PORTFÓLIO ATELIER DO LEX

Atelier do Lex

INFORMAÇÕES SOBRE O ARTISTA 

Leandro César de Souza, ou LEX, como prefere assinar suas obras, 

natural de Bauru/SP, hoje com 42 anos de idade e com quinze 

residindo em Florianópolis/SC. Artista plástico novo, não 

acadêmico, com breve trajetória na pintura. Seu contato com a 

Arte é inerente à sua rotina de trabalho como Professor de 

Educação Infantil. No entanto, no início de 2020 (pandemia da 

Covid-19) por meio da Arteterapia, sua imersão na 

experimentação pictórica em pintura foi se avolumando em 

produções, técnicas e beleza estética. Trabalhando com diversos 

materiais de apoio (papel, papelão, tecido) e tintas (giz pastel 

oleoso, guache, aquarela, acrílico) vem experienciando 

possibilidades de materiais, técnicas e estilos, realizando-se como 

artista plástico. Atualmente dedica-se à pintura em acrílico, 

conforme mostra o portfólio. CONTATO: +55048 99997 2779 

(WhatsApp), Instagram @atelierdolex_ Site www.atelierdolex.store

FÚRIA 

O título é por causa que a tela passou por 

três pinturas diferentes antes do resultado 

final. O que enfureceu o artista que 

colocou nela toda a frustação que sentia no 

momento. 

Técnica: Acrílico sobre tela 

Dimensões: 70 cm x 50 cm x 2 cm 

Ano de conclusão: 2023

SOBRAS 1 

Com as sobras de tintas da tela 

FLUÍDICA, pode-se compor mais três 

obras, sendo esta a primeira, pois foi a 

base para a criação da obra citada acima. 

Após algumas intervenções com as sobras 

das tintas, eis aí o resultado. 




OS CÍRCULOS NA ESTRADA 

Obra alegre que nos remete a uma 

corrida de círculos coloridos. 




MEU OLHAR AZUL DOURADO 

A obra surge do gosto que se tem pelo azul 

profundo e cor dominante do quadro. O 

dourado vem para destacar o tom azulado, 

bem como o preto e o branco que são 

atores coadjuvantes. No entanto, 

ressaltam=se aos olhos, com formas 

assimétricas propositais 




TRANSANARCO OU PAINEL DA 

ANARQUIA 

Esse painel é um culto às liberdades, a 

todas elas, sem distinção. Também 

representa a tendência do artista à 

Anarquia. 




CORAIS 

Nessa obra utiliza-se a técnica de arte 

derramada ou arte fluída, ou até mesmo 

por Pouring. A imagem formada lembranos 

o fundo do mar com seus 

espetaculares corais coloridos. 




LGBTTQQICAPPF2K+ 

Um manifesto, um grito de liberdade para 

ser o que se é e quem se é de verdade. 

Toda forma de amor e representação 

sexual ou de gênero é contemplada neste 

painel. 




ANJO AZUL 

A obra é uma celebração às cores e seus 

atributos de embelezamento do mundo. 

Elas se escondem em todos os lugares, 

sendo um convite à contemplação. 




DIFUSÃO 

Difusão surge da técnica de esparramar os 

pigmentos na tela, resultando uma mistura 

de cores e tons, que apresentam-se em 

forma de colunas. 




DIFUSÃO 2 

Na mesma proposta que Difusão, também 

surge a técnica de esparramar os 

pigmentos na tela, resultando uma mistura 

de cores e tons, que em vez de colunas 

temos formas de barras estratificadas. 




SÉRIE: A CONSTRUÇÃO DO MEU AMOR 

Nesta nova série asssinada por Lex, temos uma 

narrativa muito comum a todos que, porventura, um 

dia já se relacionou com uma outra pessoa 

amorosamente. Sabemos que no começo tudo é amor 

e sexo, mas com o tempo tudo vai esfriando, o 

frisson de outra hora dá lugar ao desencantamento, 

até chegar ao fim.

O COMEÇO 

Tudo começa com o flerte inicial entre as duas 

pessoas, troca de olhares, sorrisinhos, até chegar 

no bate papo. Neste momento, as duas já se 

sentem atraídas uma pela outra, prontas para o 

próximo passo. 




O PRIMÓRDIO 

Neste estágio mostramos o nosso melhor, a fim 

de conquistar a pessoa desejada. O famoso jogo 

da sedução, que vai se metamorfoseando em 

outro sentimento, o amor, 




O ÊXTASE 

Aqui estamos no ápice do relacionamento, agora 

são feitos planos para um futuro. A libido está no 

auge. Tudo acontece em harmonia. Puro tesão! 




O DISTANCIAMENTO 

Aqui começa a ter o peso da rotina, 

desentendimentos, brigas e discórdias. A relação 

começa a torna-se problemática e insustentável. 

Ainda existe o gostar e a libído, mas começam a 

serem interferidos pela situação caótica do 

relacionamneto. 




O TÉRMINO 

Neste período as coisas já não vão nada bem. Há 

separação dos corpos e mentes. O distanciamento 

é pleno e total e só resta uma coisa a ser feita: 

cada pessoa toma um novo rumo. 




A CONSTRUÇÃO DO 

MEU AMOR 

Se lembra quando a gente chegou um dia a 

acreditar que tudo era para sempre, sem saber 

que o pra sempre, sempre acaba. (trecho da 

música “Por enquanto”, Legião Urbana). 




AS PRIMÁRIAS 

A obra “As primárias” nasce da predileção 

que tenho por essas cores. Nesta tela usamos a 

técnica de acrílica aquarelada, numa mistura 

hiper sensorial. Bonita tela para compor 

ambientes. 

Técnica:Acrílico sobre tela 



MINHA MENTE 

DEPRESSIVA E 

CORROSSIVA 

Essa tela surgiu como meio de reflexão sobre 

a doença depressão, um olhar perspicaz e 

maduro sobre sua própria condição de 

depressão. Reflete o caos e desordem que 

acomete os pensamentos que corroem a sua 

psique. 




PÂNICO 2 

Com essa obra o artista consegue retratar de forma 

pictórica o momento de uma crise de pânico. A confusão 

proposital e espontaneidade do pincel sobre a tela vão se 

agrupando em emaranhados de sentimentos. Segundo 

ele, tudo começa com o preto, representante da onda de 

pânico que começa a surgir na mente e no corpo, depois 

vem o amarelo, um sinal de alerta e apreensão toma todo 

o seu ser e por fim o vermelho que designa o instinto 

selvagem que das sensações de medo e alerta geram no 

organismo psíquico e biológico, sudorese, tremores, 

dores, vontade de sair correndo, gritar ou mesmo 

paralizante. Uma tela de muita personalidade do artista 


Dimensões: 85 cm x 72,5 cm 


ÍMPETO 

Ímpeto nasce do contraste da vivacidade e 

altivez do amarelo com a profundidade do 

azul marinho. Uma obra versátil que pode ser 

utilizada tanto na horizontal como vertical. 




AS ENGRENAGENS DA 

LOUCURA 

Em Engrenagens da Loucura o artista 

representa seu ponto de vista sobre a 

mente e quais engrenagens 

potencializam a loucura, numa imersão 

de sentimentos e conflitos da psique 

humana. 


Dimensões: 73,5 cm x 40,5 cm 


A LA 

MONDRIAN 

Mais uma homenagem ao grande artista Piet 

Mondrian (1872-1944) com suas cores e formas 

revolucionou o mundo da arte. Nessa tela a 

homenagem a versatilidade, característica do 

artista, é traduzida aqui pela assinatura na tela 

que tanto pode assumir um ou outro lado, 

dualizando a perspectiva da obra. 


Dimensões: 48 cm x 75 cm 


MEU OLHO AZUL 

EM ESPIRAL 

A tela em questão é uma imersão do olhar quando 

fixa em algo e de alguma forma vai adentrando 

numa espiral até que o objeto observado já não 

está mais lá pois nosso olhar atravessou-o, 

atingindo nossos mais remotos e profundos 

pensamentos. É como se todo mundo parasse 

naquele pequeno instante de contemplação e 

meditação. 




A MAIOR FLOR DO 

MUNDO DE JOSÉ 

SARAMAGO 

A proposta da tela é uma homenagem ao conto 

infantil que dá título à pintura, texto do renomado 

autor lusitano, José Saramago (1922-2010). Todo 

brilho e destaque dessa tela é a grande flor que 

brota da terra e resplandece sua harmonia e 

esperança, para alegrar o ambiente em que se 

encontra. A flor vermelha é para lembrar o 

posicionamento sócio-político do poeta e escritor 

comunista. 




SÉRIE OS QUATRO SOLDADOS DO 

APOCALIPSE 

Nesta nova série de 4 telas que traz a visão 

irreverente sobre temas atuais e sensíveis às 

sociedades modernas, trata-se dos Quatro 

Cavaleiros do Apocalipse, que para o artista é 

retratado sendo soldados em vez de cavaleiros, 

são eles: A Pestilência, O Senhor da Guerra, O 

Famigerado, e A Mortícia. Cada qual traz em si 

uma crítica social de maneira descontraída e 

desconstruída da realidade.

A PESTILÊNCIA 

O primeiro soldado encontra-se hoje sendo a 

principal arma do Apocalipse, A Pestilência, pois 

é responsável pelas epidemias e pestes que 

assolaram e ainda assolam o globo terrestre. O 

importante é perceber que ela é responsável não 

só pelas doenças, mas também por todos os 

venenos dissipados na terra, na água e no ar. Pura 

diversão para essa leal soldado. 




O SENHOR DA GUERRA 

O segundo soldado é o Senhor da Guerra. Ele 

representa todos os tipos de guerra existente, seja 

ela santa / religiosa, territorial, urbana, rural, etc. 

Também é uma crítica a milionária indústria de 

armas, bem como todo tipo de armamento 

beligerante. Presente em todo território global, 

ele atua diariamente de forma silenciosa ou 

estrondosa ao ponto de serem televisionados em 

tempo real, como um grande reality show. 




O FAMIGERADO 

O Famigerado é o terceiro soldado, implacável! 

Um retrato social da cruel situação que assola 

todo o nosso território global, impossível não se 

sensibilizar com tal miséria humana. O 

Famigerado, que se espalha sobretudo nas 

camadas mais empobrecidas das sociedades mais 

sensíveis a oscilações econômicas. Mas, ele não é 

indestrutível, bastando ação coletiva e intenção 

política para isso. Enquanto não houver isso, ele 

continuará esfomeando a sofrida população 

pobre. 




A MORTÍCIA 

A Mortícia é o quarto soldado e vem para 

concluir os trabalhos iniciados pelos outros 

soldados. O mais chocante é que, devido a atual 

realidade pandêmica sentida pela população 

mundial, até ela se apresenta perplexa com tantas 

vidas ceifadas. 


Dimensões: 40,5 cm x 73,5 cm 


HOMENAGEM A MONDRIAN 

Homenagem a Mondrian, uma singela 

referência a este grande artista plástico, 

inovador e brilhante em seus quadros, fundador 

do estilo neoplasticismo, P(1872 

- 1944), deixou indelével contribuição à Arte Moderna. 


Dimensões: 48cm x 78cm. 


CONDESCENDENTE 2 

Condescendente 2 vem na mesma linha do 

Condescendente, mas agora uma tela maior, 

utilizando técnica de espalhamento e tinta por 

meios de colheres e tampas de garrafas pets, 

flexibilidade, tolerância é a mensagem desta tela, 

as cores criam harmonia umas às outras, com 

forte impacto pictórico. 




CONDESCENDENTE 

Quantas vezes na vida somos obrigados a ser 

indisciplinados ou mesmo tolerantes, outras vezes 

somos obrigados a sermos flexíveis com as 

nossas relações sociais cotidianas. 

Condescendente vem justamente explicitar a falta 

de ordem, tolerância e flexibilidade exigidas nas 

relações cotidianas da vida, tudo isso 

demonstrado nesta tela feita com uma colher em 

vez de um pincel, uma transgressão e mergulho à 

condescendência por meio da plasticidade da tela. 




SEMI-ÁRIDO 

Nesta tela, buscou-se a temática do semi-árido 

brasileiro que no primeiro momento parece ser 

inóspito, no entanto a fauna, a flora e o sertanejo 

sobrevivem e resistem com resiliência em relação 

às dificuldades por conta do clima árido. 




ÁRVORE DA VIDA 

Nessa alegre pintura o artista tem um só objetivo: 

celebração à vida! Símbolo mundial da vida, a 

árvore representa nossa ancestralidade e vínculo 

com a Mãe Natureza. O tronco e raízes robustas e 

bem demarcadas fazem alusão aos nossos 

alicerces, suas folhas e flores representam nossas 

alegrias, nossos percalços, nossas vitórias, nossas 

decepções etc. mas sempre tendo uma visão 

colorida e otimista da vida. 




AMIGOS DE DOROTHY 

A tela é marcada pelo tema da diversidade 

humana, sexual e de gênero. O título faz alusão ao 

código secreto que existia na década de 1960 para 

identificação dos homossexuais da época, já que 

havia proibições para a manifestação dessa 

parcela da sociedade na época. Outra 

preocupação foi, a partir das cores do arco-íris 

estarem propositalmente assimétricas entre elas 

nos revela a luta que existe internamente dentro 

do movimento LGBTQI+ para legitimar e fazer 

parte de corolário de posicionamentos. No 

entanto, é marcadamente um culto à diversidade 

das cores, dos corpos, dos gêneros e das 

sexuaidades humanas. 




ODE A MANOEL DE BARROS 1 

Ode a Manoel de Barros 1 é um convite idílico da 

vasta obra deste poeta pantaneiro, considerado 

por muitos como o maior poeta brasileiro. A 

palavra para ele tem que chegar ao grau de um 

brinquedo, e aqui o pincel e as cores denotam este 

grau de brinquedo almejado pelo autor. O azul, 

cor predominante, faz alusão a esta cor tão 

demarcada em suas poesias: Havia no lugar um 

escorrer azul de água / sobre as pedras do 

córrego. / (Um escorrimento lírico.) (...) 

(BARROS, Manoel de. Retrato do Artista 

Quando Coisa. p. 363. in: Manoel de Barros 

Poesia Completa, São Paulo: Editora Leya, 

2010). 




O SOL E O MAR 

Como mote para esta tela temos as belezas 

naturais que a Ilha de Santa Catarina 

(Florianópolis/SC) nos proporciona com finais de 

tarde esplendorosos tanto na Baía Sul como na 

Baía Norte, os contrastes das cores quentes e frias 

- o sol e o mar - criam imagens indeléveis aos 

espectadores. Tela alegre que nos remete à 

contemplação e a paz de espírito que um pôr do 

sol nos proporciona. 




REFLEXOA E NEXOS 2 

Nesta tela ou painel foi utilizada a técnica muito 

conhecida no meio infantil, por ser muito 

utilizada pelas crianças e professores, nela 

dispomos, em uma metade de papel, porções de 

tintas; depois, dobra-se o papel ao meio, abrindoo 

em seguida, formando, assim, uma imagem ou 

imagens, Reflexos e Nexos, um reavivamento do 

lúdico do artista, referente ao seu trabalho como 

Professor de Educação Infantil. 




CIDADES (in)VISÍVEIS 

A cidade surge como pano de fundo nessa obra, 

seus fluxos e refluxos, mobilidade ou falta dela, 

todos os dias, eclodindo em uma cidade visível e 

caótica, pois estamos parados, literalmente, 

vendo a vida passar, tudo isso com as pessoas 

sendo engolidas pela paisagem ofegante e 

transcendental da cidade invisível, mas sentida 

todos os dias, inexoravelmente. 




CORES 

Nessa tela irreverente com um monte de cores se 

acumulando e reforçando a alegria descontraída, 

combinada com escolhas de pinceladas, ora 

delicadas ora grosseiras, sem métrica, mas 

procurando a harmonia. Assim, junto dessas 

cores, basta-nos olhar e se alegrar, pois a 

mensagem é essa: VIDA COLORIDA, SEMPRE! 




A PROFUNDIDADE DO TEU OCEANO 

Nas imensidões dos oceanos e mares existem, 

tanto na terra, como dentro de nós. A obra 

privilegia, a paleta azul, a cor da leveza e a 

profundidade quando acompanhada de tons 

escuros representa aquilo que não entendemos ou 

não acessamos por bloqueios, mas está lá, latente 

e vivo, com constância persistente, ao passo que 

as misturas das cores na tela geram paisagens 

insólitas, surreais, levando-nos ao profundo da 

nossa consciência. 




VINIL DESCONSTRUÍDO 

Os saudosos anos de 1980 é retratado aqui 

carinhosamente com um dos símbolos da época: o 

disco fonográfico de plástico preto, mais 

conhecido como vinil. As falhas no disco nos 

remetem ao quase desaparecimento desse artefato 

cultural, se não fosse por sebos e tantos 

apaixonados por essas “bolachas”. 




BURACO DE CARANGUEJO 

Ao observar os catadores de caranguejos nos 

mangues de Florianópolis, litoral de Santa 

Catarina, bem como no litoral sul do estado de 

São Paulo (Barra do Ribeira / Jureia) sempre uma 

cena me assustava: quando a garra do caranguejo 

encontra a mão do catador antes de ser pego pelo 

jeito certo. Há uma apreensão, como se eu 

prendesse o ar, até ver os catadores tirando suas 

mãos com a iguaria, sem a dolorosa garra do 

crustáceo beliscando-os. 


Dimensões: 51,5 cm x 43 cm 


OS CAMINHOS E AS CORES DA VIDA 1 

Nessa obra, que propositalmente não contém 

assinatura do artista na frente da tela e sim atrás, 

possibilita ao cliente dispô-la tanto na horizontal 

quanto na vertical, ou seja não existe certo ou 

errado, e sim escolhas. Da mesma maneira são os 

caminhos da vida e cada caminho uma coloração 

mais marcante, sendo momentos especiais de 

nossas vidas, tanto os alegres como os difíceis; 

tudo aquilo que nos formou como pessoa, única e 

especial. 

Técnica: Acrílico, látex sobre tela 



OS CAMINHOS E AS CORES DA VIDA 2 

Enquanto OS CAMINHOS E AS CORES DA 

VIDA 1 trata o tema de maneira harmônica e até 

positiva, essa obra, por outro lado, nos traz na 

verdade os descaminhos e desencontros que vida 

nos proporcionam, retratadas com as desarmonias 

das formas e linhas, mas que buscam justamente a 

estética no/do caos. 




NOITE DE LUAR NO CAMPO 

Já pensou numa casinha no meio de um vale, 

próximo ao mar, onde o tempo é ditado pela 

natureza? Pois é, esse lugar existe e chama-se 

Costa de Cima, localizado no sul da ilha de 

Florianópolis/SC, com cenário bucólico. Seu 

peculiar charme rural marcou por alguns anos a 

vida do artista. A noite em questão foi uma noite 

clara de lua cheia, na qual ele flagrou um intensa 

luz, igual uma grande estrela cadente. Não é à toa 

que Floripa é carinhosamente chamado também 

de Ilha da Magia. 




SÉRIE TRIBOS ANIMAIS 

Tribos Animais é uma série de três telas que busca juntar e construir uma relação entre a tríade: O Humano, A Mãe Terra e O 

Divino. Cada tela traz as relações de dependência e interdependência entre ambos os elementos. 

O Humano e suas marcas estão pontuados no tom vermelho, que nos remete ao sangue animal, à paixão humana, à fome, à raiva. 

O ocre traz A Mãe Terra, base de todo imbróglio entre os elementos e que dá base à História Humana. Por meio do domínio d’O 

Humano sobre A Mãe Terra, temos o desenvolvimento científico e tecnológico, quiçá humano. O ocre nos leva à dureza e 

aspereza d’A Mãe Terra para com O Humano. 

O Divino aqui representado pela cor preta demarca a obscuridade que sempre rondou e ainda ronda esse tema. 

Os triângulos, constante nas obras, remetem-nos também à tríade, como traço universal das religiões e crenças. Ademais, 

representa a ligação entre os três elementos principais das obras já citadas e suas interposições e dominações de um pelo outro. 

As marcas retilíneas, tanto perfeitas como imperfeitas, conta-nos as marcas que cada elemento deixa no outro e em si mesmo 

nessa inter-relação, demonstra também, quanto mais perfeita mais vemos o desenvolvimento técnico-científico, dotando-nos de 

um domínio d’O Humano em relação À Mãe Terra e aO Divino, ao passo que esse domínio nos aprisiona numa falsa visão de 

superioridade humana.

TRIBOS ANIMAIS 1 

Da série, trata-se do tribal rústico ainda com marcas 

apenas da obscuridade d’O Divino (cor preta) que 

domina tudo e todas as ações humanas (cor 

vermelha), bem como as relações com A Mãe Terra 

(cor ocre) que se torna base desse domínio, já que A 

Mãe Terra e O Divino se confundem nesse 

momento. São os movimentos pagãos que visam a 

atribuição do sobrenatural/obscuridade aos 

fenômenos da natureza e seus ciclos. 

Técnica: Acrílico, látex e guache sobre tela 




Nessa obra O Humano (cor vermelha) aqui 

cria marcas em si mesmos, ou seja, mostra a 

evolução e desenvolvimento da ciência e o 

domínio sobre A Mãe Terra (cor ocre) com 

as formas retilíneas em ocre sobre tom ocre. 

Por outro lado, vimos que O Divino (cor 

preta) se sobrepõe O Humano, enjaulando-o, 

assim reina soberano entre O Humano e A 

Mãe Terra. 





No ápice da série é possível constatar o quanto O 

Humano (cor vermelha) retorna com toda sua força de 

dominação e subjugação sobre os outros dois elementos: 

A Mãe Terra (cor ocre) e O Divino (cor preta). 

Retratados pelo máximo desenvolvimento científico e 

tecnológico, O Humano rege, ou pelo menos tenta reger 

os outros elementos, imprimindo suas marcas por meio 

de linhas retilíneas. Percebe-se também um forte domínio 

d’O Humano sobre O Divino, inclusive 

descaracterizando-o (triângulo branco). 

Por outro lado, O Divino transpassa qualquer domínio 

e/ou controle. Assim vemos surgir um pequeno triângulo 

preto com um círculo no centro, representando a 

indissociabilidade entre os elementos principais da obra.

PORTFÓLIO ATELIER DO LEX

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