_REVISTA COMUNICA ESPANHOL - 1ª QUI - ABR - 2023

Dessa forma, aproveitávamos as atitudes
que eles iam tendo, e os acontecimentos do
dia a dia, para ir fazendo a catequese. (Uma
coisa que eles lembram até hoje é que o
Roberto, quando ia repreende-los por
estarem brigando, dizia: "vocês veem sua
mãe e eu brigando? Não. Então por que
estão fazendo isso?") Víamos, a cada
momento, que o nosso exemplo era
fundamental para eles e, às vezes, mais
importante do que muitas palavras.
Pela convivência com outras famílias e
sacerdotes amigos, fomos aprendendo a
importância de rezarmos juntos, enquanto
casal, mas também com os nosso filhos e
pelos nossos filhos. Pois, como
experimentamos na Olhar Misericordioso,
"pais de joelhos, filhos de pé". As batalhas
existem, são grandes e, só pela oração
podemos vencê-las.
Tivemos nossas dores e dificuldades, mas a
Palavra de Deus, a oração e a comunidade nos
ajudaram a não desistir, pela certeza de que
Deus sempre caminha conosco. Uma dessas
dores foi a perda do nosso primeiro bebê, pouco
tempo depois de termos nos casado. A frase que
nos acompanhou nesse momento foi a de Jó 1,
21: "O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o
nome do Senhor!". Alguns anos mais tarde
pudemos testemunhar a graça de Deus em
nossas vidas pela chegada do Andre, e depois a
Luísa, e a Mariana e o Rafael. Como diz na
Palavra de Deus, "a benção do casal são os
filhos" (sejam eles biológicos, adotados ou
espirituais). E mesmo parecendo loucura para
alguns, o fato de se ter mais de três filhos, se
tivéssemos nos fechado a essa graça, hoje não
poderíamos oferecer a Deus os nossos filhos:
tanto na vida consagrada, quanto na vocação ao
matrimônio. Irmãos, tenhamos coragem,
confiemos na providência e não queiramos
impor limites à graça de Deus. Se Ele nos dá uma
missão, nos dará também condições para
realizá-la. Nossa meta é o céu! Nossa e de
nossas famílias.
Tudo por Jesus, nada sem Maria!