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Underxmag - Underwater Expedition Magazine - Mergulho

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02<br />

underxmag.com<br />

Janeiro / Fevereiro 2010<br />

UNDERXMAG.com<br />

<strong>Underwater</strong> <strong>Expedition</strong> <strong>Magazine</strong><br />

RAJA AMPAT<br />

Indonésia<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub<br />

Dema Show 2009<br />

Rebreathers<br />

e muito mais !!!<br />

Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

Meio Ambiente: Recifes de coral<br />

Fotografia: Macro<br />

Dicas de posicionamento de flash<br />

Brothers Islands<br />

Mar vermelho<br />

Brasil: Bonito<br />

Abismo Anhumas, Rio da Prata, Formoso e Sucuri


Kadu Pinheiro<br />

www.kadupinheiro.com<br />

Numidia - Brothers Islands<br />

UNDERWATER EXPEDITION


Spanish Shawl<br />

Vance Taitano<br />

Top 10 Novembro / Dezembro de 2009<br />

Yawn<br />

Soren Egeberg<br />

Hypselodoris bullockii<br />

Ross Gudgeon<br />

Flamboyant Cuttlefish<br />

Steve De Neef<br />

Female Ribbon Eel.<br />

Daniel Norwood


Top 10 Novembro / Dezembro de 2009<br />

Manta Parade at Sangalaki<br />

Kaufik Anril<br />

Family<br />

Enje Im<br />

The Gentle Giant<br />

Soren Egeberg<br />

Tiger shark<br />

Albert Kok


A Melhor de Novembro / Dezembro de 2009<br />

Great White Shark HDR<br />

Julian Cohen


Editor: Kadu Pinheiro<br />

redacao@underxmag.com<br />

Revisão:<br />

Carolina Fukuda Pinheiro<br />

Sugestões:<br />

info@underxmag.com<br />

55 11 8383-2501<br />

Publicidade: Alcides Falanghe<br />

comercial@underxmag.com<br />

web magazine 2010<br />

Distribuição Gratuita<br />

Publicação Bimestral<br />

Foto de capa:<br />

Marcio Lisa<br />

UNDERXMAG.com<br />

<strong>Underwater</strong> <strong>Expedition</strong> <strong>Magazine</strong><br />

08. Raja Ampat - Indonésia<br />

22. Brothers Islands - Mar Vermelho<br />

40. Meio Ambiente - Recife de Corais<br />

42. Bonito - Mato Grosso<br />

52. Greenpeace - Meio Ambiente<br />

54. Eric Cheng - Portfolio<br />

62. Segurança e primeiros Socorros<br />

64. Dema Show 2009<br />

66. Campeonato Brasileiro de foto Sub 2009<br />

73. Foto Sub - Equipamentos - dicas e técnicas<br />

80. <strong>Mergulho</strong> Técnico - Rebreathers<br />

83. Sea Shepherd - Canal Aberto<br />

85. Aquaworld - Notícias e Novidades<br />

87. Chico Scuba - Humor<br />

Colaboradores:<br />

Marcio Lisa - Ivan Cavas - Marcelo Mariozi - Dr. Marcio Monteiro<br />

José Mario Ventura - Eric Cheng - Alcides Falanghe<br />

Luiz Fernando Cassino - Armando de Luca Junior<br />

Marcelo Cardoso Ribeiro<br />

Kadu Pinheiro e Eric Cheng nosso<br />

convidado especial dessa edição<br />

Edição número - 02<br />

Janeiro / Fevereiro 2010 02<br />

Ano novo, novos desafios, e uma edição recheada de novidades.<br />

Nosso primeiro convidado internacional, Eric Cheng, nos presenteando<br />

com seu magnífico portfolio, Marcio Lisa nos brinda com fotos<br />

fantásticas de Raja Ampat na Indonésia, Ivan Cavas com uma<br />

matéria sobre o Pantanal nos mostrando como nosso país abriga<br />

cenários inimagináveis, minha contribuição com uma matéria sobre<br />

Brothers Islands no Mar Vermelho, um lugar remoto e especial,<br />

cheio de aventura e mistério. São mais de 80 páginas de puro deleite<br />

e que ainda trazem a cobertura completa do CB 2009, novas<br />

colunas sobre mergulho técnico com Zé Mario e Primeiros Socorros,<br />

com o Dr. Márcio Monteiro, Alcides Falanghe assumindo o comercial<br />

e fazendo a revista entrar de vez no mercado, enfim um time<br />

de feras para trazer a você leitor o que temos de melhor em informação<br />

aqui no Brasil e no mundo.<br />

A primeira edição foi um sucesso, com quase 1500 downloads entre<br />

o site e as visualizações no Issuu (banca de revistas virtual), mais de<br />

5000 visitantes no site, quase 100 membros inscritos no nosso grupo<br />

no Flickr com mais de 850 fotos publicadas. As fotos top 10 publicadas<br />

no início da revista mostram a qualidade do material submetido<br />

por fotógrafos do mundo todo. Nosso grupo no facebook já<br />

conta com mais de 200 integrantes e não para de crescer. Foram<br />

centenas de e-mails de elogios e incentivos à revista, parcerias se<br />

consolidando e despertando o interesse do mercado, enfim uma<br />

prova de que estamos andando na direção certa, e só estamos na<br />

primeira edição...<br />

Agradeço à todos os leitores que mandaram elogios, críticas e sugestões,<br />

e que estão acreditando na revista, agradeço também<br />

aos nossos colaboradores que dedicaram tempo e suor para nos<br />

deliciar com essas matérias de tirar o sono !!!<br />

No fechamento da edição tomamos conhecimento da tragédia<br />

acontecida em Ilha Grande, e deixo aqui nossos sentimentos por<br />

aqueles que partiram e nossa solidariedade para aqueles que ficaram.<br />

Kadu Pinheiro<br />

Editor


08<br />

RAJA AMPAT Indonésia<br />

por Marcio Lisa<br />

Raja Ampat for free!<br />

Em 2008, participei de um concurso para a<br />

escolha da foto que iria estampar o tag do<br />

parque marinho de Raja Ampat para o ano<br />

de 2009. Preso ao colete, o tag funciona<br />

como uma “autorização de mergulho” para<br />

os 4.000 mergulhadores que costumam frequentar<br />

a região todo ano. A votação do<br />

concurso foi aberta ao público e contando<br />

com a ajuda de amigos do Brasil e do exterior,<br />

acabei conquistando o direito de passar<br />

uma semana “for free” nesse paraíso sub. O<br />

concurso foi promovido pela Wetpixel, contou<br />

com o apoio da Conservation International<br />

e da Coral Reef Aliance. A foto escolhida<br />

foi a silhueta de uma raia-manta, fotografada<br />

durante a viagem de 2008 para esse mesmo<br />

destino.<br />

Raja Ampat é um arquipélago que compreende<br />

mais de 600 ilhas, faz parte da província<br />

Indonésia de West Papua e está localizado<br />

no extremo leste da Indonésia, a oeste<br />

da ilha de Nova Guiné. O nome Raja Ampat,<br />

ou “Quatro Reis” faz referência às 4 grandes<br />

ilhas do arquipélago: Misool, Salawati, Batanta<br />

e Waigeo. No século 15, os “Quatros Reis”<br />

foram 4 rajás que receberam um presente do<br />

então sultão das ilhas Molucas.<br />

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Raja Ampat é considerado o local<br />

com a maior biodiversidade<br />

marinha do Triângulo de Corais,<br />

região compreendida por Indonésia,<br />

Filipinas e Papua Nova<br />

Guiné. Lá são encontradas mais<br />

de 1.200 espécies de peixes, 700<br />

de moluscos e 600 espécies de<br />

corais.<br />

Apenas como referência, todo<br />

o Caribe abriga menos de 70<br />

espécies de corais. Um recorde<br />

surpreendente foi registrado<br />

em 2001 pelo ictiólogo e escritor<br />

Gerald Allen: Ele identificou num<br />

único mergulho de uma hora, a<br />

impressionante marca de 283 diferentes<br />

espécies de peixe.<br />

Umas das maiores dificuldades<br />

para chegar até esse paraíso é a<br />

distância. Em 2008, pegamos um<br />

vôo até Dubai, de lá partimos<br />

para Singapura e depois para<br />

Manado, na Indonésia.<br />

Raja Ampat<br />

Indonesia por Marcio Lisa<br />

Após mais um vôo até Sorong, na Ilha de Papua, foram mais<br />

duas horas de barco até a remota ilha Kri. Ao todo, foram<br />

cerca de 30 horas de vôo, sem considerar as escalas. Outra<br />

opção, que fizemos na viagem de 2009, foi voar até Dubai,<br />

de lá pegar um vôo até Jakarta e depois de uma escala em<br />

Makasar, seguir até Sorong. A duração dos vôos, independente<br />

do trajeto, é praticamente a mesma.<br />

09


10<br />

Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

O mergulho em Raja Ampat foi em grande<br />

parte movido pela paixão do holandês<br />

Max Ammer, que se instalou na região<br />

em 1990, e desde então, vem mapeando<br />

e investindo nesse local. Ele construiu e<br />

administra atualmente 2 resorts na região,<br />

o Kri Eco Resort e o Sorido Bay Resort, que<br />

estão estrategicamente localizados na<br />

pequena e paradisíaca ilha Kri. Max irá<br />

inaugurar em 2010, o Antares, um liveaboard<br />

de luxo que apesar dos 46 metros<br />

de comprimento, irá acomodar no máximo<br />

18 pessoas em suas 9 confortáveis suítes.<br />

O barco contará até com uma câmara<br />

hiperbárica para 4 pessoas.<br />

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Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Optamos por ficar instalados no Sorido Bay Resort, que possui uma infra-estrutura superior à do Kri Eco Resort. Apesar de estar numa ilha que não conta com energia<br />

elétrica e água doce, e de estar a 75 km da cidade mais próxima, o resort é bem confortável. São 9 chalés com água quente, tv a cabo, ar condicionado, e até uma<br />

bancada com pia e esguicho de água doce especialmente desenhada para cuidar do seu equipamento de foto ou vídeo. O resort conta com dessalinizadores,<br />

os geradores trabalham 24 horas por dia e são 3 refeições diárias, com opções de entrada, prato principal e sobremesa. Os dois resorts oferecem uma promoção<br />

interessante: Se durante sua estadia, você não conseguir mergulhar com uma raia manta, não é preciso pagar a conta do bar!<br />

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12<br />

Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

A temperatura média da água é de<br />

29 graus e a visibilidade fica na casa<br />

dos 20 metros. São 4 mergulhos por dia<br />

e a maioria dos pontos está localizada<br />

a poucos minutos do resort. As saídas<br />

são de no máximo 6 mergulhadores,<br />

com um guia para cada dupla, o que<br />

garante uma operação de mergulho<br />

bastante tranquila e personalizada.<br />

Nossas saídas foram guiadas por Otto<br />

Awon, gerente de mergulho do Sorido<br />

e um dos guias mais experientes da<br />

região. Otto já acompanhou algumas<br />

das principais estrelas da fotografia e<br />

filmagem submarina na região.<br />

Ao chegar, fomos recebidos por Max<br />

sua equipe no píer do Sorido Bay Resort.<br />

Fomos para o quarto descansar<br />

e aproveitamos para arrumar os equipamentos<br />

para a “dura” rotina de<br />

mergulhos que nos esperava. Acordamos<br />

às 6h00 e após um excelente<br />

café da manhã, partimos com destino<br />

a Cape Mansuar. Caramba, já tinha<br />

esquecido como esse lugar é incrível.<br />

A quantidade de peixes e o colorido<br />

do fundo são impressionantes, algo<br />

impossível de descrever somente com<br />

palavras e fotografias.<br />

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Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

O mergulho seguinte foi em Mike’s Point.<br />

Confesso que quando estive lá em 2008,<br />

acabei não curtindo muito o mergulho,<br />

em função de uma forte corrente que<br />

insistia em nos puxar para o fundo. Dessa<br />

vez foi diferente: Uma leve correnteza...<br />

e que mergulho!!! A corrente suave<br />

era suficiente para alinhar um belo<br />

cardume de Ribbon Sweetlips, foto da<br />

capa desta edição. O cardume desses<br />

peixes alinhados é uma das marcas registradas<br />

de Raja Ampat.<br />

Após o almoço, partimos para outro<br />

ponto próximo ao resort, Sardines Reef.<br />

Apesar de não ter nenhuma sardinha<br />

perdida por lá, a quantidade de peixes<br />

é tão impressionante, que sem exagero,<br />

fica fácil você perder o contato visual<br />

com seu dupla. São cardumes gigantescos<br />

de Unicorns, Surgeons e Fusiliers<br />

Fishes.<br />

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14<br />

Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Caímos para fazer um mergulho num paredão em frente ao resort que leva<br />

o sugestivo nome de Sorido Wall. Um grande cardume de Bumphead Parrotfishes,<br />

dividia a atenção com um Black Tip Shark que patrulhava o recife.<br />

Nos dias subsequentes, caímos em Koh Reef, Chicken Bay, Cape Kri, Sleeping<br />

Barracuda, Lalosi Reef, Mangkur Kodon e no Sorido Jetty, um mergulho despretencioso<br />

no pier do resort.<br />

Este último, merece um destaque especial, pois no lusco-fusco, é possivel encontrar<br />

o Mandarim fish, um dos peixes mais exóticos e coloridos do recife. Tanto<br />

o macho quanto a fêmea, ficam escondidos entre os corais quebrados no<br />

fundo, e no pôr do sol, saem para paquerar. É um momento mágico: o casal<br />

sobe cerca de 20 centímetros dos corais, dá uma rápida namorada e volta<br />

para a segurança dos corais no fundo. Fotografar o romance é uma tarefa<br />

árdua, pois são extremamente tímidos e não gostam de luz. O negócio é deitar<br />

no fundo e ficar aguardando o encontro, que apesar de estonteante, dura<br />

apenas alguns segundos. Infelizmente, nesse dia não demos muita sorte...<br />

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No dia seguinte partimos para Manta Point, uma estação de limpeza onde é comum o<br />

encontro com essas gigantes que dão nome ao ponto. Ficamos ajoelhados na areia,<br />

esperando a chegada desses viajantes do oceano. Assim que nos posicionamos, chegaram<br />

3 grandes mantas: Duas de ventre negro e uma com o ventre quase que totalmente<br />

branco. Elas pareciam não estar muito preocupadas com nossa presença: Chegaram,<br />

ficaram por alguns minutos na estação de limpeza e depois desapareceram no<br />

azul. Passado algum tempo, lá estava um novo bicho parado na estação. Era só uma<br />

manta sair que logo chegava outra. E eu que novamente estava com a esperança de<br />

não ter que pagar pela minha conta do bar...<br />

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Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

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Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Além da visita das mantas, Raja Ampat é também habitat<br />

dos Dugongs, um mamífero herbívoro marinho da<br />

ordem Sirenia, que inclui também o peixe-boi.<br />

O resort conta com um ultraleve anfíbio, feito para facilitar<br />

a localização desses animais, e principalmente,<br />

para os hóspedes poderem contemplar toda a beleza<br />

da região. Talvez por estar literalmente do outro lado<br />

do mundo, confesso que não tive coragem de encarar<br />

o vôo, mas para quem tem um mínimo de coragem,<br />

deve ser alucinante!<br />

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The Passage<br />

Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Em nosso penúltimo dia, finalmente partimos rumo<br />

a The Passage, um local que não consegui apagar<br />

da memória do ano anterior. Durante o percurso,<br />

paramos para conhecer a “Bat-Caverna”,<br />

um local onde dezenas, ou melhor, centenas de<br />

morcegos se acomodam no teto de uma caverna<br />

banhada pelas águas do mar.<br />

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Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Explicar o mergulho em The Passage é<br />

muito difícil. É como se fosse um estreito<br />

rio de água salgada cruzando o meio de<br />

uma floresta.<br />

O “rio” possui pouco mais de 1 km de extensão<br />

e separa as ilhas de Gam e Waigeo.<br />

Aqui, os corais suaves chegam a<br />

aflorar na maré baixa e a proximidade<br />

com a floresta nas margens, cria uma situação<br />

bastante inusitada: O verde das<br />

árvores contrasta com o magnífico colorido<br />

dos peixes e corais.<br />

Dependendo do ângulo que se fotografa, tem-se a impressão que os<br />

peixes estão literalmente flutuando na floresta. Após uma hora e meia de<br />

mergulho, saí da água com uma sensação indescritível.<br />

Lembro de ter olhado para meu amigo e companheiro de viagem Álvaro<br />

Velloso e dito: “Agora posso ir embora feliz. Devo ter feito as melhores<br />

fotos de toda a minha vida...”.<br />

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20<br />

Raja Ampat<br />

Indonésia por Marcio Lisa<br />

Apesar de ser um paraíso para quem gosta de mergulhos coloridos com muitos peixes, Raja Ampat é ótimo também<br />

para quem gosta de criaturas, digamos, mais minimalistas. Todos os mergulhos possuem excelentes oportunidades<br />

para o encontro com a micro vida. São quatro diferentes espécies de Pigmy Seahorse, uma infinidade dos mais<br />

curiosos tipos de nudibrânquios, Flat Worms e uma grande diversidade de pequenos peixes e crustáceos.<br />

Nosso mergulho de despedida foi em Mios Kon. A quantidade de diferentes cardumes indo para lá e para cá era<br />

incrível. No meio do mergulho acabei deixando a câmera de lado apenas para contemplar esse verdadeiro espetáculo<br />

da natureza. Com o passar do tempo, os peixes acostumados com minha presença, começaram a se<br />

aproximar mais e mais, e de repente, surgiu uma sensação estranha. Por alguns instantes me senti como se fosse<br />

parte desse incrível ecossitema. Nesse momento deu para entender o porquê da assinatura do resort: ”Where all<br />

the fishes live”.<br />

Assista ao vídeo no You tube<br />

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Kri Island<br />

Vai lá:<br />

O pacote de uma semana<br />

com mergulhos ilimitados,<br />

Nitrox, pensão completa e<br />

transfers no Sorido Bay Resort<br />

sai por € 2.170,00. O mesmo<br />

pacote no Kri Eco Resort fica<br />

por € 1.340,00.<br />

www.papua-diving.com<br />

Marcio Lisa<br />

Mais fotos em:<br />

www.marciolisa.com<br />

Torne-se um Instrutor NAUI<br />

www.naui.com.br<br />

Segurança no mergulho através<br />

da educação<br />

NAUI Mercosul<br />

AV. PEDRO BLANCO DA SILVA 681 SALA 03<br />

JARDIM SANTA ADELAIDE<br />

JUNDIAÍ - SP<br />

55 (11) 44930031 / 44971962


22<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Uma viagem com cara de expedição...<br />

Brothers Islands - Red Sea<br />

Hum, jeito de expedição, sabor de expedição, um mergulho como nos velhos tempos, onde alguns destinos hoje atulhados de turistas ainda eram selvagens e pouco acessíveis, aonde a viagem<br />

para se chegar ao point já é uma aventura por si só, hoje vivemos num mundo globalizado onde as distâncias e os limites já são vistos com certo desdém e naturalidade, na verdade o mergulho<br />

sempre foi uma atividade cheia de mistérios e aventuras, descobrir lugares novos ver criaturas que poucas pessoas conhecem, encarar “feras” temíveis como tubarões e grandes animais, hoje<br />

no dia a dia do turismo e das “globalizações” pouco a pouco a aventura pessoal toma um caráter secundário, mas eis que, uma viagem com todos os ingredientes de expedição se materializa<br />

em nossos sonhos, Brothers Islands:<br />

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As Brothers estão localizadas à 65 milhas ao sudeste de<br />

Safaga e 32 milhas ao nordeste de El Quesir no meio do<br />

Mar Vermelho. As duas pequenas ilhotas são nomeadas “El<br />

Akhawein’ no Egito, o que significa os Irmãos”.<br />

Estas “ilhas” são dois rochedos expostos como dois pilares<br />

submersos onde apenas o seu topo aflora a superfície, são<br />

os únicos recifes significativos na área, e como tal, funcionam<br />

como um ímã para peixes pelágicos e de arrecifes.<br />

Fortes ventos e correntes marítimas dão suporte a uma incrível<br />

e diversificada formação coralínea.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Big Brother, a maior das duas ilhas, está localizada a cerca<br />

de 1 km ao norte de seu irmão menor: Small Brother. Big<br />

Brother é facilmente identificada pelo seu grande farol em<br />

estilo vitoriano, um legado deixado pelos Ingleses.<br />

Imensas paredes forradas de corais e gorgônias se perdem<br />

em um imenso paredão que rodeia toda ilha e despenca<br />

a profundidades muito além das permitidas no mergulho<br />

recreativo. É absolutamente fantástico o crescimento dos<br />

corais que iniciam na superfície e prosseguem em direção<br />

as profundezas.<br />

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24<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

A vida marinha aqui é mais do que impressionante, e<br />

varia desde os mais ínfimos organismos até os grandes<br />

tubarões como: tresher sharks, grey reef sharks, whitetip<br />

reef sharks, hammerhead sharks, oceanic whittip<br />

sharks e silky sharks.<br />

Resumindo um par de rochedos perdidos no meio da<br />

região sul do mar vermelho, local ainda semi-selvagem<br />

e pouco visitado pelas hordas de mergulhadores que<br />

invadem o norte do mar vermelho nos dias de hoje,<br />

um lugar ainda mágico onde a possibilidade de grandes<br />

encontros é enorme, onde não existe a prática de<br />

alimentar ou sevar para atrair os animais, tudo é feito<br />

da maneira mais natural possível.<br />

O acesso é limitado, são mais de 7 horas de navegação<br />

partindo do porto de Marsa Alam, onde se inicia<br />

nossa viagem, os barcos que operam na região são<br />

grandes iates preparados para o mergulho, que dispõe<br />

da mais moderna tecnologia para garantir a segurança<br />

e o conforto dos mergulhadores, nosso barco<br />

em especial possuía: 10 cabines com ar condicionado<br />

e controle individual, sendo duas das cabines de casal,<br />

com banheiros privativos, um moderno compressor<br />

para recarga de ar comprimido e Nitrox, sistema de localização<br />

via satélite GPS, rádio e telefone via satélite,<br />

toda a sorte de radares e sonares, alem de um amplo<br />

deck preparado para equipagem e suporte aos mergulhos,<br />

a área social também contava com aparelho<br />

de TV e DVD, mini system e confortáveis mesas e sofás<br />

para as refeições e confraternizações pós-mergulho,<br />

uma verdadeira base de operações cinco estrelas.<br />

A equipe era muito bem treinada composta de marinheiros, cozinheiros<br />

e dive masters locais, toda a logística da operação é bem estruturada e<br />

planejada, pois os mergulhos nas Brothers não são para iniciantes, cada<br />

mergulho é uma surpresa, grandes profundidades e fortes correntes são<br />

uma constante e todo o cuidado é pouco.<br />

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Todos os mergulhos nas Brothers são em drift com apoio de dois zodiacs que se<br />

encarregam de levar os mergulhadores até os pontos de mergulho, enfrentando<br />

fortes ondulações enquanto nosso barco fica ancorado em local mais distante, na<br />

volta dos mergulhos são estes mesmos zodiacs que fazem os resgates das duplas ou<br />

grupos que aparecem dispersos na superfície após as paradas de segurança ao<br />

sabor das correntes, nossos verdadeiros anjos da guarda nas Brothers.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Fizemos um primeiro stop em um ponto chamado<br />

Sha´ab Marsa Alam onde pudemos testar<br />

e configurar melhor nossos equipamentos<br />

ajustando o lastreamento, praticando a inflagem<br />

do deco maker ou sinalizador de superfície,<br />

item primordial para nossa segurança visto<br />

que todos os mergulhos são feitos em mar<br />

aberto e sujeitos a fortes correntes.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Após esse primeiro mergulho fomos para Elphinstone, nossa primeira<br />

parada, um recife localizado a algumas milhas da costa<br />

onde também é possível avistar grandes animais, os mergulhos<br />

também são profundos e sujeitos a fortes correntes, mas o visual é<br />

incrivelmente compensador, confesso que nosso primeiro mergulho<br />

em Elphinstone não me animou muito apesar da visibilidade<br />

superar os 50 metros e a abundante vida marinha serem indescritíveis,<br />

grandes cardumes e uma infinidade de peixes coloridos<br />

são corriqueiros nos mergulhos nessa região, mas estávamos em<br />

busca de “peixes grandes” e para este primeiro dia de mergulho<br />

eu havia optado por usar um S80 com ar comprimido, e após<br />

atingir quase 50 metros de profundidade e pagar uma deco de<br />

mais de 10 minutos resolvi mudar minha configuração para os<br />

próximos dias.<br />

O barco também dispõe de cilindros de 15 litros e optei por usálos<br />

com uma mistura de EAN 28, que julguei mais adequada frente<br />

às opções disponíveis no barco, estendendo meus tempos de<br />

fundo e permitindo maior segurança e conforto durante os mergulhos.<br />

Rumamos para um ponto mais abrigado e próximo da costa<br />

onde realizamos nosso mergulho noturno em meio a formações<br />

e pilares repletos de corais e gorgônias em um fundo de areia<br />

branca com profundidade média de 18 a 25 metros, Peixes leão,<br />

bailarinas espanholas, arraias, moréias gigantes e uma infinidade<br />

de outros seres noturnos em plena atividade, 1 hora e 10 minutos<br />

de fundo e a volta para o jantar, naquela mesma noite navegamos<br />

em direção as Brothers economizando assim tempo precioso,<br />

uma vez que chegaríamos pela manhã em tempo de nosso<br />

primeiro mergulho em Big Brother, onde a grande atração são os<br />

dois naufrágios, o Numidia e o Aida.<br />

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Big Brother é um rochedo que possui 400 metros de comprimento por 90 metros de largura e está rodeado<br />

por um magnífico recife que vai de 5 metros em sua parte mais rasa despencando a estonteantes profundidades.<br />

As Correntes podem ser fortes em torno das Brothers, o que dificulta os mergulhos e exige um bom<br />

preparo dos mergulhadores que se aventuram em suas águas, mas isto também apresenta uma grande<br />

vantagem: a certeza de atrair muita vida e seus predadores naturais.<br />

O mergulho é feito por zodiacs ou diretamente pelo deck do barco dependendo do ponto e das condições<br />

de mar, mas via de regra o uso do zodiac na operação é indispensável. Existem apenas alguns lugares<br />

para ancorar os barcos o que torna a logística do mergulho mais complexa.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

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AIDA<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

No lado noroeste de Big Brother encontra-se o naufrágio<br />

do AIDA, com 75 metros de comprimento, era um navio<br />

de passageiros que foi usado pelo Exército como navio de<br />

transporte de suprimentos. Durante uma tempestade em<br />

1957 o barco afundou, felizmente todos os 157 passageiros<br />

foram resgatados com vida.<br />

O navio está em pé ao lado de uma íngreme parede repleta<br />

de corais moles. O naufrágio começa a 26 metros e<br />

termina a 60 metros de profundidade, existem alguns pontos<br />

de penetração e as restrições são de nível médio, uma<br />

abundante vida marinha cerca o lado externo do naufrágio<br />

com peixes palhaço em anêmonas, pequenos cardumes<br />

passando de fronte ao naufrágio no azul.<br />

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NUMIDIA<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

À menos de 100 metros ao norte do Aida, existe um<br />

segundo navio naufragado, muito mais antigo e misterioso,<br />

chamado Numidia, um navio Inglês de transporte<br />

de carga que levava material para ferrovias e tinha<br />

145 metros de comprimento.<br />

O navio afundou em torno de 1901 e é totalmente coberto<br />

por corais moles com uma infinidade de cores, o<br />

primeiro segmento do naufrágio se estende desde os 9<br />

metros até os 50 metros de profundidade, onde o casco<br />

foi partido ao meio. A popa do barco e o propulsor<br />

podem ser encontrados a 80 metros de profundidade.<br />

É considerado um dos melhores naufrágios no Mar<br />

Vermelho, a penetração em seu interior é um capitulo<br />

a parte, com equipamento recreativo chegamos na<br />

abertura do 2º porão localizado próximo dos 50 metros<br />

de profundidade junto ao mastro principal que se projeta<br />

no azul, ali foi possível adentrar no naufrágio e navegar<br />

em direção a superfície explorando seu interior,<br />

são vários decks, com passagens largas e iluminação<br />

natural, para explorações mais profundas e demoradas<br />

recomenda-se o uso de equipamentos e configurações<br />

técnicas, que podem ser solicitadas com antecedência,<br />

o barco possui sistema para montagem de<br />

duplas e o divemaster local está habilitado a conduzir<br />

mergulhos técnicos mais elaborados.<br />

29


30<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Numidia 50 metros de profundidade...<br />

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Paredões:<br />

Os mergulhos no outro lado da Big são igualmente maravilhosos, grande parte dos mergulhos se inicia num<br />

perfil multi-nível a quase 45 metros de profundidade na parte externa do recife onde se encontra um platô, e<br />

é na beirada deste platô de fronte ao abismo oceânico que as melhores oportunidades de avistamento de<br />

tubarões e grandes peixes ocorre, o tempo de fundo é limitado devido a enorme profundidade, o resto do<br />

mergulho é feito ao sabor da correnteza do dia, seguindo o paredão e dançando em meio a formações de<br />

gorgônias e corais, um verdadeiro aquário, e de quebra, se preferir e a correnteza permitir, arriscar uma navegação<br />

no azul, mantendo a parede no visual e cruzando com enormes napoleões e tubarões galha branca<br />

oceânicos devidamente acompanhados do seu séqüito de peixes pilotos.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

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32<br />

Little Brother:<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Little Brother é ao contrário de Big Brother, totalmente<br />

desabitada, possuindo apenas um terço do seu irmão<br />

maior. Não existe nenhuma vegetação e os únicos habitantes<br />

são as aves. Little Brother é cercada por paredões<br />

íngremes, conduzindo o mergulhador a grandes<br />

profundidades, corais negros, grandes gorgônias e corais<br />

moles podem ser vistos por aqui em abundância,<br />

existe um platô em um dos cantos da formação onde<br />

tubarões de diversas espécies podem ser avistados em<br />

rituais de limpeza. O local é denominado cleaning station,<br />

e foi palco de alguns dos melhores encontros que<br />

tivemos em Little Brother.<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

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34<br />

Marsa Alam:<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Na volta, pernoitamos em<br />

Sha´ab Marsa Alam para mais<br />

um mergulho noturno, no dia<br />

seguinte fizemos mais um mergulho<br />

em Ephinstone e depois<br />

fizemos nossa última imersão<br />

em Abu Dabbab II e nos despedimos<br />

desse incrível mundo<br />

azul, ao todo foram 17 mergulhos<br />

em 6 dias de viagem.<br />

Quando o tempo está ruim<br />

com ventos fortes e ondas muito<br />

grandes o mergulho nas Brothers<br />

pode se limitar a um só dia,<br />

porque as condições de ancoragem<br />

tornam-se impossíveis, o<br />

mergulho noturno nas Brothers<br />

é proibido devido a grande atividade<br />

de predadores e a forte<br />

correnteza, a noite chegamos<br />

a contar mais de 10 tubarões<br />

ao redor do barco, dificilmente<br />

o numero de mergulhos diários<br />

ultrapassa três, devido aos longos<br />

intervalos de superfície necessários<br />

em função do perfil<br />

de mergulho.<br />

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Em terra:<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Luxor um passeio pelas alturas<br />

Que tal sobrevoar o Vale dos Reis com o<br />

sol nascendo de cima de um balão? Indiana<br />

Jones? Loucura, pois foi o que fizemos<br />

em nosso intervalo de superfície, a<br />

aventura começou as 05h00 hs da manhã;<br />

2 vans fizeram nosso transporte até<br />

as margens do Nilo, de lá embarcamos<br />

em uma faluja (embarcação típica da<br />

região) e atravessamos o Nilo em direção<br />

ao Vale dos Reis, tendo na outra margem<br />

o prenúncio do alvorecer banhando o<br />

templo de Karnac, uma bela visão para<br />

entrar no clima do que estava por vir, na<br />

outra margem do Nilo outras 2 vans nos<br />

levaram para uma plantação próxima<br />

ao Colosso de Menon, onde o balão e<br />

a equipe de apoio de terra estavam nos<br />

esperando para o embarque.<br />

Aquele maravilhoso alvorecer com o céu rajado de variados tons de vermelho e laranja contrastando com o verde da plantação que nos enchia os olhos,<br />

após uma rápida explicação dos procedimentos de vôo e aterrissagem nos dirigimos ao cesto de um imenso balão seguro pela equipe de terra, embarque<br />

e decolagem, assim tão suave que nem percebemos, a altitude chega rápido e o vislumbrar da paisagem nos deixa atônitos e boquiabertos, de um<br />

lado o deserto com a visão de templos areia e mistério, do outro lado o Nilo banhando plantações com suas tradicionais falujas já em plena atividade,<br />

singrando suas águas turvas, realmente uma paisagem fantástica e quase que impossível de ser descrita em palavras, o vôo durou 1 hora e nos conduziu<br />

a outra margem do Nilo onde pousamos em meio a uma plantação local já bem afastados das margens do Nilo, para onde a equipe de apoio já estava<br />

se dirigindo, ah o pouso..., bom... o pouso, só estando lá para saber o barato do pouso, não deixe de fazer, só o balão já vale a viagem.<br />

35


36<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Templos de Luxor e Karnac<br />

A visita aos templos de Luxor e Karnac são imperdíveis<br />

também, para completar a jornada uma visita ao Vale<br />

dos Reis, Templo da Rainha Hatshepsut e o Colosso de<br />

Mennon.<br />

Cairo<br />

Já no Cairo não deixe de visitar as Pirâmides e o Museu<br />

do Cairo, e quem sabe uma parada para tomar<br />

um tradicional café egípcio no mercado Khan el Khalili,<br />

fumando um narguile. Um programa mais romântico e<br />

não menos divertido é um jantar flutuante singrando as<br />

águas do Nilo ao som de tradicionais shows com dançarinas<br />

do ventre e comida típica, são várias as opções,<br />

consulte seu guia local ou a recepção dos hotéis. Outro<br />

programa imperdível no Cairo é o jantar no restaurante<br />

giratório da cobertura do hotel Hayat com vista para<br />

a cidade, e depois você ainda pode badalar no Hard<br />

Rock Café no subsolo do mesmo.<br />

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Documentação:<br />

• Passaporte com validade mínima de 06 meses da data de embarque;<br />

• Certificado de mergulho avançado e “log book” com no mínimo 50 mergulhos logados;<br />

• Certificado internacional de vacina contra Febre Amarela;<br />

• Visto: é necessário visto para o Egito, que pode ser emitido no aeroporto do Cairo ao chegar.<br />

Melhor época:<br />

São os meses de verão entre Maio e início de<br />

Novembro, por que a água é mais quente e<br />

as condições climáticas são mais favoráveis<br />

aos mergulhos e a navegação.<br />

Como chegar:<br />

ida: São Paulo / Milão / Cairo / Hugarda<br />

volta: Luxor / Cairo / Milão / São Paulo<br />

voando Alitalia e Egypt Airlines<br />

Assita ao Vídeo no YouTube:<br />

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Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

37


38<br />

Onde ficar:<br />

Brothers Islands<br />

Egito por Kadu Pinheiro<br />

Cairo: LE MERIDIEN PYRAMIDS Categoria Superior maravilhosa vista<br />

para as Pirâmides<br />

Luxor: LE MERIDIEN LUXOR Categoria Superior fica localizado nas<br />

margens do Nilo<br />

Milão: LE MERIDIEN GALLIA Categoria 5 estrelas ótima localização<br />

junto a uma estação de metro e trem. Dica: deixe os equipamentos<br />

de mergulho em um locker no aeroporto de Malpensa e siga<br />

para Milão apenas com a bagagem de mão de ônibus ou trem.<br />

Quem Leva:<br />

A SQUALLO - Viagem e Turismo oferece diversas opções de expedições<br />

para destinos diferenciados e com acompanhamento de um<br />

instrutor brasileiro, possui pacotes especiais para grupos e escolas.<br />

Tel:(55) (11) 5182-3819, email: squallo@squallo.com.br<br />

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skype: squalloviagens<br />

MSN: marcelo@squallo.com.br<br />

Foto: Massimo Bicciato<br />

LIVE ABOARD:<br />

Miss Veena<br />

Construído no ano 2000 em Suez, M/Y Veena foi<br />

renovado completamente em Fevereiro de 2004.<br />

Uma das características principais do Miss Veena é<br />

o poder dos motores que permite uma velocidade<br />

de navegação superior às outras embarcações<br />

do Mar Vermelho.<br />

Acomodação: 20 hóspedes em 10 cabines duplas,<br />

das quais duas com cama de casal, seis com camas<br />

separadas, duas com camas tipo beliche, todas<br />

com banheiro privativo, ar condicionado com<br />

controles separados e frigobar.<br />

Parte externa: Sun-deck com bar.<br />

Ar condicionado: Todo ambiente é climatizado<br />

Parte interna: Sala de jantar, bar, TV, vídeo, CD,<br />

DVD e carregador de bateria para foto e vídeo.<br />

Cilindros de 12 litros de alumínio Int/din + cilindros<br />

de 15 litros para uso com nitrox<br />

Compressor: 2 Bauer 200 lt/min - 1 K14 Bauer<br />

Recarga de Nitrox a bordo: um cilindro 7 euros,<br />

pacote com 12 cilindros 80 euros<br />

Barco inflável: 2 zodiac com motor 40 hp<br />

Equiamento de segurança: Kit de oxigênio, kit de<br />

primeiros-socorros, 2 botes salva-vidas<br />

(life-rafts), alarme e extintores de incêndio.<br />

Numidia<br />

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St. John’s Reef<br />

Daedalus Reef<br />

Brother’s Islands<br />

O melhor barco para os melhores pontos do Egito<br />

Fotos: Massimo Bicciato<br />

Representante exclusivo no Brasil - Squallo Dive <strong>Expedition</strong>s - consulte sua escola de mergulho<br />

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Clique nas imagens abaixo para ver mais fotos


40<br />

Meio Ambiente<br />

Texto e fotos por Armando de Luca Junior<br />

A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DOS RECIFES DE CORAL<br />

Um dos mais fascinantes grupos de seres marinhos é o dos Cnidários, cujos representantes<br />

mais conhecidos são as anêmonas-do-mar, corais e águas vivas. Eles são caracterizados<br />

pela presença de tentáculos que contêm células urticantes (provocam queimaduras) utilizadas<br />

como meio de defesa e captura de alimentos. As formas mais freqüentes são de<br />

pólipos (geralmente fixos a algum substrato) e de medusas (vivem na coluna d’água).<br />

Grande parte das espécies pertencentes ao grupo forma colônias.<br />

Os corais geralmente chamam mais a atenção dos mergulhadores devido a seus formatos,<br />

cores e beleza no cenário submarino e muitas vezes sua importância maior, biologicamente,<br />

não é levada tão a sério quanto deveria. Por essa razão, falaremos especificamente<br />

deles.<br />

Dentro dos Cnidários, eles fazem parte do grupo dos Antozoários e podem ser encontrados<br />

nas águas costeiras de todo o mundo, preferencialmente nos mares tropicais. Várias<br />

espécies têm a capacidade de retirar carbonato de cálcio da água do mar e utilizar<br />

como matéria prima para construir seus esqueletos calcários. Dessa maneira, sob condições<br />

ideais, podem ainda ser os responsáveis pela construção dos recifes de coral, verdadeiros<br />

aglomerados de vida com grande importância ambiental. Os corais com essa<br />

capacidade recebem o nome de hermatípicos.<br />

Os recifes são classificados conforme sua formação nos seguintes tipos:<br />

1. Franja: crescem junto da costa e paralelos a ela, separando-se ou não por um raso canal.<br />

Crescem em direção ao mar e podem até aflorar na superfície. Os mais conhecidos<br />

são encontrados no Mar do Caribe e no Nordeste do Brasil.<br />

2. Barreira: estão associados a placas do fundo oceânico com movimentos de afundamento.<br />

Assim, ficam paralelos à costa, porém mais distantes e formam canais mais profundos<br />

do que os recifes em franja. A Grande Barreira de Corais australiana é o exemplo<br />

típico.<br />

3. Atóis (ou circulares): ocorrem em mar aberto, especialmente no Oceano Pacífico. Começam<br />

como recifes em franja ao redor de ilhas vulcânicas e crescem verticalmente<br />

passando para o tipo em barreira. Por causa de atividades vulcânicas e/ou tectônicas,<br />

a ilha pode submergir formando uma lagoa interna cercada pelo recife. Posteriormente,<br />

ocorrem formações arenosas e chegada de vegetação.<br />

4. Chapeirões: formações típicas do sul da Bahia, na região de Abrolhos. Começam a se<br />

desenvolver a uma profundidade aproximada de 30m e crescem em direção à superfície,<br />

como gigantescos cogumelos.<br />

Os recifes têm milhares de anos de existência, pois a taxa de crescimento dos corais é extremamente<br />

baixa e depende das condições ambientais. Para se ter uma idéia, um coral<br />

incrustante, como o coral cérebro, agrega aproximadamente 1 a 2 cm de carbonato de<br />

cálcio ao ano, enquanto que uma forma ramificada (chifre de veado, por exemplo) chega<br />

a 10 cm por ano nas extremidades.<br />

Agora é só imaginar o tempo gasto pela natureza na formação de um recife que começa<br />

aos 80m de profundidade e praticamente aflora na superfície marinha. Ou até mesmo de<br />

uma pequena colônia de coral cérebro com meio metro de diâmetro, é só fazer as contas.<br />

Fica fácil imaginar o quanto é prejudicial retirar um pedacinho de coral da natureza para<br />

colocar em um aquário ou para ser usado, com muito mau gosto, como enfeite. Obedecendo<br />

às necessidades dos organismos para a construção dos recifes, os limites geográficos<br />

para sua ocorrência estão aproximadamente entre as latitudes de 32º ao norte e ao sul<br />

da Linha do Equador, onde a média de temperatura da água oscila entre 20º e 30ºC. Além<br />

disso, é importante haver correntes que transportem ativamente nutrientes, salinidade de<br />

cerca de 35%o, águas com boa transparência e um substrato para fixação. O limite de profundidade<br />

gira em torno dos 90m, dentro de uma região onde ainda pode haver alguma<br />

penetração de luz.<br />

A luz é necessária, pois os corais possuem uma simbiose com algas conhecidas por zooxantelas,<br />

que vivem entre seus tecidos. De uma forma bastante simplificada, podemos afirmar<br />

que as algas produzem matéria orgânica através da fotossíntese que pode ser utilizada<br />

pelo coral e, em contrapartida, recebem abrigo. Uma das grandes preocupações do momento<br />

é devida a alterações da temperatura do oceano, fenômeno que pode provocar<br />

a expulsão das algas com conseqüente branqueamento e até a morte dos corais. Isso tem<br />

ocorrido em várias partes do mundo e constitui motivo para acalorar as discussões sobre<br />

aquecimento global e atividades humanas que aceleram esse processo.<br />

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Além do problema do branqueamento, os corais sofrem devastação<br />

com atividades humanas. Recifes já foram dinamitados (até<br />

bem recentemente no sul da Bahia) para que a rocha calcária fosse<br />

utilizada industrialmente na fabricação de cal e cimento. Blocos<br />

de corais são extraídos para venda para o comércio aquarista.<br />

Redes de arrasto destroem as formações. Lançamentos indevidos<br />

de equipamentos para ancoragem de barcos arrebentam áreas<br />

extensas de corais. Pisoteamento de áreas afloradas por turistas em<br />

áreas onde os recifes ficam mais ao alcance do grande público<br />

trazem sérios prejuízos. E até o mergulhador autônomo, geralmente<br />

um indivíduo mais consciente sobre a importância dos corais e de<br />

sua preservação, pode agir negativamente, seja por um preparo<br />

inadequado na sua instrução e conseqüente falta de habilidade<br />

no controle de flutuabilidade, seja para obter uma imagem interessante<br />

e no momento não pensa que está raspando e destruindo<br />

os delicados tecidos do coral, que ficam em sua camada mais<br />

superficial.<br />

Em alguns países os danos causados trouxeram tantos prejuízos<br />

que a atividade humana foi diretamente afetada, pois os peixes,<br />

crustáceos e moluscos utilizados na alimentação rarearam simplesmente<br />

pela destruição de seus habitats. Em alguns lugares, para<br />

tentar reverter esse processo, além da conscientização da população,<br />

foram implantadas verdadeiras “fazendas” de corais, ou<br />

seja, áreas onde existiam recifes anteriormente, sendo repovoadas<br />

através da recolocação de “mudas” de corais.<br />

A estrutura dos recifes também tem grande importância ambiental<br />

por abrigar uma enorme variedade de habitats, comportando<br />

centenas de espécies à procura de abrigo, alimentação e área<br />

adequada para reprodução. A complexidade desse ambiente é<br />

tamanha, que os cientistas chegam a considerar um recife de coral<br />

como um todo, como um sistema autotrófico (capaz de produzir<br />

seu próprio alimento) que é mantido pela energia radiante (luz<br />

solar) transformada por seus membros fotossintetizantes (as zooxantelas).<br />

Ou seja, algo como um grande organismo que funciona<br />

dentro de um equilíbrio delicado, vivendo praticamente por si só,<br />

como se fosse independente do meio externo. Só que para isso<br />

continuar existindo, o homem precisa cada vez mais olhar para<br />

essas estruturas com a atenção que lhes é devida, com respeito e<br />

procurando criar meios para que o convívio não traga conseqüências<br />

negativas para esses fantásticos seres marinhos.<br />

Meio Ambiente<br />

Texto e fotos por Armando de Luca Junior<br />

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42<br />

Bonito<br />

Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

A cidade de Bonito hoje desponta como<br />

um dos principais destinos para ecoturismo<br />

no Brasil. Aliando paisagens espetaculares<br />

com fauna e flora exuberantes, atende à<br />

expectativa dos mais diversos perfis de<br />

aventureiros. Localizada no Mato Grosso<br />

do Sul sobre o planalto da Bodoquena é<br />

uma região privilegiada, já que possui inúmeras<br />

nascentes de rios, que favorecidos<br />

pela predominância da formação calcária<br />

dos seus solos, possuem águas cristalinas<br />

e peixes das mais variadas espécies,<br />

jacarés e sucuris. São cenários perfeitos<br />

para a fotografia submarina, bem como<br />

suas cavernas. A maioria dessas cavernas<br />

hoje se encontram fechadas aguardando<br />

implementação de plano de manejo<br />

adequado que permita a exploração das<br />

atividades de mergulho. Distante 265 km<br />

da capital, Campo Grande, tem acesso<br />

facilitado por estradas em bom estado.<br />

Bonito consegue reunir atrações para os mais diferentes<br />

gostos e idades, podendo atender a demanda desde o<br />

turista que busca apenas relaxamento quanto àquele com<br />

sede intensa de aventura. Para quem, como nós, está a um<br />

passo de desenvolver guelras, o local é uma oportunidade<br />

de encontrar um ambiente aquático indescritível. Apesar<br />

dos poucos pontos de mergulho autônomo, as flutuações<br />

são tão interessantes quantos às imersões mais memoráveis<br />

de nossas vidas, e com o atrativo de não apresentar<br />

dificuldades mesmo para quem está em contato pela primeira<br />

vez com o ambiente aquático, ou seja, se você planeja<br />

levar as crianças, esse é o momento para apresentálas<br />

à atividade de uma forma segura. A cristalinidade da<br />

água é tão grande que chega a 60 metros de visibilidade<br />

(“medidos na trena” – como gosta de comentar um dos<br />

guias locais).<br />

Além das atividades aquáticas, Bonito possui uma excelente<br />

infra-estrutura e enorme gama de atrações turísticas.<br />

Birdwatching, rafting, rapel, arborismo, cavernas (secas),<br />

passeios a cavalo, fazendas normalmente com regime de<br />

day use com diversas atividades; porém o foco dessa matéria<br />

será a descrição dos principais pontos de mergulho e<br />

flutuação.<br />

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Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

O Abismo<br />

O Abismo Anhumas, caverna<br />

localizada a 23 km de Bonito,<br />

foi aberto à visitação em 1999,<br />

após realização de pesquisas,<br />

capacitação de pessoal e preparação<br />

de infra-estrutura que<br />

oferece total segurança aos<br />

visitantes. No interior de uma<br />

pequena abertura no meio da<br />

mata, está uma aventura inusitada.<br />

Um vasto salão completamente<br />

ornamentado por formações<br />

calcárias que desce 72<br />

metros para o interior da terra.<br />

O acesso é realizado através de<br />

rapel vertical. Como se isso não<br />

bastasse, no seu final nos deparamos<br />

com um lago de águas<br />

cristalinas contendo cones com<br />

cerca de 18 metros de altura<br />

em um cenário surreal e único.<br />

43


44<br />

Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

Uma boa dica é fechar o pacote para o<br />

Abismo com antecedência, de preferência<br />

bem antes da viagem, já que existe<br />

um limite diário de visitantes e não é comum<br />

as vagas estarem esgotadas semanas<br />

antes.<br />

A preparação para o passeio se inicia no<br />

dia anterior onde é necessária a realização<br />

de treinamento de rapel, única forma<br />

de se ter acesso ao local. No treinamento<br />

já é avaliada a performance do candidato<br />

a aventureiro, já que apesar da descida<br />

ser bastante tranqüila, a subida pode<br />

ser por muitas vezes extenuante, por isso<br />

os instrutores avaliam o quanto foi assimilado<br />

da técnica no dia anterior, podendo<br />

até em alguns casos desaconselhar que<br />

se faça o passeio. Também é dada uma<br />

série de orientações sobre o que vestir e<br />

o que levar, já que o passeio dura várias<br />

horas.<br />

O acesso ao local é feito por uma estrada<br />

de terra batida em boas condições. Normalmente<br />

ao se contratar o passeio já é<br />

feito também o acerto para o transporte,<br />

assim como acontece com a maioria das<br />

atividades em Bonito. O caminho de ida,<br />

ao raiar do dia, já oferece um espetáculo.<br />

Muitas aves, com destaque para as emas<br />

que correm em paralelo aos carros e com<br />

sorte (muita) podem ser avistadas até onças.<br />

Na chegada à boca do abismo somos<br />

recepcionados pelos instrutores que conduzirão<br />

a operação: o rapel de descida,<br />

mergulho e a subida. Pode-se optar<br />

apenas pela flutuação ou pelo mergulho<br />

autônomo. Nesse caso, será necessário<br />

acompanhamento também de instrutor<br />

de mergulho que conduzirá essa parte específica<br />

do passeio.<br />

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Estive pela primeira vez no Abismo<br />

em 2006, tentando uma sessão<br />

frustrada de fotografia, já que o<br />

horário definido para a entrada<br />

não propiciava incidência solar<br />

adequada para o registro fotográfico.<br />

Retornei em dezembro<br />

de 2008, em uma expedição mais<br />

elaborada, buscando o momento<br />

mágico em que os raios solares<br />

atingem as imponentes formações<br />

calcárias.<br />

A hora em que o feixe de luz invade<br />

a gruta é emocionante. De<br />

cara já se pode observar nitidamente<br />

a decoração que a natureza,<br />

primorosamente, ornamentou<br />

o ambiente. Esse é o horário<br />

ideal para fazer o passeio, converse<br />

com a operadora do Abismo<br />

sobre a disponibilidade.<br />

O mergulho é bastante tranquilo,<br />

apesar da temperatura da água<br />

– normalmente próxima aos 18oC<br />

– não agradar alguns. A profundidade<br />

máxima em que é feita a<br />

operação é cerca de 18 metros.<br />

O percurso é feito ao redor de<br />

formações únicas em um circuito<br />

demarcado. É possível também<br />

observar-se o esqueleto bastante<br />

preservado de uma preguiça gigante<br />

pré-histórica. O percurso da<br />

flutuação é bastante semelhante,<br />

porém realizado pela superfície.<br />

Ao final do mergulho iniciam-se os<br />

procedimentos de subida e a fica<br />

aquela certeza de voltar um dia.<br />

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Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

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46<br />

Rio da Prata<br />

Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

O Recanto Ecológico do Rio da Prata fica localizado na cidade de Jardim, a<br />

cerca de 170 km de Bonito, porém faz parte dos pacotes regulares que partem<br />

da cidade. A estância funciona com pacotes de day use, onde pode-se optar<br />

pela flutuação na nascente do rio Olho D’Água, mergulho autônomo no Rio da<br />

Prata, passeios a cavalo e birdwatching. A fazenda tem ampla oferece todos os<br />

recursos necessários para se passar um dia muito agradável.<br />

A flutuação no Olho D’Água é o que há de melhor nesse passeio. A recepção<br />

acontece na sede da fazenda, onde são assinados os termos de responsabilidade<br />

e dadas as orientações sobre a flutuação. Todos os equipamentos estão<br />

incluídos na tarifa cobrada, incluindo roupa e bota de neoprene, máscara e<br />

snorkel.<br />

Diferente das demais flutuações, não é exigido o uso de colete flutuador nesse<br />

passeio, dando mais mobilidade para quem já mergulhou antes. Após estarem<br />

equipados os grupos são transportados para a nascente para que o passeio seja<br />

iniciado. Primeiro os grupos circulam a região da nascente propriamente dita,<br />

onde se tem a impressão de estar dentro de um aquário. Piraputangas, dourados<br />

e curimbatás, além dos pequeninos matogrossos, espécie símbolo da região.<br />

Após o contorno da nascente inicia-se a descida em um percurso de cerca de<br />

2 km até o encontro com o Rio da Prata. Com uma boa pitada de sorte, como<br />

tive, é possível o encontro com jacarés. As margens também revelam surpresas:<br />

inúmeras espécies de aves, cotias e macacos podem ser avistadas. Ao final da<br />

flutuação o grupo é recolhido e pode-se optar por continuar a flutuação ou se<br />

fazer o restante do trajeto em um barco com motor elétrico. No final do passeio<br />

é servido um almoço típico na sede e existem várias redes disponíveis para um<br />

merecido descanso.<br />

O mergulho autônomo é feito diretamente no Rio da Prata, no mesmo trecho<br />

que finaliza a flutuação. As paisagens submarinas são bastante inusitadas e é<br />

possível se avistar grandes dourados, os senhores do rio, porém se tiver que optar<br />

entre fazer a flutuação ou o mergulho autônomo, não pense duas vezes: opte<br />

pela flutuação, mas o ideal é conseguir permanecer tempo suficiente na fazenda<br />

para se fazer os dois passeios.<br />

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Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

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48<br />

Aquário Natural<br />

Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

Localizado a apenas 7 km do centro de<br />

Bonito, o Aquário Natural na verdade é a<br />

nascente do Rio Baía Bonita. O local oferece<br />

tanto flutuação quanto o passeio<br />

pela “Trilha dos Animais”, onde é possível<br />

se observar fauna típica da região, incluindo<br />

um lago com jacarés. A estrutura do<br />

passeio é muito semelhante ao do Rio da<br />

Prata, onde todo equipamento é fornecido,<br />

porém tanto aqui quanto no Rio Sucuri<br />

existe a exigência no uso de colete flutuador.<br />

Inicialmente os que não têm experiência<br />

em snorkeling podem fazer um rápido<br />

treinamento em piscina. Aqui o acesso ao<br />

ponto de flutuação é feito através de uma<br />

trilha pela mata ciliar, onde é possível se<br />

conhecer a flora nativa.<br />

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O ponto inicial é uma espécie de lagoa, onde se fica por alguns minutos antes da descida<br />

do rio (assim como no Olho D’Água), porém o ambiente é bem distinto do outro passeio<br />

comentado. A predominância de muitas plantas aquáticas e a elevada concentração de<br />

piraputangas faz desse local único. A flutuação segue um percurso de 900 m ao longo do<br />

rio, sempre em companhia de barco de apoio, o que é um aspecto importante para quem<br />

pretende fazer o passeio com crianças.<br />

Após a flutuação retorna-se a uma trilha e é feita uma parada em um ponto onde existe<br />

uma tirolesa que é diversão garantida e posteriormente encerra-se com passando-se por<br />

um lago com jacarés e por outros animais mantidos sobre cercado.<br />

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Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

49


50<br />

Rio Sucuri<br />

O Rio Sucuri tem um roteiro muito semelhante do<br />

fornecido pelo Aquário Natural. A nascente do rio<br />

localiza-se na fazenda São Geraldo, localizada a<br />

17 km do centro de Bonito. Todos os procedimentos<br />

são iguais para a flutuação, porém a fazenda ainda<br />

oferece opções de passeio a cavalo, bicicleta<br />

e quadriciclo.<br />

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Rio Formoso<br />

Mato Grosso - Bonito<br />

Brasil por Ivan Cavas Filho<br />

Localizado bem próximo ao centro, é uma das poucas opções<br />

para mergulho autônomo. Um percurso de curta duração (aproximadamente<br />

300 m), com profundidades entre 6 e 10 m. O visual é<br />

completamente diferente, com troncos de árvores retorcidas caídos<br />

dentro do rio e um cardume de piraputangas que acompanha<br />

durante todo o mergulho. Chama a atenção também o contraste<br />

dos peixes feito com a vegetação externa. No final do percurso<br />

existe uma cachoeira que transforma por completo o ambiente e<br />

faz com que a água seja invadida por milhões de pequenas bolhas.<br />

Indescritível! O ponto é explorado pela operadora Bonito Scuba,<br />

do incansável Alex Porto e é ideal para aquele acompanhante<br />

que quer ter o primeiro contato com o mergulho SCUBA.<br />

Ivan Cavas Filho<br />

Mais fotos em:<br />

http://www.pbase.com/cavas<br />

51


Greenpeace<br />

Meio Ambiente<br />

Um mar de encrencas<br />

Desde o grande escape de gás metano<br />

no fundo do mar, há 55 milhões de anos,<br />

os oceanos não experimentavam um processo<br />

de acidificação tão veloz como o<br />

que anda acontecendo atualmente.<br />

A conclusão faz parte de um estudo assinado<br />

por mais de 100 cientistas europeus,<br />

ligados a 27 instituições de pesquisa marinha<br />

do continente, que foi distribuído<br />

nesta quinta-feira em Copenhague pela<br />

União Internacional para a Conservação<br />

da Natureza (IUCN), ligada à ONU.<br />

A aceleração da acidificação é consequência direta da absorção, pelos mares, de<br />

níveis cada vez mais altos de CO2, o que torna os oceanos vítimas do aquecimento<br />

global. Os oceanos absorvem naturalmente o carbono que está na atmosfera. Mas o<br />

aumento do nível de emissões faz com que eles capturem CO2 em quantidades excessivas,<br />

contribuindo para a decadência da sua biodiversidade e comprometendo<br />

sua função como sumidouros naturais de carbono. Várias espécies já estão sofrendo os<br />

efeitos do processo. Baleias e golfinhos estão perdendo sua capacidade de navegação.<br />

Plânctons, que estão na base da cadeia alimentar marinha, estão sumindo.<br />

O estudo, ‘Ocean acidification – the facts’ (‘Acidificação dos Oceanos, os fatos’) foi<br />

distribuído para todos os participantes das negociações sobre o clima. Ele expõe uma<br />

realidade alarmante. A acidificação dos mares cresceu em 30% desde o início da Revolução<br />

Industrial. Mantidos os índices atuais nas emissões de CO2, a acidez dos oceanos<br />

pode aumentar em 120% até 2060, colocando em risco uma importante fonte de<br />

alimentos para a humanidade. Para Dan Laffoley, editor-chefe do relatório e um dos<br />

diretores da IUCN, “o processo de acidificação dos oceanos pode ser melhor descrito<br />

como o irmão gêmeo maligno do aquecimento global”.<br />

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Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o relatório aponta que diversas<br />

espécies já estão criticamente em perigo devido a essas alterações. Cita entre<br />

outros animais pequenas algas como a Calcidiscus leptoporus, que é um<br />

importante elemento da base na cadeia alimentar marinha. As estruturas de<br />

corais, berços importantes da biodiversidade nos mares, estão morrendo graças<br />

ao volume de acidez nos oceanos. Ela também aumenta a propagação<br />

de sons debaixo d’água, atrapalhando a comunicação entre cetáceos e<br />

prejudicando sua capacidade de orientação.<br />

Os cientistas divulgaram que os mares do Atlântico e do Pacífico Norte – fundamentais<br />

na alimentação durante o verão para diversas espécies de baleias<br />

– sofrerão os maiores índices de acidificação. Eles chamam atenção para os<br />

níveis de aragonita, um tipo de carbonato de cálcio essencial para a formação<br />

de esqueletos e conchas de diversos organismos e que será reduzido em<br />

todo o mundo. Como águas frias absorvem CO2 com maior velocidade, o<br />

estudo prevê que os níveis de aragonita cairão entre 60% a 80% até 2095 no<br />

Hemisfério Norte.<br />

A única maneira de reverter este processo é pelo caminho já conhecido. “Temos<br />

de investir na redução das emissões de gases devem ser agressivas e<br />

imediatas”, diz John Baxter, um dos autores do relatório. O documento esta<br />

sendo distribuindo em todo o mundo para tomadores de decisão e líderes políticos.<br />

Sendo a acidificação um evento de fácil identificação e imediatamente<br />

mensurável, a idéia é conseguir desarmar os céticos sobre o aquecimento<br />

global e reposicionar o papel dos oceanos no processo de negociação sobre<br />

o clima dando ao tema a devida importância.<br />

O Greenpeace defende 40% de áreas marinhas protegidas em águas internacionais<br />

para garantir a biodiversidade e a saúde dos oceanos.<br />

Fonte: greenpeace.org<br />

Greenpeace<br />

Meio Ambiente<br />

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53


54<br />

Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

Americano-taiwanês, Eric Cheng tem 33 anos, é mergulhador desde 1995, e virou fotógrafo submarino em 2001. Além do mergulho, se dedica a música<br />

e pode se considerar um especialista em TI. Já viajou pelos 4 cantos do planeta registrando a vida submarina de forma magistral, é consultor técnico,<br />

fotógrafo e membro ativo da Sea Shepherd, tendo participado da Operação Musashi como tripulante do Steve Irwin durante 2 meses.<br />

Eric Cheng<br />

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Hoje, ele edita o site Wetpixel.com, referência mundial que reúne trabalhos de fotógrafos submarinos<br />

de todo o mundo, Eric também mantém uma publicação quadrimestral chamada Wetpixel Quarterly<br />

e podemos dizer que é um dos melhores fotógrafos sub da atualidade.<br />

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Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

55


56<br />

Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

Conheci o Eric em uma viagem que fizemos juntos para<br />

ilha Coiba no Panamá no início de 2009, onde tive a<br />

oportunidade de apreciar seu trabalho com calma e<br />

ouvindo seus comentários durante algumas noites, o<br />

cara é fera, domina plenamente várias técnicas e não<br />

tem medo de compartilhar dicas e macetes. Acabei<br />

aprendendo bastante durante a semana em que estivemos<br />

juntos.<br />

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“A fotografia submarina se resume a conseguir chegar<br />

o mais perto possível do objeto.” (Eric Cheng)<br />

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Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

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58<br />

Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

“Já fiz viagens com fotógrafos brasileiros e tive experiências maravilhosas com cada um deles.”<br />

(Eric Cheng)<br />

“Eu adoraria tirar fotos no Pantanal algum dia. Vi imagens lindas tiradas lá.”<br />

(Eric Cheng)<br />

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<strong>Underxmag</strong>: Quando e como você começou a fazer fotografias submarinas?<br />

Eric Cheng: Eu comecei a fazer fotos submarinas em abril de 2001, em minha primeira viagem num live-aboard, o Big Blue Explorer em Palau, eu tinha apenas 20<br />

mergulhos de experiência, e acabei convencendo um amigo meu que havia acabado de fazer o curso básico a me acompanhar nessa viagem, ele tinha apenas 5<br />

mergulhos e encarou mergulhos de correnteza como o Blue Corner, foi realmente emocionante.<br />

Nessa época eu não sabia nada a respeito da indústria e do mercado de fotografia submarina, eu apenas tirei um monte de fotos terríveis e as coloquei no meu web<br />

site, sempre foi da minha natureza compartilhar informações e experiências de forma gratuita, mas eu acabei me viciando, e comecei a fotografar mais e mais, até<br />

que a fotografia subaquática tomou conta da minha vida!<br />

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Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

59


Portfolio<br />

Eric Cheng<br />

<strong>Underxmag</strong>: Lugares que visitou ?<br />

Eric Cheng: Nossa! São tantos os lugares na minha lista, bom eu gosto de passar meu tempo no Indo-pacífico<br />

(Indonesia, Papua New Guinea, Solomon Islands), Bahamas (para mergulhos com tubarões)<br />

além de ilhas isoladas no Pacífico como Revillagigedos, Galapagos e Cocos, adoro mergulhos<br />

em aguas geladas, mas sou obrigado a confessar que só vesti roupas secas em uns 40 mergulhos.<br />

<strong>Underxmag</strong>: O que você espera obter com seu trabalho ?<br />

Eric Cheng: Eu acho que já tenho muita sorte em fazer o que gosto, e espero com meu trabalho<br />

tentar criar uma consciência sobre os oceanos e sua importância para o planeta. A maioria das<br />

pessoas que não mergulham pensam nos oceanos como lugares misteriosos, fascinantes e assustadores,<br />

e acima de tudo, distantes de sua realidade. Eu tenho o privilégio de ver as coisas que os<br />

oceanos tem a oferecer em primeira mão e poder compartilhar isso com essas pessoas.<br />

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62<br />

Segurança e Primeiros Socorros<br />

por: Dr. Marcio Paschoal Conzo Monteiro<br />

AÇÕES FRENTE A UM ACIDENTE DE MERGULHO<br />

PARTE I<br />

Seguindo as regras de segurança dentro do mergulho, a possibilidade da ocorrência<br />

de acidentes não é grande, porém eles podem acontecer. E acontecendo<br />

o que fazer? Quais os passos a seguir? Quem devo chamar? Para onde levo o(a)<br />

acidentado(a)?<br />

Já imaginou numa situação real quanto tempo perdido ficando desnorteado, tempo<br />

este que pode ser vital para o(a) acidentado(a). Temos observado que mesmo<br />

equipes conceituadas, com pessoal treinado, têm encontrado dificuldades em colocar<br />

em prática seu plano de emergência numa situação real de acidente. Para<br />

que isso não ocorra, devemos sempre que possível rever nosso plano de emergência<br />

treinando a equipe ou o(s) companheiro(s) de mergulho em cada procedimento do<br />

mesmo.<br />

Ao escrever para a revista eletrônica underxmag, pensei em escolher um tema específico<br />

dentro da medicina subaquática, mas acabei decidindo em iniciar por um<br />

ítem muito importante, que é COMO AGIR FRENTE A ACIDENTES DE MERGULHO, minimizando<br />

a ocorrência de lesões sérias aos acidentados assim como promover uma<br />

rápida recuperação com poucas ou nenhuma seqüelas. Nas atualizações periódicas<br />

planejo abordar temas específicos da medicina subaquática.<br />

Neste artigo não temos a intenção de esgotar o assunto, posto que faz parte nos cursos<br />

de resgate, primeiros socorros em acidentes subaquáticos, divemaster, instrutor,<br />

etc.... A finalidade é tão e somente destacar alguns pontos importantes que devem<br />

ser lembrados quando um mergulhador recreacional encontrar-se envolvido direta<br />

ou indiretamente num acidente de mergulho.<br />

1. DETECÇÃO DO PROBLEMA<br />

A detecção do problema é fácil quando ele está bem definido,<br />

como o(a) acidentado(a) pedindo por ajuda na superfície.<br />

Porém nem sempre é assim que ocorre. Por vezes devemos<br />

suspeitar que o(a) mergulhador(a) já esteja com problemas<br />

antes de culminar num acidente, aliás, o bom resgatador é<br />

aquele que se adianta ao acidente tendo uma visão adequada<br />

da situação e agir preventivamente:<br />

A. Sinais de resgate durante o mergulho autônomo<br />

Respiração rápida (observe as bolhas),<br />

Olhar arregalado, de medo,<br />

Movimentação rápida,<br />

Disparar para a superfície,<br />

Não responder aos sinais convencionais,<br />

Inconsciência<br />

B. Sinais de resgate de mergulhadores na superfície<br />

Esforço extremo para manter-se na superfície, e colete vazio,<br />

Arrancar máscara e/ou equipamento,<br />

Ausência de respostas aos sinais convencionais,<br />

Encher demais o colete,<br />

Mergulhador com a face na água sem respiração<br />

Hot Line: +1-919-684-9111<br />

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Você pode participar dos projetos do<br />

Instituto Laje Viva de várias formas:<br />

- Através de denúncias;<br />

- Agindo de forma ecologicamente correta;<br />

- Tornando-se um voluntário dos projetos;<br />

- Associando-se ao Laje Viva;<br />

- Cadastrando-se no Grupo Laje Viva;<br />

- Patrocinando projetos do Laje Viva.<br />

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2. APROXIMAÇÃO DO(A) ACIDENTADO(A)<br />

Durante o mergulho<br />

Mergulhador consciente<br />

Contato físico, pedindo que o(a) mergulhador(a) se acalme, e sinalize<br />

que vocês irão iniciar a subida. Inicie a subida, de maneira controlada<br />

e segura. Muitas vezes você terá que controlar o colete do(a)<br />

acidentado(a).<br />

Chegando à superfície insufle o colete do(a) acidentado(a) e o(a)<br />

tranquilize.<br />

Se necessário, peça apoio ao suporte de superfície.<br />

Mergulhador inconsciente, no fundo<br />

Aproxime-se do(a) acidentado(a) e confirme se ele(a) está mesmo inconsciente,<br />

Caso positivo, vire-o(a) colocando-o(a) em decúbito dorsal (face voltada<br />

para a superfície).<br />

Se o regulador estiver na boca do(a) acidentado(a), não o purgue e o<br />

mantenha no lugar com uma de suas mãos. Se o regulador estiver fora<br />

da boca, não o recoloque.<br />

Retire o cinto de lastro da vítima. CUIDADO PARA NÃO DEIXAR O CINTO<br />

CAIR EM SUAS PERNAS<br />

EQUIPAMENTOS<br />

Esvazie o colete do(a) acidentado(a) e inicie a subida, deixando suas<br />

vias aéreas abertas. Durante a subida MANTENHA-SE RESPIRANDO, DAN-<br />

DO ÊNFASE NA EXPIRAÇÃO, para não ser um segundo acidentado. (Por<br />

vezes o resgatador está tão ansioso com a situação que poderá não<br />

manter uma respiração adequada ficando exposto à hiperdistensão<br />

pulmonar).<br />

Chegando na superfície, restabeleça as flutuabilidades, insuflando o<br />

colete do(a) acidentado(a) assim como o seu colete, enquanto retira<br />

o seu cinto de lastro.<br />

A seguir retire a máscara do(a) acidentado(a) e a sua. Verifique a respiração<br />

da vítima, vendo, ouvindo e sentindo. Se estiver em parada respiratória,<br />

utilize uma barreira e proceda a 02 insuflações e peça socorro<br />

para o pessoal de apoio na superfície.<br />

Inicie o deslocamento para a embarcação ou praia, retirando o equipando<br />

SCUBA do(a) acidentado(a) e o seu, realizando 02 insuflações<br />

boca a boca a cada 10 segundos, ou 01 insuflação a cada 05 segundos.<br />

Não se esqueça da barreira.<br />

Segurança e Primeiros Socorros<br />

por: Dr. Marcio Paschoal Conzo Monteiro<br />

Mergulhador(a) na superfície:<br />

Aproxime-se do(a) mergulhador(a) e se estiver inconsciente,<br />

proceda como descrito acima a partir da chegada na superfície,<br />

lembrando sempre de restabelecer a flutuabilidade do(a)<br />

mergulhador(a) acidentado(a), retirando seu cinto de lastro e<br />

insuflando seu colete equilibrador.<br />

Caso esteja consciente, tente falar para soltar o cinto de lastro<br />

e insuflar o colete, automaticamente ou oralmente.<br />

Muitas vezes de nada adianta conversar com o(a) acidentado(a),<br />

pois estando em pânico, ele(a) nada vê ou escuta. Leve consigo<br />

algum apoio flutuante (bóia, prancha de isopor, colete insuflado,<br />

etc...) com um cabo e jogue para o(a) acidentado(a)<br />

com o objetivo de o agarrar e ter onde se apoiar e tranqüilizar.<br />

Caso não tenha o apoio disponível use uma das 02 técnicas<br />

como alternativa:<br />

A – Deixe o(a) acidentado(a) chegar à exaustão e um pouco<br />

antes ou quando perder a consciência, faça a aproximação,<br />

ou;<br />

B – Mergulhe e aproxime por trás do(a) acidentado(a), imobilizando-o(a)<br />

e insuflando seu colete, ou mergulhe e tente retirar<br />

o cinto de lastro dele(a). SÓ FAÇA ESTAS MANOBRAS SE ESTIVER<br />

BEM TREINADO COM AS MESMAS, pois a qualquer descuido, o<br />

acidentado poderá segurar o resgatador, colocando mais uma<br />

pessoa em risco de afogamento.<br />

Fim da 1ª. Parte – continua na 2ª. Parte na próxima edição<br />

*Dr Marcio P C Monteiro CRMSP 39333 – Médico urologista, hiperbárico,<br />

Course Director NAUI, Instructor Trainer DAN.<br />

63


64<br />

DEMA SHOW 2009<br />

Por Alcides Falanghe<br />

DEMA SHOW 2009<br />

Texto e Fotos: Alcides<br />

Falanghe<br />

O maior evento mundial do mergulho que ocorre anualmente<br />

nos Estados Unidos, que é uma referência para o<br />

mercado mundial de mergulho, neste ano de crise teve seu<br />

espaço reduzido. Entre os empresários e pessoal do mercado<br />

que está acostumado com a grandiosidade do evento,<br />

a impressão foi unânime, o Dema encolheu e já não é mais<br />

o mesmo, será a crise batendo forte também no mercado<br />

de mergulho americano ? O número de expositores não foi<br />

muito afetado, mas o espaço ocupado diminuiu drasticamente.<br />

Algumas empresas, principalmente fabricantes de<br />

equipamentos, cujos estandes ocupavam ilhas inteiras, se<br />

apresentaram de maneira bastante tímida em relação aos<br />

anos anteriores. É nítido que o pessoal sentiu os efeitos das<br />

reviravoltas do mercado financeiro, e ainda estão meio<br />

sem rumo, diante das diversidades e obstáculos criados<br />

pela contração do mercado, crise para uns oportunidades<br />

para outros.<br />

Foto: Cristian Dimitrius<br />

Foto: Cristian Dimitrius<br />

De qualquer forma, não faltaram novidades que estarão<br />

nas lojas neste ano. Algumas são realmente revolucionárias,<br />

como o GPS submarino, os computadores com mapas<br />

dos pontos de mergulho em 3D e o rastreador de dupla. Os<br />

rebreathers estão cada vez mais confiáveis e já dominam<br />

o cenário do mergulho técnico. Já o setor de imagens subaquáticas<br />

parece que não sentiu tanto os efeitos da recessão.<br />

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DEMA SHOW 2009<br />

Por Alcides Falanghe<br />

Os principais fabricantes estavam lá firmes e fortes mostrando que o mercado<br />

de caixas estanques, iluminação e acessórios para câmeras de foto e<br />

vídeo sub digitais, vem acompanhando o crescimento deste segmento.<br />

O turismo sub continua a dominar o DEMA Show com mais de 60% dos estandes.<br />

Órgãos de turismo, dive resorts, live aboards e operadores de mergulho<br />

do mundo todo, vieram em peso vender seus destinos. Haviam corredores<br />

inteiros dedicados as Bahamas, Ilhas Cayman, México, Bonaire, Curaçao,<br />

Austrália e Pacífico Sul. A grande diferença nestes setores é que nunca os<br />

brasileiros foram tão bem recebidos. Há poucos anos, apesar da simpatia<br />

e dos tapinhas nas costas, éramos tratados como “café com leite” e invariavelmente<br />

vinha a pergunta: “How many divers are there in Brazil?” ou até<br />

mesmo “Are there divers in Brazil ?” Parece que somos a bola da vez, afinal<br />

nunca os brasileiros viajaram tanto para mergulhar e os americanos tão pouco.<br />

Aliás, este ano o número de brasileiros no DEMA com certeza foi recorde.<br />

O ponto de encontro foi o estante da Adventure Travel que ostentava uma<br />

grande bandeira do Brasil.<br />

A mensagem do presidente do DEMA, Al Hornsby, diz que o mercado de<br />

mergulho mundial está passando por um momento sem paralelo e que os<br />

desafios econômicos como os dos tempos atuais nunca antes foram enfrentados.<br />

Acho que está na hora desta turma vir fazer um estágio no Brasil. Sobreviver<br />

a crises é com a gente mesmo.<br />

65


66<br />

CB 2009<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

No início do ano 54 pessoas participaram da seletiva digital<br />

para o Campeonato Nacional de 2009.<br />

Essa foi a sétima edição do Grande Prêmio Brasil Proacqua<br />

de Fotosub, criado para ser uma seletiva digital, permitindo<br />

a participação de qualquer brasileiro, de qualquer região do<br />

país. Os melhores colocados nessa seletiva ganham o direito<br />

à federação para participarem do Campeonato Nacional,<br />

tradicionalmente realizado no mês de novembro.<br />

Esse ano, participaram do Júri o atual campeão mundial da<br />

modalidade (Espen Reckdal, Noruega), o tri-campeão mundial<br />

Carlos Minguell (Espanha), Rui Guerra (Português, vicecampeão<br />

do mundo); Vasco Pinhol (também Português e<br />

jurado da CMAS). Além de grandes nomes da fotografia brasileira,<br />

com destaque para Alcides Falangue (medalha de<br />

Bronze para o Brasil no Mundial da Coréia em 1994); Fernando<br />

Kuramoto (representante brasileiro em diversos mundiais e<br />

jurado CMAS); Denise Greco (representou o Brasil no Mundial<br />

da Noruega em 1998); Marcelo Mariózi (capitão da equipe<br />

brasileira no Mundial da França em 2002) e Laércio Horta (um<br />

dos mais experientes fotógrafos brasileiros e atual coordenador<br />

da Comissão Internacional de Jurados).<br />

Augusto Valente<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Álvaro Velloso<br />

Categoria Grande Angular<br />

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Já o Campeonato Brasileiro foi realizado<br />

de 17 a 22 de novembro, na cidade<br />

de Arraial do Cabo, RJ.<br />

Desde 2003 o Campeonato Nacional<br />

vem sendo realizado anualmente nos<br />

mesmos moldes do Mundial, ou seja,<br />

com todos os competidores reunidos<br />

numa mesma cidade e mergulhando<br />

nos mesmos pontos.<br />

Participaram 20 fotógrafos pré-selecionados<br />

(os 15 melhores do Ranking Nacional<br />

ao final do ano anterior e mais<br />

05 classificados através da seletiva digital,<br />

o Grande Prêmio Brasil Proacqua<br />

de Fotosub 2009).<br />

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No Grande Prêmio Brasil só valem fotos obtidas<br />

em território nacional, para dar condições<br />

mais igualitárias a todos na seletiva e<br />

também para incentivar o turismo submarino<br />

pelo Brasil. As fotos são enviadas por internet<br />

para as seis categorias que compõe<br />

o concurso e os jurados atribuem notas que<br />

variam de 01 a 100, considerando aspectos<br />

técnicos (70%) e subjetivos (30%).<br />

O Campeão da seletiva desse ano foi Álvaro<br />

Velloso, um baiano que está há vários anos<br />

residindo no Estado do RJ.<br />

As fotos de todos os competidores inscritos<br />

na seletiva 2009 podem ser vistas em:<br />

(http://www.imagemsub.com.br/resultado.<br />

asp?idcamp=46)<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

Categoria Grande Angular com Modelo<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Augusto Valente<br />

Áthila Bertoncini<br />

67


68<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

O evento nacional contou com o apoio da Prefeitura<br />

de Arraial do Cabo, através de suas Secretarias de Esporte<br />

e Lazer e do Turismo. Contou ainda com o apoio<br />

da AREMAC (Associação da Reserva Extrativista de Arraial<br />

do Cabo) e do Instituto Chico Mendes. A FIPAC<br />

(Fundação Instituto de Pesca em Arraial) e a Capitania<br />

dos Portos de Cabo Frio também colaboraram na<br />

realização do evento, cuidando da segurança dos<br />

atletas e do isolamento das áreas de competição.<br />

Categoria Macro Livre<br />

Álvaro Velloso<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Rodrigo Melo<br />

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Os mergulhos foram realizados na<br />

Ilha dos Porcos, Enseada do Cardeiro,<br />

Saco do Anequim e do Abóbora.<br />

Os competidores tiveram quatro<br />

tempos de 90 minutos de acesso à<br />

água, para obter uma imagem para<br />

cada uma das seis categorias: Grande<br />

Angular Ambiente; Grande Angular<br />

com modelo; Macro Livre; Macro<br />

Temática; Peixe Inteiro e Peixe em<br />

Detalhe.<br />

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Categoria Macro Temática<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Álvaro Velloso<br />

Rodrigo Melo<br />

05 69


70<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

Uma semana antes do evento principal a fotografia já movimentava<br />

a cidade. De alguns anos para cá o Campeonato<br />

Brasileiro está inserido num evento maior, denominado “Festival<br />

de Imagens Subaquáticas”.<br />

Como novidade em 2009 foram oferecidos mini-cursos de<br />

fotografia digital gratuitos para a comunidade local. Foram<br />

oferecidas duas turmas, divididas entre crianças e adultos.<br />

Categoria Peixe Detalhe<br />

Augusto Valente<br />

Waldemar Oliveira<br />

Carlos Montechi<br />

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Além dos cursos e palestras, o evento levou para<br />

Arraial do Cabo uma grande exposição coletiva<br />

de fotografias subaquáticas, da qual participaram<br />

23 fotógrafos da CNFVS. A exposição, que tem o<br />

apoio de Itaipu Binacional, foi montada em dois<br />

centros culturais em Arraial: na Sala José de Dome<br />

e no Centro Cultural Manoel Camargo.<br />

www.underxmag.com<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

Categoria Peixe Inteiro<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Ivan Cavas<br />

João Paulo Cauduro Filho<br />

71


72<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2009<br />

Arraial do Cabo por Luiz Fernando Cassino<br />

O vencedor do Campeonato Nacional foi mais uma<br />

vez Luiz Fernando Cassino, tornando-se o primeiro<br />

hexa-campeão brasileiro da modalidade. Cassino já<br />

garantiu assim a primeira vaga da Seleção Brasileira<br />

para o próximo Mundial, que será realizado em 2011<br />

na TURQUIA.<br />

Em primeiro de janeiro de 2010 abrem-se as inscrições<br />

para o oitavo Grande Prêmio Brasil Proacqua de Fotosub.<br />

Os participantes terão até o dia 31 de janeiro para se<br />

inscrever e enviar suas imagens pela internet (www.<br />

imagemsub.com.br).<br />

O resultado dessa próxima seletiva deverá estar<br />

divulgado até o dia 15 de fevereiro, pois o<br />

Campeonato Brasileiro passará, à partir de sua<br />

próxima edição, a ser disputado no final do<br />

mês de março.<br />

A mudança de data do evento máximo da Fotosub<br />

Brasileira foi solicitada pelos atletas competidores<br />

à Confederação Brasileira (CBPDS),<br />

em busca de águas mais adequadas à fotografia.<br />

O mês de novembro vinha castigando<br />

nossos atletas ano após ano com condições<br />

muito adversas para essa atividade.<br />

Inscrições abertas GP 2010<br />

Seletiva digital para o Campeonato Brasileiro de 2010.<br />

Todo brasileiro que seja certificado em mergulho autônomo pode participar<br />

(observação: para disputar o Campeonato Nacional é exigida<br />

certificação avançada).<br />

As fotos devem ser enviadas entre os dias 01 e 31 de janeiro; sendo uma<br />

para cada categoria: Grande Angular Ambiente (GA); Grande Angular<br />

com Modelo (GM); Macro Livre (ML); Macro Temática (MT); Peixe<br />

Inteiro (PI); e Peixe em Detalhe (PD).<br />

Avaliação das imagens inscritas por Júri Técnico (expoentes da fotosub<br />

brasileira e internacional).<br />

Regulamento: http://www.imagemsub.com.br/regulamento_gp.asp<br />

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Lançamentos Sea&Sea<br />

O fabricante japonês acaba de publicar imagens dos<br />

seus mais novos lançamentos para janeiro de 2010.<br />

Os primeiros foram a sua nova linha de flash sub YS-01 e<br />

YS-02, agora com nomenclatura aparentemente mais<br />

organizada. Para os que não sabem o fabricante tem<br />

uma grande tradição em flash submarinos pois “nasceu”<br />

em 1972 fazendo flash-submarinos, o então YS-32<br />

então chamado “Yellow Sub” numa referência a à famosa<br />

canção dos The Beatles a a coloração dos seus<br />

flashes. Ambos flashes aparentam ser exatamente do<br />

mesmo tamanho, com o YS-02 tendo algumas funções<br />

a menos por causa de uma janela frontal a menos (talvez<br />

a luz de modelagem), mas eu não me supreenderia<br />

em achar algo como uma “luz para vídeo” em pelo<br />

menos um deles. Eles são extremamente compactos<br />

e parecem não possuir as três lâmpadas dos modelos<br />

YS-110, também não foi possível distinguir a conexão a<br />

cabo se é que existe. Talvez essa seja a razão de serem<br />

esperados e anuciados como uma opção mais barata<br />

que os concorrentes atuais.<br />

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YS-01 e YS-02<br />

Foto sub<br />

Por Marcelo Mariozi<br />

O segundo e mais expressivo anúncio foi o das imagens da aguardada<br />

MDX-D300s (anunciada na DEMA) para a Nikon D300s reflex-digital.<br />

Más notícias primeiro, a caixa é maior e a sua tampa traseira quase certamente<br />

incompatível com a existente MDX-D300 (não-”S”). Tendo dito<br />

isso, todas as mudanças são realmente bem colocadas e fazem dela uma<br />

caixa claramente superior a sua espetacular predecessora. Parece que<br />

a Sea&Sea adotou uma maior atenção aos pedidos dos seus usuários, a<br />

nova caixa conta com conector ótico como a MDX-D700, e controles ainda<br />

mais ergonomicos (com atenção para a nova roda do sub-controle<br />

frontal, e os novos controles ergonomicamente inclinados da roda do<br />

controle-principal traseiro e dos botões de playback e apagar) e o novo<br />

controle para o botão de OK da D300s acessado ligeiramente a direita e<br />

acima do multi-seletor.<br />

Ainda esperamos as imagens da MDX-7D, a ser disponibilizada em fevereiro/março,<br />

que significa para os usuários de Canon uma dupla bem potente<br />

para foto-sub. Vamos aguardar essas novas imagens e a confirmação<br />

das especificações.<br />

73


74<br />

Foto sub<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

Nova caixa estanque da Aquatica para a Canon 7D<br />

Saindo do forno: logo após anunciar o lançamento da caixa estanque para a Nikon D300s, a Aquatica<br />

anuncia o lançamento da sua caixa mais inovadora: A7D.<br />

Possui acesso a todos os comandos da câmera, e ainda uma inovadora opção de uso de cabos de<br />

fibra ótica para disparo dos flashs além do seu usual sistema de conectores padrão 5 ou 6 pinos, o que<br />

torna essa caixa uma das mais versáteis produzidas até hoje em termos de compatibilidade com flashs<br />

de quase todas as marcas e modelos disponíveis no mercado.<br />

Feita em alumínio anodizado em<br />

um único bloco, vai a 90 metros de<br />

profundidade com possiblilidade de<br />

upgrade para até 130 metros.<br />

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Posicionamento de Flash para Macro fotografia<br />

Algumas pessoas mudam constantemente a posição dos flashs, para testar novos<br />

tipos de iluminação e de preenchimento, assim como para evitar suspensão e áreas<br />

mal iluminadas, ou até ganhar mais textura e tridimensionalidade. Eu me enquadro<br />

nesta categoria, outras colegas gostam de manter seus flashs numa única posição<br />

para todas as situações, na verdade não há uma posição correta, tudo depende<br />

do que você está tentando fazer.<br />

Um braço composto por diversos segmentos curtos e longos possibilita maior flexibilidade<br />

para posicionar os flashs, tanto em grande angular quanto em macro.<br />

É possível usar 1 ou 2 flashs para macro, abaixo alguns exemplos de posicionamento<br />

com 2 flashs.<br />

O ideal é manter os flashs posicionados não diretamente sobre o assunto e em diferentes<br />

ângulos combinando iluminação frontal e lateral entre eles para adicionar<br />

perspectiva e dimensão à imagem.<br />

Para fotos onde o objeto se encontra entre uma fenda ou em um lugar que gere<br />

muitas sombras, posicione os flashs mais próximos da lente.<br />

2 x YS-110 + Lente 100mm<br />

1/200s F16<br />

Foto sub<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

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75


76<br />

Usando um flash só<br />

Procure posicionar o flash sobre o assunto mantendo ele na<br />

diagonal, não iluminando o objeto diretamente.<br />

Dicas:<br />

Chegue perto;<br />

Use aberturas pequenas como f22 ou f8 (para compactas)<br />

para aumentar a área de foco da imagem;<br />

Foco nos olhos do alvo;<br />

Foto sub<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

Tente achar ângulos que criem contraste entre o alvo e o<br />

fundo para destacar o que você está fotografando.<br />

Cuidado com a Refração da<br />

luz e não aponte o flash para<br />

a imagem virtual do objeto,<br />

lembre-se que em baixo da<br />

água os objetos aparentam<br />

estar mais próximos do que<br />

realmente estão.<br />

2 x YS 110 + Lente 100mm 1/200s F16<br />

Fotografando apenas com<br />

água de fundo, com aberturas<br />

fechadas como f22 e velocidades rápidas do obturador<br />

como 1/250s, pode-se criar os almejados fundos pretos que valorizam<br />

o objeto fotografado. Essa imagem ao lado é uma das minhas preferidas, já foi usada<br />

em livros e artigos e foi tirada com uma simples Compacta<br />

Canon A95 usando 1 flash YS-300<br />

1/500s - f8<br />

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De volta ao passado: rebreathers<br />

Rebreathers<br />

por: José Mario Ventura<br />

Desde a antiguidade o ser humano tem tentado, das mais diversas maneiras,<br />

aumentar o tempo em que fica submerso. É difícil dizer em que época o Homem<br />

deu início à exploração subaquática, provavelmente os nossos antepassados<br />

mais primitivos já se aventuravam na apnéia tentando desvendar o mundo submerso.<br />

Encontramos referências históricas de mergulhadores em Creta (3000 AC)<br />

e na China (2200 AC), mergulhadores que buscavam esponjas e pérolas respectivamente,<br />

e em diversos relatos de operações militares em anos posteriores, em<br />

diversas regiões do Mundo. Com o passar dos séculos esses alguns minutos sob<br />

a água já não eram suficientes e novos mecanismos foram inventados. Dentre<br />

esses mecanismos podemos citar o sino de mergulho criado por Edmund Halley<br />

em 1691. Entretanto, apenas em meados de 1770 é que a real possibilidade de<br />

se estender o tempo de mergulho pareceu ser possível, quando o engenheiro<br />

britânico John Smeaton desenvolveu o compressor de ar manual. O século que<br />

se seguiu viu uma série de invenções que, cada vez mais, não só aumentavam<br />

a capacidade de tempo submerso, mas também se tornavam cada vez mais<br />

práticos e confortáveis. Entretanto, existia um problema ainda por resolver. Como<br />

tornar o mergulhador independente do apoio de superfície?<br />

Durante o Séc. XVIII começaram a pesquisar formas de ajudar mineradores que<br />

se encontravam em perigo dentro de uma mina. Como entrar em uma mina que<br />

contém gases tóxicos e letais sem se colocar em perigo? Essa questão foi resolvida<br />

com recicladores de gás, os rebreathers. Esses aparelhos faziam com que o<br />

gás exalado pelo resgatador se reciclasse, sendo depurado durante o processo.<br />

Dessa forma eles podiam entrar em uma mina sem precisar entrar em contato<br />

com os gases potencialmente mortais que estivessem por ali. Antes mesmo dessas<br />

tentativas relacionadas à mineração, alguns inventores já haviam tentado<br />

algo semelhante para o mergulho, mas sem sucesso absoluto, nomeadamente<br />

Giovanni Borelli e Stephen Hales. Foi apenas em 1878 que o Inglês Henry Fleuss desenvolveu<br />

um rebreather funcional. Com esse rebreather surge o mergulho SCUBA<br />

em circuito fechado, tornando, finalmente, o mergulhador independente para ir<br />

e vir, sem o apoio direto da superfície. Vale lembrar que apenas em 1942 surge o<br />

que chamamos hoje de mergulho SCUBA em circuito aberto.<br />

Mas, como funciona esse tal de rebreather? A diferença básica do rebreather<br />

para o sistema considerado mais comum de mergulho, o circuito aberto, é que<br />

esse sistema prevê a reciclagem do gás exalado pelo mergulhador. Em circuito<br />

aberto, ao final do ciclo respiratório descartamos o gás para o meio ambiente<br />

através da exalação, gerando bolhas e, consequentemente, desperdiçamos<br />

gás. Nos rebreathers o gás exalado, ao invés de ser descartado para o meio ambiente,<br />

é levado a um scrubber, ou depurador, para que o excesso de Dióxido<br />

de Carbono (CO2) possa ser retirado através de um processo químico. Antes ou<br />

depois de “purificado” o gás fica temporariamente armazenado em um reservatório<br />

(contra-pulmão) para poder ser reutilizado pelo mergulhador.<br />

Foto: José Mario Ventura: preparando<br />

um rebreather Cis-Lunar<br />

MK5p, Live Oak, FL, USA<br />

Foto: Anderson Lemos: mergulho de<br />

rebreather O2ptima Fx em naufrágio,<br />

Recife, PE<br />

www.underxmag.com


Fernando Clark / Dolphin Eye: vídeo sub<br />

com rebreather O2ptima Fx, Recife, PE<br />

Agradecimentos:<br />

IANTD Brasil<br />

Dolphin Eye<br />

Anderson Lemos<br />

www.underxmag.com<br />

Para reutilizarmos esse gás exalado, além de remover o CO2,<br />

devemos também repor o Oxigênio (O2) metabolizado pelo<br />

corpo. Ao recircular o gás exalado reaproveitamos o resto de<br />

O2 que não foi utilizado pelo corpo e também os gases inertes<br />

em quase sua totalidade, apenas um pouco é absorvido<br />

pelos tecidos do corpo. Isso gera uma enorme economia de<br />

gases já que só precisamos repor o pouco O2 metabolizado<br />

pelo corpo.<br />

Existem muitos tipos de rebreathers: circuito fechado de oxigênio<br />

puro, circuito semi-fechado de adição ativa e passiva, circuito<br />

fechado eletrônico e outros. Vamos focar nos de circuito<br />

fechado eletrônicos (eCCR), os mais modernos e que têm tido<br />

a maior expansão no mercado. Os eCCR têm sensores que reagem<br />

à presença de oxigênio na mistura gasosa a que estão<br />

expostos. Dessa forma, e utilizando um computador, podemos<br />

controlar a concentração de O2 da nossa mistura, e assim repor<br />

o oxigênio que foi metabolizado.<br />

É como se conseguíssemos ver quanto oxigênio consumimos e<br />

quanto precisamos repor. Esse controle é feito através da Pressão<br />

Parcial do Oxigênio (PPO2), e esses eCCR também são<br />

conhecidos como rebreathers de PPO2 constante. Isso porque<br />

o mergulhador indica a qual PPO2 pretende mergulhar e<br />

o computador tem a tarefa de manter o nível indicado pelo<br />

mergulhador. Isso possibilita utilizar o conceito de “melhor mistura”<br />

em todas as fases do mergulho.<br />

José Mario Ventura é arquiteto com especialização<br />

em Planejamento Urbano. Mergulha<br />

desde 1992 e se formou instrutor em 2001. É<br />

IDC Staff Instructor e Instrutor de diversas especialidades<br />

pela PADI; instrutor de primeiros socorros<br />

EFR; instrutor de mergulho técnico pela<br />

DSAT; instrutor de mergulho técnico, caverna,<br />

naufrágio e rebreather CCR e SCR pela IANTD.<br />

É Instructor Trainer dos programas de segurança<br />

do mergulhador da DAN.<br />

www.rebreather.com.br<br />

A “melhor mistura” é aquela que é mais adequada à profundidade em que<br />

vamos mergulhar, de acordo com a absorção de gases inertes, da narcose<br />

e da exposição ao O2. Em circuito aberto normalmente escolhemos uma<br />

melhor mistura para a parte funda do mergulho. Enquanto estamos na parte<br />

funda do mergulho estamos respirando um gás ideal, mas assim que mudamos<br />

de nível, seja para fazer descompressão ou para um mergulho em<br />

multinível, a nossa mistura deixa de ser ideal. Os eCCR conseguem manter<br />

uma mistura ideal em todas as fases do mergulho, já que eles podem mudar<br />

a mistura durante o mergulho, isto é, temos uma Fração de Oxigênio (FO2)<br />

variável.<br />

Com isso eles se tornam muito eficientes sob o ponto de vista da absorção<br />

dos gases inertes e da narcose mas, cuidado, as exposições ao oxigênio são<br />

muito maiores e requerem controle e planejamento mais detalhados. Por ser<br />

um sistema eficiente usa cilindros muito menores para mergulhos muito mais<br />

longos. Um mergulhador recreativo costuma mergulhar com cilindros de 11 a<br />

15 litros, ficando submerso de 30 minutos a 1 hora (dependendo da profundidade,<br />

consumo, etc.). Um mergulhador de eCCR carrega um par de cilindros<br />

de 2, 3 ou 4 litros, para ficar até 6 horas. Na verdade o que acaba limitando<br />

é a capacidade de absorção de CO2. Além disso, o mergulho com rebreathers<br />

gera um maior conforto térmico ao mergulhador (perdemos menos<br />

calor) e ajuda a hidratação, essencial para mergulhos longos.<br />

Os eCCR já são máquinas comuns entre os mergulhadores técnicos de todo<br />

o mundo. No Brasil essa tendência está apenas no início. Também são máquinas<br />

populares entre os fotógrafos e videógrafos subaquáticos. A ausência<br />

de bolhas ajuda na aproximação à vida marinha e o tempo estendido permitem<br />

otimizar o trabalho. As máquinas vão se tornar mais acessíveis baratas<br />

em um futuro próximo.<br />

É claro que um equipamento complexo requer instrução especializada, que<br />

cada vez mais vai estar acessível a todos. Nos próximos 5 anos vamos testemunhar<br />

uma grande evolução dos rebreathers e, provavelmente, quase todos<br />

os mergulhadores vão poder escolher entre o sistema de circuito aberto<br />

padrão ou um rebreather para ir mergulhar.<br />

Foto: José Mario Ventura: treinamento<br />

de rebreather O2ptima Fx em piscina,<br />

Brasília, DF<br />

Rebreathers<br />

por: José Mario Ventura<br />

81


Baleeiro Japonês parte ao meio o navio Ady Gil da Sea Shepherd<br />

6 janeiro 2010 - O famoso catamarã está afundando no oceano antártico.<br />

Sea Shepherd<br />

Canal Aberto<br />

Seis tripulantes foram resgatados pela outra embarcação da<br />

Sea Shepherd, o Bob Barker.<br />

Em um ataque sem precedentes e sem provocação capturado<br />

em filme, a embarcação de segurança japonesa, Shonan<br />

Maru No.2 deliberadamente abalroou causando danos<br />

catastróficos ao catamarã da Sea Shepherd, o Ady Gil.<br />

Seis tripulantes, quatro neozelandezes, uma australiano e um<br />

holandês foram prontamente resgatados pela tripulação do<br />

Bob Barker. Nenhum dos tripulantes do Ady Gil se feriram.<br />

Acreditamos que o Ady Gil irá afundar pois as chances de salválo<br />

são muito pequenas.<br />

De acordo com o testemundo do Capitão Chuck Swift do Bob<br />

Barker, o ataque ocorreu enquanto as duas embarcações da<br />

Sea Shepherd estavam paradas. O Shonan Maru No.2 repentinamente acelerou e deliberadamente abalroou o Ady Gil<br />

cortando cerca de 2,5 metros de sua proa fora. De acordo com o Capitão Swift, a embarcação (Ady Gil) não aparenta<br />

que possa ser salva.<br />

“Os baleeiros japoneses em uma escalada de violência aumentaram as proporções do conflito” é o que afirmou o Capitão<br />

Paul Watson. “Se eles pensam que nossas outras duas embarcações vão se retirar do Santuário das Baleias da Antártida<br />

em face deste extremismo, estão totalmente enganados. Agora temos uma Guerra das Baleias Real em nossas mãos<br />

e não temos a intenção de retroceder.”<br />

Os navios japoneses inicialmente recusaram-se a reconhecer a chamada de socorro (MAY DAY) do Ady Gil, reconhecendo-a posteriormente. Apesar de terem reconhecido à chamada, não ofereceram<br />

assistência ao Ady Gil ou ao Bob Barker de qualquer modo. O incidente ocorreu na localização 64 graus e 3 minutos sul e 143 graus e 9 minutos leste.<br />

Os japoneses estavam em completo desconhecimento da existência do Bob Barker. Esta nova aquisição à frota da Sea Shepherd partiu de Mauritius na costa Africana em 18 de dezembro e pode<br />

avançar ao longo da borda de gelo oeste enquanto os japoneses estavam ocupados preocupando-se com o avanço do Steve Irwin ao Norte.<br />

“Esta é uma perda substancial de nossa organização”, afirmou o Capitão Paul Watson. “O Ady Gil, ex Earthrace, representa uma perda de quase dois milhões de dólares. Entretanto a perda de uma<br />

única baleia é mais importante para nós, e a perda do Ady Gil não será em vão. Este golpe simplesmente reforça nossas resoluções, não enfraquece nosso espírito.”<br />

A Sea Shepherd está requisitando ao governo australiano que envie uma embarcação militar para que a paz seja restaurada nas águas do Território Australiano Antártico. Temos 77 tripulantes de<br />

16 nações em 3 embarcações, seis deles a bordo do Ady Gil. Destes, 21 cidadãos australianos: 16 a bordo do Steve Irwin e 5 no Bob Barker. A Sea Shepherd crê que o governo australiano tem a<br />

responsabilidade em proteger as vidas de cidadãos australianos que trabalham para defender as baleias das atividades ilegais dos baleeiros japoneses.<br />

“A Austrália precisa enviar uma embarcação militar para cá assim que possível para proteger tanto as baleias quanto os cidadãos australianos que trabalham em defesa dos cetáceos”, afirmou<br />

Laura Dakin a cozinheira chefe do Steve Irwin de Camberra, Austrália. “Estas são águas Territoriais Antárticas Australianas e vejo os baleeiros japoneses fazendo o que querem impunemente aqui<br />

sem que uma embarcação do governo australiano possa ser encontrada. Peter Garret (ministro do meio ambiente australiano e ex vocalista da banda de rock Midnight Oil), tenho uma pergunta<br />

a você: ONDE DIABOS VOCÊ ESTÁ?”<br />

www.underxmag.com<br />

83


Infinity Sports promove evento<br />

Almoço de lançamento das marcas representadas pela Infinity Sports, contou com a presença<br />

de lojistas, donos de escolas e instrutores, onde foram expostos equipamentos da<br />

Hollys, Oceanic e XS Scuba. O pessoal pôde manipular os equipamentos, tirar dúvidas e<br />

rever os amigos. Após o evento foi servido um delicioso almoço aos convidados.<br />

Infinity Sports<br />

Rua Guaipá, 360 - Alto da Lapa<br />

55 (11) 5083-3915<br />

e-mail: jp@infinitysports.com.br<br />

Parada para Descomprechopp Paulista<br />

Aconteceu na quinta-feira dia 10 de dezembro no<br />

bar Senhor Mostarda mais um encontro de mergulhadores<br />

em Sampa, com palestra de Cristian<br />

Dimitrius sobre a Fun Trip realizada para Bahamas,<br />

que ainda explicou aos presentes sobre o ScubAA-<br />

Club da American Airlines, que visa a disponibilizar<br />

tarifas aéreas mais baratas para mergulhadores.<br />

O evento estava bem animado contando com a<br />

presença dos amigos da Dive-Net, Arribatur, time<br />

de fotgráfos da CNFVS em peso, Brasil <strong>Mergulho</strong><br />

e <strong>Underxmag</strong> fazendo a cobertura on-line da festança<br />

!! a noite ainda contou com a exibição de<br />

videos e fotos da viagem, vejam mais fotos no site<br />

da underxmag<br />

Aquaworld<br />

Eventos e Notícias<br />

85


CHICO SCUBA em:<br />

Onde é o freio?<br />

Logo depois de completar o curso básico de mergulho, Chico Scuba foi passar férias em Maceió, acompanhado<br />

de seu amigo Jaime Irgullo. Mergulhador há quase um ano e um grande entusiasta do mergulho, o<br />

Jaime foi um dos grandes incentivadores do Chico. Foi ele quem indicou a Scuba Holics e acabou adotando<br />

o Chico como seu dupla nos primeiros mergulhos do amigo.<br />

Maceió não era um destino típico de mergulhadores, mas o Chico havia lido numa revista que, nos recifes<br />

próximos, existiam ótimos pontos de mergulho. Excitados com a oportunidade de mergulhar em águas<br />

quentes e com visibilidade que, segundo a revista, “ultrapassava os 30 metros”, Chico e Jaime deram um<br />

jeito de enfiar seus equipamentos na bagagem, ainda que só tivessem o domingo livre para mergulhar.<br />

Chico havia aprendido no curso básico que voar depois de mergulhar era perigoso, por causa do risco de<br />

doença descompressiva. Na viagem a Maceió, Chico descobriu que voar antes de mergulhar também<br />

podia causar males, entre os quais o mais comum era a dor na coluna. O motivo, todos os mergulhadores<br />

experientes já sabiam: o peso dos equipamentos de mergulho é absolutamente incompatível com o limite<br />

de 20 kg de bagagem adotado pelas companhias aéreas e o excedente acaba indo parar na bagagem<br />

de mão.<br />

O Jaime, mais experiente, eliminou da bagagem todos os itens supérfluos e levou o mínimo de roupa possível.<br />

Mas o Chico só fez enfiar o equipamento todo na mala, incluindo a roupa de neoprene de 5 mm, que se<br />

mostraria totalmente desnecessária. Resultado: quando chegaram ao Aeroporto de Congonhas a mala do<br />

Chico pesava nada menos do que 30 kg. A solução foi tirar o máximo de coisas pesadas da mala e enfiar<br />

na mochila que nosso herói carregava como bagagem de mão. Por sorte, a mochila era bastante grande<br />

e resistente.<br />

A estratégia deu certo. A mala do Chico pesou exatos 20 quilos e os dois amigos passaram pela barreira do<br />

check in. Agora, faltava convencer a tripulação que a mochila, que a esta altura pesava uns 15 quilos, era<br />

bagagem de mão. O plano traçado para iludir a comissária de bordo foi fazer parecer que a mochila, apesar<br />

de grande, era leve. Foi assim que, até entrar<br />

no avião, Chico Scuba ficou o tempo todo com a<br />

mochila nas costas e manteve um sorriso no rosto<br />

como quem diz “Força, eu? Imagine!”. O plano<br />

deu certo, mas a dor nas costas se prolongou até<br />

o meio da semana.<br />

Foi com grande entusiasmo que, num sábado ensolarado,<br />

Chico e Jaime desembarcaram no Aeroporto<br />

de Maceió. A visão dos recifes de coral<br />

a partir das janelas do avião, logo antes do pouso,<br />

só fez aumentar a euforia dos dois amigos. No<br />

domingo pela manhã os dois se apresentaram no<br />

quiosque da Pajussara Divers, a operadora local,<br />

para o primeiro mergulho em águas alagoanas.<br />

www.underxmag.com<br />

O mergulho seria realizado na barreira de corais em frente à praia. Os mergulhadores seguiram<br />

até o ponto de mergulho num bote inflável. Eram 6 ao todo. Além do Chico e do<br />

Jaime, faziam parte do grupo o dive master local, 2 mergulhadores do Rio de Janeiro e um<br />

argentino. Babalu, o dive master, passou o briefing no próprio bote inflável, no percurso entre<br />

a praia e a barreira de corais.<br />

Quando chegaram ao ponto, Chico mal podia conter a ansiedade. Nervoso, como era de<br />

se esperar no primeiro mergulho após o check-out, e quase derretendo dentro da roupa<br />

de neoprene, Chico aguardava ansiosamente a hora de cair na água. A entrada na água<br />

seria de costas, a mais recomendável para um mergulho a partir de bote inflável, o que só<br />

fez aumentar a ansiedade do Chico, pois ele só havia praticado esta entrada na piscina.<br />

- “Não se avexe” disse Babalu, tentando acalmar o novato. “É só grudar o queixo no peito,<br />

segurar a máscara e deixar escorregar”.<br />

Chico contou mentalmente até 3 e “deixou escorregar” ....<br />

Splash !! ... Splish!!<br />

Splish?!?!?<br />

Humor - Chico Scuba<br />

Por Marcelo C. Ribeiro<br />

Na hora de fazer a entrada, nosso herói abriu um pouco as pernas e acabou chutando a<br />

máscara do Jaime, que estava do outro lado do bote. A máscara subiu, deu duas voltas no<br />

ar, descreveu uma parábola e ... splish!, foi para o fundo.<br />

Quando Chico se virou para o bote para dar o sinal de “OK” ele deu de cara com 5 rostos<br />

enfezados. Por sorte, o ponto não tinha corrente e o Babalu recuperou rapidamente a<br />

máscara. Sorte do Jaime, que se livrou de ter que usar a máscara reserva do argentino, um<br />

modelo feito de borracha, do tempo do mergulho com escafandro.<br />

Durante o mergulho, o Babalu serviu como guia, procurando mostrar ao grupo as coisas<br />

mais interessantes. Ainda brigando com a sua flutuabilidade, Chico Scuba freqüentemente<br />

se afastava do grupo e tinha que correr para se juntar aos demais. Num destes momentos,<br />

Chico percebeu que o grupo se reuniu em torno do que parecia ser uma fenda na parede<br />

de corais. Nosso herói acelerou para se juntar ao grupo e foi chegando ... chegando ...<br />

chegando ...<br />

“Ei, como se pára esta coisa?”, pensou. No afã de se aproximar rapidamente, o Chico exagerou<br />

a força nas nadadeiras e estava prestes a se chocar com o grupo, a parede de corais<br />

e o que quer que estivesse naquela fenda. Preocupado em evitar o choque, o novato<br />

começou a agitar as mãos para frente, a fim de desacelerar. E conseguiu. Desacelerou e<br />

instantaneamente transformou a visibilidade de 30 metros para 30 centímetros, tamanha a<br />

quantidade de areia que foi levantada. O grupo imediatamente se dispersou, mas Chico<br />

não entendeu o que podia estar naquela fenda que, àquela altura, estava vazia.<br />

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Humor - Chico Scuba<br />

Por Marcelo C. Ribeiro<br />

Chico virou-se para o Jaime a abriu os braços, como quem faz uma pergunta. O Jaime<br />

limitou-se a balançar a cabeça, mas, ao longe, Chico ouviu um som que se assemelhava<br />

a uma voz humana, com a devida interferência do som das bolhas que se<br />

desprendiam dos equipamentos. Ele não conseguiu identificar precisamente o som,<br />

mas escutou alguma coisa parecida com “brilho da fruta”.<br />

Quando chegou a hora de voltar para o barco, o Chico foi o último a subir. Quando<br />

chegou a sua vez, passou o equipamento e as nadadeiras para o Babalu e ... afundou!<br />

Nervoso com a estréia meio desastrada, nosso herói havia esquecido de tirar o cinto<br />

de lastro e foi para o fundo. Embora a roupa de neoprene fosse bastante positiva, nosso<br />

herói estava com muito lastro, como era comum aos mergulhadores iniciantes.<br />

Com o auxílio dos braços, Chico Scuba voltou á superfície e ficou batendo os pés<br />

enquanto tentava desesperadamente tirar o cinto e passar para o Babalu, que não<br />

sabia se ajudava o calouro ou se dava risada. Sem ninguém para ajudá-lo na água,<br />

o Chico teve que “se virar”. Cada vez que o nosso herói descia as mãos para tirar o<br />

cinto, ele começava a afundar e tinha que bater as pernas com mais intensidade.<br />

Subindo e descendo, Chico Scuba parecia uma mistura de ioiô com foca de circo<br />

pois, cada vez que conseguia tirar a cabeça para fora da água, o coitado tinha que<br />

soprar a água que quase tinha engolido e puxar o fôlego. Com freqüência, ele acabava<br />

soprando com a cabeça meio submersa e fazia um som esquisito: Brrlll! Brlll!<br />

Após 5 longuíssimos minutos de sofrimento, Chico Scuba conseguiu subir no barco e<br />

encontrou os companheiros às gargalhadas. Quando finalmente conseguiu se recompor,<br />

todos cumprimentaram o novato pelo primeiro mergulho depois do curso. Era a<br />

redenção. O grupo havia entendido que o nosso herói era um mergulhador iniciante<br />

e tinha direito a algumas barbeiragens. O Chico estava perdoado!<br />

Mas teve que pagar cerveja para todo mundo na hora do almoço.<br />

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A cada edição uma nova aventura:<br />

Marcelo C. Ribeiro<br />

Mergulhador consultor e escritor nas horas vagas<br />

marcelo@underxmag.com<br />

Desenvolvimento de Web Sites com sistema de<br />

gerenciamento de contéudo<br />

Criação de Logotipos | Anúncios e material gráfico |<br />

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