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Qual foi o maior impacto da pandemia
na PASEC? E, consequentemente,
na tua posição como Presidente?
A maior consequência, pessoalmente, foi
sentir que parte da essência da associação
se perdeu. O abraço, o carinho, aquele contacto
mais próximo que nós temos junto
dos nossos participantes. Por outro lado,
foi necessário reajustar totalmente aquilo
que eram as nossas respostas, para que
as mesmas continuassem a funcionar junto
dos nossos e tal foi possível devido à competência
dos animadores e voluntários que
fazem parte da PASEC, o que a mim, enquanto
Presidente, me deixou bastante feliz.
Face à pandemia, qual foi o momento
mais impactante no bom
sentido?
Foi assistir de perto às coisas extraordinárias
que conseguimos fazer,
desde o teatro aos campos de formação
que, mesmo em tempos de pandemia,
aconteceram e tiveram imenso êxito
dentro da PASEC e na comunidade.
Para além da PASEC, que outros
projetos tiveste ou tens?
Para além da PASEC, sou professora
numa escola profissional e faço parte
da direção de uma IPSS na qual assumo
funções de gestão e coordenação.
Que objetivos tens para o futuro
enquanto Presidente?
Para o futuro quero voltar a candidatar-me
(risos), e manter todas as dinâmicas
e, se for possível, melhorar e criar
ainda mais oportunidades dentro da PA-
SEC para o público que faz parte da associação
e com quem trabalhamos.
Que objetivos tens para o futuro a
nível pessoal?
A nível pessoal, tenho um sonho escondido
que é fazer voluntariado num
país africano ou até mesmo no Brasil. Um
sonho que está na gaveta e que só sairá
quando achar que a minha missão naquilo
que faço atualmente, terminou.
DIÁRIOS
ACHADOS
À MARGEM
Há um tempo que não para
Que persegue o meu inconsciente e o consciente
Um tempo que prende o meu pensamento, que comanda os meus movimentos
Um turbilhão de emoções e sensações invade o meu ser
Estou sem rumo, sem direção, procuro sair da margem
A margem…
À margem do rio tento decifrar pensamentos, tento ser
À margem do que sou, procuro seguir pela encruzilhada que me eleva
À margem do meu eu, explode tudo o que não consigo ser
Tudo o que me prende, me retrai
A utopia de querer ser sempre mais, a minha vontade que tortura quem sou para não
deixar de ser
O limite não existe para aqueles que sonham ser
Ser… ser…
Ser a liberdade, a sinergia com a natureza, o sonho, a conquista, a descoberta
Já não me prendo ao que não fui, ao que não sou e nunca me prendo ao que não
conseguirei ser
Porque isso sou eu quem decide. Porque “não conseguir ser” é um lema que limita
aqueles que apenas procuram uma desculpa para não ferir o ego
Porque até utilizarmos todos os recursos que temos, seguirmos todas as encruzilhadas
possíveis, aliados ao tempo que nos persegue, ser é uma escolha
E a margem, somos nós que a definimos
A nossa margem, o nosso ponto de paragem que nos dá a falsa sensação de que o
relógio parou e ganhamos espaço para pensar e decidir…
Essa margem, só nós sabemos onde, quando e como acontece.
E tu, já sabes onde fica a tua margem ou ainda foges dela?
por Mariana Vilas Boas
Sara Gomes com elementos da equipa da PASEC Habitat
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