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Escola de Hotelaria de Fátima
Sobre a minha Terra
Serra de Aire e Candeeiros
A individualidade geológica e geográfica do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
(PNSAC), não só pela extensão dos afloramentos calcários, mas também, e sobretudo, por serem
os mais significativos do país, levaram à criação desta área Protegida em 1979, pelo Decreto-Lei
n. 118/79, de 4 de maio.
O PNSAC tem como objetivo principal proteger os aspetos naturais existentes e defender o
património arquitetónico e cultural, desenvolvendo ao mesmo tempo as atividades artesanais e
renovar a economia local, além de promover o repouso e recreio ao ar livre.
Compreende uma área de cerca de 38.900 há, distribuída por 7 concelhos: Alcobaça e Porto
de Mós, do distrito de Leiria; e Alcanena, Rio Maior, Santarém, Torres Novas e Ourém, do distrito
de Santarém.
À exceção de pequenas zonas
limítrofes, toda a área do PNSAC
encontra-se incluída no Maciço Calcário
Mesozoico sendo que os constituintes
geológicos principais pertencem quase
totalmente ao Jurássico.
A zona da Serra de Aire e Candeeiros
constitui um dos maiores reservatórios
de água doce subterrânea do nosso País.
Figura 22- Serra de Aire e Candeeiros
Fonte: https://bit.ly/3qBJwzz
Do ponto de vista morfológico podem diferenciar-se no Maciço Calcário Estremenho três
subunidades que correspondem a compartimentos elevados, A Serra dos Candeeiros a Oeste, o
Planalto de St. António ao Centro e Sul e o Planalto de S. Mamede e a Serra de Aire,
respetivamente a Norte e Este. A separar estas subunidades encontram-se três depressões
originadas por grandes fraturas, respetivamente a depressão da Mendiga, o Polje de Minde-
Mira e a depressão de Alvados. Por todas estas razões este é um local onde os mais significativos
e típicos fenómenos cársicos se encontram representados no nosso país, como são exemplo as
dolinas, as uvalas, os poljes e campos de lapiás no que concerne ao modelado de superfície e a
existência de inúmeras grutas (mais de 1500) que cruzam o interior do maciço.
Maria Calado
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