A Mala de Hana - Uma História Real - Karen Levine
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VE MEST O,
NO
O UT ONO DE 1940 – PRIMA VERA DE 1941
O U TO N O T RO U X E U M V EN TO FRIO , além de
O
restrições e rigidez.
mais
Hana estava prestes a começar a terceira série quando os nazistas
anunciaram que crianças judias não podiam mais ir à escola.
– Agora, nunca mais poderei ver meus amigos! – choramingou Hana,
quando seus pais lhe deram a má notícia. – Agora, não poderei mais ser uma
professora, quando crescer!
Ela sempre sonhou em ficar em pé diante da classe e fazer com que todos
ouvissem atentamente os seus ensinamentos.
Mamãe e Papai estavam determinados a fazer com que seus filhos
continuassem a estudar. Por sorte, tinham dinheiro suficiente para contratar
uma professora particular, que morava numa vila próxima, para dar aulas à
Hana, e também um professor refugiado para ensinar George.
Mamãe tentava ficar alegre.
– Bom dia, Hana! – cantava todo dia quando o sol raiava. – Está na hora
do café. Você não vai querer chegar atrasada na “escola”, vai?
Todas as manhãs, Hana encontrava-se com sua professora na mesa da sala
de jantar. Ela era uma mulher bondosa e fazia o possível para encorajar Hana
com a leitura, a redação e as contas. Ela levava uma pequena lousa, que ficava
apoiada numa cadeira. De vez em quando, deixava Hana escrever com giz na
lousa e limpar o apagador nos arbustos. Mas, nessa escola, não havia colegas,
nem brincadeiras, nem recreio. Hana achava difícil prestar atenção ou ficar
concentrada nas lições. Na escuridão do inverno, o mundo parecia se fechar
em torno da família Brady.