu!
Parente da Vítima
Investigadora de causos: Emanuela
Renault Vieira Guedes
Contador de causos: Charles Renault
Este causo aconteceu com meu pai e meu tio, cerca de 20 anos
atrás indo para a cidade de Caeté, Minas Geras:
Pelas estradas da BR 262, meu pai e meu tio estavam indo buscar
meus avós paternos em uma chácara e quase chegando na cidade
de Caeté, ambos avistaram um acidente que havia acabado de
acontecer. Os dois pararam o carro e ficaram muito curiosos para
saberem o que estava acontecendo...
Chegando bem próximo do ocorrido, estava uma multidão de
curiosos ao redor e eles não conseguiam ver nada! Meu tio
imediatamente teve uma brilhante ideia: saiu batendo nos ombros
das pessoas pedindo licença dizendo que ele era parente da
vítima.
As pessoas foram se afastando, olhavam assustadas e foram
abrindo passagem rapidamente. No momento que eles
conseguiram chegar perto, eles se depararam com um burro
marrom que foi atropelado com a carroça.
Foram muitas risadas e as pessoas brincaram: vocês são irmãos
gêmeos?
Lembranças Conta
dora: Débora
O que marcou a vida da minha mãe , na infância dela foi
a morte da sua avó da parte materna.
Ela era muito amada pela minha mãe a qual tinha muito
carinho por ela .
Mas um dia minha mãe acordou e recebeu a notícia do
falecimento de sua avo e aquele momento, que minha
mãe recebeu a notícia, trouxe pra ela uma tristeza muito
grande que até hoje ela sofre com a perda da minha
bisavó .
Investigador de contos e causos: Daniel Pereira da Silva
Histórias de meu pai
Contador: Bruno
Investigador de causo: Davi Risi
Hoje eu vou contar um causo muito engraçado.
Quando eu era mais novo, pequenino um
pouco menor que sou hoje, gostava muito de
filme de luta, (aqueles filmes com Van Damme,
filme karatê Daniel San).
Eu era uma criança muito ciumenta, pois tinha
5 irmãs. Imagina o tanto que elas sofriam
comigo, elas não né, meus cunhados.
Eu tinha uma história que meus cunhados
contam que eles eram doidos para quebrar meu
pescocinho.
Certo dia minha irmã chegou em casa com seu
namorado, para apresentar para meus pais.
E naquela ocasião, eu moleque como era, dei
uma cambalhota e dei um chute onde não
devia!!! O coitado ficou todo sem jeito e com
raiva, mas não podia fazer nada naquele
momento.
Até hoje meu cunhado deve ter vontade de
pegar meu pescoço.
Infância
Contador: Vinícius Rezende Teixeira
Investigador de causos: Fernanda Azevedo
Teixeira
Esse causo era da minha infância, na
época agente gostava de brincar de pipa, um
dia caiu uma pipa lá em casa, aí eu peguei
uma parte dela aí o menino da outra casa
também pegou. Daí a gente ficou puxado, aí ele
pegou uma pedra e jogou na minha linha e ele
acabou acertando a minha cabeça, eu caí no
chão. Esse foi o meu causo.
A noite de carnaval
Contador: Bruno
Investigadora de causos: Maria Clara
Certa vez estávamos passeando no carnaval e
era um sábado de carnaval.
Estávamos voltando pra casa, passávamos
perto de uma chácara cheia de árvores,
eucaliptos, e já era um local muito assustador.
Começou a ventar muito e nós nos
assustamos com o barulho que fazia nas
árvores, e começamos a correr, com muito
medo, achando que era um "fantasma". E
quando a gente viu era só o vento, éramos um
grupo de 10 pessoas e começamos a rir
porque como tínhamos medo de fantasmas e
o simples fato da árvore balançar nos
assustou daquela maneira. Alguns dos meus
colegas relataram que tiveram a sensação de
verem algumas coisas brancas em meio as
arvores. No sábado tinha começado o
carnaval e nós não saímos mais de casa em
nenhum dia por medo, e deixamos de curtir o
carnaval por conta do "fantasma".
A pescaria
Contador: tio Daniel
Vou contar uma história de pescador.
Há um tempo atrás eu fui fazer uma pescaria lá no Mato Grosso, lá no rio Paraguai e era uma viagem muito longa, e um amigo nosso que mora lá
em Cuiabá disse que quando a turma chegasse, não deveríamos comem nada, pois ao chegarmos em Cáceres o Sr. Reis vai preparar uma peixada,
que é uma comida maravilhosa! Isto quando vocês chegarem de uma viagem no acampamento.
E nós fizemos uma viagem longa e cansativa e quando nós chegamos a Cárcere, ainda subimos 2hs de barco só pra estar no alojamento. Já não
estava aguentando de fome a barriga estava roncando e eu já estava doidinho para comer alguma coisa. Quando nós chegamos no acampamento
tinha um cheiro maravilhoso de comida e nós tínhamos levado uns pãezinhos e nós nos apresentamos e conversamos e o Sr. Reis, o pescador
disse:
_ Não vamos perder tempo! Vai lá pega uma comida, tem uma peixada gostosa que vocês pode comer a vontade.
Ele pegou um prato fundo e peguei 2 pãezinhos, vou me estufar de tanto comer e você não vão acreditar,tinha só peixe que a gente não come e
ninguém sabia que eu era adventista e eu podia colocar a comida no prato e ficar caladinho. Nos não comemos peixe de escama só de couro e tem
uma moqueca cuiabana e vocês podem comer a vontade e foi a decepção daquele cheiro gostoso e agora eu vou comer o meu pão com um suco e
refrigerante e assim eu fiz e fiquei quietinho no meu cantinho e no dia seguinte nós fomos pro rio e quando nós chegamos lá o reis que e o
pescador lá no motor do barco e os 2 amigos lá e eu fiquei na outra ponta de repente quando nós começamos a pescar ai o reis fala lá atrás eu
não tão conseguindo entender esse povo não ele sai lá de mg e me faz uma desfeita e eu falei nosso deus não fala de mim não é você mesmo
mineirinho você não comeu a moqueca que eu fiz você não bebeu cerveja que diacho de ceia que e essa que você participa. E o reis eu só
adventista do sétimo dia e ele não acredito você não vai acredita minha mãe e adventista meu pai e adventista e eu já foi até desbravador e você
não e mais porque e de repente nos largarmos ele no acampamento e fomos pescar mais um pouquinho e eu tão lascado na hora que chegar no
almoço eu vou ter que comer arroz com arroz, feijão com feijão, pão com pão, farinha com farinha e de repente quando eu cheguei no
acampamento e na churrasqueira você não vai acreditar o Reis tinha saído lá do meio do rio e ele pescou um tanto de pacu grande e pra peixe
mais de 2 quilos e o pacu e peixe de escama e ele disse ninguém vai comer do peixe de couro não que eu pesquei esse peixe especial pro
mineirinho esse adventista. E ai está um conto de pescador de verdade.
Investigador de causos e contos: Micael Silvano
Lição: sempre mostrar e nunca ter vergonha que você é adventista .
A cobra
Contador : Leonisia macedo
de Almeida
Investigadora: Jenifer
macedo de Almeida
Estavamos nos últimos dias de férias e
resolvemos ir ao sítio da minha tia, demorou
um pouco, mas chegamos na parte da
tarde. No outro dia passamos o dia inteiro
brincando e vendo os animais. A noite eu e
minha irma fomos dormir, meu pai, minha
mãe, minha tia e meu tio ficaram acordados.
Estava chovendo e a chuva estava muito
grossa, de repente apareceu uma cobra
dentro de casa! Só deu para ouvir muitos
gritos! O mais engraçado foi que entre tantos
gritos eu e minha irmã continuamos
dormindo. Daí meu tio foi lá e matou a cobra.
Era pequena, mas na imaginação era enorme ,
e ele disse que esse tipo de cobra sempre
aparece em dia de chuva, mas não deu pra
saber se era venenosa. Até hoje rimos disso
Memórias da vó
Contador: Antônia Eutáquia
Investigador de causos: Kauã Souza
Eu sou a avó do Kauã e vou contar uns causos aqui,que
passaram na minha vida que marcou muito quando eu
era criança. Minha mãe viajava muito com a gente para a
cidade de Párá de Minas e a gente ia de trem. Ela fazia
farofa e a gente comia no trem e era bom demaaais da
conta e a gente gostava muito de sentar na Janela do
trem porque a gente gostava de olhar a paisagem e o
trem passava em um lugar chamado volta da ferradura e
tinha muita mata e tinha muitos animais, ficávamos
observando.
E na época de julho minha mãe levava agente para Pará
de Minas e nas férias de dezembro nós íamos para um
local chamado São Braz Suaçuí. Então entrava as férias
num dia e no outro já estava tudo pronto pra irmos viajar.
Lá em Pará de Minas foi um local que marcou muito
minha vida, pois os escravos viveram lá!
TUBARÃO
Contador: Reinaldo Ferreira de Andrade
Investigadora: Ana Clara
Reinaldo ainda era muito jovem quando fez sua primeira viagem ao litoral capixaba juntamente com três amigos,
Rodrigo, Robson e Gueguel. A grande motivação da viagem para ele era conhecer o mar, pois os amigos já o
conheciam. Todos sabiam nadar, inclusive o jovem Reinaldo.
Ao chegarem lá, e diante daquela imensidão de água, o jovem motivou os amigos a nadarem até a parte azul do
mar, que é o local mais fundo dele. Muito animado, ele insistiu com sua ideia, e os amigos acabaram por aceitar o
convite de Reinaldo e começaram a nada em direção aoalmejado “azul do mar”.
Durante o percurso eles nadaram muito, deram muita braçada e engoliram muita água salgada, e nada do “azul do
mar” chegar. Após algum tempo nadando, eles já não davam pé mais, ou seja, não sentiam o fundo do mar com os
pés.
Já distantes da margem da praia, a ponto de não conseguirem ver mais as pessoas na areia, pois as ondas do mar
subiam muito, Reinaldo disse aos amigos:
___ Ô Robson, ô Rodrigo, ô Gueguel – rapais, e se por um acaso aparecer umtu....?
Ao dizer a palavra “tu”, os amigos de Reinaldo se desesperaram, saíram nadando apavorados na frente dele,
deixando o amigo para trás, não esperaram nem ele completar a palavra tu....barão. Quando ele o fez, os rapazes já
estavam longe.
Em seguida, ele começou a nadar também em direção a margem da praia. Eles nadavam, nadavam, nadavam, e
nada de chegar à areia. Cada vez que eles estavam próximos a ela, vinha uma onda e os jogavam para trás. Mesmo
cansados eles continuaram nadando.
Até que Deus os ajudou, enviando uma onda que os levou até mais próximo da margem, daí veio outra e eles
finalmente conseguiram chegar na areia. Chegando lá, eles ficaram deitados nela até a hora de irem embora, pois
estavam cansados, não aguentando nem levantar os braços.
A aventura com os amigos foi algo que marcou positivamente a vida do jovem Reinaldo, todavia, ele deixa uma dica
para aqueles que querem se aventurar em alto mar: “Não tente chegar ao azul do mar, pois é complicado! Caso
apareça um tubarão, você pode se transformar na refeição do dia, não conseguindo nem chegar à areia.
O Gritador
Contador: José Aparecido Moreira
Investigador de causos: Nathan
A criatura era sem medida. Quebrava o mato, imitava os animais,
surrava os cães e conversava coisa com coisa também. Algumas
pessoas afirmam ter esbarrado com ele. O sujeito apelidado de
“Gritador” tinha forma de moleque, um homenzinho que andava
sempre despido e, segundo minha vó Geralda, assustava muita
gente, em meados de 1960 e 70, nas fazendas dos municípios de
Capelinha e Itamarandiba, interior de Minas.
Minha vó conta que, numa destas aparições do Gritador a um vizinho
próximo de sua casa, o astuto fez muito barulho. Ele chorava,
gritava, ria e batia muito nos cães. Quando o morador saiu à porta de
sua casa e observou aquela coisa esquisita, sem vestimenta,
sentado de braços cruzados em algumas madeiras de lenha no
quintal, levou um baita susto, mas não se ateve, pegando logo um
chicote e saindo no encalço daquela figura. O bicho que era
esperto, saiu pulando e gritando para outras bandas.
Em outro episódio, minha vó relata que o seu pai, meu bisavô Braz,
estava passando próximo à casa do seu irmão e ouviu muito barulho
dentro da casa dele, que encontrava-se fechada e vazia. Meu avô,
trêmulo de medo, apertou o passo e ao distanciar-se avistou saindo
da casinha uma pessoa estranha que, aos pulos, falava e gritava
muito, embrenhando-sena mata.
As pessoas daquela região afirmam que as histórias do gritador não
é assunto inventado e, até os dias de hoje, é transmitida de pai para
filho. Verdade ou fábula o Gritador ainda rende muitas histórias e
arrepios entre os habitantes do alto Jequitinhonha.
CAUSO DO JOÃOZINHO
Contador: Thierry Prates
Investigador de Causos: Marcelo Ribeiro Prates
O JOÃOZINHO ESTAVA NA ESCOLA QUANDO O PROFESSOR PERGUNTOU À ELE:
- QUEM DESCOBRIU O BRASIL?
JOÃOZINHO RESPONDEU:
- EU É QUE NÃO FUI, RESPONDEU O JOÃOZINHO
O PROFESSOR RESPONDEU:
- MAIS É LÓGICO QUE NÃO FOI VOCÊ JOÃOZINHO! VOCÊ TEM DE SABER QUEM
DESCOBRIU, O
QUE PODE SE ESPERAR DE UMA CRIANÇA COMO VOCÊ QUE NÃO SABE NEM
QUEM DESCOBRIU O BRASIL?
O JOÃOZINHO RESPONDEU:
- UÉ, NÃO É PARA ESPERAR NADA, IMAGINA UM ADULTO GRANDE DESSES
PARA EXPLORAR
UMA CRIANÇA COMO EU?
O PROFESSOR FICOU CHATEADO, E DECIDIU IR À CASA DELE RECLAMAR COM O
PAI. QUANDO CHEGOU LÁ, VIU QUE O PAI DELE ERA UM SITIANTE (DAQUELES
BRONCOS) JÁ VEIO LOGO E DISSE:
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? MEU FILHO APRONTOUALGUMA COISA?
O PROFESSOR RESPONDEU
- NÃO, CALMA, CALMA, O JOÃOZINHO SÓ NÃO ESTÁ ESTUDANDO MUITO, EU
PERGUNTEI À
ELE QUEM DESCOBRIU O BRASIL, E ELE FALOU QUE NÃO FOI ELE
O PAI RESPONDEU:
- OLHA, PODE APERTAR ELE QUE TALVEZ TENHA SIDO ELE MESMO VIU!
Meu tio Erik foi fazer uma viagem
internacional que ele ganhou da
empresa, e ele teve a infelicidade
de sentar-se na primeira cadeira.
Daí começaram a servir as
refeições, as luzes do avião ficaram
em meia luz, então a comissária
chegou com uma vasilha e um
pegador. Ela serviu o meu tio e o
alertou que estava quente, meu tio
colocou na boca na mesma hora
achando que era um pãozinho.
Então começou a mastigar, mas
estava meio duro e ele não
conseguia engolir. Foi aí que a
comissária perguntou:
__O que você está fazendo? Não
coma isso!
Então foi que meu tio percebeu que
era um guardanapo.
No avião Contador: tio Erik
Investigador de causos e contos: Bernardo
CAUSO DO GAÚCHO
Contador: Valdomir (Tura)
Investigadora de causo: Luiza Antunes
O meu amigo Tura, um gaúcho de Três Cachoeiras/RS me contou um causo muito
engraçado sobre o irmão que se chama Davenir. Hoje ele tem 65 anos e na época ele
tinha de 06 a 07 anos.
Onde eles moravam era na roça e não tinha energia elétrica na casa deles. A casa era
iluminada com mexerica que é um pote com querosene e um cordão de linha que
acendia com fogo. Era igual a uma vela, só que era chamado de mexerica. Em um dia
faltou querosene ao anoitecer, e a mãe deles pediu para o Davenir ir buscar querosene
na casa da dona Yor. Ela era uma senhora que morava na roça, aproximadamente a 01
quilometro da casa deles. Ele foi buscar na casa da dona Yor e lá tinha um cachorro que
se chamava Companheiro. Todos tinham medo do cachorro porque ele era muito grande
e bravo. Quando Davenir chegou à casa da dona Yor e bateu na porta ela estava
despercebida e não abriu. Ele bateu mais uma vez e despertou o cachorro que latiu para
ele e ele sem esperar abrir a porta, pulou para dentro da casa. Como era noitinha, ele
ficou tão perdido com a situação que era para cumprimentar a dona Yor e ele
cumprimentou dessa forma:
__ Bom dia dona Querosene! Vir buscar um pouquinho de Yor que mãe pediu.
Kkkkkk...ele trocou o boa noite por bom dia e o nome da dona Yor por querosene kkk
Os brinquedos
Contadora: Sandra Ramos
Investigador de causos: Ivan Arantes
Existia um programa na televisão chamado agarre o que puder, e para
participar desse programa tinha que escrever nas embalagens de um
creme dental chamado kolinos, o nome, e o endereço da criança, e a
criança era sorteada, e quando a criança era sorteada a criança ia para a
televisão e participava desse programa chamado agarre o que puder, onde
existia um balcão onde era cheio de brinquedos , cheio de bonecas, muitos
brinquedos, e eu fui sorteada para participar desse programa, eu estava
no pré-escolar , e fui. Nessa época eu não tinha muitos brinquedos, eu
tinha umas poucas bonecas, porque meus pais quase não me davam, eu
só ganhava brinquedo no dia do meu aniversário ou no final do ano, no
Natal, então não tinha muitos brinquedos, e fui sorteada para esse
programa. Foi maravilhoso porque eu cheguei lá e a primeira coisa que eu
fiquei de olho foi em um piano e eu era doida com um piano, eu tinha
muita vontade de ter um piano. Quando eu fui sorteada e fui participar
para eu pegar os brinquedos, agarrar os brinquedos. Eu fui, coloquei esse
piano no chão, deitei o piano enchi esse piano de jogos, de brinquedos, de
bonecas, e sai carregando esse piano. Eu era muito pequena e sai também
jogando alguns brinquedos no chão, mas eu fiz minha festa. Ali eu
consegui vários brinquedos, tanto pra mim quanto para meus irmãos.
O sapato
Contadora: Diva Camargo
No tempo da minha avó, a minha bisa
(mãe da minha avó) costumava
comprar uma vez por ano um conjunto de
roupa e um par de sapatos para ela, pois
não tinham muito dinheiro... Mas quando
elas iam sair, tinha que estar com o sapato
seco e limpo, ou não saía junto e ficava de
pé descalço.
No dia de sair, o sapato da minha vó estava
molhado; então ela decidiu colocar dentro
de um fogão a lenha para secar e ela poder
sair. Logo no outro dia, minha avó iria tirar
os sapatos que colocara no fogão a lenha.
Quando foi ver estava todo enrugado,
como se fechasse a palma da mão, então
com a besteira da vovó ela mesmo não
pode sair para passear.
Investigador: Arthur Camargo
Os livros
Contadores do Causo: Jorge Geraldo e
Isabel Cristina Garcia de Oliveira
Investigador de causos: Samuel Lane
O meu avô quando tinha em torno de 9 e 10
anos gostava muito de Inglês e ganhou um
dicionário em inglês. Ele desenvolveu uma carta
em inglês levando uns dois dias e meio para fazer
essa carta para enviar para o embaixador dos
Estados Unidos, aqui no Brasil, acreditando que
por ele ser americano, ele entenderia muito bem
o inglês que estava na carta. Passaram alguns
dias que ele tinha enviado a carta, chegou uma
Kombi na casa dos pais dele com uma caixa cheia
de livros, mais de 50 livros em inglês! A mãe dele
vendo aquilo tudo, ficou com medo porque o pai
dele, o marido dela, era Ferroviário e como é que
ele ia pagar aqueles livros todos?! Quando o
pai dele chegou ele deu uma surra no avô do
Samuel porque achou: onde é que ele iria
arrumar dinheiro para pagar aqueles livros? Só
que ele não tinha visto que na caixa tava falando
que era gratuito e quando o avô de
Samuel escreveu essa carta, o intuito dele era
fazer uma surpresa para o pai dele para ver que
ele tinha se desenvolvido bem no inglês, mas
acabou levando uma surra sem saber porque que
estava apanhando.
Infância da vovó
Contadora: Silvana
Investigadora de causo: Alice
Minha avó materna Silvana, me contou um causo de
sua infância que a sua tia contava pra ela.
Uma mulher rica contratou uma mulher muito pobre
para trabalhar em sua casa. As duas mulheres tinham
filhos. A mulher pobre fazia pão e outras coisas gostosas
diariamente para a família que ela trabalhava.
Antigamente fazia-se pão apenas com as mãos.
A mulher pobre fazia o pão geralmente no final do dia,
para que assim ela pudesse voltar para sua casa com as
mãos sujas de massa.
Quando ela chegava em casa, ela pegava uma bacia,
colocava na pia e com água lavava as mãos sujas de
massa, que caia na bacia branca como leite. Essa água,
ela colocava no fogo e preparava mingau para seus
filhos, pois eram muito pobres, mas seus
filhos eram bonitos, fortes e saudáveis.
A senhora rica para qual ela trabalhava, ficava com
inveja dos filhos de sua funcionária.
Em um certo dia, perguntou para ela como ela fazia para
que seus filhos ficassem tão bonitos e fortes, contando
então para sua patroa o que ela fazia diariamente com
as mãos sujas de massa.
Daquele dia em diante, sua patroa proibiu-a de ir
embora com as mãos sujas de massa, ordenando que ela
fizesse isso apenas para os seus filhos.
Quando a mulher podre foi fazer o pão novamente , os
pães viraram sapo.
A lição que a tia da minha avó queria ensinar para ela
com essa história, era que ela deveria ser sempre boa e
gentil com seu próximo .
Coisas de criança
Contadora: vó da Lara
Nós éramos 6 irmãos e muito atentados, um dia
estávamos todos em casa brincando, cada um pensando
em o que fazer de errado. Mirani estava tomando banho
e Vânia abriu a porta do banheiro para que o colega visse
ela no chuveiro, ao mesmo tempo achei uma garrafa
pequena e de vidro com umas bolinhas dentro, achei que
era doce, enchi uma colher e coloquei toda na boca.
Nesse momento começa uma confusão: Minha vó
correndo atrás da Vânia por causa da porta do banheiro e
minha mãe sem saber o que fazer comigo, pois as
bolinhas eram pimentas e das mais ardidas. No final
acabou com todo mundo rindo da gritaria...rsrsrsrsrsrsrs
Investigadora de causos e contos: Lara