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1 Fazer valer o direito à educação no caso de pessoas com ...

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Muitos argumentos têm sido utilizados para <strong>com</strong>bater os que lutam em<br />

favor da inclusão escolar, até mesmo há os que <strong>no</strong>s acusam <strong>de</strong> promovê-la <strong>com</strong><br />

irresponsabilida<strong>de</strong>! A eles temos <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r <strong>com</strong> o sentido i<strong>no</strong>vador e<br />

revolucionário <strong>de</strong>ssa proposta educacional.<br />

Artigos, livros, palestras que tratam <strong>de</strong>vidamente do tema insistem na<br />

transformação das práticas <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>com</strong>um e especial para a garantia da<br />

inclusão, e é nítida essa <strong>no</strong>ssa preocupação, pois a inclusão é, ao mesmo tempo,<br />

motivo e conseqüência <strong>de</strong> uma <strong>educação</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e aberta <strong>à</strong>s diferenças.<br />

Temos a Constituição <strong>de</strong> 1988 e leis educacionais que apóiam a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconstruir a escola brasileira sob <strong>no</strong>vos enfoques educacionais e<br />

que <strong>no</strong>s conclamam a uma “virada para melhor” <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso ensi<strong>no</strong>. Há apoio legal<br />

suficiente para mudar, mas só temos tido, até agora, muitos entraves nesse<br />

sentido.<br />

Entre esses entraves estão: a resistência das instituições especializadas a<br />

mudanças <strong>de</strong> qualquer tipo; a neutralização do <strong>de</strong>safio <strong>à</strong> inclusão, por meio <strong>de</strong><br />

políticas públicas que impe<strong>de</strong>m que as escolas se mobilizem para rever suas<br />

práticas homogeneizadoras, meritocráticas, condutistas, subordinadoras e, em<br />

conseqüência, exclu<strong>de</strong>ntes; o preconceito, o paternalismo em relação aos grupos<br />

socialmente fragilizados, <strong>com</strong>o o das <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência.<br />

Há ainda a consi<strong>de</strong>rar outras barreiras que impe<strong>de</strong>m a transformação <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>ssas escolas: o corporativismo dos que se <strong>de</strong>dicam <strong>à</strong>s <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência<br />

e a outras mi<strong>no</strong>rias, principalmente dos que tratam <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência<br />

mental; a ig<strong>no</strong>rância <strong>de</strong> muitos pais, a fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>les diante<br />

do fenôme<strong>no</strong> da <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> seus filhos.<br />

Precisamos <strong>de</strong> apoio e <strong>de</strong> parcerias para enfrentar essa tarefa <strong>de</strong> todos que<br />

é o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Temos sofrido muita oposição e resistência dos que<br />

<strong>de</strong>veriam estar <strong>no</strong>s apoiando. Falta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar.<br />

Na verda<strong>de</strong>, resiste-se <strong>à</strong> inclusão escolar porque ela <strong>no</strong>s faz lembrar que<br />

temos uma dívida a saldar em relação aos alu<strong>no</strong>s que excluímos pelos motivos<br />

mais banais e inconsistentes, apoiados por uma organização pedagógico-escolar<br />

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