1 I- ROTEIRO DE ESTUDOS - Colégio Teresiano - CAP/PUC
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COLÉGIO TERESIANO – <strong>CAP</strong>/<strong>PUC</strong><br />
Roteiro de Estudo II<br />
LÍNGUA PORTUGUESA<br />
Relativo ao 2º BIMESTRE<br />
2ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO __/__/2012<br />
Professor (a): Valéria Raick<br />
Aluno (a): N° Turma: (A) (B) (C)<br />
I- <strong>ROTEIRO</strong> <strong>DE</strong> <strong>ESTUDOS</strong> – 2º. BIMESTRE<br />
Estudar nossos mapas interativos<br />
Fichas com os exercícios feitos no período<br />
Caderno<br />
Nossa gramática (capítulos já indicados)<br />
II- Conteúdos do bimestre essenciais<br />
Estudo da palavra: processos de formação.<br />
Estudo da palavra na frase: morfossintaxe e aspectos<br />
semânticos do pronome.<br />
Estudo dos recursos expressivos que contribuem para a<br />
construção do texto: polissemia, intertextualidade,<br />
ambiguidade, homonímia, paronímia, hiperonímia,<br />
hiponímia, inferência.<br />
No final deste trabalho, você deverá responder as seguintes perguntas:<br />
1. Pensando no processo de economia vocabular, responda para que serve<br />
conhecer os processos de formação de palavras? De economia estamos<br />
falando? Que efeitos semânticos se pode observar a partir destes<br />
processos?<br />
2. Quais são os papéis dos pronomes: no texto, na frase, na coesão textual?<br />
3. Que contribuição tem na interpretação de texto os recursos semânticos<br />
estudados neste bimestre?<br />
1. Encontra-se escrito, em um dos muros de Goiânia, o seguinte grafite:<br />
“I love you como ninguém loveu.”<br />
Da forma como está grafado, o termo loveu não pertence à estrutura da língua<br />
inglesa nem à da língua portuguesa. Explique, então, através de que mecanismos<br />
esta construção se tornou possível.<br />
1
2. Considere o processo de formação das palavras amarelar e avermelhar e<br />
assinale a alternativa correta:<br />
( ) Ambas foram formadas por derivação prefixal.<br />
( ) Ambas foram formadas por derivação sufixal.<br />
( ) Ambas foram formadas por parassíntese.<br />
( ) A primeira formou-se por derivação sufixal, e a segunda por parassíntese.<br />
( ) A primeira formou-se por derivação sufixal, e a segunda por derivação<br />
prefixal.<br />
3. Leia os versos abaixo e assinale a alternativa correta:<br />
“A vida é combate<br />
Que os fracos abate<br />
E os fortes e bravos<br />
Só pode exaltar.”<br />
Gonçalves Dias<br />
As palavras destacadas formaram-se, respectivamente, por:<br />
( ) derivação prefixal e derivação sufixal.<br />
( ) derivação regressiva e derivação imprópria.<br />
( ) composição por justaposição e derivação imprópria.<br />
( ) derivação prefixal e derivação regressiva.<br />
4. Uma pessoa, referindo-se a uma característica da cidade em que nasceu, disse<br />
o seguinte:<br />
“Onde nasci, todos os moradores usam um sistema moderníssimo de<br />
comunicação: o telefone molecular. Lá, quando a gente quer se comunicar<br />
com alguém, chama um moleque e ele rapidinho leva o recado.”<br />
Esse falante faz uma brincadeira baseada numa palavra criada por analogia (isto é,<br />
semelhança de forma) com outra palavra de mesmo campo de significação.<br />
a. Transcreva do texto essa palavra.<br />
b. Explique por que a primeira frase, se considerada isoladamente, induz o leitor a<br />
pensar que o sistema seja realmente moderno.<br />
c. Que elementos estruturais formam a palavra em questão?<br />
d. Em que outro vocábulo do idioma baseou-se a criação da palavra referida no<br />
item a? Como você chegou a essa conclusão?<br />
2
5. Indique se as palavras destacadas são formadas por derivação ou por<br />
composição. Diga, também, a palavra ( ou palavras) a partir da qual ( ou das<br />
quais) se formou a palavra destacada.<br />
Modelo: “Montarei em burro brabo<br />
Subirei no pau-de-sebo.” (Manuel Bandeira)<br />
R: pau-de-sebo = composição por justaposição ( pau + de + sebo)<br />
a. “ Ouro Preto, a se desprender<br />
da sua história e circunstância<br />
é agora ser de beleza.” (Carlos Drummond de Andrade)<br />
b. “ Os cavalinhos correndo,<br />
E nós, cavalões, comendo...<br />
O Brasil politicando,<br />
Nossa! A poesia morrendo...” (Manuel Bandeira)<br />
2ª. Parte<br />
Formação de palavras I<br />
Leia a tira a seguir e responda às questões 1 e 2.<br />
1. Como se produz o efeito de humor da tirinha?<br />
LAERTE, Classificados: livro 2. São Paulo: Devir, 2002, p.<br />
2. Para obter o efeito de humor desejado, o autor da tira cria uma nova palavra.<br />
Qual é a palavra criada por Laerte e qual é o processo utilizado em sua<br />
criação?<br />
De que forma o processo identificado no item a se realiza no exemplo?<br />
3
Leia a notícia a seguir e responda às questões de 3 a 5.<br />
“Brasiguaio” tem lavoura destruída por sem-terra<br />
Um grupo de sem-terra paraguaios destruiu em San Agustin, no Paraguai,<br />
uma lavoura do produtor brasileiro Ademir Fabri. O local fica a 100 quilômetros da<br />
fronteira com o Brasil. A propriedade não foi invadida e ninguém ficou ferido. Mas<br />
de acordo com os policiais, os sem-terra acabaram com 5 dos 30 hectares de soja<br />
do produtor “brasiguaio”. Essa foi a segunda ocorrência do gênero registrada<br />
naquela região. Há cerca de uma semana, a lavoura de um alemão radicado no<br />
Paraguai foi toda queimada. O motivo dos ataques é que os sem-terra naquele país<br />
são contra a utilização de áreas agrícolas por produtores estrangeiros. As<br />
informações foram divulgadas ontem no site TudoParaná.<br />
O Estado de S. Paulo, São Paulo, 3 mar. 2004, p. A10. (Destaques das autoras).<br />
3. Qual é o processo de formação das palavras em destaque?<br />
4. Por que o produtor Ademir Fabri foi chamado de “brasiguaio” na matéria?<br />
5. A análise da formação da palavra “brasiguaio” é oportuna quando se pensa na<br />
mescla de nacionalidades (e de línguas) decorrente de um fenômeno como o<br />
Mercosul, formado por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A esse respeito,<br />
costuma-se dizer que a mistura das línguas oficiais desses países deu origem a um<br />
“novo” idioma. Qual é o nome dado a esse suposto idioma e como essa palavra é<br />
formada? O que esse “novo” idioma significa?<br />
Em janeiro de 2004, o então ministro da Educação, Cristovam Buarque,<br />
encontrava-se em Lisboa, Portugal, quando recebeu o comunicado de sua<br />
demissão por telefone. O protocolo é que a demissão de ministros seja precedida<br />
de uma reunião. Leia o excerto a seguir, extraído de uma entrevista concedida pelo<br />
já ex-ministro ao jornal O Estado de S. Paulo.<br />
Estado — Como o senhor se sentiu ao receber a notícia?<br />
Cristovam – Eu senti um pouco de “frustalívio”. Uma mistura de frustração, por<br />
não saber muitas das coisas que não estou fazendo, e um certo alívio. Vou para o<br />
Senado continuar fazendo o que faço na minha vida durante muitos anos, que é<br />
ser militante da educação e do Partido dos Trabalhadores.<br />
RATTNER, Jair. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 jan. 2004, p. A6.<br />
6. O sentimento definido por Cristovam Buarque ao receber a notícia de sua<br />
demissão<br />
aparece entre aspas.<br />
Explique o processo de formação dessa palavra.<br />
Em jornalismo, é comum que as entrevistas, em forma de diálogo, sejam<br />
gravadas pelo repórter para, em seguida, serem transcritas e utilizadas na<br />
matéria. Por que o repórter teria escolhido colocar entre aspas somente uma<br />
das palavras mencionadas pelo ministro?<br />
Com relação à produção do sentido, um sentimento como “frustalívio” é,<br />
aparentemente, contraditório. Discuta essa afirmação.<br />
4
A demissão de Cristovam Buarque gerou repercussão na mídia. Leia o texto a<br />
seguir e responda às questões de 7 a 10.<br />
Frustralívio e outros insentimentos<br />
O frustralívio que Cristovam Buarque disse ter sentido quando Lula o demitiu<br />
do Ministério da Educação foi um sopro de criatividade rosiana em temporada de<br />
tédio federal. Essa palavra sozinha bastaria para, substantivamente, confirmar<br />
Cristovam como o homem certo na Educação. Inventar vocábulos, amalgamar<br />
conceitos, cunhar neologismos poéticos — tudo isso anda meio fora de moda, eu<br />
sei. Em matéria de criatividade linguística, o máximo que o pessoal no governo ou<br />
fora dele tem arriscado é coisa do naipe de iniciabilizar o festejabilizável,<br />
desenvolvimentizadamente falando, é claro.<br />
A coragem de ser demoderudito é mais um motivo para achar que Cristovam<br />
era o homem certo no cargo. Do ponto de vista da forma, seu frustralívio é um<br />
amálgama simples de duas palavras comuns, fácil de decifrar, parente próximo de<br />
joias da arca de Guimarães Rosa como ensimesmudo (misto de ensimesmado e<br />
mudo), enormonho (enorme e medonho), enregemer (enregelar e gemer),<br />
folgazarra (folga e algazarra), gatimanha (manha de gato), hitlerocidades<br />
(atrocidades de Hitler), pacificioso (pacífico e cioso), revelamentação (revelação e<br />
lamento), sussurronar (sussurrar e ronronar) – para ficar em apenas dez minutos<br />
de garimpo no deleiticioso livro “O léxico de Guimarães Rosa”, de Nilce Sant’Anna<br />
Martins (Fapesp/Edusp).<br />
Se prestarmos atenção ao conteúdo da tirada buarquiana, porém, veremos<br />
que pelo menos num aspecto ela difere inteiramente dos neologismos rosianos do<br />
parágrafo anterior: enquanto estes fundem num só corpo duas ideias afins,<br />
vizinhas no plano do intelecto ou das sensações, frustralívio condensa nada menos<br />
que um paradoxo. O que é frustrante não pode, por definição, proporcionar alívio.<br />
Ou pode? Se a realidade fosse plana, unidimensional, é claro que não poderia.<br />
Como não é e nunca foi, estamos diante de um — com perdão da palavra feia, mas<br />
o que se há de fazer, aqui não estamos inventando nada — oximoro perfeito.<br />
Oxímoro é uma figura de linguagem do arsenal dos poetas, conhecida desde<br />
a Antiguidade e particularmente amada pelos barrocos. Trata-se de uma antítese<br />
concentrada que resolve a clássica questão do “ser ou não ser” de Hamlet de<br />
maneira singela: “ser e não ser”, ora pitombas. Exemplo de pirotecnia verbal, tem<br />
nome metido a besta mas infalível apelo popular, como demonstra aquele soneto<br />
de Camões que apresenta oxímoros em fila indiana: “Amor é fogo que arde sem se<br />
ver;/ É ferida que dói e não se sente;/ É um contentamento descontente;/ É dor<br />
que desatina sem doer”.<br />
Coisa de literato, disparate, nonada? Convém pensar melhor. Como<br />
linguagem de gente não tem a pureza da matemática, quando se afirma e se nega<br />
uma coisa ao mesmo tempo o que resta nunca é igual a zero. Sobra uma mancha,<br />
uma dor, território não mapeado — contradições. Tudo demasiadamente humano.<br />
O próprio governo Lula com seu esquerdismo monetarista o que é, senão um<br />
oxímoro de dimensões continentais?<br />
Frustralivie-se quem quiser, Cristovam vai fazer falta.<br />
RODRIGUES, Sérgio. Disponível em: . Acesso em: 29 jan. 2004.<br />
5
7. O artigo de Sérgio Rodrigues a respeito do sentimento de Cristovam Buarque é<br />
marcado por uma diferença fundamental em relação à declaração dada pelo ex<br />
ministro, transcrita pelo jornal O Estado de S. Paulo.<br />
8.<br />
Da perspectiva do estudo da formação das palavras, qual é essa diferença<br />
na escrita/pronúncia dessa palavra?<br />
Sérgio Rodrigues mostra-se, o tempo todo, a favor de Cristovam Buarque<br />
como ministro da Educação. Identifique no texto pelo menos um argumento<br />
apresentado pelo articulista a favor do ex-ministro.<br />
A palavra “desaproximemos”, utilizada por Eddie Sortudo, é um neologismo<br />
formado pelo acréscimo do prefixo dês-.<br />
Qual o sentido desse prefixo neste contexto?<br />
O que Eddie Sortudo está sugerindo a Hagar, dada a situação em que se<br />
encontram?<br />
Que outra palavra, também formada por derivação prefixal, aparece na tira?<br />
Justifique sua resposta, explicando o sentido do prefixo utilizado.<br />
9. O que justifica, gramaticalmente, a criação, por parte de Eddie Sortudo, do<br />
neologismo “desaproximemos”?<br />
10.<br />
O efeito de humor da tirinha é obtido por meio de um trocadilho (ou seja, de um<br />
jogo de palavras que apresentam sons semelhantes ou iguais, mas que possuem<br />
significados diferentes).<br />
Qual termo permite o trocadilho?<br />
Como ele foi formado?<br />
Explique o sentido do trocadilho.<br />
6
2ª. Parte:<br />
1. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo<br />
processo:<br />
a) ajoelhar / antebraço / assinatura<br />
b) atraso / embarque / pesca<br />
c) o jota / o sim / o tropeço<br />
d) entrega / estupidez / sobreviver<br />
e) antepor / exportação / sanguessuga<br />
2. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por:<br />
a) hibridismo d) parassíntese<br />
b) aglutinação e) derivação regressiva<br />
c) justaposição<br />
3. (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?<br />
a) desagradável - complemente<br />
b) vaga-lume - pé-de-cabra<br />
c) encruzilhada - estremeceu<br />
d) supersticiosa - valiosas<br />
e) desatarraxou - estremeceu<br />
4. (UE-PR) "Sarampo" é:<br />
a) forma primitiva<br />
b) formado por derivação parassintética<br />
c) formado por derivação regressiva<br />
d) formado por derivação imprópria<br />
e) formado por onomatopéia<br />
5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de<br />
formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à<br />
seqüência numérica encontrada:<br />
( ) aguardente 1) justaposição<br />
( ) casamento 2) aglutinação<br />
( ) portuário 3) parassíntese<br />
( ) pontapé 4) derivação sufixal<br />
( ) os contras 5) derivação imprópria<br />
( ) submarino 6) derivação prefixal<br />
( ) hipótese<br />
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6<br />
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6<br />
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6<br />
6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de<br />
chapechape:<br />
a) zunzum d) tlim-tlim<br />
b) reco-reco e) vivido<br />
c) toque-toque<br />
7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria?<br />
Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação.<br />
Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens,<br />
bobagens!<br />
Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!<br />
Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.<br />
Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.<br />
7
Gabarito<br />
8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese:<br />
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer<br />
b) solução, passional, corrupção, visionário<br />
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente<br />
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide<br />
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo<br />
9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas<br />
por:<br />
a) derivação d) composição<br />
b) onomatopéia e) prefixação<br />
c) hibridismo<br />
10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por<br />
prefixação:<br />
a) readquirir, predestinado, propor d) irrestrito, antípoda, prever<br />
b) irregular, amoral, demover e) dever, deter, antever<br />
c) remeter, conter, antegozar<br />
11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é formada por derivação:<br />
a) prefixal d) parassintética<br />
b) sufixal e) imprópria<br />
c) regressiva<br />
1 - B 11 - C 21 - A 31 - D<br />
2 - B 12 - B 22 - D 32 - D<br />
3 - B 13 - E 23 - E 33 - A<br />
4 - C 14 - A 24 - C 34 - D<br />
5 - E 15 - C 25 - B 35 - A<br />
6 - E 16 - D 26 - D 36 - B<br />
7 - D 17 - C 27 - E 37 - D<br />
8 - A 18 - D 28 - C 38 - B<br />
9 - D 19 - B 29 - A 39 - D<br />
10 - E 20 - E 30 - E 40 - C<br />
3ª. Parte:<br />
O analista de Bagé<br />
Contam que outra vez um casal pediu para consultar, juntos, o analista de<br />
Bagé. [...]<br />
— Ela tem um problema de carência afetiva...<br />
[...]<br />
— Nós estamos justamente atravessando uma crise de relacionamento<br />
porque ela tem procurado experiências extraconjugais e...<br />
[...]<br />
— Nós somos pessoas modernas. Ela está tentando encontrar o verdadeiro<br />
eu, entende?<br />
— Ela tá procurando o verdadeiro tu nos outros?<br />
— O verdadeiro eu, não. O verdadeiro eu dela.<br />
[...]<br />
VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. Porto Alegre: L&PM, 1982. (Fragmento).<br />
8
1. Que pronomes pessoais aparecem no texto?<br />
2. Considere o seguinte trecho.<br />
— Ela está tentando encontrar o verdadeiro eu, entende?<br />
— Ela tá procurando o verdadeiro tu nos outros?<br />
— O verdadeiro eu, não. O verdadeiro eu dela.<br />
<br />
Explique por que ocorre a mudança de eu para tu entre a fala do marido e a do<br />
analista.<br />
Essa mudança poderia não ter ocorrido? Justifique.<br />
Qual foi o recurso que o marido usou para esclarecer a ambiguidade causada<br />
pelo pronome eu?<br />
>> A peça publicitária apresentada serve de base para as questões de 3 a 5.<br />
Neste lançamento da Editora Globo,<br />
Planeta Terra em Perigo, a escritora<br />
Elizabeth Kolbert esclarece<br />
o que realmente está acontecendo<br />
com o meio ambiente global. Ela<br />
viajou para os mais diferentes lugares:<br />
Ártico, Inglaterra, Holanda,<br />
Islândia, Porto Rico e Groenlândia,<br />
entre outros. E cada capítulo<br />
compõe um diário informal de viagens<br />
em que ela apresenta tanto<br />
a visão dos cientistas quanto das<br />
pessoas que já estão sendo afetadas<br />
pelas mudanças climáticas.<br />
Época. São Paulo: Globo, n. 525, 9 jun. 2008.<br />
3. No texto que introduz o anúncio “Meu filho, um dia tudo isto será seu”, há vários<br />
pronomes.<br />
Identifique-os e classifique-os.<br />
Considerando que os pronomes possessivos fazem referência às pessoas do discurso<br />
indicando uma relação de posse, identifique as relações de posse estabelecidas pelos<br />
pronomes meu e teu e diga quais são seus significados no contexto em que são<br />
utilizados.<br />
4. No enunciado do anúncio, você identificou, ainda, um pronome indefinido e um<br />
pronome demonstrativo.<br />
O que o pronome indefinido indica, nesse contexto?<br />
Considerando que a principal característica dos pronomes demonstrativos é a sua<br />
função dêitica ou indicativa, explique o que é indicado pelo pronome demonstrativo<br />
que aparece na peça publicitária.<br />
Que elementos da peça publicitária permitem identificar o sentido atribuído a esse<br />
pronome?<br />
5. O objetivo dessa peça publicitária é anunciar um livro. De que maneira o uso dos<br />
pronomes contribui, argumentativamente, para persuadir o interlocutor a ler o livro?<br />
9
A peça publicitária apresentada serve de base para as questões de 6 a 8.<br />
6. A peça publicitária apresentada tem um determinado objetivo persuasivo. Qual é<br />
ele?<br />
Para atingir tal objetivo, a peça publicitária constrói uma imagem do seu interlocutor<br />
e de si mesma. Explique que imagens são essas.<br />
7. Os dois enunciados apresentados como argumentos para que o interlocutor leia a<br />
revista anunciada utilizam um mesmo pronome. Identifique-o, classificando-o do ponto<br />
de vista gramatical.<br />
8. É possível identificar, na faixa superior da peça publicitária, imagens que retratam<br />
homens públicos que estiveram envolvidos em escândalos políticos.<br />
A que enunciado do texto essas imagens estão relacionadas? Explique.<br />
Considerando a classificação do pronome quem e o contexto em que foi utilizado,<br />
explique como esse termo deve ser entendido em cada um dos enunciados da<br />
propaganda.<br />
9. Observe a propaganda a seguir.<br />
Os grandes chefes de cozinha sabem a importância dos detalhes para o seu ambiente.<br />
É por isso que a Tuboar desenvolve coifas que, além de bonitas, são as mais potentes<br />
do mercado. As coifas Tuboar, tem um poder de sucção de até 1900m3/h, 3x maior do<br />
que as importadas, tudo isso para que a sua cozinha fique bonita e agradável,<br />
aliás, não só a cozinha, a copa, a sala, os quartos.<br />
Casa Claudia. São Paulo: Abril, ano 28, n. 5, maio 2004, p. 75.<br />
Coifa: equipamento que é instalado acima dos fogões para a retenção de gordura,<br />
com mecanismo para a remoção de vapores e de fumaça para o exterior.<br />
O pronome isso ocorre duas vezes neste texto. Diga o que ele retoma em cada<br />
ocorrência.<br />
<br />
Na frase “As coifas Tuboar, tem um poder de sucção de até 1900m3/h, 3x maior do<br />
que as importadas”, há dois erros. Procure apontá-los e corrigi-los.<br />
10