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1ªedição_janeirofinal

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Qual foi o maior impacto da pandemia

na PASEC? E, consequentemente,

na tua posição como Presidente?

A maior consequência, pessoalmente, foi

sentir que parte da essência da associação

se perdeu. O abraço, o carinho, aquele contacto

mais próximo que nós temos junto

dos nossos participantes. Por outro lado,

foi necessário reajustar totalmente aquilo

que eram as nossas respostas, para que

as mesmas continuassem a funcionar junto

dos nossos e tal foi possível devido à competência

dos animadores e voluntários que

fazem parte da PASEC, o que a mim, enquanto

Presidente, me deixou bastante feliz.

Face à pandemia, qual foi o momento

mais impactante no bom

sentido?

Foi assistir de perto às coisas extraordinárias

que conseguimos fazer,

desde o teatro aos campos de formação

que, mesmo em tempos de pandemia,

aconteceram e tiveram imenso êxito

dentro da PASEC e na comunidade.

Para além da PASEC, que outros

projetos tiveste ou tens?

Para além da PASEC, sou professora

numa escola profissional e faço parte

da direção de uma IPSS na qual assumo

funções de gestão e coordenação.

Que objetivos tens para o futuro

enquanto Presidente?

Para o futuro quero voltar a candidatar-me

(risos), e manter todas as dinâmicas

e, se for possível, melhorar e criar

ainda mais oportunidades dentro da PA-

SEC para o público que faz parte da associação

e com quem trabalhamos.

Que objetivos tens para o futuro a

nível pessoal?

A nível pessoal, tenho um sonho escondido

que é fazer voluntariado num

país africano ou até mesmo no Brasil. Um

sonho que está na gaveta e que só sairá

quando achar que a minha missão naquilo

que faço atualmente, terminou.

DIÁRIOS

ACHADOS

À MARGEM

Há um tempo que não para

Que persegue o meu inconsciente e o consciente

Um tempo que prende o meu pensamento, que comanda os meus movimentos

Um turbilhão de emoções e sensações invade o meu ser

Estou sem rumo, sem direção, procuro sair da margem

A margem…

À margem do rio tento decifrar pensamentos, tento ser

À margem do que sou, procuro seguir pela encruzilhada que me eleva

À margem do meu eu, explode tudo o que não consigo ser

Tudo o que me prende, me retrai

A utopia de querer ser sempre mais, a minha vontade que tortura quem sou para não

deixar de ser

O limite não existe para aqueles que sonham ser

Ser… ser…

Ser a liberdade, a sinergia com a natureza, o sonho, a conquista, a descoberta

Já não me prendo ao que não fui, ao que não sou e nunca me prendo ao que não

conseguirei ser

Porque isso sou eu quem decide. Porque “não conseguir ser” é um lema que limita

aqueles que apenas procuram uma desculpa para não ferir o ego

Porque até utilizarmos todos os recursos que temos, seguirmos todas as encruzilhadas

possíveis, aliados ao tempo que nos persegue, ser é uma escolha

E a margem, somos nós que a definimos

A nossa margem, o nosso ponto de paragem que nos dá a falsa sensação de que o

relógio parou e ganhamos espaço para pensar e decidir…

Essa margem, só nós sabemos onde, quando e como acontece.

E tu, já sabes onde fica a tua margem ou ainda foges dela?

por Mariana Vilas Boas

Sara Gomes com elementos da equipa da PASEC Habitat

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