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Artigo Lúpus eritematoso sistêmico em Odontologia

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Arch Health Invest (2015) 4(6): 21-24 © 2015 - ISSN 2317-3009

placas ou estrias brancas irradiadas 5 o que evidencia a

importânica deste caso clínico apresentado.

Os poucos estudos sobre lesão bucal em

pacientes com LES demonstram, microscopicamente,

para ou ortoceratose, acantose, atrofia epitelial,

degeneração vacuolar da membrana basal com necrose

dos ceratinoitos basais, espessamento da membrana

basal, infiltrado mononuclear liquenóide e vasculite

nos tecidos conectivos profundos 6,7 .

Uma possível razão para a menor frequência de

lesões orais quando comparadas com as lesões

cutâneas podem ser a falta de incidência de radiação

ultravioleta na cavidade oral em contraste com a pele 8 .

De acordo com Litlle, 2008, além da

xerostomia, outras manifestações do LES são:

hipossalivação, disgeusia e glossodinia.

Como alterações bucais, podem serobservadas,

ulcerações, eritema ceratose, presentes na mucosa

jugal, gengiva e palato 9 . Muitas dessas manifestações

são consequências do dano tecidual causado pela

vasculopatia mediada pelos imunocomplexos 10 .

López-Lábady et al. 7 citam que a prevalência de

lesões orais em pacientes com LES é variável e pode

depender do estado da doença e do tratamento

recebido. Este tratamento é, em geral, à base

corticoterapia, através dos quais se obtém resultados

satisfatórios, principalmente frente às lesões bucais,

que regredem totalmente na maioria dos casos 3 .

CONCLUSÃO

A presença do CD no ambiente hospitalar o leva

ao encontro de diversas doenças que requerem amplo

conhecimento geral para serem tratadas e o LES é uma

delas. O conhecimento da patogênese do lúpus, seus

conceitos e suas manifestações norteiam o profissional

quanto ao melhor tratamento e quanto ao melhor

momento para intervir, já que os pacientes com lúpus

estão mais susceptíveis às infecções, de uma maneira

geral.

É necessário o acompanhamento periódico do

paciente com LES, afim de que o diagnóstico precoce

de doença periodontal, lesões cariosas e de lesões

bucais oportunistas ou de LES, seja realizado e o

tratamento adequado instituído.

Ressaltando ainda que a detecção precoce do

LES pode permitir uma terapia imunossupressora

específica, levando a um melhor prognóstico e ao

cirurgião dentista cabe uma parcela de

responsabilidade quanto ao diagnóstico precoce e

orientação para o tratamento adequado.

2. Greenberg MS. Medicina Oral de Burket-

Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Editora

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3. Costa JL, Soares MSM, Komatsu AA,

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CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

AUTOR PARA CORRESPONDÊNCIA

REFERÊNCIAS

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cutâneo: aspectos clínicos e laboratoriais. An Bras

Dermatol.2005;80(2):119-31.

Ellen Cristina Gaetti-Jardim

ellengaetti@gmail.com

Submetido em 10/10/2015

Aceito em 30/10/2015

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Arch Health Invest 4(6) 2015

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