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<strong>04</strong><br />

underxmag.com<br />

UNDERXMAG.com<br />

Underwater Expedition Magazine<br />

Galápagos<br />

Maio / Junho 2010<br />

Campeonato Brasileiro de Foto Sub 2010<br />

Melhores fotos Flickr<br />

e muito mais !!!<br />

Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

<strong>Mergulho</strong> Livre, o mergulho na forma mais pura !<br />

Fotografia: Behind the shot<br />

Raio x de uma composição<br />

Ilhas Fiji<br />

A capital mundial do coral mole<br />

Brasil: Laje de Santos<br />

Temporada de raias mantas


Por Daniel Botelho<br />

Bull Shark - Fiji<br />

UNDERWATER EXPEDITION


abai<br />

Jose Martín Piñatel<br />

Galapagos Shark<br />

Scott Sansenbach<br />

Top 10 Março / Abril de 2010<br />

Why Hello California Sealion!<br />

Stephen Wood


Akule bait ball<br />

Bo Pardau<br />

Peixe Detalhe<br />

Isabela Vistué<br />

Top 10 Março / Abril de 2010<br />

Janolus cristatus<br />

Raimundo Fernandez<br />

G10 Underwater UV & Florescent<br />

Nazir Amin


TIGER SHARK<br />

Adriana Brandão<br />

Top 10 Março / Abril de 2010<br />

Hilma Hooker propeller<br />

Kim Yusuf


Janeiro e Fevereiro: Best Shot<br />

Lembeh - Night Safari<br />

Julian Cohen


Editor: Kadu Pinheiro<br />

redacao@underxmag.com<br />

Revisão:<br />

Alcides Falanghe<br />

Sugestões:<br />

info@underxmag.com<br />

55 11 8383-2501<br />

Publicidade: Alcides Falanghe<br />

comercial@underxmag.com<br />

web magazine 2010<br />

Distribuição Gratuita<br />

Publicação Bimestral<br />

Foto de capa:<br />

Kadu Pinheiro<br />

08. Galápagos - Temporada de Verão<br />

24. Greenpeace - Meio Ambiente<br />

26. Ilhas Fiji<br />

UNDERXMAG.com<br />

Underwater Expedition Magazine<br />

36. Os nudibrânquios - maravilhas da natureza<br />

40. Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

50. Equipamentos<br />

52. Portfolio - Julian Cohen<br />

60. <strong>Mergulho</strong> Livre, o mergulho na forma mais pura !<br />

62. Campeonato Brasileiro de Fotosub 2010<br />

68. Foto-Sub: Behind the Shot<br />

74. Sea Shepherd - Canal Aberto<br />

76. Aquaworld - Notícias e Novidades<br />

78. Chico Scuba - Humor<br />

Colaboradores:<br />

Daniel Botelho - Márcio Lisa - Armando de Luca Junior - Alcides<br />

Falanghe - Carolina Schrappe - Marcelo Cardoso Ribeiro - Ulisses<br />

Turati - Luis Fernando Cassino - Julian Cohen<br />

Kadu Pinheiro por Noeli Ribeiro<br />

Edição número - <strong>04</strong><br />

Maio / Junho de 2010 <strong>04</strong><br />

Amigos leitores, nessa edição de número <strong>04</strong> temos uma<br />

matéria sobre a temporada de verão nas ilhas Galápagos,<br />

mergulhos fantásticos, muita vida e muitas boas lembranças,<br />

ótima companhia entre amigos, nada melhor<br />

do que compartilhar os momentos especiais com pessoas<br />

especiais, não é verdade ?<br />

Daniel Botelho nos brinda mais uma vez com suas fotos<br />

em uma matéria sobre as ilhas Fiji, e no nacional abrimos<br />

a temporada de mantas na Laje de Santos, nosso pequeno<br />

paraíso paulista.<br />

Gostaria de agradecer todo incentivo e carinho que tenho<br />

recebido dos leitores da revista, manifestando apoio<br />

e parabenizando a iniciativa da mesma, e aproveito para<br />

pedir a vocês, que ajudem na divulgação da revista para<br />

amigos, familiares, mergulhadores ou não, afinal a revista<br />

é gratuita e quem sabe não conseguimos trazer mais<br />

companheiros para a atividade do mergulho, a revista<br />

precisa dessa força para que continue crescendo e viabilizando<br />

sua existência, através dos anúncios e patrocíníos<br />

do mercado, mantendo a mesma gratuita e constante.<br />

Testamos o novo ipad da apple e a revista ficou demais<br />

nesse novo brinquedinho do tio Jobs, na próxima edição<br />

vamos preparar um review completo com dicas e com a<br />

underxmag a caminho da apple store.<br />

Bom, é isso amigos, amanhã embarcando para mais uma<br />

aventura pelo Egito e pelas Arábias !!!<br />

Kadu Pinheiro<br />

Editor


ILHAS GALÁPAGOS - Equador<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

08 www.underxmag.com<br />

Temporada de verão<br />

Mergulhar em Galápagos era um sonho antigo,<br />

meu e de muitos outros mergulhadores que conheço.<br />

Um lugar distante, cheio de mistério e de<br />

histórias. Charles Darwin concebeu a teoria da<br />

evolução baseado em suas experiências nesse<br />

arquipélago. Suas ilhas maravilhosas possuem<br />

um ecossistema complexo e único.<br />

O ambiente marinho é um dos mais ricos domundo,<br />

onde grandes encontros são a regra.Em<br />

um mergulho “mais ou menos”, você encontra<br />

tubarões martelos, leões marinhos, tubarões de<br />

Galápagos e raias xitas aos montes. Isso é considerado<br />

um mergulho “mais ou menos”, mergulhar<br />

em Galápagos nos faz perder a referência<br />

do que usualmente estamos acostumados a<br />

ver. Pegue todas as suas melhores expectativas<br />

com relação ao que você espera encontrar<br />

e jogue fora, pois serão superadas. Mesmo na<br />

baixa temporada, com a ausência de tubarões<br />

baleia, (a melhor época para encontrar com<br />

esse gigantes vai de Junho á Agosto) mergulhar<br />

aqui é como entrar num turbilhão de vida<br />

e interação. É sentir o pulso dos oceanos com<br />

todo seu vigor.


É uma sensação muito boa sentir o<br />

vento e apreciar o luar refletido no mar<br />

durante a navegação rumo a Wolf e<br />

Darwin, ilhas mais distantes e pontos<br />

altos da expedição, saber que poucas<br />

pessoas tiveram a oportunidade<br />

de estar ali e ter certeza de fazer parte<br />

de uma irmandade, diria até parte<br />

de uma elite do mergulho agraciada<br />

com a oportunidade de se aventurar<br />

por essas águas selvagens e maravilhosas.<br />

A única coisa que me entristece<br />

é constatar que esse santuário<br />

marinho vem sendo devastado incansavelmente<br />

pelo homem, que explora<br />

os recursos naturais da região com a<br />

pesca ilegal desenfreada e irracional.<br />

A prática do shark fining vem reduzindo<br />

a população de tubarões gradativamente<br />

ano após ano. Temos que<br />

fazer algo, o mundo precisa tomar<br />

consciência do quanto estamos sendo<br />

relapsos na questão da preservação<br />

dos oceanos. Quando será que<br />

isso vai parar ? Quando tudo se esgotar<br />

? Fica a pergunta no ar para que<br />

possamos refletir...<br />

Foto: Nicolas Vera<br />

Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

www.underxmag.com 09


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

10 www.underxmag.com<br />

A viagem contou com a presença<br />

de Marcelo Krause e<br />

Noeli Ribeiro, 2 fotógrafos renomados,<br />

Lawrence Wahba e<br />

Cristian Dimitrius, cinegrafistas<br />

profissionais que estavam coletando<br />

cenas para um documentário<br />

e matérias em grandes<br />

emissoras de televisão, Johnny<br />

Franco, mergulhador técnico<br />

dos mais conceituados, Carol<br />

Schrappe, recordista sulamericana<br />

de mergulho livre, além<br />

é claro de nosso cicerone Gabriel<br />

Ganme proprietário da<br />

Diving College e Marcelo Spilzman,<br />

diretor do Instituto Aqualung<br />

e um dos maiores especialistas<br />

em tubarões do Brasil.<br />

Menção especial a Instrutora e<br />

minha modelo honoraria nessa<br />

expedição, a quem agradeço<br />

a imensa paciência e companherismo<br />

Carol da Mar a Mar<br />

de Belo Horizonte, assim como<br />

os outros amigos e clientes que<br />

compunham o nosso time.


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Há dois significados em espanhol para Galápagos: cágado e sela, pois os grandes cascos destes<br />

répteis são bem parecidos com uma sela de cavalo. O arquipélago de Galápagos - ou de Cólon<br />

- está localizado a quase mil quilômetros da costa do Equador, no Oceano Pacífico. É formado<br />

por aproximadamente 58 ilhas de origem vulcânica, sendo que apenas quatro destas ilhas são<br />

habitadas.<br />

A população de Galápagos é de aproximadamente 30 mil habitantes e o arquipélago recebe<br />

170 mil turistas por ano. A ilha Isabela (na forma de um cavalo marinho) tem cinco vulcões o mais<br />

alto com 1.690 metros de altura, sendo que alguns tornaram-se ativos durante o século 20.<br />

www.underxmag.com 11


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

12 www.underxmag.com<br />

O arquipélago apresenta uma biodiversidade elevada<br />

e é o habitat de muitas espécies endêmicas, como as<br />

tartarugas de Galápagos. As ilhas formam uma reserva<br />

de vida selvagem que é administrada pelo governo do<br />

Equador e que é, desde a visita de Charles Darwin, o principal<br />

laboratório vivo de biologia do mundo.<br />

O processo de evolução, o clima, as correntes marinhas<br />

e uma carência relativa de inimigos predatórios principalmente<br />

o homem, fizeram deste arquipélago um dos<br />

mais raros e importantes lugares e pontos de mergulhos<br />

de nosso planeta.


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

A UNESCO declarou as ilhas Galápagos Patrimônio Natural da<br />

Humanidade. Galápagos possui uma surpreendente vida marinha<br />

e com certeza faz parte do sonho de consumo de todo<br />

mergulhador.<br />

Todo o arquipélago, uma área de 727 mil hectares, é parque<br />

nacional marinho, e, com certeza, a melhor maneira de conhecer<br />

a região é em um live aboard, que permite mergulho nos<br />

melhores e mais distantes pontos, como as ilhas Wolf e Darwin.<br />

www.underxmag.com 13


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

E foi no Deep Blue, uma fantástica embarcação<br />

de 106 pés, 09 cabines duplas<br />

com banheiro privativo e água<br />

quente, 02 motores CUMMINS 12V/71,<br />

02 geradores Onan 75 KW, 02 botes Zodiac<br />

para 12 pessoas cada, GPS (Global<br />

Positioning System), ar condicionado,<br />

estrutura completa para mergulho<br />

e uma eficiente e atenciosa equipe de<br />

8 tripulantes, que passamos a semana<br />

relizando nossos mergulhos e explorações<br />

nesse maravilhoso lugar.<br />

14 www.underxmag.com


Após voar de São Paulo para Quito, com escala em Lima, a aventura já começou em Quito com uma<br />

escalada ao campo base do vulcão Cotopaxi a 4800 metros de altitude. Sofrido, mas recompensador.<br />

O visual é fantástico e ainda tive a sorte de conseguir fotografar um lobo selvagem, que rondava o<br />

campo base em busca de comida deixada pelos trekkers e alpinistas. O clima é de expedição de alta<br />

montanha, neve, alpinistas indo e vindo se preparando para o ataque ao cume de 5897 metros de<br />

altitude. Como além de mergulhador sou alpinista amador e confesso que a vontade de voltar para o<br />

Cotopaxi está me consumindo a cada dia, mas isso será um novo capítulo de uma nova aventura.<br />

Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

www.underxmag.com 15


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Pela manha do dia seguinte, embarcamos<br />

rumo a São Cristovão com uma<br />

pequena parada em Guaiaquil. Formalidades<br />

feitas, bagagens checadas,<br />

embarcamos no Deep Blue, nossa casa<br />

nos próximos dias. A quantidade de<br />

equipamentos que nossa equipe carregava<br />

era impressionante. A logistica<br />

de transporte da equipe do Deep Blue<br />

foi perfeita.<br />

16 www.underxmag.com


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Após um delicioso almoço e um briefing do que estava por vir nos próximos dias, começamos a arrumar nosso equipo de mergulho e fotografia / filmagem. Tinhamos<br />

programado um mergulho a tarde para realizarmos nosso check-dive na Isla Lobos, na presença de vários, leões marinhos e muita vida.<br />

Equipos acertados e ajustes feitos, prontos para zarpar rumo a North Seymour. Arraias tubarões galhas brancas de recife e galhas pretas, além de enormes moréias<br />

e cardumes de peixes diversos. Isto foi apenas o aperitivo. Depois do mergulho desembarcamos na ilha para um passeio por terra. Impressionante a quantidade<br />

de aves na ilha. Ótima pedida para fotos. Atenção para as iguanas terrestres e marinhas, além de pequenos lagartos. Protetor solar e boné são recomendados.<br />

De volta ao barco e mais uma noite de navegação com luz do luar.<br />

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Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Ao amanhecer fundeamos nosso<br />

barco em em Wolf, onde avistamos<br />

nosso primeiro cardume<br />

de martelos da viagem. Foi lá<br />

também que protagonizei um<br />

dos mergulhos mais emocionantes<br />

da minha vida. Após 45 minutos<br />

de mergulho e vários tubas,<br />

eu e minha dupla iniciamos nossa<br />

parada de segurança aos 5<br />

metros. Foi quando me dei conta<br />

que havia vários golfinhos ao<br />

nosso redor.<br />

Havia algum tempo que estávamos<br />

ouvindo seus barulhos mas<br />

nada no visual, quando de repente<br />

um enorme macho com<br />

uns 3 metros de comprimento começou<br />

a nos cercar, passando<br />

rapidamente com suas graciosas<br />

evoluções. Estava acompanhado<br />

de mais 2 outros machos,<br />

e formavam o grupo encarregado<br />

de nos distrair, para que o<br />

restante do grupo passasse em<br />

segurança. Comportamento típico<br />

da espécie, que se observa<br />

também quando embarcações<br />

se aproximam do bando.<br />

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Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Até ai emocionante, meu primeiro<br />

encontro com golfinhos embaixo<br />

d’água. Já estava pulsando de<br />

alegria, quando o macho se afastou<br />

e após alguns instantes retornou<br />

acompanhado de uma fêmea<br />

e seu filhote. Os três chegaram bem<br />

perto. Nadavam bem próximos e<br />

lentamente.<br />

Não sei se era isso ou era minha<br />

imaginação, mas eu e minha dupla<br />

tivemos a nítida impressão de<br />

que ele estava nos apresentando<br />

sua família. Não sei se era esta a intenção,<br />

mas foi emocionante.<br />

Outro destaque foram as caverninhas<br />

do último mergulho do dia,<br />

regados a um belo por do sol enquanto<br />

aguardavamos a panga<br />

na superfície.<br />

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Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro Os mergulhos em Darwin. Os cardumes<br />

de martelo estavam mais<br />

profundos e não tivemos tanta<br />

sorte quanto em Wolf. Mesmo<br />

assim mergulhamos acompanhados<br />

por tartarugas, cardumes<br />

diversos, moréias e martelos<br />

solitários no azul.<br />

20 www.underxmag.com<br />

Mais uma noite de navegação,<br />

agora iniciando nossa jornada<br />

de volta rumo a Cape Marshall.<br />

Lá realizamos um mergulho fantástico<br />

em meio a um cardume<br />

de salemas tão gigantesco que<br />

é impossível de descrever. Mantas<br />

e tubarões de Galápagos<br />

que faziam pequenas investidas<br />

no meio do cardumes com a intenção<br />

de se alimentarem.<br />

Próxima parada Roca Cousins<br />

com leões marinhos, cavalos<br />

marinhos e pequenos cardumes<br />

de raias chitas.


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Visita em terra em Sullivan Bay e passeio de panga para snorkel<br />

em Bartolomé. Esses mergulhos renderam as melhores fotos dos<br />

leões marinhos.<br />

Não podiamos deixar de visitar em terra à Galapaguera Cerro<br />

Colorado, um centro pesquisas e reprodução das tartarugas<br />

gigantes de Galápagos.<br />

www.underxmag.com 21


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

22 www.underxmag.com<br />

Dicas: mergulhadores devem estar preparados para enfrentar correntes fortes. É<br />

obrigatório o uso de dive alerts e sinalizadores de superfície (salsichões) para o caso<br />

de alguém se perder do grupo.<br />

Ter um bom condicionamento físico e ser um mergulhador experiente e com certificação<br />

mínima de avançado são requisitos para evitar acidentes e mergulhar com<br />

segurança em Galápagos.


Galápagos<br />

Equador por Kadu Pinheiro<br />

Para mais informações e reservas:<br />

Mundo Natural Tour Operator Phone:<br />

+ 55 11 2864 1990 / 3863 2142 / 8239-4<strong>04</strong>7<br />

Fax: + 55 11 3477-3483<br />

Skype: rodbittencourt@terra.com.br<br />

rodrigo@mundonatural.tur.br<br />

www.mundonatural.tur.br<br />

www.underxmag.com 23


Desastre para ficar na história<br />

Local de reprodução de várias espécies de mamíferos, aves e peixes, alguns<br />

em perigo de extinção, o Golfo do México e a costa da Lousiana<br />

estão banhadas em óleo.<br />

A conta ambiental começou a ficar bem mais salgada. As primeiras aves<br />

com o corpo coberto de óleo do vazamento da plataforma Deepwater<br />

Horizon no Golfo do México foram encontradas na costa da Lousiana,<br />

onde a mancha de óleo do tamanho da metade de Sergipe bateu na<br />

manhã de sexta-feira, dia 30. O acontecimento, tanto temido pelas autoridades<br />

americanas quanto pelos ambientalistas, traz um prejuízo econômico,<br />

segundo os primeiros cálculos, de cerca de bilhão de dólares.<br />

O óleo não poderia ter sido derramado em momento pior. O mês de abril<br />

é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas<br />

marinhas no Golfo do México. Durante o período, as espécie, por<br />

instinto, tendem a se assentar e, com isso, ficam impossibilitadas de reagir<br />

a tempo e fugir do perigo. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas<br />

as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras<br />

e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.<br />

A costa da Lousiana, local onde se encontram 40% das regiões de mangue<br />

dos Estados Unidos, é pouso para mais de cinco mil espécies de aves migratórias.<br />

A lista completa dos animais na mira do óleo inclui 400 espécies,<br />

encabeçada pelo atum-azul, em alto perigo de extinção. Das sete espécies<br />

de tartarugas marinhas do mundo, cinco migram para a região para<br />

cuidar de seus filhotes em abril. Tubarões e mamíferos marinhos, como as<br />

baleias Cachalote, Azul, Fin e Sei também nadam no óleo. Uma equipe<br />

do Greenpeace dos Estados Unidos está a caminho da Lousiana para documentar<br />

e expor os impactos ambientais causados pelo vazamento de<br />

óleo<br />

Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace<br />

Brasil, na região de Abrolhos. Greenpeace / Lunaé Parracho<br />

24 www.underxmag.com<br />

Greenpeace<br />

Meio Ambiente


Nadadeira Slingshot<br />

Desenhada para atingir máxima propulsão e<br />

velocidade com o mínimo de esforço.<br />

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de propulsão.<br />

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não possui traquéia.<br />

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contato@aqualungbrasil.com<br />

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“As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo<br />

e as possibilita de mergulhar no mar<br />

sem afundar”, explica Leandra Golçalves,<br />

Coordenadora da Campanha<br />

de Oceanos do Greenpeace.<br />

Com o tingimento das penas de negro<br />

petróleo, as aves perdem esta<br />

cobertura natural e ficam impossibilitadas<br />

de mergulharem. “Isto sem falar<br />

nos níveis de toxicidade a qual os<br />

peixes e as baleias estão expostos. A cada vez que uma baleia<br />

vai à superfície para respirar, está levando petróleo aos pulmões”,<br />

acrescenta Leandra.<br />

O acidente, causado por uma falha no sistema de segurança<br />

de uma plataforma construída em 2001 usando a mais recente<br />

tecnologia para a área pode vir a se tornar o maior da história<br />

dos Estados Unidos. Estimativas oficiais são de que o volume de<br />

óleo derramado já ultrapassa os de grandes acidentes como o da<br />

Exxon Valdez, em 1989, no Alasca e o de Santa Bárbara, Calif, em<br />

1969. Por via das dúvidas, o presidente Obama vez sendo orientado<br />

a suspender novos projetos de exploração de petróleo até que<br />

maiores investigações sobre o caso garantam maior segurança.<br />

“Ainda hoje, apesar da alta tecnologia para a exploração de gás<br />

e óleo já desenvolvida no mundo, são poucas as medidas eficientes<br />

para evitar o impacto ambiental de vazamentos de petróleo no<br />

mar. A região que foi afetada pelo Exxon Valdez, por exemplo, ainda<br />

não se recuperou totalmente dos impactos, mesmo depois de<br />

21 anos do ocorrido”, diz Leandra. “Está mais do que na hora dos<br />

governos e sociedade repensarem o modelo de desenvolvimento<br />

que queremos para o futuro. Para evitar esse tipo de impacto só<br />

existe uma maneira: diminuir a exploração de petróleo e migrar<br />

para uma matriz energética mais limpa e renovável”, conclui.<br />

Fonte: greenpeace.org<br />

Greenpeace<br />

Meio Ambiente<br />

www.underxmag.com 25


FIJI - A capital mundial do coral mole<br />

por Daniel Botelho<br />

26 www.underxmag.com<br />

Fiji, também conhecida como capital mundial do coral mole,<br />

é um lugar para quem procura mergulho radical.<br />

Com correntezas,tubarões e uma formação coralina única em cores e<br />

riqueza animal,o conjunto de 330 ilhas do arquipélago fijiano é cercado<br />

por águas azuis e quentes,cenário eternizado no filme Lagoa Azul.<br />

Mas o que os filmes não contam sobre Fiji?<br />

Passamos dias em busca do que há de melhor no mergulho de Fiji e aproveitamos<br />

para desvendar ,verdades e mitos sobre canibalismo,Kava,que<br />

é uma poção de erva relaxante e porque 15% de seus homens se trevestem<br />

de mulher.


Até a chegada dos missionários as Ilhas Fiji o<br />

povo polinésio que ali habitava cultivava um<br />

dos mais bizzaros atos culturais,o canibalismo.<br />

Cultural porque não se tratava de meio de sobrevivência.Devia<br />

se comer o grande guerreiro<br />

inimigo quando abatido em batalha.<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

Os olhos e o cérebro eram os órgãos mais<br />

disputados,somente os chefes comiam.<br />

O missionários converteram o povo ao catolicismo<br />

a desde então nunca mais ouve o<br />

consumo de carne humana, “pelo menos<br />

é o que se pensa” dizem os locais quando<br />

querem brincar com os turistas.<br />

Embarcamos em um liveaboard que iria nos<br />

levar a distante reserva marinha conhecida<br />

como Namena Reef.<br />

O local que deu o título de capital do coral<br />

mole a Fiji, Namena Reef, tem um conjunto<br />

de mergulhos em pináculos e paredes,<br />

com profunda beleza e cor.<br />

Os mergulhos de paredes são realizados,<br />

aproximadamente trinta metros de profundidade,<br />

as correntezas são muito fortes<br />

propiciando o fácil encontro com tubarões,<br />

atuns e garoupas curiosas com mais<br />

de cem quilos!<br />

www.underxmag.com 27


Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

Com correntezas variando entre moderadas<br />

a severas dependendo da hora do<br />

dia, os pináculos de Namena Reef são<br />

formações coralinas desabrochadas em<br />

cores e em explosão de vida marinha!<br />

Além de tubarões circulando ao longe,os<br />

pináculos são excelentes pontos para procura<br />

e fotografia de vida macro.Grande<br />

variedade de nudibrânquios,crustáceos<br />

e pequenos peixes povoam essas formações<br />

de coral.<br />

Arcos cercados por corais moles das<br />

mais diversas cores,arraias jamanta<br />

para todos os lados,nudibrânquios,mais<br />

de três espécies de tubarão sempre<br />

presentes,tudo isso somado a uma visibilidade<br />

de cinqüenta metros ,fazem deste,<br />

um lugar incrível para mergulhar!<br />

28 www.underxmag.com


Após quatro dias e vinte mergulhos em Namena Reef,<br />

nosso barco nos deixou em uma vila onde pudemos<br />

conviver com os nativos, comer sua comida assada<br />

no chão com pedras e embrulhadas em folha de<br />

coqueiro e principalmente participar de seu evento<br />

social mais importante, cantar bebendo Kava.<br />

Para todas as cerimônias os homens fijianos usam uma<br />

saia chamada de “sulu”.É como um traje de gala,e<br />

uma vez por semana toda a vila se veste como seus<br />

ancestrais se trajavam.<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

Muitas dúvidas pairam sobre o que realmente é essa poção relaxante, por isso hospedados em<br />

uma autentica vila, experimentamos a Kava, da colheita a produção.<br />

www.underxmag.com 29


A primeira etapa é a retirada da raiz<br />

do pé de Kava que após secar alguns<br />

dias é pilada e transformada num pó.<br />

Apesar de muitos acharem que é uma<br />

bebida alcoólica ou um chá, a Kava<br />

nada mais é do que o pó da raiz diluído<br />

em água fresca da chuva.<br />

A segunda etapa usa uma espécie de<br />

filtro onde o pó imerso na água começa<br />

a ser friccionado para soltar seus<br />

princípios ativos.<br />

Um ritual de batidas de palma e dizeres<br />

é necessário e divertido durante estas<br />

rodas.Uma cuia feita de coco é usada<br />

como copo e por noite um fijiano consome<br />

em media oitenta cuias cheias<br />

de Kava.<br />

Antes de receber a cuia,a pessoa precisa<br />

bater uma palma e dizer “Bula”!<br />

Após virar a cuia de uma só vez deve<br />

bater três palmas e dizer “Mata”.<br />

“Bula” na língua de Fiji é uma saudação<br />

universal,conveniente para todos<br />

os momentos e “Mata” significa secar,<br />

neste caso a cuia de Kava.<br />

30 www.underxmag.com<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho


O efeito da poção é relaxante,fazendo com que o individuo fique cada vez mais introspectivo. A aparência é de água barrenta<br />

e o gosto de ervas é forte,a primeira sensação que vem é dormência nos lábios.<br />

Os habitantes passam horas cantando e tocando na roda de Kava.Como não tinham história escrita fizeram da música uma<br />

maneira de transmitir acontecimentos e ensinamentos.Praticamente todos cantam bem e quando se reúnem produzem um espetáculo<br />

musical!<br />

Na vila alguns homens se travestiam de mulher mesmo sendo heterossexuais. Na cultura fijiana toda vez que uma família tem<br />

cinco filhos homens consecutivos, o quinto filho é criado como mulher desde pequeno para ajudar nas tarefas do lar. Mesmo na<br />

idade adulta o homem continua se vestindo como mulher tendo esposa e filhos. Um traço cultural interessantíssimo!<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

www.underxmag.com 31


Após alguns dias nesta vila. tive a honra de ser convidado a preparar a<br />

Kava e com isso ganhei uma “Tanoa”, nome dado a bacia de madeira<br />

onde se prepara a poção. Com o carinhoso titulo de “Kava King” me<br />

despedi de tão simpática vila onde deixei muitos amigos.<br />

De novo a bordo de nosso barco,rumamos para Nigali Pass,uma garganta<br />

submersa cujo fundo está nos trinta e cinco metros de profundidade.<br />

O local é selvagem ao extremo,e a presença de peixes enormes,<br />

incluindo tubarões e garoupas demonstra quão equilibrada e saudável<br />

está a população marinha naquele recife.<br />

Por serem mergulhos profundos, ficamos limitados a realização de dois<br />

mergulhos diurnos e um noturno em Nigali Pass. Os mergulhos noturnos,<br />

raramente feitos naquela área, foram uma experiência muito interessante,<br />

a visibilidade era excelente e meu sistema de iluminação parecia<br />

um holofote, flagrando a caçada de tubarões, atuns e todo tipo de<br />

predador.<br />

Um mergulho de muita correnteza, mas com lindas paisagens submersas<br />

e amistosas garoupas que fazem questão de realizar uma inspeção<br />

física e visual no mergulhador !<br />

32 www.underxmag.com<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho


Nigali Pass é um ponto no meio do oceano,sem ilha ou laje,basta descer e entrar neste cânion subaquático<br />

lar de centenas de tubarões cinzas de arrecife! Não existe maneira de não se render a<br />

beleza de um tubarão,que como um leão da savana ronda atrás de oportunidades como peixes<br />

feridos ou desapercebidos.A grande presença destes animais é um indicador muito positivo sobre a<br />

saúde daquela população marinha.Nigali Pass é sem dúvida um dos recantos intocados do nosso<br />

Planeta!<br />

Nos despedimos do barco em Nadi,local onde a maioria do vôos internacionais chega.Nosso destino<br />

era um lugar chamado Bega Lagoon pronuncia se Benga Lagoon.Nossa viagem de 140 km durou<br />

cinco horas pois as estradas são péssimas,mas a aventura que nos esperava,compensaria todos<br />

os problemas enfrentados.<br />

Fomos recepcionados pelo amigo,Mike Newman,proprietário da operadora Bega Adventure Dive.<br />

Ficamos hospedados no resort anexo à operadora,a curiosidade sobre aquele lugar é que foi construído<br />

para se tornar um hotel cassino de luxo.Porem, clandestino,o hotel foi obrigado a fechar as<br />

portas e seus proprietários venderam toda a estrutura.Agora ele se tornou praticamente um resort<br />

de mergulho com acomodações bastante confortáveis a preço muito abaixo do mercado.<br />

Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

Bega Lagoon é um dos mais famosos mergulhos com<br />

tubarões do mundo,o ponto de mergulho para os grandes<br />

encontros é também uma reserva ecológica mantida<br />

por Mike,ele a batizou de “Shark Marine Reserve”.<br />

Na tradição de Fiji,o recife de coral pertence a vila mais<br />

próxima e é ponto de extração para o povo através da<br />

pesca.Ao descobrir esse local Mike juntou fundos e desde<br />

1992 ele gasta aproximadamente vinte e cinco mil<br />

dólares por ano para que ninguém da vila pesque lá.<br />

Após anos de conservação o lugar se tornou morada<br />

de peixes extraordinariamente grandes e muitos<br />

tubarões,em sua grande maioria cabeças chatas e cinzentos<br />

de arrecifes.O local conta com a presença constante<br />

de tubarões tigre,mas em menor escala.<br />

www.underxmag.com 33


Ilhas Fiji<br />

por Daniel Botelho<br />

As grandes estrelas do lugar são o tubarão tigre fêmea conhecida como<br />

“Scarface”, devido a um acidente com anzol esta fêmea ficou com o rosto<br />

deformado,e a famosa cabeça chata chamada de “Big Mama”,com quatro<br />

metros de comprimento esta fêmea é uma locomotiva subaquática!<br />

Os mergulhos no “Shark Marine Reserve” são feitos a cada dois dias,e o local<br />

dispõe de excelentes mergulhos em pináculos e barreiras de coral como<br />

opção para os dias em que não acontecem os mergulhos com tubarões.<br />

Fechamos assim esta expedição, conhecendo os grandes<br />

habitantes dos mares de Fiji. Além de desbravar lugares<br />

pouco mergulhados daquelas áreas pudemos<br />

conviver e viver com o pouco da cultura ainda remanescente<br />

daquele povo canibal que habitou as ilhas há<br />

cem anos.<br />

Meu sincero “Vinaka Vaca Levu” ou muito obrigado na<br />

língua de Fiji! Para a modelo Natália Abrahão e toda minha<br />

equipe, Brasil, Fiji e Singapura: Diogo e Adriana Estiguer,<br />

Mosees, Jovin Lin, Rusi, Ned, Pedro e Tubin<br />

Confira mais fotos deste e de outros destinos em:<br />

www.danielbotelho.com.br<br />

34 www.underxmag.com


Meio Ambiente<br />

Texto Por Armando de Luca Junior<br />

Os nudibrânquios - maravilhas da natureza<br />

Dentro do filo dos moluscos, na classe dos opistobrânquios, a ordem nudibrânquia<br />

é uma das mais belas e coloridas, chamando a atenção dos mergulhadores,<br />

fotógrafos sub e simples apreciadores da vida marinha por sua<br />

grande variedade de formas, cores e delicadeza. Seu tamanho pode variar<br />

desde pouco mais de um centímetro até cerca de 40cm. Uma das características<br />

mais marcantes do grupo, é a presença de brânquias externas (daí a<br />

origem do nome), com graus de desenvolvimento variáveis de acordo com<br />

a espécie. Algumas espécies desenvolveram brânquias secundárias verdadeiras,<br />

cuja estrutura toma a forma de um penacho ao redor do ânus, sendo<br />

chamadas de brânquias anais.<br />

Outras espécies desenvolveram apêndices que aumentam a superfície da<br />

pele e, conseqüentemente, a absorção de oxigênio. Estes podem tomar a<br />

forma de dobras ou franjas na pele e recebem o nome de cerata, estrutura<br />

utilizada inclusive para sua classificação sistemática.<br />

Os nudibrânquios apresentam um par de tentáculos sensoriais, chamados rinóforos,<br />

em suas cabeças. Um segundo par de tentáculos orais também está<br />

presente, mas nem sempre bem visível em várias espécies. Os membros desta<br />

ordem não apresentam concha e possuem hábito carnívoro, alimentando-se<br />

sobre corais gorgonáceos especialmente. Devido a esse hábito, chegam a<br />

incorporar as células especiais urticantes características dos cnidários (grupo<br />

onde estão as gorgônias), tornando-os indigestos aos predadores.<br />

São muitas as espécies deste grupo e, com certeza, ainda restam inúmeras a<br />

serem descobertas e descritas. Em nosso litoral existe uma variedade grande<br />

e especialistas realizando seu estudo, às vezes até em conjunto com cientistas<br />

de outros países. A admiração por esses pequenos animais é tamanha, que<br />

existe até um fórum especializado onde fotógrafos e pesquisadores de diversas<br />

partes do mundo participam. Você pode ser um mero admirador para<br />

desfrutar das magníficas imagens encontradas no link abaixo.<br />

www.seaslug.com<br />

36 www.underxmag.com<br />

Foto: Marcio Lisa<br />

Foto: Marcio Lisa


Foto: Marcio Lisa<br />

www.underxmag.com<br />

No sudeste brasileiro, uma das espécies<br />

que está sendo estudada (pelo<br />

brasileiro Carlo Magenta em conjunto<br />

com pesquisadores de Munique),<br />

pertencente ao gênero Flabellina,<br />

durante o período de inverno entra<br />

em fase reprodutiva, aparecendo<br />

em grande quantidade sobre o fundo<br />

rochoso em profundidades entre<br />

18 e 30m especialmente. Suas desovas<br />

esbranquiçadas, filamentosas e<br />

espiraladas podem ser vistas presas a<br />

algas do fundo. Tudo isso torna esse<br />

período um verdadeiro deleite para<br />

as fotos macro.<br />

Uma das mais belas formas de nudibrânquios<br />

existente é a chamada<br />

“bailarina espanhola”, que pertence<br />

à espécie Hexabranchus sanguineus<br />

e ocorre no Mar Vermelho e Indo-<br />

Pacífico. Sua cor pode variar entre o<br />

vermelho e o amarelo, mas o destaque<br />

é para a primeira, sendo inclusive<br />

uma das razões para o nome da<br />

espécie. Outra característica que<br />

contribui para isso é o fato do animal<br />

ter capacidade natatória, através de<br />

contrações corpóreas que conferem<br />

o aspecto de uma dança subaquática<br />

inesquecível. A foto a seguir foi obtida<br />

no seguinte link: slugsite.us/bow/<br />

phil/sanguin.html<br />

Meio Ambiente<br />

Texto Por Armando de Luca Junior<br />

Foto: Marcio Lisa<br />

www.underxmag.com 37


Apesar do animal que será citado a seguir sequer pertencer<br />

à mesma família dos nudibrânquios, acho importante<br />

fazer um comentário, pois os leigos geralmente<br />

o confundem com a bailarina espanhola.<br />

Trata-se da aplísia, um molusco opistobrânquio, assim<br />

como os nudibrânquios, só que pertencente à ordem<br />

dos anaspídeos e família dos aplisídeos (enquanto<br />

que a bailarina pertence à ordem dos nudibrânquios<br />

e família dos hexabranquídeos). Estes animais também<br />

possuem certa capacidade de natação através de<br />

ondulações corpóreas (fato que costuma gerar a confusão),<br />

mas suas características são bem distintas das<br />

características dos nudibrânquios.<br />

O nome popular da aplísia é “lebre-do-mar”, pois suas<br />

projeções carnosas na região da cabeça tornam esta<br />

parecida aos lábios de uma lebre. Possuem dois pares<br />

de tentáculos e seu manto (uma “pele” que recobre o<br />

animal) projeta duas “asas” laterais.<br />

Apresentam pequena concha interna e as brânquias<br />

também são internas (totalmente ao contrário dos nudibrânquios).<br />

Alimentam-se sobre algas e podem descarregar<br />

uma tinta púrpura (semelhante à dos cefalópodes<br />

- polvos e lulas) quando molestados.<br />

38 www.underxmag.com<br />

Meio Ambiente<br />

Texto Por Armando de Luca Junior<br />

Torne-se um Instrutor NAUI<br />

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Segurança no mergulho através<br />

da educação<br />

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Meio Ambiente<br />

Texto Por Marcelo Szpilman, fotos Kadu Pinheiro<br />

Com um artigo de página inteira no jornal local, El Colono, a Sea Shepherd iniciou um projeto para<br />

sensibilizar os habitantes de Galápagos pela proteção dos tubarões.<br />

Em todo o mundo, tubarões estão sendo exterminados em uma taxa alarmante, e é hora de usar<br />

todos os meios disponíveis para interromper esse massacre sem sentido. Depois da aplicação da<br />

lei, a educação é responsável por contribuir com a conservação das espécies.<br />

Nos próximos seis meses, a Sea Shepherd de Galápagos vai publicar anúncios visando a proteção<br />

dos tubarões no jornal local. Também serão transmitidas mensagens diariamente na estação de<br />

rádio local, com muitos fatos interessantes sobre os tubarões. Ao mesmo tempo, será informado<br />

sobre a remoção das barbatanas, que tem impacto devastador sobre as populações de tubarões,<br />

e quão cruel é esta prática.<br />

As informações são essencialmente destinadas às crianças de Galápagos, mas através delas, há<br />

a oportunidade de chegar até suas famílias também. O ideal é que os anúncios sejam passados<br />

e discutidos nas casas das crianças, com suas famílias e amigos.<br />

Alguns dos anúncios convidam os leitores a participar da campanha, e por isso existe um painel<br />

de informações em frente ao escritório da Sea Shepherd de Galápagos, onde as crianças podem<br />

colocar seus desenhos e as respostas às perguntas feitas nos comerciais de rádio e nos anúncios<br />

publicados no jornal.<br />

Ao final dos seis meses todas as informações serão compiladas em um manual do professor, que<br />

será oferecido às escolas para fins educativos nos anos seguintes.<br />

8 maio 2010<br />

Por Raquel Soldera, voluntária do ISSB<br />

Meio Ambiente<br />

Sea Shepherd inicia campanha pela proteção dos tubarões em Galápagos<br />

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Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

Temporada de Raias Manta aberta !!!<br />

Extra extra !! primeiro avistamento de<br />

RAIA MANTA (manta birostris) na Laje<br />

de Santos em 2010. Os mergulhadores<br />

a bordo da Nautilus, com Armando de<br />

Luca no comando, tiveram o prazer de<br />

mergulhar e interagir com uma manta<br />

fêmea de aproximadamente 3.5m de<br />

envergadura, devidamente registrada<br />

pelo fotógrafo Ulisses Turati e contabilizada<br />

como 65o animal registrado na<br />

Laje até hoje. Ulisses batizou o animal de<br />

Lola, em homenagem a sua esposa.<br />

Já no dia seguinte, Domingo, o Instituto<br />

Laje Viva (ILV) foi para a Laje com sua<br />

equipe de pesquisas para dar segmento<br />

ao projeto MANTAS DO BRASIL, agora<br />

patrocinado pela Petrobras Ambiental.<br />

Apesar de não terem sido registrados<br />

novos encontros, acreditamos que este<br />

é só o começo de uma temporada ótima<br />

para o projeto e para os mergulhadores<br />

que visitam o parque marinho.<br />

40 www.underxmag.com<br />

Lembramos que, caso você aviste<br />

um destes belos animais e tenha a<br />

chance de registra-los com segurança,<br />

a imagem mais importante<br />

é a da região ventral, que identifica<br />

cada um dos indivíduos por ter um<br />

padrão único, como uma “impressao<br />

digital”. As fotos podem ser enviadas<br />

pelo email de contato do ILV,<br />

e em caso de nova identificação o<br />

fotografo terá a honra de batizar o<br />

exemplar. Participe, o ILV agradece<br />

sua ajuda!!


Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

Um pouco sobre a Laje de<br />

santos:<br />

Parque Estadual Marinho da<br />

Laje de Santos (PEMLS) : único<br />

Parque Estadual Marinho,<br />

sob jurisdição da Secretaria<br />

Estadual de Meio Ambiente<br />

e Instituto Florestal, tem<br />

como principal formação<br />

um rochedo com 550m de<br />

comprimento e pouco mais<br />

de 180m de largura e 40m<br />

de altura. A distância é de<br />

cerca de 22 milhas marítimas<br />

da costa e o tempo de<br />

navegação é de aproximadamente<br />

1h 15min, dependendo<br />

das condições de<br />

mar.<br />

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Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

Existe um farol automático e ninhos<br />

de aves como atobás, gaivotões,<br />

trinta-réis e fragatas. Suas<br />

águas têm temperatura média<br />

de 20ºC e transparência que excede<br />

os 20m. A fauna marinha é<br />

rica, concentrando-se várias espécies<br />

de peixes, tartarugas, invertebrados<br />

e, ocasionalmente,<br />

raias jamanta.<br />

42 www.underxmag.com


Pensando na segurança da navegação,<br />

na salvaguarda da vida no mar<br />

e na preservação da vida marinha,<br />

foram instalados cabos submersos de<br />

atracação diretamente nas rochas<br />

do fundo, sem agredir o ambiente<br />

com o lançamento de âncoras ou<br />

outros dispositivos,<br />

Os <strong>Mergulho</strong>s:<br />

Trata-se de um mergulho em condições<br />

oceânicas, com profundidades<br />

que podem chegar aos 40m, dependendo<br />

do ponto escolhido. Geralmente<br />

os mergulhos ocorrem na<br />

face norte, voltada para o continente,<br />

em local denominado “Portinho”,<br />

com profundidade média de 18m<br />

no limite entre as rochas e o fundo<br />

arenoso.<br />

Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

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44 www.underxmag.com<br />

Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro


Voltado para oeste existe o Parcel das Âncoras, fundo<br />

rochoso onde são observadas enormes âncoras de<br />

pesqueiros, que as abandonaram possivelmente por<br />

desconhecerem a formação rochosa inadequada a<br />

esse tipo de ancoragem. Aqui atingem-se as maiores<br />

profundidades.<br />

Contornando a mesma face da ilha dirige-se às “piscinas”,<br />

porém apenas quando as condições são favoráveis<br />

e as correntes marinhas não estão fortes. Com<br />

profundidades que oscilam entre 10 e 35m, muitos cardumes<br />

pairam a meia água e os peixes de passagem<br />

como xaréus, bonitos e olhetes cruzam velozmente<br />

atrás de suas presas.<br />

Na face sul, voltada para o mar aberto, predomina<br />

um paredão rochoso que desce quase verticalmente<br />

até 35m de profundidade. Aqui a emoção de um encontro<br />

com alguma forma de vida maior é constante.<br />

Como não é aconselhável a ancoragem, costuma-se<br />

deixar os mergulhadores de um lado e recolhê-los do<br />

outro, sendo portanto recomendável apenas para os<br />

mais experientes. Na face leste encontra-se a “boca<br />

da baleia”, local batizado com esse nome porque<br />

além da Laje ter um aspecto geral que lembra uma<br />

baleia, desse lado existe uma enorme fenda que parece<br />

com sua boca. Como o mergulho é raso e na<br />

extremidade da ilha, o refluxo é forte e só é possível a<br />

penetração no local em condições de mar excelentes<br />

e acompanhados por guia.<br />

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Laje de Santos - Temporada Mato Grosso de - Bonito Mantas<br />

Brasil Brasil por Ivan por Kadu Cavas Pinheiro<br />

Filho<br />

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47


Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

Existe também um pesqueiro naufragado,<br />

chamado de Moréia,<br />

pode ser visitado a uma profundidade<br />

máxima de 22m. Trata-se de<br />

um naufrágio provocado exclusivamente<br />

com o intuito de se tornar<br />

um atrativo para a vida marinha e<br />

para os mergulhadores.<br />

Ele já está no fundo desde o início<br />

dos anos 90 e, como é feito de<br />

chapas de aço, sua estrutura está<br />

bastante instável, desaconselhando<br />

a penetração em seus porões.<br />

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Sobre as Mantas: Arraia jamanta, manta, raia-manta, peixe diabo, devil ray (inglês)<br />

Ocorrência: Encontrada em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos.<br />

Características: Um dos maiores peixes, pode alcançar a largura de até 7 m e peso<br />

superior a 1300 kg. Diferencia-se dos outros membros de sua família por possuir a boca<br />

terminal, direcionada para a frente, e a mandíbula superior sem dentes. Apresenta as<br />

nadadeiras cefálicas na forma de chifres, por isso o nome popular de “peixe diabo”.<br />

Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

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Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

48 www.underxmag.com<br />

A coloração é variada, existem raias totalmente negras com manchas<br />

brancas na parte inferior, e ainda, raias verde-escuras ou marrons na parte<br />

superior, ambas com variações brancas na porção inferior. As manchas<br />

na parte inferior servem para identificação, funcionando como impressões<br />

digitais.<br />

Normalmente permanece na coluna de água e alimenta-se de organismos<br />

planctônicos ali presentes. Animal dócil, de natação lenta e com reprodução<br />

tardia. Na Laje de Santos, é frequentemente avistada entre os meses<br />

de maio a agosto.


Para mais informações sobre o parque operadoras de mergulho credenciadas<br />

e preservação consulte:<br />

Instituto Laje Viva: http://www.lajeviva.org.br<br />

Relação de operadores de mergulho credenciados:<br />

http://www.lajeviva.org.br/indChegar.php<br />

Agradecimentos:<br />

Laje de Santos - Temporada de Mantas<br />

Brasil por Kadu Pinheiro<br />

Armando de Luca Junior da Nautilus e Instituto Laje Viva<br />

www.underxmag.com 49


Equipamentos<br />

por: Editor<br />

A Slingshot , revolucionária nadadeira da Aqua Lung proporciona<br />

mais potência, versatilidade e conforto.<br />

Ao contrário de qualquer outra, a Slingshot oferece maior poder<br />

e propulsão, bem como conforto inigualável, é fácil para ajustar<br />

as configurações que determinam o sentido de cada batida de<br />

perna.<br />

Essa tecnologia Pioneira ajudar a impulsionar os mergulhadores<br />

com pouco esforço de poupando energia aumenta o prazer e o<br />

tempo na água com menor desgaste físico.<br />

A Slingshot apresenta três novidades:<br />

Power Bands, o Shift Gear, e o<br />

Mid - pé Flex Joint<br />

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Conhecida como Power Bands, estas Tiras de Silicone captam toda a energia e cria<br />

poderosa propulsão que é muito mais eficiente do que outras nadadeiras do mercado.<br />

O Shift Gear dá o mergulhador controle completo do potencia sob qualquer condição.<br />

O mergulhador pode mudar para uma das três configurações, a fim de escolher a velocidade,<br />

e a relação de esforço, que lhe permite ir desde a velocidade de cruzeiro<br />

em águas tranquilas, a um forte impulso em correntes fortes.<br />

A Slingshot pode-se ajustar rapidamente ( ate submerso), para as diferentes circunstâncias<br />

que possam ocorrer. The Mid - Flex é outro grande recurso. A calçadeira atribui<br />

ao pé a sustentação ao invés dos dedos, aliviando a pressão sobre a dianteira do pé<br />

e reduzindo a tensão sobre o tornozelo, permitindo que toda a potencia exercida na<br />

batida de perna seja transmitida à nadadeira.<br />

O Slingshot vem em três cores: azul, preto / prata e vermelho, e está disponível em<br />

tamanhos pequenos, médios e grandes / extras - grande. consulte seu dive center ou<br />

loja de mergulho


Exclusivo sistema Oceanic de algoritmo duplo:<br />

Escolha entre: Pelagic DSAT (Spencer/Powell data basis) ou Pelagic<br />

Z+ (Buhlmann ZHL-16C data basis)<br />

Sistema de transmissão via wirelles para ar integrado<br />

Corpo em Titanium resistente a 200 m de profundidade operacional<br />

Avançado sistema de Bússola digital<br />

3 transmissores independentes e até 3 misturas de nitrox 100 % O2<br />

Verifique o ar do seu dupla com os transmissores wireless<br />

Função relógio completa com alarme, time zone e cronômetro<br />

Mode Gauge<br />

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Consulte um revendedor autorizado


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

Portfolio Julian Cohen<br />

Nascido em Londres, Inglaterra, vive atualmente em Singapura<br />

com 47 anos, Dive Master, com mais de 600 mergulhos<br />

52 www.underxmag.com


<strong>Underxmag</strong>: Como e quando você começou a fotografar debaixo d’água?<br />

Eu comecei a mergulhar em 1995, mas não levei uma câmera comigo até 2007. Eu sempre senti que<br />

não deveria misturar o mergulho e a fotografia. Eu gostava tanto de ambos que não queria correr o<br />

risco de um estragar o outro, de alguma maneira. Eu realmente não sei o que eu estava pensando!<br />

Meus primeiros mergulhos com uma câmera aconteceram num live aboard na Tailândia. Foi um processo<br />

de aprendizado lento e longo e só comecei a melhorar quando li o livro The Underwater Photographer<br />

(O Fotógrafo Submarino) de Martin Edge. Até então era tentativa e erro – muito mais erro!<br />

Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

www.underxmag.com 53


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

54 www.underxmag.com


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

www.underxmag.com 55


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

56 www.underxmag.com<br />

<strong>Underxmag</strong>: Quais os lugares que<br />

você visitou? e seu local de mergulho<br />

preferido?<br />

Eu tive muita sorte de visitar alguns<br />

lugares fabulosos. Principalmente<br />

no Pacífico e na Ásia, como Bali,<br />

Lembeh, Wakatobi, Bora Bora, Similans<br />

na Tailândia, Papua Nova<br />

Guiné, Ilhas Maldivas, bem como<br />

o Mar Vermelho. Agora estou no<br />

Caribe.


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

Eu tenho alguns lugares favoritos,<br />

cada um especial por motivos<br />

diferentes. O sul da Austrália<br />

para o grande tubarão branco.<br />

Eu tenho ido há três anos e espero<br />

continuar por muito tempo. As<br />

Maldivas para as arraias-manta,<br />

um dos meus animais favoritos.<br />

Lembeh para as fotos macro.<br />

Este é um lugar aonde eu já fui<br />

quatro vezes e continuarei a ir<br />

enquanto puder mergulhar.<br />

A maneira pela qual os animais<br />

adaptaram o lixo das cidades<br />

e aldeias ao seu próprio uso é<br />

muito interessante de ver. Eastern<br />

Fields em Papua Nova Guiné<br />

tem alguns dos mais puros e<br />

imaculados recifes do mundo.<br />

www.underxmag.com 57


Portfolio<br />

Julian Cohen<br />

<strong>Underxmag</strong>: O que você espera alcançar com seu trabalho?<br />

Eu tiro fotos porque é minha paixão. Quando as pessoas gostam ao olhar para o meu trabalho,<br />

isso me deixa feliz. É realmente simples assim. Eu aprecio especialmente os comentários<br />

dos meus colegas da comunidade do mergulho. Quando algumas pessoas que eu<br />

admiro – e aspiro um dia ser tão bom quanto – me dizem que eu estou indo bem, isso me<br />

estimula a voltar para a água.<br />

58 www.underxmag.com<br />

Edição número 7 disponível<br />

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Prezados leitores da <strong>Underxmag</strong><br />

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Quarterly que traz para você as melhores<br />

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ILHAS FIJI<br />

Um arquipélago com mais de 300 ilhas, tendo em torno de 100 ilhas desabitadas. Vegetação<br />

exuberante, repleta de flores exóticas e frutos tropicais. Praias de cortar a respiração<br />

de um azul que mais parece inventado. Em todo este cenario ainda pode-se , em um unico<br />

mergulho , avistar as mais diversas espécies de peixes coloridos e recifes de corais –<br />

não é por acaso que este é um dos locais sagrados para os amantes de mergulho a nível<br />

mundial. Com toda essa riqueza, faz das Ilhas Fiji um verdadeiro espetáculo multicolor.<br />

lhas Fiji de 01 a 22/10/2010 - USD 5289<br />

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E mais uma vez a Staff Divers vem convidar você a<br />

participar desta aventura.<br />

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<strong>Mergulho</strong> Livre, o mergulho na forma mais pura !<br />

Por Carolina Schrappe<br />

Estou muito orgulhosa! Participar como colunista da mais bela revista do Brasil,<br />

e olhe, leio muito, uma das mais bonitas do planeta, me deixa quase sem<br />

respirar... Exatamente como o que vou contar neste espaço da <strong>Underxmag</strong>,<br />

espero que por muito tempo... Assim como mais um recorde!<br />

O convite do Editor Kadu Pinheiro veio mais ou menos assim: “escreve o que<br />

seu coração mandar”. Kadu, precisaríamos de uma revista só sobre apnéia...<br />

Mas vamos fazê-lo, aos poucos, evoluindo a cada matéria, onde falaremos<br />

de tudo. O que é o mergulho livre, quais as modalidades, recordes, técnicas,<br />

e para combinar com o restante da revista, belas imagens!<br />

Por definição, o <strong>Mergulho</strong> Livre, ou <strong>Mergulho</strong> em Apnéia, ou simplesmente<br />

Apnéia, é toda imersão que fazemos com a respiração suspensa, voluntariamente.<br />

Antes disso, procuramos fazer respirações de ótima qualidade, para<br />

podermos, com segurança, prolongar o tempo, a distância, ou a profundidade<br />

que queremos atingir. Ou seja, sem cilindros com qualquer tipo de gás<br />

usado por mergulhadores Scuba. Usamos apenas uma máscara e um snorkel<br />

e muitas vezes nadadeiras, e em outras, uma boa roupa de neoprene para<br />

proteção térmica e mecânica, e normalmente quando a usamos, precisamos<br />

de um lastro para descermos (dedicaremos um artigo em breve para<br />

falar do que há de melhor em equipamentos de mergulho livre).<br />

Comecei a praticar apnéia sem nem saber que esse era um nome técnico<br />

para o mergulho livre, na piscina da casa da minha avó, e no clube, quando<br />

criança, tentando ficar mais tempo que meu pai e meus irmãos nadando<br />

embaixo d´água. Continuei brincando com isso na Praia Mansa de Caiobá,<br />

no litoral paranaense, quando ajudava meu pai a “caçar” mariscos, e depois<br />

com ele também quando velejávamos em família. Assim que pude fiz<br />

um curso de <strong>Mergulho</strong> Scuba, me apaixonei e ao final do primeiro ano praticando,<br />

já tinha mais de 100 mergulhos e resolvi fazer o curso de Divemaster.<br />

Neste, os instrutores nos ensinavam a colocar e tirar um cabo de popa em<br />

apnéia. Um aluno colocou e não conseguiu retirar.<br />

Eu pedia para ir buscar, os instrutores não deixavam, mandavam outro menino,<br />

que não conseguia. Eu pedia para ir, eles mandavam outro menino.<br />

Aporrinhei tanto que um falou, tá bom... vai lá. Eu fui, fiquei um longo tempo<br />

no fundo (aos 6 metros), “trabalhando” a garatéia presa, retirei do fundo,<br />

subi com calma e entreguei-a aos instrutores, que depois confessaram, já<br />

iriam descer para me buscar, pois achavam que eu tinha apagado... Um<br />

mês depois, por sugestão deles, estava começando a treinar apnéia, da<br />

qual virei uma atleta dedicada. Com a evolução como mergulhadora Scuba<br />

recreativo e técnico, e apneísta, hoje sou Instrutora por algumas agências<br />

credenciadoras internacionais, nas duas modalidades de mergulho, e o que<br />

mais gosto, sem dúvida, é de ensinar os outros a mergulhar sem respirar.<br />

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Participe: www.lajeviva.org.br<br />

Você pode participar dos projetos do<br />

Instituto Laje Viva de várias formas:<br />

- Através de denúncias;<br />

- Agindo de forma ecologicamente correta;<br />

- Tornando-se um voluntário dos projetos;<br />

- Associando-se ao Laje Viva;<br />

- Cadastrando-se no Grupo Laje Viva;<br />

- Patrocinando projetos do Laje Viva.<br />

Esta “resumida” história da minha vida de mergulhadora serve para mostrar<br />

que se pode praticar apnéia por diferentes e variados motivos, entre eles,<br />

SE DIVERTIR MUITO, seja brincando de quem fica mais tempo sem respirar,<br />

para ficar o dia todo num lugar como Noronha fazendo snorkel e pequenas<br />

e curtas descidas em verdadeiras piscinas naturais, para praticar a pesca<br />

subaquática, para praticar alguns esportes “pouco conhecidos” como o<br />

rugby e o hockey sub, ou a natação equipada, usar como “pratica auxiliar”<br />

ao mergulho Scuba (Divemasters, Instrutores e mesmo mergulhadores que<br />

querem melhorar sua respiração), ou como muitos pescadores sub que trocaram<br />

o arpão por uma máquina fotográfica, e inventaram a foto-pesca<br />

sub em apnéia. Ou, como eu, pratica-se para ser um apneísta em busca de<br />

recordes pessoais, em diversas modalidades distintas, que deixaremos para<br />

explicar na próxima edição da <strong>Underxmag</strong>.<br />

E por que podemos afirmar sem dúvida, que é o mergulho na sua forma<br />

mais pura? Porque praticamos o mergulho livre há milênios. Primeiro sem<br />

nenhum recurso, até polirem ao extremo pedaços de casco de tartaruga e<br />

os utilizarem como máscaras, depois com auxílio de pás amarradas aos pés<br />

e estava inventada a nadadeira, até os equipamentos auxiliares fantásticos<br />

que possuímos hoje em dia. Mas em apnéia, como nossos ancestrais, como<br />

os demais mamíferos aquáticos que tanto admiramos.<br />

Enfim, qualquer que seja o objetivo e os motivos para praticar a apnéia, é<br />

um momento de introspecção fantástico, que você aprende muito sobre<br />

você mesmo, além de ser extremamente relaxante tão somente por estarmos<br />

na água, como voltássemos ao útero de nossas mães para brincar.<br />

E o que é preciso para praticar apnéia? Além de vontade, estar com a mente<br />

aberta para aprender sempre, entender alguns conceitos físicos e fisiológicos<br />

que explicarão e justificarão respeitarmos certas regras de segurança,<br />

convencer seu melhor amigo, seu companheiro(a) a ir junto – sim, como<br />

qualquer mergulho, nunca se faz sozinho, e claro, querer se DIVERTIR muito.<br />

E assim, de uma forma leve e descontraída, com muitas imagens, vamos<br />

falar de tudo isso a partir desta edição da <strong>Underxmag</strong>. Até a próxima.<br />

E... ei, você! Vá mergulhar!<br />

*Carolina Schrappe é Instrutora, Juíza e Atleta Recordista Sul-americana de<br />

<strong>Mergulho</strong> Livre. Ministra cursos de <strong>Mergulho</strong> Livre de Alto Desempenho em<br />

Universidades e nos melhores Dive Centers do país.<br />

Entre em contato com ela:<br />

<strong>Mergulho</strong> Livre, o mergulho na forma mais pura !<br />

Por Carolina Schrappe<br />

www.carolschrappe.com<br />

contato@carolschrappe.com<br />

www.underxmag.com 61


Campeonato Brasileiro<br />

de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

João Paulo Cauduro Filho<br />

Ivan Cavas<br />

Sávio Araújo<br />

O CB2010 foi realizado entre os dias 25 e 28<br />

de março.<br />

Desde 2003 o evento vinha acontecendo<br />

anualmente no mês de novembro, mas os<br />

próprios competidores solicitaram a mudança<br />

da data, em busca de condições mais<br />

favoráveis para o mergulho e a prática da<br />

fotosub.<br />

Agora a seletiva digital (Grande Prêmio Brasil<br />

Proacqua de Fotosub) terá suas inscrições feitas<br />

pela internet durante o mês de outubro.<br />

O resultado será então divulgado em novembro,<br />

com os classificados para o Campeonato<br />

Nacional em março do ano seguinte.<br />

Essa última edição do Campeonato Brasileiro<br />

foi realizada em Cabo Frio, litoral do Rio de<br />

Janeiro, região conhecida como Costa Azul.<br />

Os mergulhos foram realizados nas ilhas de<br />

Pargos e Papagaios.<br />

Os 40 mergulhadores foram distribuídos em<br />

duas embarcações: a Porto Canal II da operadora<br />

Litoral Sub e o Pharaó, da operadora<br />

OverSea.<br />

62 www.underxmag.com<br />

Categoria Grande Angular


Apesar de contarem com uma semana de treinos com tempo bom e águas bem claras, a chegada de<br />

uma frente fria deixou o mar bastante mexido e a visibilidade bastante prejudicada. Ao longo da semana,<br />

na ilha de Pargos, a visibilidade era de 20 metros na horizontal, excelente para as fotografias. Mas ainda<br />

no treino oficial na quinta-feira, a visibilidade ficou reduzida para 10 metros e caindo ainda mais durante a<br />

competição.<br />

Os mergulhadores fizeram quatro mergulhos de 90 minutos para obterem as seis fotos, uma para cada categoria.<br />

As categorias disputadas são: Grande angular ambiente; grande angular com modelo; macro livre;<br />

macro temática (tema desse evento foram os nudibrânquios); peixe inteiro; e peixe em detalhe.<br />

Categoria Grande Angular com Modelo<br />

Ivan Cavas<br />

João Paulo Cauduro Filho<br />

Isabela Vistué<br />

Campeonato Brasileiro de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

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Campeonato Brasileiro<br />

de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

A base operacional do evento foi a pousada<br />

Porto Canal.<br />

O evento também contou com o apoio da Associação<br />

Comercial Industrial e Turística (ACIA)<br />

de Cabo Frio, do Hotel Paradiso Del Sol, da Capitania<br />

dos Portos e do Corpo de Bombeiros.<br />

Esse ano o grande campeão foi o gaúcho<br />

João Paulo Cauduro Filho (RS), ficando Luiz<br />

Fernando Cassino (RJ) em segundo e Sávio<br />

Araújo (SP) em terceiro na classificação geral.<br />

As fotos e colocações de todos os competidores<br />

podem ser vistas no site da Comissão Nacional<br />

de Foto e Vídeo Sub (CNFVS) da CBPDS:<br />

(http://www.imagemsub.com.br/resultado.<br />

asp?idcamp=56)<br />

Luiz Fernando Cassino (campeão 2009) e João<br />

Paulo Cauduro Filho (campeão 2010) formam<br />

a equipe brasileira que irá representar nosso<br />

país no próximo Campeonato Mundial, na Turquia<br />

em 2011.<br />

O Regulamento participar da próxima seletiva<br />

já está publicado:<br />

(http://www.imagemsub.com.br/regulamento_gp.asp)<br />

O tema para o próximo evento são as algas e<br />

as plantas aquáticas.<br />

Selecionem suas fotos e boa sorte!<br />

64 www.underxmag.com<br />

Categoria Macro Livre<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Alexandre Ornellas<br />

Sávio Araújo


Categoria Macro Temática<br />

João Paulo Cauduro Filho<br />

Athila Bertoncini<br />

Sávio Araujo<br />

Campeonato Brasileiro de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

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Campeonato Brasileiro de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

66 www.underxmag.com<br />

Categoria Peixe Detalhe<br />

Augusto Valente<br />

João Paulo Cauduro Filho<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino


Categoria Peixe Inteiro<br />

Carlos Montechi<br />

Luiz Fernando S. P. Cassino<br />

Augusto Valente<br />

Campeonato Brasileiro de Fotosub 2010<br />

por Luis Fernando Cassino<br />

www.underxmag.com 67


Behind the shot<br />

Tartaruga no contra luz<br />

Foto sub<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

Fotografar uma tartaruga no contra-luz com seu ventre iluminado e<br />

com uma bola de sol ao fundo, não é uma foto muito difícil de se<br />

conseguir, exige um pouco de paciência e técnica na aproximação<br />

do animal e prática no pré-ajuste da câmera, o uso de uma<br />

lente grande angular e dois flashs é recomendável para um resultado<br />

bem nítido e bem iluminado, mas nada impede o uso de um<br />

flash apenas, desde que seja potente o suficiente pra iluminar o primeiro<br />

plano.<br />

Segue abaixo um esquema de posicionamento dos flashs, que pode<br />

ser usado para esse tipo de foto:<br />

68 www.underxmag.com<br />

Kadu Pinheiro fotografando tartaruga na laje<br />

de santos por João Paulo Cauduro Filho<br />

Procurar deixar sempre os braçosr ecuados bem atráz da câmera<br />

e os strobes em diagonal para diminuir a suspenção,<br />

esse esquema é um exemplo, os Strobes poderiam ser posicionados<br />

na diagonal para fora dependendo do efeito desejado<br />

e da potência e angulo de cobertura dos mesmos<br />

Participe do maior evento de<br />

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De 11 à 13 de junho<br />

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Universitário Senac - Campus Santo Amaro<br />

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Foto sub<br />

Por Kadu Pinheiro<br />

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Caixa Aquatica A20<br />

2 Flashs sea&sea YS-300 em modo<br />

manual com potência em Full<br />

Lente Tokina 10-17<br />

Abertura: 20 (opção 16)<br />

Velocidade: 1/100 (opção 1/200)<br />

ISO: 100<br />

White Balance: Auto<br />

Dicas: O enquadramento pode variar,<br />

usando-se a bola de sol como<br />

coroa ao redor do corpo da tartaruga,<br />

paciência e respiração lenta<br />

evitando o turbilhão de bolhas na<br />

hora do disparo e para não assustar<br />

o animal.<br />

Para se aproximar de uma tartaruga<br />

a melhor técnica é manter o curso<br />

paralelo a mesma não perseguindo<br />

e não acuando o animal, prossiga<br />

lentamente e tente se posicionar<br />

de maneira a interceptar seu curso,<br />

esteja com os ajustes prontos da<br />

câmera pois geralmente você não<br />

terá outra chance para repetir o<br />

disparo.<br />

Só a prática leva a perfeição treine<br />

bastante !!!<br />

Kadu<br />

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Abril - Recife – 7 a 11 ou 7 a 14 de Abril, 6 ou 10 mergulhos respectivamente, nos belos naufrágios<br />

(dias 12 e 13 mergulhos técnicos na Corveta e no Vapor dos 48 metros)<br />

Maio – Paraíba – 5 a 9 ou 5 a 12 de Maio, 6 ou 10 mergulhos respectivamente<br />

Maio – Cuba - Jardines de La Reina - entre em contato para verificar datas<br />

Julho – Abrolhos – 7 a 11 de Julho – 3 dias de live aboard no Horizonte Aberto<br />

Novembro – Abrolhos – 3 a 7 de Novembro – 3 dias de live aboard no Horizonte Aberto<br />

Setembro – Mar Vermelho – Live aboard com 6 noites embarcadas e visita a Luxor (Vale dos Reis) e ao Cairo<br />

Novembro – Bahamas – <strong>Mergulho</strong>s diversos e shark dives<br />

Laje de Santos, Ubatuba e Paraty - consulte datas


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Sea Shepherd<br />

Canal Aberto<br />

Capitão Peter Bethune: O último samurai!<br />

Capitão Peter Bethune é um prisioneiro de guerra. Ele também<br />

é o único verdadeiro samurai residindo atualmente no<br />

Japão. Por que ele é um prisioneiro de guerra? Porque seu<br />

navio foi deliberadamente abalroado, quebrado ao meio<br />

e afundado pela embarcação arpoeira japonesa Shonan<br />

Maru 2. O fato do capitão da embarcação japonesa não<br />

ter sido questionado pela destruição do navio da Sea Shepherd<br />

nega qualquer descrição civil do Shonan Maru 2.<br />

Uma embarcação civil teria sido investigada e o capitão<br />

questionado e acusado pelo crime. Mesmo que a colisão<br />

fosse acidental, o capitão seria questionado. Essa é a natureza<br />

das operações marítimas civis. Colisões no mar são<br />

investigadas e os oficiais na direção são questionados. Somente<br />

oficiais militares são imunizados de serem questionados<br />

pelas autoridades civis e este é o caso deste incidente.<br />

Não há caso recente na história marinha de um navio civil comprometido em uma catastrófica<br />

colisão com outro navio onde o incidente não foi tópico de uma averiguação<br />

oficial. Neste caso, a averiguação deveria ter sido feita pelo Japão, pois o Shonan Maru<br />

2 é um navio registrado no Japão. As autoridades Australianas deveriam ter investigado o<br />

incidente porque o acidente aconteceu em águas do território Antártico Australiano.<br />

A Nova Zelândia tem investigado por meses, mas o Japão está se esquivando e não está<br />

cooperando, então as autoridades neozelandesas não são capazes de ir adiante. De fato,<br />

somente as autoridades marítimas neozelandesas têm tentado questionar o capitão do<br />

navio japonês que causou a destruição do navio registrado da Nova Zelândia sobre o comando<br />

de Peter Bethune – um capitão neozelandês com tripulação neozelandesa, australiana<br />

e holandesa.<br />

Dizer que toda essa situação é irregular e não ortodoxa é uma atenuação da verdade.<br />

De fato isto está impregnado de corrupção e abuso de poder. Em resposta a covarde recusa<br />

do governo da Nova Zelândia de apoiar os direitos de um civil e uma embarcação<br />

neozelandesa, capitão Bethune embarcou no Shonan Maru 2 para confrontar seu capitão.<br />

Este é um ato corajoso! Ele embarcou em um navio em movimento pelas frigidas águas da<br />

Antártica a 50 nós na escuridão da noite. Ele pulou de<br />

um Jet ski para a embarcação arpoeira, escorregou e<br />

caiu no mar, foi resgatado e tentou embarcar uma segunda<br />

vez, passando as redes e afiados pregos contra<br />

embarcação. Ele permaneceu no navio por aproximadamente<br />

duas horas até o sol nascer quando ele<br />

calmamente bateu na porta da cabine de comando<br />

e apresentou-se ao capitão que afundou seu navio.<br />

74 www.underxmag.com<br />

Este homem é um herói neozelandês defendendo as baleias e a posição das pessoas da Nova Zelândia e<br />

Austrália. E seu governo ainda virou as costas para um dos seus próprios para se prostrar para as demandas<br />

imperiais do Japão. O capitão Bethune não foi trazido de volta para o Japão como um criminoso. Ele foi trazido<br />

como prisioneiro no navio que maldosamente o atacou, e quando este navio chegou, foi cumprimentado<br />

com um comício nacionalista de aplausos e vaias dos direitistas japoneses da mesma maneira que eles aplaudiram<br />

a marcha da descida de Kokoda Trail da POWs ou pelas ruas de Tókio em 1942.<br />

Esta foi a primeira vez desde a guerra do pacifico com o Japão que um soldado ANZAC (Pete é um veterano)<br />

foi transportado de volta ao Japão do oceano Antártico depois do naufrágio do seu navio, e a primeira vez<br />

que um prisioneiro foi cumprimentado com tanto ódio. Eles o trataram como um prisioneiro de guerra e isto é<br />

exatamente o que ele é.<br />

Capitão Bethune foi acusado pelo delito de educadamente bater na porta da cabine de comando do<br />

Shonan Maru 2 para falar com o capitão. Ele foi acusado de agredir os baleeiros apesar do fato de que o<br />

incidente em questão foi filmado por câmeras profissionais, e mostra claramente os baleeiros lançando spray<br />

de pimenta no vento e voltando em seus próprios rostos. Ele tem sido acusado de obstruir negócios apesar do<br />

fato de que os negócios que ele estava obstruindo são ilegais pela lei de conservação internacional e ainda<br />

do fato de que a caça às baleias era supostamente para pesquisas e não negócios. Ele está sendo acusado<br />

por dano à propriedade, por ter cortado um buraco em uma rede para embarcar no navio que destruiu nossa<br />

embarcação avaliada em $3 milhões USD.<br />

E ele foi estranhamente acusado segundo uma obscura lei chamada “A lei do controle da espada”, a mesma<br />

lei que o Imperador Meiji introduziu em 1865 para confiscar as espadas dos samurais. Aparentemente a faca<br />

que o capitão Bethune usou para cortar a rede e embarcar no navio era de suficiente comprimento para ser<br />

categorizada como uma espada.<br />

Então ao acusar o capitão Bethune pela mesma lei que o Imperador Meiji usou para destruir a tradição dos<br />

samurais, o Japão está tratando Pete como um guerreiro samurai. E quando você pensa o que a palavra samurai<br />

significa então Pete Bethune qualifica certamente o significado da palavra samurai: “servir”.<br />

E não há duvidas que o capitão Bethune altruisticamente sirva a causa de proteger espécies protegidas e<br />

ameaçadas de baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico.<br />

O governo japonês acredita que fazendo do capitão Peter Bethune um exemplo, eles intimidarão a Sea Shepherd<br />

de obstruir as operações baleeiras japonesas no oceano antártico na próxima temporada.<br />

Isto certamente não acontecerá. Todo membro da tripulação da Sea Shepherd entra para a tripulação depois<br />

de responder afirmativamente em questão às adversidades, eles decidiram arriscar suas vidas para salvar<br />

as baleias. Se um tripulante está disposto a dar sua vida por uma baleia, então a ameaça de ser mantido<br />

como prisioneiro no Japão é, em comparação, meramente trivial.<br />

O capitão Peter Bethune foi bem alertado da possível conseqüência de embarcar no Shonan Maru 2 mas ele<br />

escolheu fazer o que achava certo, e como qualquer prisioneiro de guerra ele não trairá sua causa por conta<br />

de ameaças de prisão e intensas interrogações.<br />

A Sea Shepherd Conservation Society irá ajudar a fornecer ao capitão Bethune a melhor defesa legal possível,<br />

e iremos apoiar a família de Pete enquanto ele está mantido prisioneiro. O que não iremos fazer é recuar ou<br />

nos render aos caçadores de baleia.<br />

Tudo que eles fizerem ao capitão Peter Bethune somente servirá para inspirar aqueles que amam nosso planeta,<br />

nossos oceanos e as baleias. O que os baleeiros, políticos e a mídia japonesa não entendem, o que os<br />

políticos covardes não compreendem, é que a minha tripulação está armada com a mais poderosa arma do<br />

planeta – a paixão!


Aquaworld<br />

Eventos e Notícias<br />

Flagrante de pesca na Laje de Santos pelo ILV - 5<br />

Nossa equipe, acompanhada pelo diretor da revista <strong>Mergulho</strong> Alcides Falanghe<br />

e do monitor ambiental Eric Joelico, ao chegar na Laje de Santos deparou-se<br />

com uma embarcação de pesca esportiva bem próxima a ponta leste (Boca da<br />

Baleia) em plena atividade.<br />

Já com alguns espécimes pescados, a embarcação foi abordada e foi constatado<br />

o ato ilícito pela posse de material vasto de pesca esportiva, incluindo iscas, linhas<br />

na água e os peixes pescados no local (xarelete e carapau). Um dos peixes,<br />

ainda vivo, foi devolvido ao mar.<br />

Toda a documentação foi verificada pelo ILV em nome do Conselho Consultivo<br />

do Pq. Estadual Marinho da Laje de Santos (PEMLS). Várias outras irregularidades<br />

foram encontradas, mas a embarcação foi liberada para retornar a sua base em<br />

Bertioga.<br />

Após o fato ter sido relatado ao Diretor do PEMLS, este requisitou todo o material<br />

para providências de encaminhamento direto ao Ministério Público, com o fim de<br />

apresentação de notitia criminis. Os registros se encontram de posse do Alcides e<br />

amanhã, 06 de Maio, já devem estar com o ILV para tais encaminhamentos.<br />

Quem sabe, pegando os pescadores ilegais um por um, logo teremos o PEMLS<br />

livre da pesca?!<br />

Por: Rafael Fuganti / ILV (Instituto Laje Viva) Fotos: Alcides Falanghe


CHICO SCUBA em:<br />

Cadê a minha calculadora?<br />

- “Gladys?”<br />

- “Presente!!”<br />

- “Pedro?”<br />

- “Eu!!”<br />

- “Michel?”<br />

- “Aqui!!”<br />

- “Alguém não foi chamado?”, perguntou Juarez Cravo,<br />

o dive master da Scuba Holics responsável pelas<br />

chamadas no ônibus e no barco.<br />

- “Eu”, respondeu o Chico Scuba no fundo do ônibus,<br />

enquanto levantava a mão para ser identificado.<br />

O Juarez consultou mais uma vez a lista de chamada<br />

e, realmente, o nome do Chico não constava. Checou<br />

nas outras relações e... nada. Por algum mistério inexplicável,<br />

o nome do nosso herói não constava em nenhuma<br />

relação. “Deve ter sido falha do computador”,<br />

explicou o Juarez. E acrescentou o nome do Chico, a lápis mesmo, na relação de chamada.<br />

O grupo partia para mais um check out, agora do Curso Avançado. Os mergulhos aconteceriam, como<br />

sempre, na Ilha Rasa, a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro. Dez mergulhadores participariam<br />

do check out: Solange Ladda, Gladys Zastrada, Pedro Gambiarra, Michel Labás, Wilson Mahla, Jaime Irgullo,<br />

Martin Eidjer, Dado Lessenti, o argentino Juan Buceo e o nosso herói: Chico Scuba. Os instrutores seriam<br />

Mestre Charuto, Rita Bella e Celso Nado, o instrutor oriental da Scuba Holics.<br />

O primeiro mergulho programado era o profundo. A expectativa era grande. Metade do grupo ficou em<br />

silêncio, enquanto a outra metade falava sem parar.<br />

Entre os que mais falavam, sobressaía o Michel Labás que, num misto de medo e excitação, mal podia esperar<br />

para cair na água. Para o Michel, aquele era o mergulho mais esperado do fim de semana. O nosso<br />

amigo Labás encarava o mergulho como uma sucessão de desafios a serem vencidos. Toda vez que mergulhava<br />

junto com o grupo, o Michel fazia questão de ir o mais fundo possível, o que acabou lhe valendo<br />

o apelido de “Areião” entre os colegas do grupo. Portanto, era de se esperar que o mergulho profundo<br />

tivesse um significado especial para ele.<br />

Na outra ponta, estava a Solange Ladda, que permaneceu muda desde que Mestre Charuto informou que<br />

a temperatura no fundo podia atingir até 15 graus. A Solange era “a friorenta”, sentia frio até em piscina de<br />

criança em final de tarde de verão. Apesar de ter colocado uma roupa de 5 milímetros por baixo da sua<br />

roupa, que já tinha 7, a Solange ficava aterrorizada só de pensar em temperaturas abaixo dos 25 graus.<br />

O exercício programado para o mergulho profundo era simples. Cada mergulhador deveria descer e, no<br />

fundo, escrever seu nome de trás para frente e resolver uma conta. Depois disso, bastava subir e simular<br />

uma parada descompressiva, enquanto o mergulhador seguinte descia. Tudo muito fácil, afirmava Mestre<br />

Charuto. Juarez Cravo conduziria cada um até o fundo, onde Celso Nado estaria esperando com uma<br />

prancheta, previamente preparada pelo Juarez, com o nome de todo mundo e as contas que deveriam<br />

ser resolvidas. Mestre Charuto permaneceria na parada descompressiva.<br />

Humor - Chico Scuba<br />

Por Marcelo C. Ribeiro<br />

Chico Scuba foi o primeiro a descer. Celso Nado aguardava a uma profundidade de 32<br />

metros, onde os efeitos da narcose já podiam ser sentidos. Assim que nosso herói chegou, o<br />

instrutor passou a prancheta com os nomes e as contas a serem resolvidas. O Chico pegou<br />

a prancheta e ... Adivinhem ... O nome dele não constava!<br />

Meio contrariado, Chico devolveu a prancheta para o Celso e fez um sinal de negativo<br />

com o dedo indicador. O instrutor, entendendo que Chico estava narcosado, devolveu a<br />

prancheta e apontou o dedo com firmeza, como quem diz: “Vamos! Faça o exercício!”. O<br />

Chico voltou a devolver a prancheta e fazer o sinal de negativo. Os dois ficaram cerca de 5<br />

minutos neste jogo de empurra-empurra até que Celso Nado olhou fixamente para o Chico<br />

e procurou o nome dele na prancheta. Ao perceber que o nome do aluno não estava na<br />

relação, o japonês arregalou os olhos e coçou a cabeça. Depois, sinalizou para o Chico<br />

escolher qualquer um dos nomes e fazer o exercício.<br />

Chico escolheu o nome do Jaime, que era mais curto, e logo escreveu o nome do amigo<br />

de trás para frente sem grandes dificuldades. A coisa pegou mesmo na hora de fazer a<br />

conta. A conta que constava na prancheta era uma subtração: 423 – 198. Não era uma<br />

subtração simples. Era daquelas que você tem que imaginar o algarismo “de cima” com<br />

um decimal e depois considerar o “vai um”. Para piorar, eram dois “vai um”. Chico começou<br />

a ter dificuldades e quase entrou em pânico. No afã de resolver a conta, ele foi rabiscando<br />

os “vai um” na margem da prancheta, mas sua cabeça estava confusa. Quando<br />

tentava se concentrar, Chico dava de cara com a prancheta toda rabiscada e aquele<br />

monte de “uns” voando. Depois de 15 minutos quebrando a cabeça, nosso herói chegou<br />

a um resultado, mas estava absolutamente inseguro para dizer se estava certo ou não.<br />

Durante a subida e a parada descompressiva, Chico não conseguia tirar a conta da cabeça.<br />

E assim foi durante o resto do dia. Tanto que, na hora de dividir a conta do jantar, nosso<br />

herói se limitou a perguntar “Quanto é?” e pagar sua parte.<br />

Por conta desse check out, Chico Scuba agora anda sempre com uma calculadora à<br />

mão. E, se possível, evita fazer “conta de menos”.<br />

A cada edição uma nova aventura:<br />

Marcelo C. Ribeiro<br />

Mergulhador consultor e escritor nas horas vagas<br />

marcelo@underxmag.com<br />

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