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Apostila - Professora Tereza - Espaço Heber Vieira

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Português – EXPRESSO CIDADÃO Profª <strong>Tereza</strong> Albuquerque<br />

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO<br />

OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE<br />

TEXTOS:<br />

1. DICAS PARA RESOLVER A PROVA DA<br />

CESPE:<br />

1-comecem pelas questões mais curtas e<br />

menos complicadas;<br />

2-resolva logo as alternativas que contiverem<br />

questões gramaticais;<br />

3-procure identificar o tema central do texto<br />

através da recorrência dele e dos argumentos<br />

válidos existentes;<br />

4-separe o tema central dos subtemas do<br />

texto;<br />

5-circule os conectores, sobretudo os que<br />

dão idéia de oposição;<br />

6-circule os pronomes e busque os referentes<br />

deles;<br />

7-identifique logo na primeira leitura a<br />

tipologia do texto;<br />

8-circule as palavras que estão em campos<br />

semânticos semelhantes (hipônimos e<br />

hiperônimos;<br />

9-bastante atenção ao tópico frasal,<br />

sobretudo quando se tem a presença de<br />

verbos que estabeleçam relações de<br />

semelhanças.<br />

CONOTAÇÃO X DENOTAÇÃO<br />

DENOTAÇÃO - É o significado próprio da palavra que<br />

independe do contexto. É o uso da palavra no seu sentido<br />

próprio. Aparece com freqüência na linguagem informática e<br />

técnica.<br />

O rapaz construiu o muro.<br />

O coração é um órgão do corpo humano.<br />

O homem atravessou um rio.<br />

Comprei uma correntinha de ouro.<br />

CONOTAÇÃO - É um novo significado que a palavra pode<br />

adquirir dentro de um determinado contexto. Na conotação,<br />

as palavras assumem um sentido figurativo.<br />

A mulher nadava em ouro.<br />

As beatas choraram rios de lágrimas.<br />

Aquela senhora é um coração de pessoa.<br />

O tempo ia pingando lentamente.<br />

EXERCÍCIOS<br />

Anteponha às frases D ou C para sentido conotativo ou<br />

denotativo apresentado:<br />

A)....... Quebrei um galho de árvores.<br />

B)....... O presidente quebrou o protocolo.<br />

C)....... Não sejas escravo da moda.<br />

D)....... O escravo fugiu para o quilombo.<br />

E)....... Tive uma idéia luminosa.<br />

F)....... Os cometas têm uma cauda luminosa.<br />

G)....... Joel estava imerso em profunda tristeza.<br />

H)....... Doces recordações e amargas desilusões.<br />

I)....... A fruta tem um sabor amargo.<br />

ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS<br />

EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou melhor,<br />

“escorregar na maionese”. Ocorre quando se interpreta o<br />

que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que<br />

não estão expressos no texto. Deve-se dar importância<br />

somente ao que está relatado.<br />

REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do contexto,<br />

deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o<br />

texto como um todo para se ater apenas à parte dele.<br />

CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o<br />

contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado<br />

com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, o verbo<br />

“ser”, principalmente.<br />

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Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 1<br />

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Português – EXPRESSO CIDADÃO Profª <strong>Tereza</strong> Albuquerque<br />

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.<br />

Compreendemos um texto quando o analisamos por inteiro -<br />

o que realmente está escrito - coletando dados do texto.<br />

Interpretamos um texto quando damos a ele um valor<br />

pessoal.<br />

Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa<br />

interpretação pessoal do texto, deve-se observar a<br />

existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é<br />

essa a idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim<br />

de respondermos questões de interpretação textual.<br />

O primeiro passo para se interpretar um texto, depois de lêlo,<br />

é identificar qual a tipologia textual, ou seja, o tipo de<br />

texto que lemos. Há três tipos:<br />

TEXTO DESCRITIVO: descrever é representar<br />

verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a<br />

indicação de aspectos característicos. E para isso, impõe-se<br />

o uso de palavras específicas, exatas, que estão<br />

intimamente ligadas às sensações (sentidos físicos: olfato,<br />

paladar, visão, audição; sentidos psíquicos ou de<br />

sensibilidade interna: fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.)<br />

de cada indivíduo.<br />

"O feijão estava tão gostoso, mas tão gostoso que eu comi<br />

só uma bacia."<br />

"A cidade de Recife é linda, com locais fantásticos, que<br />

demonstram a beleza do povo, o cheiro gostoso do<br />

ambiente e o cuidado que Deus teve para criá-la.”<br />

TEXTO NARRATIVO: é o relato de um fato, de um<br />

acontecimento, em que atuam personagens. Os<br />

acontecimentos são narrados por um narrador, que pode<br />

assumir duas atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro da<br />

história.<br />

Situando-se fora, restringe seu conhecimento e informação<br />

ao que lhe permite sua limitada visão (narrador-observador),<br />

ou assume, em última instância, a onisciência (narrador<br />

onisciente).<br />

Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das<br />

personagens, seus pensamentos, sentimentos, etc.<br />

"José Ribamar é, no colégio, o menino que usa dentes de<br />

fora, monstruoso e intempestivo, assassino frio de gatos,<br />

canários e sabiás, matador de gambás, preás e outros<br />

bichos que só de ver, brrr! Nos dão calafrios. A própria<br />

imagem do terror: ele tira partido de sua própria aparência<br />

má, mostrando ainda pior. Faz com que a própria mãe<br />

espere sôfrega, a hora de abrir o colégio e a professora,<br />

ainda mais sôfrega, a hora de fechá-lo."<br />

(José Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades)<br />

B) situando-se dentro, aumenta o conhecimento e a<br />

informação e pode adotar o ponto de vista de uma ou mais<br />

personagens (narrador-personagem).<br />

“A nave movia-se lentamente em direção ao destino,<br />

abrindo caminho, levada, pelo emaranhado de moléculas de<br />

gás tão unidas que o próprio hidrogênio era reduzido à<br />

densidade de um líquido. Vapor amoníaco, emanando dos<br />

vastíssimos oceanos daquele líquido, saturava a horrível<br />

atmosfera... Júpiter não era um mundo agradável."<br />

(Os novos robôs - Isaac Asimov)<br />

Disso decorre que toda produção do discurso depende da<br />

cosmovisão (visão de mundo) do narrador e o ponto de<br />

vista ou foco narrativo é um critério para sistematizar a<br />

narração, revelando todos os valores do mundo enfocado. O<br />

foco narrativo pode ser em:<br />

(a) 3ª pessoa: o narrador pode ou não fazer parte da<br />

narração. Ele narra os fatos na forma de um observador ou<br />

fazendo parte das personagens.<br />

(b) 1ª pessoa: o narrador faz parte da história, pois ele<br />

sempre vai falar em seu nome e a partir do seu ponto de<br />

vista.<br />

O texto narrativo possui uma estrutura básica composta de<br />

enredo (o desenrolar dos acontecimentos), espaço físico (o<br />

lugar onde ocorre a ação, a história) e tempo (o momento<br />

em que os fatos ocorrem).<br />

TEXTO DISSERTATIVO: o texto dissertativo não nos conta<br />

uma história, não nos descreve um lugar; ele nos apresenta<br />

uma idéia a ser defendida com argumentos, através de<br />

exemplos, estatísticas, etc. É formado de três partes:<br />

introdução, desenvolvimento e conclusão.<br />

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INTRODUÇÃO Qual é o fato?<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Exemplos Estatísticas Fatos<br />

concretos Aspectos positivo e<br />

negativo Argumentação<br />

Comparações Pessoas<br />

envolvidas na mesma idéia<br />

CONCLUSÃO Há solução? Qual a solução?<br />

O texto expositivo apresenta informações sobre<br />

um objeto ou fato específico, sua descrição, a<br />

enumeração de suas características. Esse deve<br />

permitir que o leitor identifique, claramente, o<br />

tema central do texto.<br />

Um fato importante é a apresentação de bastante<br />

informação, caso se trate de algo novo esse se<br />

faz imprescindível.<br />

Quando se trata de temas polêmicos a<br />

apresentação de argumentos se faz necessário<br />

para que o autor informe aos leitores sobre as<br />

possibilidades de análise do assunto.<br />

O texto expositivo deve ser abrangente, deve<br />

permitir que seja compreendido por diferentes<br />

tipos de pessoas.<br />

O texto expositivo pode apresentar recursos<br />

como a:<br />

- instrução, quando apresenta instruções a<br />

serem seguidas;<br />

- informação, quando apresenta informações<br />

sobre o que é apresentado e/ou discutido;<br />

- descrição, quando apresenta informações<br />

sobre as características do que está sendo<br />

apresentado;<br />

- definição, quando queremos deixar claro para o<br />

nosso leitor do que, exatamente, estamos<br />

falando;<br />

- enumeração, quando envolve a identificação e<br />

apresentação seqüencial de informações<br />

referentes àquilo que estamos escrevendo;<br />

- comparação, quando o autor quer garantir que<br />

seu leitor irá compreender bem o que ele quer<br />

dizer;<br />

- o contraste, quando, ao analisar determinada<br />

questão, o autor do texto deseja mostrar que ela<br />

pode ser observada por mais de um ângulo, ou<br />

que há posições contrárias.<br />

Veja um exemplo de texto expositivo:<br />

O telefone celular<br />

A história do celular é recente, mas remonta ao<br />

passado –– e às telas de cinema. A mãe do<br />

telefone<br />

móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais<br />

conhecida<br />

pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma<br />

atriz de Hollywood que estrelou o clássico<br />

Sansão<br />

e Dalila (1949).<br />

Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela<br />

inteligência. Ela foi casada com um austríaco<br />

nazista<br />

fabricante de armas. O que sobrou de uma<br />

relação<br />

desgastante foi o interesse pela tecnologia.<br />

Já nos Estados Unidos, durante a Segunda<br />

Guerra<br />

Mundial, ela soube que alguns torpedos<br />

teleguiados<br />

da Marinha haviam sido interceptados por<br />

inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a<br />

idéia:<br />

um sistema no qual duas pessoas podiam se<br />

comunicar<br />

mudando o canal, para que a conversa<br />

não fosse interrompida. Era a base dos<br />

celulares,<br />

patenteada em 1940.<br />

Disponível em:<br />

Fonte-<br />

http://www.canalkids.com.br/tecnologia/invencoe<br />

s/ curiosidades.htm.<br />

Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a<br />

finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por<br />

esse motivo, sua estrutura se caracteriza por<br />

verbos no imperativo: ordenando ou sugerindo.<br />

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1.1 EXERCÍCIOS<br />

--------------------------- TEXTO 1 ------------------------------<br />

Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada<br />

aponta que existem 7 milhões de mulheres se prostituindo<br />

no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que<br />

uma parte significativa (500mil) é composta por meninas<br />

com menos de 18 anos de idade. O Brasil detém um recorde<br />

lamentável: é o país da América Latina com maior número<br />

de prostitutas infantis.<br />

O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado<br />

de trabalho, é também responsável por conduzir as mulheres<br />

à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são negras ou<br />

mulatas.<br />

A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro<br />

fator determinante para o aumento da prostituição. “A maioria<br />

entra nessa vida porque sofreu violência em casa”, afirma<br />

Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável<br />

pela Casa de Convivência da Luz.<br />

palavras sublinhadas são paroxítonas terminadas<br />

em ditongo decrescente.<br />

Está(ão) correta(s)<br />

a) todas.<br />

b) apenas I.<br />

c) apenas I e II.<br />

d) apenas II e III.<br />

e) apenas III e IV.<br />

QUESTÃO 1:<br />

O texto aponta as seguintes causas para o aumento da<br />

prostituição feminina no Brasil:<br />

A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.<br />

B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida<br />

pelas mulheres dentro de suas casas.<br />

C) A falta de emprego para as mulheres com menos de 18<br />

anos e o racismo.<br />

D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do<br />

Brasil.<br />

E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência<br />

dos pais e irmãos.<br />

QUESTÃO 2:<br />

Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:<br />

A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.<br />

B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano<br />

das grandes cidades.<br />

C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada<br />

por algumas mulheres.<br />

D) descrever, claramente, o universo feminino.<br />

E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as<br />

mulheres negras e mulatas.<br />

----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------<br />

- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e<br />

o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que<br />

as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam.<br />

Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos<br />

conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo<br />

contato com outros homens, é como se eles não existissem.<br />

Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem<br />

tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir,<br />

não valem nada; ou, por outras palavras mais energéticas,<br />

não há espetáculo sem espectador. (...)<br />

(Machado de Assis, O segredo do bonzo.)<br />

QUESTÃO:<br />

Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles<br />

não existissem” e “se ninguém os vir”, os pronomes o, eles e<br />

os referem-se, respectivamente, a:<br />

A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.<br />

B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.<br />

C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.<br />

D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma<br />

laranjeiras.<br />

E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.<br />

----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------<br />

O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que<br />

se hospeda geralmente em crianças em idade pré-escolar.<br />

Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em<br />

crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo<br />

contato mais íntimo entre elas. Afinal, só pode ocorrer<br />

infestação se a criança entrar em contato com outra,<br />

desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em<br />

comum de pentes e escovas pode ser tranqüilo.<br />

Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal para o ser<br />

humano. “Isto não existe porque cada espécie tem seu<br />

piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a<br />

sua, morre.”<br />

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QUESTÃO :<br />

Diante da interpretação do texto acima, julgue as<br />

alternativas abaixo:<br />

1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população<br />

brasileira, principalmente quando na idade pré-escolar.<br />

2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em<br />

contato com outra” - há a elipse do substantivo criança logo<br />

após a palavra outra.<br />

3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma<br />

coesivamente a expressão anterior “ (...) piolho voa”.<br />

4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o parasita<br />

picar outra espécie que não seja a sua, morre”, o pronome<br />

“sua” se refere claramente ao piolho animal.<br />

5. “... Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em<br />

crianças, mas se acredita...” - a conjunção insere uma idéia<br />

de explicação.<br />

----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------<br />

Bilhete complicado<br />

O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros<br />

à moda antiga, que gostava de tudo certinho e no seu<br />

devido tempo. Namorava uma linda donzela, por quem<br />

estava realmente apaixonado.<br />

Um dia, quando fazia uma viagem de negócios,<br />

Gumercindo entrou em uma loja e comprou um presente<br />

para a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que<br />

na hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na<br />

caixa uma calcinha de renda, e o pacote foi despachado<br />

pelo correio com o seguinte bilhete:<br />

"Estou mandando este presente para fazer-lhe uma<br />

surpresa. Sei que você não usa, pois nunca vi usar. Pena<br />

não estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com a<br />

cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e<br />

me mostrou que esta era a mais bonita. Achei meio larga na<br />

frente, mas ela me explicou que era para a mão entrar mais<br />

fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em<br />

casa por recomendação do fabricante. Depois de usar,<br />

passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro.<br />

Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que<br />

vou lhe pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço<br />

do seu Gumercindo."<br />

(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia<br />

- Paraguaçu, MG)<br />

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto<br />

2:<br />

1. Através do texto, percebe-se claramente que as<br />

conseqüências não serão agradáveis e que certamente o<br />

relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.<br />

2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o<br />

personagem deixa claro que as suas intenções são as mais<br />

apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de<br />

negócios, lembrou a amada.<br />

3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros<br />

à moda antiga, que gostava de tudo certinho - o termo<br />

destacado está no grau diminutivo, logo apresenta idéia de<br />

redução, diminuição.<br />

4. Você não deve lavar em casa por recomendação do<br />

fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso<br />

para não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do<br />

rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar"<br />

possuem o mesmo complemento verbal subentendido:<br />

calcinha de renda.<br />

5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma<br />

surpresa." - A expressão "este presente" e o pronome<br />

oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de<br />

pelica" e "namorada".<br />

permanecer no singular, sem que com isso ocorresse erro de<br />

concordância.<br />

12- O texto afirma que os EUA apresentam “especificidades” (R.16)<br />

que favorecem o multiculturalismo de natureza “histórica,<br />

demográfica e institucional” (R.16-17) e, nesse aspecto, esse país é<br />

comparável a outros, inclusive o Brasil, que também apresenta o<br />

mesmo fenômeno.<br />

13-As “minorias nacionais autóctones” (R.18) são uma referência a<br />

povos nativos, como os indígenas.<br />

14-O sentido indefinido do pronome “algumas” (R.19) é explicitado<br />

no decorrer do restante do texto.<br />

15-Por suas características lingüísticas e discursivas, o texto se<br />

apresenta como expositivo-argumentativo.<br />

16-Em linhas gerais, o texto constitui-se de três partes,<br />

representadas pelos três parágrafos: conceituação, apresentação<br />

da tese e explicitação da tese.<br />

O preconceito nosso de cada dia<br />

Preconceito, nunca. Temos apenas opiniões bem definidas<br />

sobre as coisas. Preconceito é o outro que tem...Mas, por<br />

falar nisso, já observou o leitor como temos o fácil hábito de<br />

generalizar sobre tudo e todos? Falamos sobre “mulheres”,<br />

a partir de experiências pessoais; conhecemos “os<br />

políticos”, após acompanhar a carreira de dois ou três;<br />

sabemos tudo sobre os “militares” porque o síndico de<br />

nosso prédio é um sargento aposentado; discorremos sobre<br />

sogras, advogados, professores, motorista de caminhão,<br />

peões de obras, dançarinos, enfim, sobre tudo. Mas<br />

discorremos de maneira especial sobre raças e<br />

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nacionalidades e, por extensão, sobre atributos inerentes a<br />

pessoas nascidas em determinados Estados.<br />

Afinal, todos sabemos (sabemos?) que os<br />

franceses não tomam banho; os mexicanos são<br />

preguiçosos; os suíços, pontuais; os italianos, ruidosos; os<br />

japoneses, trabalhadores; e por aí afora. Sabemos também<br />

que cariocas são folgados; baianos, festeiros; nordestinos,<br />

pobres; mineiros, diplomatas etc. Sabemos ainda que o<br />

negro não tem o mesmo potencial que o branco, a não ser<br />

em algumas atividades bem-definidas como o esporte, a<br />

música, a dança e algumas outras que exigem mais do<br />

corpo e menos da inteligência.<br />

O mecanismo funciona mais ou menos assim:<br />

estabelecemos uma expectativa de comportamento coletivo<br />

(nacional, regional, racial), mesmo sem conhecermos,<br />

pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do grupo<br />

sobre o qual pontificamos. Não nos detemos em analisar a<br />

questão um pouco mais a fundo. Não nos interessa estudar<br />

o papel que a escravidão teve na formação histórica de<br />

nossos negros. Nada disso. O importante é reproduzir, de<br />

forma acrítica e boçal, os preconceitos que nos são<br />

passados por piadinhas, por tradição familiar, pela religião,<br />

pela necessidade de compensar nossa real Inferioridade<br />

individual por uma pretensa superioridade coletiva que<br />

assumimos ao carimbar o “outro” com a marca de qualquer<br />

inferioridade.<br />

Temos pesos, medidas e até um vocabulário<br />

diferente para nos referirmos ao “nosso” e ao do “outro”,<br />

numa atitude que, mais do que autocondescendência, não<br />

passa de preconceito puro. Por exemplo, a nossa, é religião,<br />

a do outro é seita; nós temos fervor religioso, eles são<br />

fanáticos; nós temos hábitos, eles, vícios; nós cometemos<br />

excessos compreensíveis, eles são um caso perdido; e,<br />

finalmente, não temos preconceito, apenas opinião formada<br />

sobre as coisas.<br />

Ou deveríamos ser como esses intelectuais que para<br />

afirmar qualquer coisa acham necessário estudar e observar<br />

atentamente? Observar, estudar e agir respeitando as<br />

diferenças é o que se espera de cidadãos que acreditam na<br />

democracia e, de fato, lutam por um mundo mais justo. De<br />

nada adianta protestar contra limpezas raciais e<br />

discriminação pelo mundo afora, se não ficamos atentos ao<br />

preconceito nosso de cada dia. Jaime Pinsky.<br />

O Estado de S. Paulo. São Paulo, 20/5/93. Adaptado.<br />

01. Leia o texto A e procure apreender aspectos gerais<br />

de sua composição e construção textual.<br />

I. A idéia central do texto em análise gira em torno do papel<br />

que a escravidão teve na formação histórica de nossas<br />

diferenças nacionais.<br />

II. A finalidade do texto A é ressaltar a precariedade de<br />

fundamentação com que certos tipos e comportamentos<br />

sociais são rotulados.<br />

III. A forma de composição do texto nos leva a admitir que<br />

se trata de um texto narrativo, cuja continuidade é<br />

dependente da seqüência dos eventos relatados.<br />

IV. O canal de produção do texto respeitou as normas gerais<br />

da escrita formal, embora certos fragmentos (o início do<br />

texto, por exemplo) se aproximem de usos do oral informal.<br />

V. A forma como o texto foi produzido mostra que o autor<br />

pretendeu sentir-se alheio ao grupo a quem se dirige. O uso<br />

do verbo na primeira pessoa do plural evidencia esse<br />

aspecto.<br />

A afirmativa é verdadeira nos itens<br />

A) II, III e IV apenas.<br />

B) II e IV apenas. D) I, II, IV e V apenas.<br />

C) I, II e III apenas. E) IV e V apenas.<br />

02. Interpretando os efeitos de sentido de alguns<br />

fragmentos do texto A, pode-se fazer as considerações<br />

abaixo.<br />

I. Em “Preconceito, nunca. Temos apenas opiniões bem<br />

definidas sobre as coisas.” (1º parágrafo), pode-se<br />

reconhecer a “opinião” do autor; ou seja, neste trecho, ele<br />

expressa, literalmente, sua posição pessoal acerca do tema.<br />

II. Em “Mas, por falar nisso”(2º parágrafo), o autor indica<br />

sua intenção de manter o tópico sobre o qual estava<br />

discorrendo no fragmento anterior.<br />

III. Em “Afinal, todos sabemos (sabemos?)” (3º<br />

parágrafo), o autor explicita sua própria dúvida quanto ao<br />

que , taxativamente, havia afirmado.<br />

IV. Em “Sabemos ainda que o negro não tem o mesmo<br />

potencial que o branco” (3º parágrafo), o autor retoma a<br />

percepção consensualmente estereotipada acerca do<br />

problema racial.<br />

V. Em “Temos pesos, medidas e até um vocabulário<br />

diferente” (5º parágrafo), o autor faz uma enumeração e<br />

sugere a inclusão de um item não esperado.<br />

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Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.<br />

A) II, III, IV e V apenas.<br />

B) I, II, IV e V apenas. D) III e V apenas.<br />

C) I, IV e V apenas. E) I e IV apenas.<br />

03. Se prestarmos atenção às relações semânticas<br />

estabelecidas por certos conectivos que aparecem no<br />

texto A, pode-se afirmar o que segue.<br />

I. No fragmento: “mesmo sem conhecermos,<br />

pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do<br />

grupo” (4º parágrafo), o segmento destacado tem um valor<br />

de concessão. Poderia ser substituído por ”embora não<br />

conheçamos”.<br />

II. No fragmento: “o negro não tem o mesmo potencial<br />

que o branco” (3º parágrafo), a relação expressa é de<br />

comparação.<br />

III. No fragmento: “Temos pesos, medidas e até um<br />

vocabulário diferente para nos referirmos ao “nosso” e<br />

ao do “outro” (5º parágrafo), a relação expressa é de<br />

causalidade.<br />

IV. No fragmento: “deveríamos ser como esses<br />

intelectuais” (6º parágrafo), a relação expressa pelo<br />

conectivo é de conclusão.<br />

V. Em “se não ficamos atentos ao preconceito nosso de<br />

cada dia.” (6º parágrafo), a relação expressa é de condição.<br />

Outro conectivo adequado a este contexto seria ‘caso’,<br />

feitas as devidas alterações.<br />

Estão corretas as afirmações que constam na alternativa.<br />

A) I e II apenas.<br />

B) I, II e V apenas. D) II, III e IV apenas.<br />

C) I, III e IV apenas. E) III, IV e V apenas.<br />

Texto B<br />

Troféu e sonho<br />

A mansão, ainda que luxuosa, é de um mau gosto<br />

extremo. Não há muito o que ver, mas o dono faz questão<br />

de levar os visitantes a uma sala que chama de “meu<br />

templo”; ali, em uma espécie de vitrine, iluminado por fortes<br />

lâmpadas, está um troféu, uma taça destas que os clubes<br />

ganham em campeonatos. E, sem que lhe peçam, ele conta<br />

a história dessa taça.<br />

Tudo começou quando era um rapaz pobre,<br />

morando em uma pequena cidade do interior. Lugar<br />

modorrendo, onde nada acontecia. Assim, foi grande a<br />

surpresa quando se anunciou a chegada, ali, de um grande<br />

time de futebol: nada menos que o Flamengo, do Rio de<br />

Janeiro. Notícia que o deixou excitadíssimo porque, em<br />

primeiro lugar, era fã de futebol e, mais importante, era um<br />

ardoroso torcedor do rubro-negro. Que viria ali para disputar<br />

um torneio regional, no qual participavam o time da cidade e<br />

mais alguns outros clubes de localidades vizinhas.<br />

Na véspera do grande jogo, nem conseguiu dormir.<br />

No dia seguinte, foi o primeiro a chegar ao pequeno e<br />

precário estádio. Aos poucos as arquibancadas foram se<br />

enchendo. Todos miravam-no com irritação. Explicável:ele<br />

vestia uma camisa do Flamengo e agitava uma bandeira do<br />

clube. Decidira assumir a sua condição de torcedor e o fazia<br />

com orgulho. Aplaudiu com entusiasmo o rubro negro,<br />

quando este entrou em campo.<br />

A partida começou e logo duas coisas ficaram<br />

claras; primeiro, que os donos da casa não eram<br />

adversários para o Flamengo; segundo, que o time carioca<br />

estava com muito azar. Jogador após jogador se lesionava e<br />

tinha de ser substituído. Lá pelas tantas, o insólito: mais um<br />

lesionado – e já não havia reserva no banco. O que gerou<br />

um impasse. A partida foi paralisada, enquanto juiz e<br />

dirigentes deliberavam<br />

Foi aí – conta ele – que eu tive uma inspiração.<br />

Levantei-me e, da arquibancada, gritei que jogaria pelo<br />

Flamengo. Os dirigentes olharam-me com espanto, mas<br />

decidiram aceitar a proposta. Rapidamente assinei um<br />

contrato e no instante seguinte estava no campo. Aposseime<br />

da bola, driblei um, driblei o segundo, chutei forte no<br />

canto esquerdo – gol! Gol da vitória! O Flamengo ganhou a<br />

taça. Que os dirigentes, em sinal de gratidão, me<br />

ofereceram.<br />

Esta é a história que o homem conta. Na qual<br />

ninguém acredita: todos sabem que comprou a taça por<br />

bom dinheiro, de um credor do Flamengo. Mas também<br />

ninguém o desmente. Afinal, quem compra um troféu<br />

compra junto o sonho que esse troféu representa. Moacyr<br />

Scliar.<br />

Folha de S. Paulo, 13/10/2003, p. C2. Adaptado.<br />

04. Pela compreensão global do texto B e pela análise de<br />

sua construção, fica claro que<br />

I. o narrador foi além do simples relato: propõe, no final,<br />

uma reflexão sobre as dimensões simbólicas e<br />

nãoimediatas do fato.<br />

II. por mais simples que sejam, as coisas podem assumir<br />

um aspecto sagrado: no texto, a expressão “meu templo”<br />

indica isso.<br />

III. a seqüência de um texto se garante, também, pela<br />

retomada de segmentos anteriores: o uso do ‘Tudo’, no<br />

início do segundo parágrafo, e o uso do ‘aí’, no início do<br />

quinto, cumprem essa função coesiva.<br />

IV. no quinto parágrafo, o narrador dá a palavra ao<br />

personagem principal, embora faltem indicações<br />

pronominais que atestem essa estratégia.<br />

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V. o título do texto tem um apoio explícito no último<br />

parágrafo; mas, ao longo do texto, palavras, como<br />

‘modorrendo’, ‘lesionado’, ‘deliberavam’, iam orientando o<br />

leitor para a justificação do título.<br />

O comentário está correto nos itens<br />

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) I, II e III apenas. D)<br />

III, IV e V apenas. E) I, III e IV apenas.<br />

05. Considerando as normas da concordância verbal,<br />

em uso nos textos A e B, pode-se fazer as seguintes<br />

análises.<br />

I. Em “já observou o leitor como temos o fácil hábito de<br />

generalizar” (2º parágrafo do Texto A), o verbo em<br />

destaque está no singular, concordando com o termo sujeito<br />

‘leitor’. Poderia também ficar no plural, uma vez que o<br />

sujeito está posposto ao verbo.<br />

II. Em “todos sabemos (sabemos?) que” (3º parágrafo do<br />

Texto A), o verbo também poderia estar na 3ª. pessoa do<br />

plural, concordando com a forma ‘todos’.<br />

III. Em “um torneio regional, no qual participavam o time<br />

da cidade e mais alguns outros clubes” (2º parágrafo do<br />

Texto B), o verbo está no plural, já que o sujeito é composto.<br />

Mas, poderia também estar no singular, concordando com o<br />

sujeito posposto mais próximo.<br />

IV. Em “já não havia reserva no banco.” (4º parágrafo do<br />

Texto B), o verbo está no singular; estaria no plural, se o<br />

termo ‘reserva’ estivesse também no plural.<br />

V. Em “ninguém o desmente” (6º parágrafo do Texto B), o<br />

verbo está no singular; mas, ficaria no plural se o sujeito<br />

fosse ‘nenhum de nós’.<br />

As análises estão corretas nas alternativas<br />

A) I, II e III apenas. B) II, III e IV apenas. C) I e V apenas. D)<br />

IV e V apenas. E) II e III apenas.<br />

06. Uma análise das diferentes relações de significado<br />

entre as palavras leva a se afirmar que<br />

I. em “uma pretensa superioridade coletiva” (4º parágrafo<br />

do Texto A), o termo sublinhado é sinônimo de ‘presumida’.<br />

II. em “atributos inerentes” (2º parágrafo do Texto A), um<br />

sentido oposto para o termo sublinhado seria ‘inertes’.<br />

III. um “Lugar modorrendo” (2º parágrafo do Texto B) é,<br />

metaforicamente, um ‘lugar com modorra’, ou<br />

seja,‘desanimado’.<br />

IV. em “juiz e dirigentes deliberavam” (4º parágrafo do<br />

Texto B), o termo sublinhado se associa semanticamente a<br />

‘ponderar’, ‘refletir’ e é sinônimo de ‘decidiam’.<br />

V. em “Lá pelas tantas, o insólito” (4º parágrafo do Texto<br />

B), o termo em destaque tem o mesmo sentido de ‘inabitual’,<br />

‘incomum’. O prefixo ‘in’ é indicação do sentido negativo<br />

dessas palavras.<br />

As afirmações corretas aparecem nos itens<br />

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) III, IV e V apenas. D) I,<br />

III, IV e V apenas. E) I, II, IV e V apenas.<br />

UPE<br />

Texto 5 para as questões de 02 a 04.<br />

Ética e Política<br />

O cristão tem de seguir os ensinamentos de Cristo em todos<br />

os hábitos de sua vida. Tem, é claro, de freqüentar aigreja,<br />

mas tem de se fazer cristão em todos os atos, num hábito<br />

ético, de sua vida. Seja no trabalho, no passeio, nocampo<br />

de futebol ou volibol, na ciência ou na arte ou na política etc.<br />

Não se deve ser cristão abstratamente e sim de modo<br />

concreto. Também deve o ateu atuar de modo ético, pois<br />

todo mundo tem que ser correto. Honestidade rima com<br />

felicidade. Política tem consonância com ética. A má política<br />

é a que não se faz com boas idéias, com bons<br />

objetivos,mas só com ambições pessoais (egocêntricas)... A<br />

política deve ser um debate de idéias, um centro de<br />

projetos, e não um antro de difamações. Uma soma de atos<br />

construtivos e não negativamente destrutivos. Autoridade,<br />

aliás, tem de rimar sempre com austeridade – que rima com<br />

a verdade. A eleição deve rimar com correção e não apenas<br />

com ambição. E o bom voto é o do devoto. Cívico. É dever<br />

do cristianismo lutar contra as injustiças: seja para livrar o<br />

sofrimento dos oprimidos, seja para salvar a alma dos<br />

opressores. No campo político, ou em qualquer campo,<br />

deve-se dizer/fazer coisas corretas, com uma lucidez e um<br />

bom senso encravados na realidade e não numa artificiosa<br />

fantasia.<br />

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(...)<br />

A verdadeira moral, como se sabe, é o profundo respeito<br />

pelo outro – que é quebrado nesses pequenos ou grandes<br />

gestos grosseiros e/ou maliciosos do dia-a-dia e que levam<br />

a pouco e pouco ou a muito e muito ao esgarçamento do<br />

tecido social, transformando a comunidade humana numa<br />

selva selvaggia, num “salve-se quem puder” em detrimento<br />

de todos ou das grandes maiorias.<br />

A falta de ética é em si mesma anticristã. Desumana. Os<br />

políticos, estou certo, devem cultivar uma vocação<br />

missionária de altruísmo, desprendimento – aliando às<br />

virtudes da conciliação a oportunidade decisória, cabendo<br />

preservar sempre o sentimento das convergências e das<br />

divergências acima dos meros interesses pessoais e dentro<br />

da perspectiva, claro, dos interesses maiores do bem<br />

público. MELLO, Francisco Bandeira de.<br />

Jornal do Commercio; Opinião. 25 de julho de 2004.<br />

Adaptado.


Português – EXPRESSO CIDADÃO Profª <strong>Tereza</strong> Albuquerque<br />

02. Após a leitura do texto, você conclui que<br />

A) o cristão é obrigado a seguir os ensinamentos de Cristo<br />

em, apenas, alguns hábitos vitais.<br />

B) a freqüência à igreja é o suficiente para se tachar alguém<br />

de cristão.<br />

C) todos os seres humanos devem seguir os ensinamentos<br />

de Cristo de modo abstrato.<br />

D) os ensinamentos de Cristo devem ser praticados em<br />

todos os atos humanos, exceto os praticados no campo<br />

político.<br />

E) a má política resulta da falta da prática dos ensinamentos<br />

de Cristo por parte dos homens.<br />

03. Em todas as alternativas, há explicação correta<br />

sobre o porquê das palavras se apresentarem<br />

acentuadas, exceto em uma. Assinale-a.<br />

A) “Hábito – política – ético” – acentuam-se porque são<br />

todas palavras proparoxítonas.<br />

B) “Convergência – missionária” – acentuam-se por serem<br />

paroxítonas terminadas em ditongo crescente.<br />

C) “Má – só” – recebem acento por serem oxítonas<br />

terminadas em “a” e “o” respectivamente.<br />

D) “Idéia” – recebe acento agudo a vogal aberta do ditongo<br />

tônico “éi”.<br />

E) “Aliás” – acentua-se por ser uma oxítona terminada em<br />

“a”, seguida de S.<br />

04. Analise os fragmentos a seguir.<br />

1. “Seja no trabalho, no passeio, no campo de futebol ou<br />

volibol, na ciência ou na arte ou na política etc.”<br />

2. “A má política é a que não se faz com boas idéias, mas<br />

só com ambições pessoais (egocêntricas)...”<br />

3. “A política deve ser um debate de idéias, um centro de<br />

projetos, e não um antro de difamações.<br />

4. “...num “salve-se quem puder” em detrimento de todos ou<br />

das grandes maiorias.”<br />

Assinale a alternativa incorreta.<br />

A) As vírgulas foram empregadas nos fragmentos 1 e 3 para<br />

separar termos que exercem a mesma função sintática, ou<br />

seja, adjuntos adverbiais de lugar e objetos diretos,<br />

respectivamente.<br />

B) As reticências, presentes no fragmento 2, indicam a<br />

interrupção da frase, feita com a finalidade de sugerir<br />

quebra de seqüência na fala do jornalista.<br />

C) Há, no fragmento 4, o registro de um dito popular que foi<br />

destacado através das aspas.<br />

D) No fragmento 2, a vírgula separa a oração que<br />

estabelece, em relação à oração anterior, uma idéia de<br />

oposição.<br />

E) Os parênteses foram empregados pelo autor no<br />

fragmento 2, para separar palavra explicativa.<br />

Texto 6 para as questões de 05 a 10.<br />

O Jogo da Vida<br />

O ex-presidente da Coca-Cola, Brian Dyson, durante<br />

conferência em Universidade dos Estados Unidos, expõe<br />

sua visão sobre a relação entre o trabalho e outros<br />

compromissos da vida: “Imaginem a vida como um jogo, no<br />

qual vocês fazem malabarismos com cinco bolas que<br />

lançam ao ar. Essas bolas são o trabalho, a família, a<br />

saúde, os amigos e o espírito. O trabalho é uma bola de<br />

borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as<br />

outras quatro bolas são de vidro. Se caírem no chão,<br />

quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.<br />

Entendam isso e busquem o equilíbrio da vida. Como? Não<br />

diminuam seu próprio valor, comparando-se com outras<br />

pessoas.<br />

Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser<br />

especial; Não fixem seus objetivos com base no que os<br />

outros acham importante. Só vocês estão em condições de<br />

escolher o que é melhor para vocês próprios. Dêem valor e<br />

respeitem as coisas mais queridas aos seus corações;<br />

Apeguem-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida<br />

carece de sentido; Não deixem que a vida escorra entre os<br />

dedos por viverem no passado ou no futuro. Se viverem um<br />

dia de cada vez, viverão todos os dias de suas vidas; Não<br />

desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais.<br />

Nada termina até o momento em que se deixa de tentar;<br />

Não temam admitir que não são perfeitos. Não temam<br />

enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser<br />

valentes; Não excluam o amor de suas vidas dizendo que<br />

não se pode encontrá-lo.<br />

A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais<br />

rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si<br />

próprio.<br />

A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas; Não<br />

orram tanto pela vida a ponto de esquecerem onde<br />

estiveram e para onde vão; Não tenham medo de aprender.<br />

O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega<br />

facilmente; Não usem imprudentemente o tempo ou as<br />

palavras. Tempo e palavras não podem ser recuperados. A<br />

vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser<br />

desfrutada a cada passo. Ontem é história, amanhã é<br />

mistério e hoje é uma dádiva, por isso se chama presente.”<br />

BALBINO, Manoel. Jornal do Commercio; Gestão de Pessoas,<br />

6 de junho de 2004. Adaptado.<br />

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05. O ex-presidente da Coca-Cola utilizou, na sua fala, o<br />

modo imperativo negativo para<br />

A) apelar a todos para que a família, a saúde, o amigo e o<br />

espírito sejam sempre bolas danificadas.<br />

B) apelar a todos para que se conscientizem dos seus<br />

valores e das suas capacidades.<br />

C) conscientizar todos a terem a mesma opinião sobre<br />

determinada situação.<br />

D) mostrar que todos somos iguais e que temos o mesmo<br />

valor.<br />

E) apelar a todos para que vivam o ontem e o amanhã,<br />

esquecendo-se do hoje.<br />

06. Com o fragmento “Ontem é história, amanhã é mistério<br />

e hoje é uma dádiva, por isso se chama presente.”, o autor<br />

A) aponta o tempo como elemento de pouca importância<br />

para a vida humana.<br />

B) demonstra a importância de se viver intensamente o<br />

momento presente.<br />

C) considera o tempo como agente não modificador do<br />

comportamento humano.<br />

D) relaciona o tempo como elemento dispensável para o uso<br />

das palavras.<br />

E) sintoniza o tempo fora da realidade atual da vida<br />

humana.<br />

07. Analise os fragmentos e os comentários.<br />

I. “O ex-presidente da Coca-Cola, Brian Duson, durante...” –<br />

os termos localizados entre as vírgulas exercem a função<br />

sintática de aposto.<br />

II. “Sem elas a vida carece de sentido;...” – o termo grifado<br />

complementa o verbo “carecer”, vindo regido de preposição.<br />

III. “A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas;...” – o<br />

pronome oblíquo “lhe” é um dos complementos do verbo<br />

sublinhado.<br />

IV. “Tempo e palavras não podem ser recuperados.” – o<br />

termo sublinhado, exerce, sintaticamente, a função de<br />

predicativo do sujeito.<br />

Estão corretos<br />

A) I, II e III apenas. B) I, II, III e IV. C) II e IV apenas. D) I e<br />

IV apenas. E) I e III.<br />

08. Em qual alternativa, o conectivo sublinhado está<br />

empregado com valor semântico de hipótese?<br />

A) “Se cair, bate no chão e pula para cima.”<br />

B) “Não desistam quando ainda são capazes de um esforço<br />

a mais.”<br />

C) “Entendam isso e busquem o equilíbrio da vida.”<br />

D) “A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que<br />

deve ser desfrutada a cada passo.”<br />

E) “Apeguem-se a elas como a própria vida.”<br />

9. Em uma das alternativas abaixo, o vocábulo “que” não<br />

retoma nenhum outro vocábulo, exercendo, apenas,<br />

papel<br />

de elemento de ligação. Identifique-a.<br />

A) “...malabarismos com cinco bolas que lançam ao ar.”<br />

B) “Não fixem seus objetivos com base no que os outros<br />

acham importante.”<br />

C) “Só vocês estão em condições de escolher o que é<br />

melhor para vocês próprios.”<br />

D) “Não deixem que a vida escorra entre os dedos por<br />

viverem no passado ou no futuro.”<br />

E) “É um tesouro que se carrega facilmente.”<br />

10. Analise as orações sublinhadas e faça a correlação,<br />

assinalando nos parênteses.<br />

1. “Se caírem no chão, quebrarão e ficarão<br />

permanentemente<br />

danificadas.”<br />

( ) Oração subordinada substantiva objetiva direta.<br />

2. “Dêem valor e respeitem as coisas mais queridas aos<br />

seus corações.”<br />

( ) Oração subordinada adverbial condicional.<br />

3. “Não temam admitir que não são perfeitos.” ( ) Oração<br />

coordenada sindética aditiva.<br />

4. “O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega<br />

facilmente;”<br />

( ) Oração subordinada adjetiva explicativa.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

A) 3, 1, 2 e 4. B) 3, 1, 4 e 2. C) 4, 1, 2 e 3. D) 4, 3, 2 e 1.<br />

E) 4, 1, 3 e 2.<br />

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Texto 7 para as questões de 11 a 17.<br />

O Caminho da Violência<br />

Ao nascer o indivíduo não traz consigo o estigma da<br />

maldade e nem está destinado a ser o menino bom das<br />

histórias de livros infantis. Seu cotidiano será o reflexo das<br />

circunstâncias que o cercam. E por não ter tido a chance de<br />

dar um melhor rumo à sua vida, torna-se presa fácil dos<br />

desvios comportamentais, enveredando pelo caminho da<br />

violência. Os cárceres estão repletos dessas vítimas.<br />

Homens e mulheres enjaulados que se transformam em<br />

animais ferozes, dispostos a matar ou morrer, já que tudo<br />

lhes foi tirado: honra, respeito, cidadania. E as rebeliões nos<br />

presídios se sucedem. Cada vez mais violentas. Mais<br />

sangrentas. Menos humanas.<br />

Em meio a esse caos, surge aqui e ali uma luz de<br />

esperança, a palavra de Deus, levada por sacerdotes, até<br />

lá. Graças ao empenho de um pastor evangélico, o mais<br />

recente levante de prisioneiros no Rio de Janeiro foi<br />

suspenso, porque ele os conhecia de perto, sabia de suas<br />

angústias e de seus sonhos de criança violentamente<br />

destruídos pela desilusão do mundo.<br />

PEIXOTO, Carmem. Jornal do Commercio; Religiões. 13 de<br />

junho de 2004.<br />

11. Após a leitura do texto, você conclui que<br />

A) a maldade é inerente ao homem, revelada no momento<br />

do seu nascimento.<br />

B) o perfil do homem já é revelado quando do seu<br />

nascimento.<br />

C) a personalidade de cada indivíduo é resultante do meio<br />

em que vive.<br />

D) ao nascer, o indivíduo determina o seu destino.<br />

E) a formação do homem se dá com o passar do tempo,<br />

independente do que está ao seu redor.<br />

12. “Os cárceres estão repletos...”<br />

“...enveredando pelo caminho da violência...”<br />

“...o indivíduo não traz consigo o estigma da maldade...”<br />

Os termos sublinhados poderiam ser substituídos, sem<br />

causar prejuízo semântico aos textos, respectivamente, por<br />

A) prisões – desviando – marca delével.<br />

B) casarios – seguindo – sinal infamante. D) prisões –<br />

desviando – sinal infamante.<br />

C) cadeias – fugindo – marca indelével.<br />

E) cadeias – seguindo – sinal infamante.<br />

13. “E por não ter tido a chance de dar um rumo à sua<br />

vida,...”<br />

Dentre as alternativas abaixo, existe uma que apresenta<br />

idêntica regra, no que se refere ao uso facultativo do<br />

acento indicador da crase do período acima. Identifiquea.<br />

A) As dificuldades encontradas por muitos dos nossos<br />

irmãos levam-nos à beira do abismo.<br />

B) Às pessoas excluídas da sociedade, faltam honra,<br />

respeito e cidadania.<br />

C) O tema violência deverá ser discutido por todos, indo-se<br />

até às últimas conseqüências.<br />

D) Graças à atitude de um cristão, não ocorreu uma rebelião<br />

recentemente no Rio de Janeiro.<br />

E) O indivíduo, ao nascer, não traz consigo algo que o<br />

direcione à violência.<br />

14. Analise os itens e os comentários.<br />

I. “Ao nascer o indivíduo...” – os termos sublinhados têm<br />

valor semântico de temporalidade.<br />

II. “...dispostos a matar ou morrer, já que tudo lhes foi<br />

tirado:” – os termos sublinhados podem ser substituídos por<br />

“uma vez que”.<br />

III. “...já que tudo lhes foi tirado: honra, respeito, cidadania.”<br />

– os termos sublinhados se referem ao termo “tudo”.<br />

IV. “...surge aqui e ali uma luz de esperança..., até lá.” – os<br />

termos sublinhados caracterizam o processo verbal,<br />

exprimindo circunstância de lugar.<br />

Estão corretas<br />

A) I e II apenas. B) I, II, III e IV. C) I e IV apenas. D) II e III<br />

apenas. E) III e IV apenas.<br />

15. Assinale a alternativa cujo comentário está incorreto.<br />

A) “... já que tudo lhes foi tirado:” – o pronome sublinhado<br />

tem como referente honra, respeito, cidadania.<br />

B) “E as rebeliões nos presídios se sucedem.” – o verbo<br />

sublinhado não precisa de complemento, tendo como sujeito<br />

o termo “rebeliões”.<br />

C) “... porque ele os conhecia de perto...” – o pronome<br />

sublinhado se refere ao termo “prisioneiros”.<br />

D) “Homens e mulheres enjaulados que se transformam em<br />

animais ferozes,...” – o termo em destaque é parte<br />

integrante do verbo.<br />

E) “... torna-se presa fácil dos desvios comportamentais...” –<br />

o termo sublinhado é predicativo do sujeito.<br />

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16. Julgue os itens a seguir, assinalando V para os<br />

verdadeiros e, F para os falsos.<br />

( ) “...porque ele os conhecia...” – o verbo se encontra no<br />

pretérito imperfeito do indicativo.<br />

( ) “...não traz consigo...” – o verbo é regular e de 2ª<br />

conjugação.<br />

( ) “...enveredando pelo caminho...” – o termo sublinhado<br />

transmite idéia de que a ação verbal está em curso.<br />

( ) “...dispostos a matar...” – classifica-se o verbo de<br />

abundante, pois possui duplo particípio.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

A) V, F, V, F. B) F, F, V, V. C) V, V, V, V. D) V, F, V, V. E) V,<br />

F, F, V.<br />

17. Substantivo abstrato é aquele que nomeia<br />

sentimentos, qualidades, ações, estados, isto é, seres<br />

que só existem<br />

em outros seres. Não há esse tipo de substantivo na<br />

alternativa<br />

A) “...uma luz de esperança...”<br />

B) “...sabia de suas angústias e de seus sonhos...” D) “...o<br />

estigma da maldade...”<br />

C) “...pela desilusão do mundo...” E) “...na palavra de<br />

Deus...”<br />

18. Segundo a norma culta da língua portuguesa, no que<br />

se refere à concordância nominal, qual das palavras<br />

sublinhadas abaixo não concorda com o seu referente?<br />

A) “Mas a história do esporte, escrita pelos Jogos Olímpicos,<br />

mostra diferentes motivações para essa conquista.”<br />

B) “Atleta, ginástica, estádio, pentatlo – ligadas ao esporte,<br />

todas essas palavras são de origem grega.”<br />

C) Os Jogos voltam à belíssima Atenas, pseuda-cidade de<br />

Péricles.<br />

D) “Ao longo do tempo, foram introduzidos o pentatlo e as<br />

corridas de biga.”<br />

E) Conquistadores da Grécia e herdeiros da cultura<br />

helênica, os romanos não mantiveram o ideal olímpico dos<br />

gregos.”<br />

19. Observe a regência do verbo “assistir” no trecho:<br />

“Toda essa movimentação amargava um detalhe: as<br />

mulheres não<br />

participavam das competições nem podiam assistir a elas.”<br />

e assinale a alternativa correta.<br />

A) O verbo “assistir” pode ser usado como transitivo indireto<br />

com o sentido de “ajudar”, como no trecho acima.<br />

B) A nossa grande ginasta Daiane dos Santos assiste em<br />

Porto Alegre. O verbo tem o sentido de “residir”, sendo<br />

transitivo indireto.<br />

C) O verbo em foco pode também ser intransitivo no sentido<br />

de “presenciar”, “ver”.<br />

D) O verbo em análise é transitivo indireto, pois significa<br />

“estar presente a” “ver”, exigindo o complemento regido da<br />

preposição “a”.<br />

E) O trecho também estaria correto, se fosse assim redigido:<br />

Toda essa movimentação amargava um detalhe: as<br />

mulheres não participavam das competições nem podiam<br />

assistir-lhes.<br />

20. Das alternativas abaixo qual está incorreta quanto à<br />

concordância verbal, de acordo com a gramática<br />

normativa da língua portuguesa?<br />

A) A equipe brasileira de atletas segue para Atenas na<br />

esperança de resultados brilhantes.<br />

B) O grupo de atletas brasileiros seguem para Atenas com<br />

garra e espírito competitivo.<br />

C) Há cinco chances de medalhas de ouro, dentre elas a da<br />

ginasta Daiane.<br />

D) Atenas é um dos patrimônios da humanidade.<br />

E) Gastou-se milhões de euros com a segurança da maior<br />

Vila Olímpica da história.<br />

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ANJOS MONTADOS EM PORCOS<br />

A violência familiar ocupa páginas de jornais, teses<br />

de Psicologia, sites de internet. Minha alma se arrepia:<br />

quem somos no fundo, quem nos habita, que monstro é<br />

esse, muito mais antigo do que a mais antiga memória de<br />

nosso inconsciente?<br />

Não sei. Mas sei que ele mora em todos nós.<br />

(...)<br />

Não é preciso ser um serial killer. Pode ser o profissional<br />

que trai o amigo por ambicionar seu cargo; a mulher que<br />

calunia outra por mero ressentimento; ou simplesmente<br />

alguém querendo ver o circo pegar fogo. Embora sejamos<br />

tantas vezes bons, magníficos, altruístas, generosos,<br />

capazes do belo, até do extraordinário, algo espreita em<br />

nós, pronto para o salto, a mordida, o gosto do sangue na<br />

boca e o brilho demente no olhar. Algo que quer o<br />

sofrimento da vítima, aprecia seus gritos, tem prazer com<br />

sua humilhação: é o monstruoso que também somos. E que<br />

precisamos, a cada hora de cada dia, domesticar, controlar,<br />

sublimar.<br />

O homem é um anjo montado num porco, disse<br />

Tomás de Aquino. O problema é que, de vez em<br />

quando,esse precário equilíbrio desanda, e aí salve-se<br />

quem puder. Salvemo-nos.<br />

LUFT, Lia. Anjos Montados em porcos. Revista Veja. 19 de<br />

maio de 2004. p. 20.<br />

01. Depois de lido o texto, você percebe que a autora<br />

A) acredita na essência do homem quanto à prática<br />

exclusiva do bem.<br />

B) enfoca a dualidade do bem e do mal presente em todo<br />

ser humano.<br />

C) considera o ser humano dotado de predicados que o<br />

marginalizam na sociedade.<br />

D) repudia qualidades inerentes, apenas, ao ser humano.<br />

E) declara que alguns homens portam dentro de si o bem e<br />

o mal.<br />

02. Com o primeiro parágrafo, Lia Luft<br />

A) expressa a sua angústia diante do mistério que existe em<br />

relação ao interior do homem.<br />

B) transmite ao leitor uma quietude face às práticas<br />

humanas cotidianas.<br />

C) mantém-se imparcial diante do perfil contrastante do ser<br />

humano.<br />

D) externa a sua insensibilidade em relação à personalidade<br />

do homem.<br />

E) apresenta soluções para transformar a natureza humana.<br />

03. Analise o texto abaixo.<br />

“Embora sejamos tantas vezes bons, magníficos, altruístas,<br />

generosos, capazes do belo, até do extraordinário, algo<br />

espreita em nós, pronto para o salto, a mordida, o gosto de<br />

sangue na boca e o brilho demente no olhar”.<br />

Sobre ele, é correto dizer que<br />

A) nem todo ser humano é promotor de ações e gestos<br />

dignificantes.<br />

B) a palavra altruísta foi utilizada para se referir a pessoas<br />

que só pensam em si próprias.<br />

C) o homem necessita se proteger contra a violência<br />

predominante.<br />

D) as ações humanas são mescladas de sentimentos de<br />

bondade e de maldade.<br />

E) alguns homens são portadores de demência.<br />

04. No texto, há uma passagem na qual a autora<br />

recomenda procedimentos que o homem deve adotar<br />

cotidianamente para um melhor convívio. Identifique-a.<br />

A) “Não é preciso ser um serial killer.”<br />

B) “Minha alma se arrepia: quem somos no fundo...?”<br />

C) “Mas sei que ele mora em todos nós.”<br />

D) “O homem é um anjo montado num porco...”<br />

E) “E que, precisamos a cada hora de cada dia, domesticar,<br />

controlar, sublimar.”<br />

TEXTO 2 para a questão 05.<br />

DIGA SIM À AACD<br />

A AACD Pernambuco é uma instituição beneficente, sem<br />

fins lucrativos, que presta atendimento a crianças<br />

portadoras de deficiência física. E, apesar de todo o esforço,<br />

mais de 4 mil crianças permanecem na fila de espera. Esta<br />

campanha é uma forma de arrecadar recursos para ampliar<br />

o número de atendimentos. Contribuindo com um pouquinho<br />

por mês, você vai levar esperança para o lar de muitas<br />

famílias.<br />

Jornal do Commercio. Cidades. Recife, 09 de julho de 2004.<br />

p.6.<br />

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05. Sobre o texto 2, analise as proposições e os seus<br />

comentários.<br />

I. “Diga sim à AACD” – o acento grave indica a presença,<br />

apenas, do artigo a.<br />

II. “Você vai levar esperança para o lar de muitas famílias” –<br />

neste contexto, o verbo sublinhado exige dois<br />

complementos: um regido de preposição e o outro, sem<br />

preposição.<br />

III. “...a crianças portadoras de deficiência física.” – os<br />

acentos existentes nas palavras sublinhadas se justificam<br />

por se tratar de palavra paroxítona terminada em ditongo<br />

crescente e de palavra proparoxítona, respectivamente.<br />

IV. “...para ampliar o número de atendimentos.” – o termo<br />

que inicia este texto encerra uma idéia de<br />

conformidade.Estão corretos os comentários das<br />

proposições<br />

A) II e III apenas. B) I e II apenas. C) I, II e III apenas. D) I,<br />

II, III e IV. E) III e IV apenas.<br />

TEXTO 3 para as questões de 06 a 10.<br />

A ALMA DAS PRAÇAS<br />

Um dos fatores que contribuem para o ingresso dos<br />

jovens na marginalidade é a ausência, em suas<br />

comunidades, de centros de lazer e sociabilização, onde se<br />

possa resgatar a auto-estima e a identidade como cidadão.<br />

Erroneamente, as autoridades vêm tomando essa lição<br />

básica ao pé-da-letra, confundindo construção de pedra e<br />

cal com algo mais oneroso, trabalhoso, mas, em<br />

compensação, mais duradouro e eficaz: a sua utilização<br />

para algo proveitoso, não apenas como cenário.<br />

Não adianta maquiar, retocar ou, para usar uma<br />

palavra em voga, revitalizar nada, sem se pensar numa<br />

ocupação a curto prazo. Vejam o caso da Rua da Aurora,<br />

cartão-postal da cidade, que todos adoraram ver<br />

recuperado.<br />

O lindo cais tem, ainda, a vantagem de poder servir<br />

a várias comunidades carentes, como a de Santo Amaro,<br />

para citar um só exemplo. E não adianta a classe média<br />

espernear, a praça é do povo e sempre será. E, se assim é,<br />

que seja do melhor modo: com organização, vigilância e<br />

hábitos saudáveis.<br />

Não tardará muito, infelizmente, para se tornar<br />

ponto de encontro de desocupados, a não ser que se faça a<br />

ocupação cultural, esportiva, artística e profissionalizante<br />

daquele solo. GUSMÃO, Flávia de. A Alma das Praças. Jornal<br />

do Commercio.Cidades. Recife, 08 de julho de 2004. p.4.<br />

06. Sobre CONCORDÂNCIA VERBAL, analise as<br />

afirmativas.<br />

I. “Um dos fatores que contribuem para o ingresso...” – seria<br />

correto, também, utilizar o verbo existente neste texto no<br />

singular.<br />

II. “O lindo cais tem, ainda, a vantagem...” – se o sujeito<br />

fosse para o plural, o verbo se flexionaria para têem.<br />

III. “As autoridades vêm tomando essa lição...” – se o sujeito<br />

estivesse no singular, a forma verbal sublinhada se manteria<br />

inalterada.<br />

IV. “Vejam o caso da Rua Aurora...” – a forma verbal vejam<br />

concorda com o sujeito oculto vocês.<br />

Está (ão) correta (s) a(s) afirmativa(s)<br />

A) I e II apenas. B) I e III apenas. C) II, III e IV apenas. D) I,<br />

II e IV apenas. E) I e IV apenas.<br />

07. Sobre CRASE, observe os itens abaixo e os seus<br />

comentários.<br />

I. “...sem se pensar numa opção a curto prazo.” – não se<br />

craseia, por estar diante de palavra masculina.<br />

II. “...servir a várias comunidades.” – neste caso, a crase é<br />

facultativa.<br />

III. “E não adianta a classe média espernear...” – não se<br />

craseia, por existir a presença, apenas, do artigo a.<br />

IV. “O lindo cais tem, ainda, a vantagem...” – não houve<br />

crase, por existir a presença, apenas, da preposição a .<br />

Estão corretos os comentários dos itens<br />

A) I e III apenas. B) I e II apenas. C) II e IV apenas. D) I, II e<br />

IV apenas. E) II e III apenas.<br />

08. Em qual das alternativas a justificativa está correta<br />

em relação à CONCORDÂNCIA NOMINAL?<br />

A) “...com algo mais oneroso, trabalhoso...” – os adjetivos<br />

sublinhados concordam com o termo cal.<br />

B) “...que todos adoraram ver recuperado.”- o adjetivo<br />

sublinhado concorda com Rua da Aurora.<br />

C) “...com organização, vigilância e hábitos saudáveis.” – o<br />

adjetivo sublinhado se refere aos substantivos existentes,<br />

concordando com eles em gênero e em número.<br />

D) “... a não ser que se faça a opção cultural, esportiva,<br />

artística ...” – os termos sublinhados caracterizam o<br />

substantivo opção, com ele concordando, apenas, em<br />

gênero.<br />

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E) “... a sua utilização para algo proveitoso, não apenas<br />

como cenário.” – o termo sublinhado concorda em gênero e<br />

número com a palavra cenário.<br />

09. Indique a alternativa cujos termos destacados não se<br />

constituem sinônimos.<br />

A) “... onde se possa resgatar a auto-estima e a<br />

identidade...” (recuperar)<br />

B) “... revitalizar nada...” (depreciar)<br />

C) “... e não adianta a classe média espernear...”<br />

(protestar)<br />

D) “Não tardará muito... (retardará)<br />

E) “Erroneamente, as autoridades vêm tomando essa<br />

lição...” (Incorretamente)<br />

10. Sobre PONTUAÇÃO, analise os comentários das<br />

afirmativas abaixo.<br />

I. “Vejam o caso da Rua da Aurora, cartão-postal da cidade,<br />

que todos...” – as vírgulas separam, neste caso, o aposto.<br />

II. “Erroneamente, as autoridades...” – a vírgula é obrigatória<br />

por separar termo intercalado.<br />

III. “...em que se faça a opção cultural, esportiva, artística...”<br />

– neste caso, as vírgulas separam elementos de uma<br />

mesma função sintática.<br />

IV. Em “Não adianta maquiar, retocar ou revitalizar...” e “E<br />

não adianta a classe média espernear, a praça é do povo e<br />

sempre será.” – as vírgulas separam orações coordenadas<br />

iniciadas por uma conjunção, denominadas sindéticas<br />

adversativas.<br />

Estão corretos os comentários<br />

A) I e II apenas. B) I e III apenas. C) I, II e III apenas. D) I, II,<br />

III e IV. E) II, III e IV apenas.<br />

11. Leia os textos abaixo.<br />

TEXTO 4<br />

“A casa velha era enorme, toda em largura, com porta<br />

central que se alcançava por três degraus de pedra e quatro<br />

janelas de guilhotina para cada lado. Era feita de pau-apique<br />

barreado, dentro de uma estrutura de cantos e apoios<br />

de madeira-de-lei.Telhado de quatro águas. Pintada de roxo<br />

claro.”<br />

(Pedro Nava – Baú de ossos). Fragmento<br />

TEXTO 5<br />

“Cidadania é o valor básico de uma sociedade democrática,<br />

construída por todos e para todos e fundada em cinco<br />

princípios éticos universais: igualdade, liberdade,<br />

solidariedade, participação e diversidade. Estes<br />

princípios são suficientes para orientar a solução de todos<br />

os graves problemas sociais e políticos que nos<br />

acompanham desde os<br />

tempos coloniais. Eles não têm, no entanto, uma ordem<br />

obrigatória: primeiro a liberdade, depois a igualdade, ou a<br />

diversidade. A riqueza da democracia reside exatamente<br />

em postular a simultaneidade destes princípios no tempo e<br />

no espaço. Um é sempre incompleto sem os quatro outros.”<br />

(Herbert de Souza – A maturidade vale ouro). Adaptado<br />

TEXTO 6<br />

Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 2003.<br />

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TEXTO.7<br />

Carros&Veículos S/A<br />

Avenida Cândido Nogueira, 1031<br />

59084-006 – Betim/MG<br />

Senhores:<br />

Tomei conhecimento pelo jornal Estado de Minas que V.<br />

Sas. estão em processo de seleção para profissional de<br />

relações públicas. Estou, por isso, encaminhando meu<br />

curriculum vitae a fim de candidatar-me à vaga.”<br />

(Texto fragmentado)<br />

Analisando os textos, podemos declarar que<br />

A) o texto 4 é do tipo dissertativo, pois expõe características<br />

de objetos, utilizando termos concretos e,<br />

preferencialmente,<br />

verbos de ligação.<br />

B) o texto 5 é do tipo descritivo, pois expõe uma idéia,<br />

argumentando e defendendo um ponto de vista.<br />

C) as tiras de quadrinhos, texto 6, são uma produção textual<br />

de caráter narrativo, na qual o humor está sempre presente.<br />

D) a carta, texto 7, apresenta uma descrição de um jornal.<br />

E) todos os textos são do tipo narrativo.<br />

Texto 8 para as questões de 12 a 15.<br />

O horário gratuito de propaganda eleitoral:<br />

é uma “chatice” ou a esperança de um Brasil melhor?<br />

“No Brasil, a cada quatro anos (ou dois,<br />

dependendo da circunstância) ocorrem as eleições para a<br />

escolha de nossos representantes políticos mais<br />

importantes: o presidente, os senadores, os deputados<br />

(estaduais e federais), os governadores, os prefeitos e os<br />

vereadores. Nos meses anteriores às eleições, as redes de<br />

TV são obrigadas, por lei federal, a reservar um espaço de<br />

uma hora diária de sua programação, no chamado ‘horário<br />

nobre’ (isto é, em torno das 20h30, período em que existe o<br />

maior número de telespectadores com seus aparelhos de<br />

TV ligados), para a veiculação da propaganda dos partidos<br />

políticos.<br />

Os donos de emissoras argumentam que essa lei<br />

prejudica a ‘liberdade de programação’ das redes de TV,<br />

julgando portanto ‘antidemocrática’ a reserva de espaço na<br />

mídia para a veiculação de propaganda partidária.<br />

Podemos nos perguntar: o que está de fato em jogo, quando<br />

os donos de emissoras (grandes capitalistas, portanto, que<br />

visam ao lucro de seu negócio, como em qualquer outro<br />

setor d atividade capitalista) reclamam deste tempo<br />

concedido?<br />

Na verdade, é justamente o contrário do que dizem os<br />

empresários das redes de TV. Por serem os países<br />

subdesenvolvidos carentes de populações ‘letradas’, as<br />

redes de TV é que acabam ‘educando’, já que são o meio<br />

de comunicação mais utilizado. Assim, a única possibilidade<br />

de acesso às propostas políticas dos diferentes candidatos<br />

é no ‘horário nobre’, quando a maioria das pessoas está<br />

com o televisor ligado.<br />

Se as pessoas participassem dos sindicatos, reuniões de<br />

partidos políticos, associações de bairro, ou mesmo, se<br />

tivessem acesso freqüente a jornais, revistas e livros (a<br />

chamada mídia impressa), talvez nem fosse importante o<br />

horário político gratuito nas redes de televisão.<br />

Será, portanto, antidemocrática a reserva desse espaço, ou<br />

será o contrário: a televisão é a última esperança, num país<br />

pobre como o Brasil, de que as pessoas se informem sobre<br />

a mais importante questão democrática, que é a eleição de<br />

nossos representantes políticos?”<br />

ADAS, Melhem. Geografia – 8ª série. São Paulo: Moderna,<br />

2002.<br />

12. Assinale a alternativa cuja explicação está incorreta<br />

quanto à forma dos termos sublinhados.<br />

A) “...a cada quatro anos...” – numeral, pois acompanha o<br />

substantivo, quantificando-o.<br />

B) “...no chamado ‘horário nobre’...” – adjetivo, pois<br />

acompanha o nome, qualificando-o.<br />

C) “...que essa lei prejudica a liberdade de programação das<br />

redes de TV...” – verbo, pois exprime ação em relação a um<br />

determinado tempo.<br />

D) “...eleição de nossos representantes políticos...” –<br />

pronome, pois acompanha o nome “políticos” de modo<br />

genérico, vago.<br />

E) “Se as pessoas participassem...” – conjunção, pois inicia<br />

oração, exprimindo idéia circunstancial de hipótese.<br />

13. O texto “...países subdesenvolvidos carentes de<br />

populações ‘letradas’...” pode, sem alterar o sentido, ser<br />

substituído por<br />

A) Países subdesenvolvidos apresentam população<br />

escolarizada.<br />

B) Nos países subdesenvolvidos, todos têm acesso ao<br />

ensino superior.<br />

C) Os países subdesenvolvidos são aqueles que<br />

apresentam população com escolaridade elevada.<br />

D) Nos países subdesenvolvidos, há excesso de população<br />

letrada.<br />

E) A presença de pessoas com escassa escolaridade é<br />

registrada nos países com pouco desenvolvimento.<br />

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14. O valor semântico do trecho: “...redes de TV, julgando<br />

portanto ‘antidemocrática’ a reserva de espaço...”<br />

permaneceria o mesmo, se substituíssemos o elemento<br />

coesivo sublinhado por<br />

A) mas. B) porque. C) logo. D) quando. E) logo que.<br />

15. Das alternativas abaixo somente uma apresenta<br />

dupla de palavras que apresenta regras diferentes<br />

quanto à<br />

acentuação gráfica, de acordo com a norma culta.<br />

Assinale-a.<br />

A) país – países. B) já – está. C) número – única. D)<br />

negócio – mídia. E) políticos - última<br />

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