Livro - Sistemas Operacionais
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tes, que seguiram o seu modelo, foram bem recebidos pelos usuários,
pois introduziam novas técnicas até então não disponíveis nos sistemas
operacionais, como a multiprogramação, que permitia a execução simultânea
de vários programas por meio do compartilhamento de acesso
à memória principal, ocupando em cada um deles um espaço reservado.
A evolução trazida pelo OS/360 e os sistemas de outros fabricantes
não mudou o fato de que o processamento ainda era realizado em lote,
ou seja, eles ainda eram sistemas batch. Além disso, em virtude da automatização
de muitas tarefas, os programadores começaram a sentir falta
do tempo em que tinham acesso ao computador por horas seguidas
e podiam consertar, com mais agilidade, os seus jobs. O grande desafio
era que os programadores daquela época não estavam presentes quando
seus programas eram executados – eles os deixavam em cartões
perfurados ou fitas de computador, aos cuidados do operador de sistema
responsável por carregá-los no computador para execução. Caso
ocorresse um erro durante a execução, o job era paralisado e somente
poderia ser executado novamente depois de ser corrigido, o que o fazia
entrar, mais uma vez, na fila de espera por carregamento e execução.
Com a padronização obtida pelos computadores da série 360, ao utilizar
seu modelo mais potente, o IBM 7094, evidenciou-se que, nas aplicações
científicas, as operações de E/S não eram usadas com frequência;
o contrário acontecia nas aplicações comercias, que utilizavam muito os
dispositivos de E/S, acarretando uma ociosidade por parte do processador
que, ao finalizar o job atual, ficava esperando o encerramento das
operação de E/S. Isso não era perceptível para as aplicações científicas,
mas para as comerciais representava uma perda de 80 a 90% de tempo.
A observação dessa diferença de comportamento e do desperdício
no uso do processador trouxe à tona um problema que precisava ser
solucionado.
O conceito de compartilhamento de tempo (time sharing), uma variante
da multiprogramação, surgiu em resposta à necessidade de se
conseguir melhores tempos de resposta no processamento. Com a implantação
do compartilhamento de tempo, cada usuário passou a acessar
um terminal que não possuía capacidade de processamento e que
era on-line, isto é, ligado diretamente ao computador por uma conexão
ativa. Por meio desse terminal, os programadores poderiam se comunicar
com seus programas em tempo de execução. Porém, para que essa
técnica pudesse ser disseminada, eram necessárias ações de proteção
Introdução aos sistemas operacionais 15